tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post5672615389739250970..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: E o método, pá?Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger86125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-47592380423597413352011-09-03T23:52:29.822+01:002011-09-03T23:52:29.822+01:00A propósito de violência e intolerância, e as mani...A propósito de violência e intolerância, e as manifestações em Madrid: <br /><br />http://www.ionline.pt/conteudo/143765-visita-do-papa-detido-suspeito-planear-ataque-contra-laicosJoão Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-80859652026854545482011-09-01T15:40:20.754+01:002011-09-01T15:40:20.754+01:00Ludwig,
«Estará a fazer ciência mal, se defender ...Ludwig,<br /><br /><i>«Estará a fazer ciência mal, se defender que é verdade, dadas as evidências de que dispomos, mas está a tratar daquele tipo de problemas – a verdade de afirmações acerca dos factos – de que a ciência trata.»</i> <br /><br />Ciência é o que é e vale o que vale. As relações da Ciência com o objecto de estudo são de uma complexidade variável. O método científico é muito simples e intuitivo quando aplicado em determinadas condições, mas não funciona, de todo, noutras. <br />Eu não defendo que é verdade a ascenção corpórea de Maria aos céus da mesma forma que defendo que é verdade que a velocidade da luz é de 300000 Kms/s. As razões e as fontes de que disponho num e noutro caso exigem adequado tratamento racional. O método científico não exclui e não pode excluir qualquer hipótese com base num pressuposto arbitrário do que as Realidades são ou podem ser. Não podemos falar em método científico que trabalha sobre pressupostos religiosos ou ideológicos sem assumir que o fazemos. O problema nem sempre se coloca ao nível do método científico, que tem vocação para ser usado em todas as situações. O problema coloca-se mais no plano do objecto de estudo, que não tem vocação nenhuma e que pode ser, de vários modos, inacessível à observação, à experimentação e à demonstração.<br />O Ludwig, por exemplo, é um crente na teoria da evolução, mas nunca experimentou, reproduziu ou sequer observou um fenómeno susceptível de confirmar positivamente a teoria. E quanto ao big bang? Tente experimentar ou reproduzir, ou observar... A mim só me interessa a verdade e é por isso que eu não acredito em qualquer treta, nem que fosse a treta mais divertida, vanguardista, revolucionária, «à la mode» e mais conveniente ou politicamente correcta.Carlos Ricardo Soareshttps://www.blogger.com/profile/03079231328814280040noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-43926573884762960262011-09-01T10:24:42.202+01:002011-09-01T10:24:42.202+01:00Carlos Soares,
O método científico, é verdade, dá...Carlos Soares,<br /><br />O método científico, é verdade, dá-nos conhecimento acerca apenas de um aspecto. Não nos dá o sabor do pastel de nata, nem a importância do sossego, nem o propósito para a nossa vida. <br /><br />Mas é preciso considerar também qual o aspecto do qual o método científico nos dá conhecimento, porque esse é um aspecto que geralmente consideramos importante. O método científico é aquele que nos permite conhecer, da melhor forma que podemos, a verdade das proposições acerca dos factos. Ou seja, se alguém afirma algo como “o universo foi criado por um ser inteligente”, “o electrão tem menos massa que o protão” ou “Maria ascendeu corporeamente ao céu”, o método científico é o mais fiável para decidirmos se estas alegações correspondem realmente ao que pretendem descrever ou se, pelo contrário, falham o alvo e são falsas.<br /><br />Portanto, se o Carlos disser que gosta muito da ideia de Maria a subir ao céu, isso é consigo. Mas se afirmar que é verdade que isso aconteceu mesmo, está a tentar fazer ciência. Estará a fazer ciência mal, se defender que é verdade, dadas as evidências de que dispomos, mas está a tratar daquele tipo de problemas – a verdade de afirmações acerca dos factos – de que a ciência trata.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-50216967319668217442011-08-31T15:06:41.554+01:002011-08-31T15:06:41.554+01:00Ludwig,
O método científico como método para obt...Ludwig,<br /><br /><br />O método científico como método para obter conhecimento permite-nos conhecer, de certo modo, coisas e fenómenos, mas não de todos os modos possíveis ou prováveis. Permite-nos conhecer, até certo ponto, fenómenos como as religiões, a fé, as crenças, a matemática, a trovoada, o efeito do atrito no movimento dos corpos, etc..., mas não nos permite conhecer, por exemplo, como as coisas seriam se não fossem como são. Neste caso, se me faço entender, as nossas conjecturas ficarão à espera da confirmação pela experiência. De mais a mais a ciência e o método científico, não são senão isso, processos de linguagem e de pensamento cuja neutralidade afectiva, estética, valorativa, ética, há-de ser garantida. E não é assim porque não existam afectos, emoções, valores, sentidos. Então é porquê? Deixo a pergunta.<br />Com a mesma força, ou mais, com que o método científico exige neutralidade, as religiões exprimem e realizam os afectos, as emoções, os valores, os sentidos, a fé, as crenças. E não são menos racionais e inteligentes e essenciais ao homem. Por outro lado, se a ciência lograr explicar tudo, não será por isso que ficará em condições de tudo poder experimentar, ou sequer observar, porque as coisas são como são e não porque têm de ser como são.Carlos Ricardo Soareshttps://www.blogger.com/profile/03079231328814280040noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-48168180524793765832011-08-31T14:34:25.736+01:002011-08-31T14:34:25.736+01:00Ludwig,
Para ti a violência apenas se baseia em m...Ludwig,<br /><br />Para ti a violência apenas se baseia em murros e pontapés, e a violência pode ser muito mais do que isso. Pode ser verbal, como aconteceu na manifestação. E o facto também de terem recorrido a provocações para tirarem as pessoas do sítio onde estavam e poderem ficar com a praça só para eles, é também violência.<br /><br />Mostrar ódio por algo é muito diferente de odiar pessoas. Eu odeio o aborto, mas não odeio a mulher que aborta, não lhe quero mal, quero-lhe bem. Por isso facilmente iria para a rua manifestar-me contra o aborto, mas nunca teria um cartaz a dizer “A Inês é uma assassina porque matou o filho indefeso”, é preciso separar as duas coisas.<br /><br />Muito bem, então já não dizes que és a contra toda a manifestação religiosa exterior, porque a “religião é uma coisa privada.” Não existe nenhuma igreja em lisboa que pudesse albergar a quantidade de pessoas (280 mil) que quiseram estar presentes numa Missa com o Papa, daí a necessidade de ser na rua. Que se fechem ruas para o efeito é apenas uma consequência natural. Na cimeira da NATO foi bem pior. Porque é que não fizeram a cimeira no meio do nada, para não incomodarem os lisboetas?<br /><br />Quando o benfica ganhou o compeonato, fecharam durante a noite inteira o marquês de pombal, a avenida da liberdade, e parte das ruas da baixa. Claro que concordo que tem que haver bom-senso, mas na vinda do Papa não me pareceu que houvesse falta dele. É um evento que acontece no mínimo de 10 em 10 anos, e é importante para uma boa parte dos portugueses. Que tenha sido dada tolerância de ponto é uma decisão mais discutível. Se eu estivesse a trabalhar tinha tirado férias, porque era mesmo importante para mim ir a Fátima nesse dia.João Silveirahttps://www.blogger.com/profile/14522349854756156702noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-26727192472079437352011-08-30T21:51:10.496+01:002011-08-30T21:51:10.496+01:00João Silveira,
«Se vires a descrição do que lá se...João Silveira,<br /><br /><i>«Se vires a descrição do que lá se passou, percebes que a violência foi generalizada.»</i><br /><br />Quantos peregrinos foram agredidos (fisicamente, e não metaforicamente)?<br /><br /><i>«Para ser intolerante não é preciso espancar pessoas, basta odiá-las,»</i><br /><br />Isso é um disparate. É perfeitamente possível odiar algo, dizer que se odeia algo, deixar bem claro a quem o pratica que se odeia isso e os seus praticantes, e ainda assim tolerar que os outros o façam por não os impedir de o fazer. Se deturpas o termo para que intolerância seja qualquer manifestação mais enfática de uma opinião diferente da tua, então ficas sem palavra adequada para quando te puserem na prisão por não teres a religião certa, ou algo assim.<br /><br /><i>«és intolerante duma forma diferente. Se, concordas que o Estado pode ter o dever de cortar estradas e garantir segurança em eventos em ordem ao bem-comum, mas negas essa possibilidade a qualquer evento católico, estás a ser intolerante.»</i><br /><br />Eu seria a favor de cortarem uma estrada durante umas horas para manter afastadas as claques de clubes rivais enquanto entram e saem do estádio, mas seria contra fecharem uma praça pública durante um dia para fazer um jogo de futebol lá quando há estádios para isso. Da mesma forma, sou a favor de fecharem algumas ruas à volta de uma basílica onde haja uma missa importante para ir lá muita gente, mas contra que atravanquem Lisboa toda durante dias para ter missas no Terreiro do Paço e afins, quando há igrejas que chegue por todo o lado, estádios com capacidade para muita gente e até um recinto em Fátima mesmo bom para essas coisas.<br /><br />A ideia não é impedir as pessoas de fazer algo como ter uma missa ou um jogo de futebol, mas exigir, como contrapartida razoável, que o façam onde, e de forma a, incomodar menos os outros. Se não tiverem essa consideração e simplesmente abusarem do poder social ou político que têm, são esses que serão intolerantes. <br /><br /><i>«E além de intolerante és incoerente, porque só defendes isso para eventos religiosos.»</i><br /><br />Não. Seria contra a organização de um jogo de futebol no Terreiro do Paço que obrigasse a fechar essa zona da cidade, parassem o Metro quando os jogadores passassem e afins.<br /><br /><i>«Se achas que não deve pagar a um líder religioso, então não apoies a vinda do Christopher Hitchens para pregar o ateísmo.</i><br /><br />Eu seria a favor de convidarem o teólogo Ratzinger para umas palestras e lhe pagarem para vir. E seria contra organizarem uma palestra do Hitchens no Terreiro do Paço, fechando essa zona da cidade e inventando um feriado só para as pessoas o irem ver. É esse exagero a que me oponho.<br /><br />Penso que quem é inconsistente és tu. Porque eu protestaria contra o exagero que foi a vinda do Papa a Portugal, por exemplo, fosse com quem fosse. Podia ser o Dawkins ou o Hitchens até. Mas tu achas bem quando é o teu Papa, mas se fosse o Dawkins ou o Hitchens provavelmente protestavas também. É claro, agora vais dizer que isso é muito diferente, porque os católicos isto e aquilo. Mas não me acuses a mim de ser inconsistente nos meus critérios...Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-15335679726586931312011-08-30T21:34:25.094+01:002011-08-30T21:34:25.094+01:00Nuno Gaspar,
Escrever posts em blogs é diferente ...Nuno Gaspar,<br /><br />Escrever posts em blogs é diferente de cuspir ou bater nas pessoas. Espero que essa tua aparente indignação e confusão seja apenas retórica de bolso, porque se estás mesmo confuso quanto a isso, é preocupante.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-28008580560170368582011-08-30T21:29:58.365+01:002011-08-30T21:29:58.365+01:00João Vasco,
Além dos católicos indignados com iss...João Vasco,<br /><br />Além dos católicos indignados com isso, podes ver também ver várias reacções nesse sentido de espanhóis que são tudo menos religiosos, e isso deve ser levado em conta.<br /><br />Quando os manifestantes chegaram a “porta do sol”, que estava cheia de peregrinos por ser um sítio central e de passagem quase obrigatória para as actividades, fizeram uma frente que foi avançando, para expulsar os peregrinos de lá. E como é que actuaram? Punham-se a poucos centímetros da cara das pessoas, insultavam, iam avançando, rodeavam grupos, gritavam, etc. Era uma multidão bem organizada, ao contrários dos peregrinos, que eram pequenos grupos, que não estavam organizados entre si, e compostos por gente bem mais nova. Podes ler no jornal El Mundo:<br />La crispación ha ido a más y los laicos han acorralado a varios grupos de peregrinos en la calle Mayor acosándoles con gritos como 'Yo soy pecador, pecador, pecador', por lo que los agentes de la Policía Nacional se han visto obligados a desalojar a los seguidores de Benedicto XVI por la calle del Arenal. Minutos más tarde ha quedado cortada al resto de público.<br />Sin embargo, esta medida no ha podido evitar que instantes después un grupo de exaltados la haya emprendido a golpes y patadas contra una veintena de católicos que permanecían en la calle aledaña a la plaza. Acto seguido, los exaltados han lanzado objetos como botellas y papeles a los antidisturbios y ha sido entonces cuando han comenzado a cargar desde la calle del Arenal, donde se encontraba la mayoría, utilizando para ello porras de goma.<br />E assim conseguiram expulsar os peregrinos da “porta do sol”. Reafirmo que não foi uma acção de dois ou três, mas sim generalizada, que fazia parte da manifestação, e não era lhe era alheia. <br />Compara o que gritavam os grupos: 'Iros a misa', 'Pederastas' y 'Vuestro Papa es un nazi' han sido algunos de los gritos que han chocado frontalmente contra el 'Viva el Papa' o '¡Benedicto! acompañado de palmas de los católicos.<br />Não vês nenhuma diferença? Achas que ambos actuaram da mesma forma?<br />Ludwig,<br />Se vires a descrição do que lá se passou, percebes que a violência foi generalizada. Para ser intolerante não é preciso espancar pessoas, basta odiá-las, e foi o que se passou com os gritos que se puderam ouvir, violência verbal. Além disso o cordão de manifestantes que foi avançando e expulsando peregrinos é uma violência. <br />Muito bem, retiro o que disse, não és tão intolerante como eles, és intolerante duma forma diferente. Se, concordas que o Estado pode ter o dever de cortar estradas e garantir segurança em eventos em ordem ao bem-comum, mas negas essa possibilidade a qualquer evento católico, estás a ser intolerante. E além de intolerante és incoerente, porque só defendes isso para eventos religiosos. O mesmo se passa na visita do Papa. Se achas que o Estado não deve pagar os custos duma visita dum chefe de Estado, então defende para todos. Se achas que não deve pagar a um líder religioso, então não apoies a vinda do Christopher Hitchens para pregar o ateísmo. “Ahh custou pouco dinheiro.” Estamos a discutir dinheiro ou razões? Até quanto dinheiro pode o Estado pagar?João Silveirahttps://www.blogger.com/profile/14522349854756156702noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-7251955103267929262011-08-30T21:04:09.759+01:002011-08-30T21:04:09.759+01:00"Eu não cuspi em ninguém, não agredi ninguém,..."Eu não cuspi em ninguém, não agredi ninguém, nem fiz nada que me pareça justo qualificar como intolerante ou anti-democrático."<br /><br />Ah não? Então estas pilhas de páginas aqui atrás são o quê? A defesa de ideias próprias com argumentos racionais, querem ver?<br /><br />Ludwig,<br /><br />Não te vitimizes. Não é nada pessoal. O que tu escreves não é diferente do que diz qualquer seguidor dos 4 fundadores do neoateísmo, aqui ou na China. A transmissão da doutrina é eficaz. É tudo fruta da mesma árvore. Por isso, não te admires que se estabeleçam associações entre o que aqui se diz e manifestações violentas que se alimentam exactamente da mesma ideologia. Ainda mais quando mostras simpatia pelo sucedido.NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-41517920841574668692011-08-30T20:40:29.812+01:002011-08-30T20:40:29.812+01:00João Silveira,
Eu concordo que aqueles «que usan ...João Silveira,<br /><br />Eu concordo que aqueles <i>«que usan la violencia y la imposición para llevar su mensaje de puro odio»</i> são intolerantes. No entanto, penso que os casos de violência foram excepção e não regra em ambas as partes. Seja como for, a minha posição nunca foi que é aceitável e tolerante ser violento, mas que é um direito, e não tem nada de intolerante, manifestar publicamente o que se pensa.<br /><br /><i>«Como já disse, não me manifestei contra o direito de ninguém a manifestar-se.»</i><br /><br /><a href="http://ktreta.blogspot.com/2011/08/treta-da-semana-decida-se.html?showComment=1314451391611#c151175058360116441" rel="nofollow">Neste teu comentário</a>, dirigiste-te a mim desta forma:<br /><br /><i>«Gostas de te anunciar como um pensador crítico, mas na prática és tão anti-democratico e intolerante como os manifestantes de Madrid.»</i><br /><br />Eu não cuspi em ninguém, não agredi ninguém, nem fiz nada que me pareça justo qualificar como intolerante ou anti-democrático. E também não me parece justo que qualifiques assim “os manifestantes de Madrid”, como se todos fossem agressores violentos. É essa tua acusação que eu oponho. Se a retirares e admitires que foste injusto, tudo bem, fica o problema resolvido. Senão, continuo a insistir que escrever um blog ou manifestar-se na rua acerca de qualquer ideia que se tenha não são, por si, actos de intolerância ou anti democráticos. Nem mesmo que alguém se reclame de ofendido com o que os outros dizem. E parece-me que quem defender isso não faz ideia nem do que é ser tolerante nem do que é a democracia.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-52696712722674875332011-08-30T20:15:49.177+01:002011-08-30T20:15:49.177+01:00"Podes dar um exemplo de uma ideia que tenhas..."Podes dar um exemplo de uma ideia que tenhas contraposto às minhas e que tenhas fundamentado com um argumento racional?"<br /><br />uhh... não lembro.NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-27289534834719567472011-08-30T20:08:55.634+01:002011-08-30T20:08:55.634+01:00João Silveira:
«Nos 2 milhões de pessoas não se v...João Silveira:<br /><br />«Nos 2 milhões de pessoas não se viu um cartaz anti-ateu, não se ouviu palavras de ordem para insultar ateus, nem comportamentos agressivos.»<br /><br />Mas isso quer dizer que se uma manifestação católica tiver cartazes anti-ateus, vais considera-la intolerante?<br /><br />Quanto aos comportamentos agressivos, se estás a falar de agressividade no sentido que lhe dou (objectivamente violenta), concordo que isso é intolerante. E se o teu argumento é que essa agressividade foi generalizada, então o teu argumento mudou.<br /><br />Porque se apontas como «intolerância» que alguém se manifeste contra o apoio prestado pelo governo a essa actividade numa altura de crise, se consideras que isso é «agressivo», como considerarias agressivo se eu tivesse aderido a uma manifestação contra as tolerâncias de ponto e apoios vários que o nosso governo deu quando o Papa cá veio, então relativizas o conceito de agressividade de tal forma que me parece preocupante. <br /><br />Quanto ao líder da COLEGAS, não sei quem é, nem conhecia a associação. <br /><br />Já li uns quatro católicos (incluindo tu e o Nuno) indignados com a intolerância e agressividade daqueles que protestaram em Madrid. Sem informação contraditória - porque não me informei devidamente a esse respeito - teria tudo para confiar na vossa perspectiva.<br /><br />Mas as quatro pessoas que me descreveram a situação perderam algum crédito quando classificaram como intolerante a própria causa - a legítima opinião de que o estado não devia apoiar as jornadas. <br />Se isso para vós é intolerante, o que é que significa ser «agressivo»? <br /><br />São os actos realmente agressivos de uma franja (como a facada do católico ou as cuspidelas dos «laicos»), ou os actos generalizados de defender ideias com as quais não simpatizas?João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-83252250353634837022011-08-30T19:28:39.924+01:002011-08-30T19:28:39.924+01:00Ludwig,
Começo com estas palavras da COLEGAS: &qu...Ludwig,<br /><br />Começo com estas palavras da COLEGAS: "los que se declaran contra la intolerancia de la Iglesia, se están mostrando mucho más intolerantes que a quienes acusan puesto que usan la violencia y la imposición para llevar su mensaje de puro odio, resquemor y venganza." Só para mostrar que esta tese da intolerância desta manifestação vem de pessoas bem longe da Igreja.<br /><br />Como já disse, não me manifestei contra o direito de ninguém a manifestar-se. Disse que os motivos que motivaram esta manifestação e o modo como decorreu foram intolerantes. Insultar pessoas, com gritos e cartazes, expulsar pessoas das praças, a gritar que aquilo é deles, e o modo agressivo como se comportaram em geral os manifestantes sim é ser intolerante. Seja contra o Papa, seja contra os estrangeiros.<br /><br />O argumento é: se os que lá se manifestaram não achariam intolerante se fosse convocada uma manifestação anti-gay, no mesmo sítio onde estaria a decorrer a marcha de orgulho gay. Claro que a resposta é sim, daí a incoerências desses manifestantes.<br /><br />Se um conhecido pensador, que se diz agnóstico, e é espanhol (supostamente vai sofrer com a suposta despesa) diz: “Crentes e não crentes, todos temos de nos alegrar com o que aconteceu em Madrid.”, parece-me relevante. Devias pensar no que o leva a dizer isso.<br /><br />Nestes comentários não está descrito o que foi a manifestação, por isso o melhor que o João Vasco tinha a fazer, antes de se pronunciar, seria ver as imagens e as descrições da mesma, que abundam na internet, e se possível falar com alguém que lá tenha estado.<br /><br />Além de conhecer pessoas que passaram por lá, tenho uma amiga jornalista, que esteve durante o tempo todo a fazer a cobertura desde a porta do sol, e descreveu-me o que se passou, não venho para aqui mandar bitaites nem detectar falácias.<br /><br /><br /><br />João Vasco,<br /><br />A intolerância não vem de situações pontuais. Nos 2 milhões de pessoas não se viu um cartaz anti-ateu, não se ouviu palavras de ordem para insultar ateus, nem comportamentos agressivos. Nem tão pouco os ensinamentos das jornadas, ou as palavras do Papa isso aconteceu Isso tudo se viu, generalizadamente na manifestação, não foi um ou dois a levar cartazes, nem a gritar. O próprio intuito da manifestação foi esse, insultar e expulsar os peregrinos de lá. <br /><br />Mas não acredites em mim, tens as palavras do insuspeito líder da COLEGAS: <br /><br />"una minoría quiere imponer con violencia sus opiniones, buscando no el respeto sino una provocación gratuita con insultos y hasta incluso con actos violentos"<br /><br />"No obstante, no podemos permanecer en silencio ante los hechos violentos contra unos peregrinos, aceptemos o no su mensaje, han venido en paz y celebración pública de su fe", ha añadido.<br /><br />COLEGAS ha destacado que la mayoría de estos grupos radicales que se autodenominan 'pro-laicos', "profusamente subvencionados por determinadas administraciones públicas", son en realidad "fuerte y violentamente anticlericales y quieren imponer su única forma de ver el mundo donde no existe libertad ni espacio a la religión, no sólo en el Estado sino en cualquier faceta de la vida pública".João Silveirahttps://www.blogger.com/profile/14522349854756156702noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-64127863586169008602011-08-30T18:17:38.965+01:002011-08-30T18:17:38.965+01:00Nuno Gaspar,
«Todos os dias morre gente em países...Nuno Gaspar,<br /><br /><i>«Todos os dias morre gente em países muçulmanos à conta disso.»</i><br /><br />À custa de "fazer pouco"? Morrem de riso?<br /><br /><i>«É combater algumas ideias que nele circulam que, noutros contextos, acho que resultam em angústia humana.»</i><br /><br />Curiosamente, não me ocorre nenhuma ideia que tenhas combatido. O que mais me lembro de te ver fazer aqui é chamar nomes às pessoas e dizer que eu sou intolerante e assim por escrever este blog, queixares-te de que gozo com os outros e assim. Ideias, em concreto, sinceramente não me lembro de te ver a discuti-las... Podes dar um exemplo de uma ideia que tenhas contraposto às minhas e que tenhas fundamentado com um argumento racional?Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-90010053325381850532011-08-30T18:15:10.381+01:002011-08-30T18:15:10.381+01:00João Vasco,
«A respeito do que dizias sobre o hum...João Vasco,<br /><br /><i>«A respeito do que dizias sobre o humor, tens de convir que a subtileza refinada e sofisticada do post que linquei ainda dá para umas gargalhadas.»</i><br /><br />Obrigado pelo link. Não costumo visitar muito o portal anti-ateísta ou lá o que é. Mas fiquei intrigado, porque os exemplos que o autor (anónimo, claro) escolheu foram de pessoas que vivem na miséria por infortúnio, que merecem compaixão. No entanto a ideia que ele parece transmitir é de que o ateu é imundo porque quer. Julgo que o autor do blog será uma pessoa um bocado confusa. Mas parece haver muito disso por ai :)Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-30433812156583006992011-08-30T18:13:53.829+01:002011-08-30T18:13:53.829+01:00"Podes dar-me um exemplo de quando fazer pouc..."Podes dar-me um exemplo de quando fazer pouco do que se pensa ser as convicções dos outros matou muita gente?"<br /><br />Todos os dias morre gente em países muçulmanos à conta disso. <br /><br />" “combater” o meu blog "<br /><br />Não é combater o teu blog. Gosto muito de conversar nele. É combater algumas ideias que nele circulam que, noutros contextos, acho que resultam em angústia humana.NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-17594387505960515522011-08-30T18:05:09.373+01:002011-08-30T18:05:09.373+01:00Nuno Gaspar,
Só um dado estatístico, que talvez t...Nuno Gaspar,<br /><br />Só um dado estatístico, que talvez te interesse. De 2010 até agora (os mais antigos estao em backup) tenho aqui 365 emails de comentários teus. Dá uma média superior a um comentário a cada dois dias que fazes neste blog. Se o teu problema é importunar os outros pela sua opinião, quero que saibas que isto é ordens de grandeza maior do que o número de comentários que eu tenho deixado em todos os blogs católicos que visito.<br /><br />Porque é que eu, a escrever no meu cantinho, onde só me lê quem quer, importuno mais do que tu, que vens aqui comentar dia sim dia não?Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-55134505758558598292011-08-30T17:59:31.590+01:002011-08-30T17:59:31.590+01:00Nuno Gaspar,
«Não tenho nenhum interesse em parti...Nuno Gaspar,<br /><br /><i>«Não tenho nenhum interesse em partilhar qualquer convicção pessoal contigo »</i> excepto, ao que parece, a convicção de que <i>«um grupo de pessoas que se mobiliza para fazer pouco do que pensa que são as convicções dos outros [...] é um mal que deve ser combatido. Acho que é coisa que já matou muita gente e pode voltar a matar.»</i><br /><br />Podes dar-me um exemplo de quando fazer pouco do que se pensa ser as convicções dos outros matou muita gente?<br /><br />E já agora, esclarece-me esta dúvida: estás a querer “combater” o meu blog porque achas que eu vou matar muita gente, ou porque achas que muita gente se vai matar uns aos outros por causa do que eu escrevo?<br /><br />E, para finalizar, a razão pela qual evitas ser explícito é porque percebes o ridículo da tua posição ou porque nem sequer pensaste ainda bem no que estás a dizer?Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-18378862952304053902011-08-30T16:15:06.727+01:002011-08-30T16:15:06.727+01:00Nuno,
Não é porque não arranjo outra, há inúmeras...Nuno,<br /><br />Não é porque não arranjo outra, há inúmeras. Mas confesso que, por fácil que seja encontrar outra, mesmo de alguém a quem conferem tanta autoridade, é difícil encontrar melhores que esta. Parece que a frase foi dita com o único propósito de pôr a nu a tua inconsistência e a dos que consideram o discurso de Dawkins e afins «intolerante». Mas que não se atrevem a considerar intolerante o Cardeal Patriarca. <br />Eu também não o considero intolerante, mas eu posso fazê-lo sem cair nessa inconsistência flagrante.<br /><br />Mas por muitas vezes que eu a repita, foges sempre à pergunta que te faço. Então, vilipendia ou não?<br /><br />Vais fugir à pergunta novamente?João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-55928866121004721722011-08-30T16:02:30.222+01:002011-08-30T16:02:30.222+01:00Respondemos, sim senhor.
O "Código da Vinci&...Respondemos, sim senhor.<br /><br />O "Código da Vinci" não sei. Comecei a ver e adormeci.<br /><br />Andas a rebolar com essa frase do Cardeal Patriarca há vários anos. Deve ser porque não arranjas outra.<br /><br />Eu só quero vilipendiar quem me vilipendia. Eles vilipendiam, nós vilipendiamos, vós vilipendiais... <br /><br />Obrigadinho pela tua tolerância, João Vasco. Não te incomodes.NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-72366445002786029932011-08-30T15:52:03.755+01:002011-08-30T15:52:03.755+01:00E as outras perguntas, não foram respondidas?
Afi...E as outras perguntas, não foram respondidas?<br /><br />Afinal o «Código da Vinci» cai em qual das categorias? Vilipendia ou não?<br /><br />E o Cardeal Patriarca quando diz que o ateísmo é o maior drama? Vilipendia ou não?<br /><br />E o Nuno, quando associa o que o Ludwig escreve à violência e mortes a que ele é completamente alheio? Vilipendia ou não?<br /><br />Eu creio que neste três casos cada um deve ter direito à palavra, e intolerantes são aqueles que quiserem negar tal direito.<br /><br />Mas eu prefiro optar pela tolerância e pela consistência.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-25186113257158972542011-08-30T15:29:47.522+01:002011-08-30T15:29:47.522+01:00"vilipendiar convicções alheias é o quê?"..."vilipendiar convicções alheias é o quê?"<br /><br />É a diferença entre o que se escreve no Diário Ateísta, no Portal Ateu ou nesta treta, ou de Dawkins, ou Hitchens, e o que se lê, por exemplo, de ateus convictos como Paolo Flores, ou Luc Ferry, ou A. Sponville.NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-40298578055280117822011-08-30T15:25:44.560+01:002011-08-30T15:25:44.560+01:00E ainda estou para ler um post do Ludwig que seja ...E ainda estou para ler um post do Ludwig que seja algo análogo a isto:<br /><br />http://anti-ateismo.blogspot.com/2010/06/vivencia-ateista-alguns-passos.html<br /><br />Mas estes posts já não te tiram o sono, fazendo-te temer intolerância, violência e mortes...<br /><br />A mim também não. <br /><br />Eles que escrevam e digam o que pensam, e mesmo o Cardeal Patriarca diga à vontade que «o ateísmo é o maior drama da humanidade». <br /><br />Enquanto não existir intimidação e violência, que a palavra seja livre.<br /><br />E quem promove a violência, que seja reprimido dura e eficazmente.<br /><br /><br /><br />Ludwig:<br /><br />A respeito do que dizias sobre o humor, tens de convir que a subtileza refinada e sofisticada do post que linquei ainda dá para umas gargalhadas.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-58754485875836090182011-08-30T15:10:46.555+01:002011-08-30T15:10:46.555+01:00«Opiniões diferentes todos temos. Mas mobilizar-se...«Opiniões diferentes todos temos. Mas mobilizar-se para vilipendiar convicções alheias, com um fervor e persistência religiosos, é um pouco mais sério e perigoso. »<br /><br />O problema aqui é o seguinte: vilipendiar convicções alheias é o quê?<br /><br />É fazer um filme como o «Código da Vinci»? Essa foi a alegação de vários grupos católicos. <br /><br />É expressar a legítima opinião -seja sensata ou não - de que o estado não deveria ter apioado as jornadas? <br /><br />Se eu me tivesse mobilizado protestando contra a «tolerância de ponto», quando o Papa cá veio, estaria a «vilipendiar» quem quer que fosse?<br /><br />É manifestar a legítima opinião de que as aulas de religião e moral não deveriam ser obrigatórias? Ou não deveriam ser pagas pelo estado?<br /><br />Ou é cuspir e agredir? Ou é usar a violência, para bater ou intimidar? <br /><br />Neste segundo caso, estamos de acordo. <br />Mas aí, se pões os textos do Ludwig no mesmo saco, o intolerante que não compreende o que é a liberdade de expressão para quem pensa de forma diferente não é o Ludwig.<br /><br />Estou a falar muito a sério: há que distinguir entre o debate livre, e a violência intolerante. Se acreditas que certos textos do Ludwig «doiem» e os pões na mesma categoria que toda a violência para reprimir a palavra, és tu quem convive mal com ideias diferentes.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-32671490951983399982011-08-30T14:57:59.676+01:002011-08-30T14:57:59.676+01:00Tu achas que o que se escreve em certos blogues nã...Tu achas que o que se escreve em certos blogues não tem nada a ver as manifestações ateístas de Madrid. Eu acho que são a sua consequência lógica. E que não vai ficar por ali. Opiniões diferentes todos temos. Mas mobilizar-se para vilipendiar convicções alheias, com um fervor e persistência religiosos, é um pouco mais sério e perigoso.NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.com