tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post1845815090903382530..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: A treta do copyright: o dever de remunerar.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger84125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-88899161032355336092007-11-06T18:57:00.000+00:002007-11-06T18:57:00.000+00:00Ludwig:«Em todos os países em que tem havido proce...Ludwig:<BR/><BR/>«Em todos os países em que tem havido processos contra individuos têm sido movidos pelas associações de editores»<BR/><BR/>Que são quem paga e lança os cantores. Indirectamente são eles os principais prejudicados. Quanto às editoras, existe livre concorrência, pelo que não acredito que sejam os papões que tu pintas.<BR/><BR/><BR/>«Se ninguém comprar mais cópias de música o rendimento médio dos músicos vai cair uma pequena fracção, porque a maior parte do dinheiro que ganham é nos concertos.»<BR/>O pior é ser muito mais difícil surgirem novos grupos porque não há editoras para apostar neles. Se as editoras são tão más e tão inúteis, porque é que os músicos as procuram?<BR/>Porque é que não trabalham já todos por conta própria e vivem dos concertos? Alguém os obriga a serem vítimas desses abutres que acreditas que são as editoras?<BR/><BR/>«Parece-me que um efeito de abolir o copyright e substitui-lo por regulação comercial é aumentar o rendimento dos músicos.»<BR/>Sim, nós pagamos menos pela música, e os autores subitamente ficam a ganhar mais. Porque se corta no intermediário, dizes tu. Mas esse intermediário presta um serviço aos autores, porque estes querem, mesmo quando têm a opção de o dispensar.<BR/>Como é que lhes tiras essa opção, e subitamente dizes que vão ganhar mais?<BR/>Será que todos os músicos são estúpidos, que só quando impedidos de recorrer aos intermediários é que vão ganhar mais, mesmo com o público a pagar menos?<BR/><BR/>E nota bem: nada do que dizes se aplica a outras criações, como por exemplo o cinema.<BR/>Se achas que os músicos são todos uns idiotas chulados pelas editoras, mesmo quando podem passar tão bem sem elas, pensa no cinema.<BR/>Como é que o facto do público ter acesso aos filmes de borla pode fazer com que seja mais fácil criar filmes??<BR/><BR/>O problema não é o negócio dos DVDs. O problema é o negócio do cinema!<BR/><BR/>Claro que quem vende os DVDs está muito preocupado com a manutenção da lei de que depende o seu negócio. Mas a sociedade aprova leis que vão ao encontro dos seus interesses porque sabe que antes de mais isso beneficia a criação de filmes.<BR/><BR/>«Mas mesmo que isso não seja verdade é um ponto menor. Pode ser do interesse da sociedade incentivar os telhados de palha. Se as pessoas gostam de ver casas de palha, têm interesse em que haja casas de palha. A questão importante é que é errado fazê-lo proibindo telhados com telhas.»<BR/><BR/>Se o facto de uns indivíduos usarem telhados com telhas impede (ou dificulta) outros de ter acesso à palha, isso já não é tão óbvio...<BR/><BR/>Ao não respeitares as restrições à difusão de ideias (obras recentes, em particular) estabelecidas pela sociedade para encorajar a sua criação, sabotas parcialmente esse sistema de incentivo.<BR/>Será que o sistema de incentivo não devia existir em primeiro lugar? Isso não é claro para mim.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-81712695518756411832007-11-06T10:22:00.000+00:002007-11-06T10:22:00.000+00:00João,«Mais do que isso, creio que essa é a razão p...João,<BR/><BR/><I>«Mais do que isso, creio que essa é a razão pela qual quase todos os que defendem o copyrigth o fazem. (Ninguém está preocupado com o negócio das cópias de CDs)»</I><BR/><BR/>Em todos os países em que tem havido processos contra individuos têm sido movidos pelas associações de editores. E já há associações de autores a opôr-se a isto.<BR/><BR/>Se ninguém comprar mais cópias de música o rendimento médio dos músicos vai cair uma pequena fracção, porque a maior parte do dinheiro que ganham é nos concertos. As editoras é que desaparecem.<BR/><BR/>Por outro lado, se ninguém comprar mais cópias de música vai haver muito mais dinheiro investido noutras formas de entretenimento, e o substituto mais natural para o dinheiro do CD é o concerto.<BR/><BR/>Parece-me que um efeito de abolir o copyright e substitui-lo por regulação comercial é aumentar o rendimento dos músicos.<BR/><BR/>Mas mesmo que isso não seja verdade é um ponto menor. Pode ser do interesse da sociedade incentivar os telhados de palha. Se as pessoas gostam de ver casas de palha, têm interesse em que haja casas de palha. A questão importante é que é errado fazê-lo proibindo telhados com telhas.<BR/><BR/>Neste momento está-se a proteger a cópia remunerada proibindo a cada cidadão a cópia gratuita. E isso é um disparate.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-81370607741254176602007-11-06T10:02:00.000+00:002007-11-06T10:02:00.000+00:00«Mas não afecta o negócio de criar música.»Se conc...«Mas não afecta o negócio de criar música.»<BR/><BR/>Se concordassemos em relação a esse ponto, eu concordaria contigo em toda a linha. <BR/>Mas eu creio que o negócio de criar música vai ser afectado.<BR/>Mais do que isso, creio que essa é a razão pela qual quase todos os que defendem o copyrigth o fazem. (Ninguém está preocupado com o negócio das cópias de CDs)<BR/><BR/><BR/>«Não há nada de imoral nisso porque não há um direito pessoal ao financiamento.»<BR/><BR/>Eu concordo que não há um direito pessoal de financiamento natural. <BR/><BR/>Mas há um direito pessoal de financiamento conferido pela sociedade durante um tempo para incentivar a criação.<BR/>É defensável que seja imoral sabotar essa opção da sociedade, e procurar ter o usufruto dos incentivos que a sociedade dá aos criadores, sem respeitar as restrições que tornam esses incentivos possíveis.<BR/><BR/>Neste sentido não é análogo aos telhados de palha porque a sociedade não ganha nada em incentivá-los (tal como não ganha em incentivar a cópia de CDs - apenas a criação de música que é aquilo que os defensores do copyrigth sentem que está em jogo).João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-86418529246463864472007-11-06T09:04:00.000+00:002007-11-06T09:04:00.000+00:00João,«Se a compra de CDs em segunda mão ou os empr...João,<BR/><BR/><I>«Se a compra de CDs em segunda mão ou os empréstimos aos amigos colocassem em causa a viabilidade do negócio de criar música»</I><BR/><BR/>Mas não afecta o negócio de criar música. Só o negócio de copiar CDs, e desse não precisamos. <BR/><BR/><I>«A questão do financiamento do autor já se coloca em causa, e por isso é que pode ser considerado imoral.»</I><BR/><BR/>É tão imoral como as telhas porem em causa o financiamento de quem vende palha para telhados. Ou o uso livre das descobertas científicas por em causa o financiamento de cientistas. Não há nada de imoral nisso porque não há um direito pessoal ao financiamento.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-84944245428935529912007-11-05T21:55:00.000+00:002007-11-05T21:55:00.000+00:00«É imoral dar a facada porque mato uma pessoa. Ess...«É imoral dar a facada porque mato uma pessoa. Essa consequência é grave. Até pode ser imoral incitar alguém a dar facadas, pela mesma razão.<BR/><BR/>Mas ouvir música não é imoral, nem é imoral emprestar CDs, nem comprar CDs em segunda mão. O resultado em si, que é alguém ficar com a música sem pagar, não é imoral.»<BR/><BR/>Se a compra de CDs em segunda mão ou os empréstimos aos amigos colocassem em causa a viabilidade do negócio de criar música da maneira que o download faz, a moralidade desses actos poderia ser questionável.<BR/><BR/>Isso não acontece porque o facto de poder emprestar aos amigos tem um impacto semelhante em incentivar a compra de uns do que em desincentivar a compra de outros. Se calhar uns tantos não compram porque podem pedir emprestado, mas se calhar outros têm mais razões para comprar porque podem emprestar.<BR/><BR/>Com o download isso não é assim. A questão do financiamento do autor já se coloca em causa, e por isso é que pode ser considerado imoral.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-63980161132166196152007-11-05T19:47:00.000+00:002007-11-05T19:47:00.000+00:00Como no caso da Metanfetamina.Como no caso da Metanfetamina.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-56987116992093539372007-11-05T19:41:00.000+00:002007-11-05T19:41:00.000+00:00«Se eu descrever exactamente a fórmula química da ...«Se eu descrever exactamente a fórmula química da droga e o processo de fabrico»<BR/><BR/>Aqui, estou a dar a ferramenta para que a produzam, sem esta informação a coisa é mais difícil, como ocorre na Net, e que objectivamente gera danos...Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-11576605472058449242007-11-05T19:10:00.000+00:002007-11-05T19:10:00.000+00:00Há uma grande diferença entre dar droga ou uma fac...Há uma grande diferença entre dar droga ou uma facada ou dar toda a informação acerca da droga ou da facada. Se eu descrever exactamente a fórmula química da droga e o processo de fabrico, ou a trajectória exacta da facada, não estou a cometer nenhum crime nem a matar ninguém.<BR/><BR/>É imoral dar a facada porque mato uma pessoa. Essa consequência é grave. Até pode ser imoral incitar alguém a dar facadas, pela mesma razão.<BR/><BR/>Mas ouvir música não é imoral, nem é imoral emprestar CDs, nem comprar CDs em segunda mão. O resultado em si, que é alguém ficar com a música sem pagar, não é imoral. Nem sequer é ilegal.<BR/><BR/>A única justificação é que permitir a cópia rende menos dinheiro. Mas isso vale para tudo. Para penteados, equações, anedotas.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-70057761818137514862007-11-05T16:38:00.000+00:002007-11-05T16:38:00.000+00:00«Mas agora imagine que eu não estou a contar a his...«Mas agora imagine que eu não estou a contar a história, mas sim a descrever o texto. Digo que tem 380 vezes a letra A, aparecendo na posição 1, 3, 9, 12, ..., 40 vezes o B ... e assim por diante. Isto não é a história do livro nem tem semelhança nenhuma com o livro. Mas se alguém usar esta informação pode recriar o livro.<BR/><BR/>O copyright hoje em dia está a ser usado para proteger qualquer informação que possa ser utilizada para recriar a obra.»<BR/><BR/>Só tu é que vez isso como sendo uma distinção relevante.<BR/>As objecções do Joaquim Amado fazem todo o sentido. <BR/><BR/>«"Eu não lhe vendi a droga. Simplesmente larguei a droga e peguei no dinheiro que ele tinha largado, ao mesmo tempo que ele pegou na droga que eu tinha largado."»<BR/><BR/>Aqui há um julgamento de intenções, e é bem óbvio.<BR/><BR/>No copyrigth também. Todos sabemos que sim, e isso nem sequer é considerado muito relevante. Continuas a insistir neste ponto como se os defensores do copyrigth não considerassem que é ético impedir a difusão da IDEIA a que chamamos "obra". <BR/><BR/>Mas todos eles consideram. Para eles a descrição do número de 'A's e 'B's não é mais do que um meio para fazer algo que consideram ilegítimo e pouco ético, e perfeitamente passível de proibição.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-34682276251354058822007-11-05T15:51:00.000+00:002007-11-05T15:51:00.000+00:00Ludwig,Correcção. Os guionistas não têm o meu apoi...Ludwig,<BR/><BR/>Correcção. Os guionistas não têm o meu apoio. Eles são assalariados. Recebem, mesmo que não produzam nada de jeito, e por isso, não fazem investimento nenhum, não lhes reconheço direitos sobre nada, da mesma maneira que se a série for um flop, eles não devolvem os ordenados.Antoniohttps://www.blogger.com/profile/05200952941766107760noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-21082851190070219932007-11-05T15:47:00.000+00:002007-11-05T15:47:00.000+00:00Temos hoje o exemplo acabado de como o copyright a...Temos hoje o exemplo acabado de como o copyright abolido pode acabar com a industria.<BR/><BR/>http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1309687&idCanal=10<BR/><BR/>Estes senhores recusam-se a escrever se não receberem o dinheiro que os outros andam a lucrar a vender o que eles criaram.<BR/>Têm o meu apoio.<BR/><BR/>Ludwig,<BR/><BR/>Haver mil encomendas de valor fixo é legal, vender a valor auto decidido pelo comprador é que é ilegal, pois leva a distorções do mercado.<BR/>É simples. Um maluco com necessidade de ouvir musica chata e bolorenta, que ganha 1000 euros por mês pode estar disposto a gastar esses 1000 euros para os Radiohead gravarem o disco, e outro maluquinho igual, tem 500 euros. Ambos valorizam o mesmo o disco, que é 100% do que têm! Neste caso, ambos têm rendimentos diferentes, mas, acabam por usufruir apenas do mesmo valor. Ou seja, de um disco! Porque é que um há de pagar 1000 pelo que outro só pagou 500? Em limite, se te fizerem o mesmo com os bens de subsistência básica, ganhares 1000 ou 100 é indiferente, pois sacar-te-ão sempre tudo o que tens, e isso é Skimming, e é ilegal.Antoniohttps://www.blogger.com/profile/05200952941766107760noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-47260232811549576692007-11-05T15:33:00.001+00:002007-11-05T15:33:00.001+00:00Ludwig:Mas agora imagine que eu não estou a contar...<B>Ludwig:</B><BR/><I>Mas agora imagine que eu não estou a contar a história, mas sim a descrever o texto. Digo que tem 380 vezes a letra A, aparecendo na posição 1, 3, 9, 12, ..., 40 vezes o B ... e assim por diante. Isto não é a história do livro nem tem semelhança nenhuma com o livro. Mas se alguém usar esta informação pode recriar o livro.</I><BR/>"Eu não lhe vendi a droga. Simplesmente larguei a droga e peguei no dinheiro que ele tinha largado, ao mesmo tempo que ele pegou na droga que eu tinha largado."<BR/>"Eu não o matei, apenas movi a mão em que tinha a faca e ele estava à minha frente."<BR/>"Eu não o atropelei. Estava apenas a conduzir o meu carro e passei pelo sítio onde ele estava."<BR/>"Eu não comprei nada com notas falsas. Limitei-me a colocar em cima do balcão umas fotocópias de notas que tinha no bolso e o empregado pegou nelas e não me pediu dinheiro nenhum."<BR/><BR/>O Ludwig quer mesmo convencer-nos que acredita que, ao copiar o livro ou música, não está a copiar nenhum livro ou música mas apenas a criar as instruções que poderão ajudar outras pessoas e recriar esse livro ou música?<BR/><BR/>Faça exactamente o que diz. Pegue numa música em formato digital e descreva quantas vezes é que cada byte aparece e em que posição. Copiar a música não vale.<BR/><BR/><I>Era verdade antes, quando a cópia tinha valor comercial. Hoje em dia só tem valor comercial porque a lei proibe a cópia. Tira-se a lei, e o mp3 terá tanto valor comercial como uma lista de jogadas de xadrez.</I><BR/>E o João é que apresentou um argumento circular? LOL<BR/><BR/>A Lei destina-se a proteger o valor da obra (não confundir com ideia). Se se acabar com a Lei, esse valor deixa de estar protegido e, porque haverá muitos que não respeitarão o direito do autor a lucrar com aquilo que produziu, este deixa de lucrar e a obra deixa de ter valor. Assim e para o Ludwig, pode-se perfeitamente acabar com a Lei.<BR/><BR/>E como é que isso se vai conjugar com o incentivo à a produção de obras se o valor destas fôr igual ao de uma lista de jogadas de xadrez? (não é esse o meu argumento a favor do copyright)<BR/>Quantos autores poderão continuar a produzir as suas obras se não forem remunerados pelo que produzem?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-90406245453030693142007-11-05T15:33:00.000+00:002007-11-05T15:33:00.000+00:00Nunca ouvi falar desse price skimming, e não me pa...Nunca ouvi falar desse price skimming, e não me parece que seja ilegal um artista dizer que grava o disco assim que tiver mil encomendas.<BR/><BR/>Mas se for, é mais uma coisa que gostava de ver alterada na lei.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-53237477411027110632007-11-05T15:31:00.000+00:002007-11-05T15:31:00.000+00:00António,«Criar perfumes envolve gastar dinheiro, t...António,<BR/><BR/><I>«Criar perfumes envolve gastar dinheiro, tal como criar uma musica, tal como gravar um filme»</I><BR/><BR/>Sim. Mas copiar a informação é gratuito.<BR/><BR/>Assim é razoável que haja um mercado em que se vende a criação de música ou filmes em vez da cópia.<BR/><BR/>O modelo que temos é dos tempos em que a cópia era a parte mais difícil.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-5118089739749683342007-11-05T15:28:00.000+00:002007-11-05T15:28:00.000+00:00Ludwig,Há outra coisa que podemos considerar, que ...Ludwig,<BR/><BR/>Há outra coisa que podemos considerar, que te tens estado a esquecer, ou talvez não saibas.<BR/>Aquilo que os Radiohead fizeram pode ser considerado ilegal.<BR/>Legalmente não podes sacar o máximo de cada um dos compradores. Em alguns mercados isto é ilegal. Chama-se "Price Skimming".<BR/>No caso particular não sei como é que registaram a venda, mas, por não terem agregado a produção ao preço, a coisa pode ser considerada um leilão, mas, o exemplo que tens postulado, de cobrar à cabeça para produzir a gravação, é Price Skimming e é ilegal.Antoniohttps://www.blogger.com/profile/05200952941766107760noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-81797373448050395062007-11-05T15:12:00.000+00:002007-11-05T15:12:00.000+00:00Ludwig,Criar perfumes envolve gastar dinheiro, tal...Ludwig,<BR/><BR/>Criar perfumes envolve gastar dinheiro, tal como criar uma musica, tal como gravar um filme, tal como gastar 2 anos a programar o software SGBD de geração seguinte.<BR/>Tudo o que implica gastar dinheiro para ser criado, implica uma relação comercial. Copiar o que outros gastaram dinheiro a criar, e por isso é investimento, é roubar, pois interfere na actividade comercial associada.<BR/>Nesse aspecto é exactamente igual a investir numa empresa. A tua lógica implicaria ter direitos sobre os dividendos de qualquer empresa sem pagar a parte do investimento.<BR/><BR/>Não é porque deus disse e foi escrito, é porque se alguém paga para criar, copiar é ilegal. Não interessa se tens uma cópia feita de uma cópia. Recepção de bens roubados ou contrafeitos é também ilegal. E não foi deus quem o disse...Antoniohttps://www.blogger.com/profile/05200952941766107760noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-76656555021965937042007-11-05T14:51:00.000+00:002007-11-05T14:51:00.000+00:00António,«Usufruir por cópia de algo que tem valor ...António,<BR/><BR/><I>«Usufruir por cópia de algo que tem valor comercial é atacar o sustento de alguém»</I><BR/><BR/>Novamente o argumento circular. Era verdade antes, quando a cópia tinha valor comercial. Hoje em dia só tem valor comercial porque a lei proibe a cópia. Tira-se a lei, e o mp3 terá tanto valor comercial como uma lista de jogadas de xadrez.<BR/><BR/>Acredito na Biblia porque Deus a escreveu, e acredito que a escreveu porque vem na Bíblia...Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-25538905249665057752007-11-05T14:46:00.000+00:002007-11-05T14:46:00.000+00:00João«Mas se a minha descrição for muito promenoriz...João<BR/><BR/><I>«Mas se a minha descrição for muito promenorizada, poderá chegar ao ponto de ser indistinguível do texto original.<BR/>Onde marcar a fronteira?»</I><BR/><BR/>Não é isso. O livro conta uma história. Se eu contar a mesma história da mesma maneira isso é igual ao livro.<BR/><BR/>Mas agora imagine que eu não estou a contar a história, mas sim a descrever o texto. Digo que tem 380 vezes a letra A, aparecendo na posição 1, 3, 9, 12, ..., 40 vezes o B ... e assim por diante. Isto não é a história do livro nem tem semelhança nenhuma com o livro. Mas se alguém usar esta informação pode recriar o livro.<BR/><BR/>O copyright hoje em dia está a ser usado para proteger qualquer informação que possa ser utilizada para recriar a obra.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-48159278671367628462007-11-05T14:43:00.000+00:002007-11-05T14:43:00.000+00:00Ludwig,Sobre "Achas que devia ser proibido partilh...Ludwig,<BR/><BR/>Sobre "Achas que devia ser proibido partilhar na internet ficheiros com a informação necessária para esse aparelho criar o cheiro do Chanel Nº 5? Eu acho que não."<BR/><BR/>Eu acho que sim, porque a versão iPod dessa coisa, com dois transmissores debaixo da roupa, permite que a chonhinhas sem cheta ande a cheirar a p#£@ fina, sem ter o e$tatuto para tal. É tão engano como andar a fotocopiar acções de empresas ou notas bancárias.<BR/><BR/>Usufruir por cópia de algo que tem valor comercial é atacar o sustento de alguém. Se os processos de cópia estão facilitados, isso não o torna legitimo interferir na relação comercial.<BR/>Em ultima análise, nem precisamos de nos esforçar para nada. Basta ter um bom copiador e viver a ostentar um monte de falsidades.<BR/>E voltamos à questão: Só ouve usufrui quem quer, e fornece quem quer com as regras que pretende. Se não queres pagar para ouvir musica ou para têr um livro, és livre de o fazer. Não usufruindo. Usufruir e impor as condições de usufruto, é treta da grossa. É um lado poder tudo e o outros só baixar as orelhas. Mas, se o outro tem o que tu queres, tu é que tens de te adaptar. Se o equilibrio é imposto legalmente, é tão legitimo como qualquer outro, e se não queres sofrer consequências, reges-te pelo que está imposto na lei.<BR/><BR/>Lembro-te que a lei não proibe a cópia de algo que o autor não deseja ver restrigido a nível de cópia. Só se o autor deseja essa restrição, sobre o seu trabalho, é que ela é imposta! Se o autor vende os direitos a uma editora, é quem compra o trabalho que tem esse direito, e não o autor.<BR/>A vontade de ter à borla, em todo o resto chama-se roubo. Porque é que na arte, musica ou literatura não o havia de ser? É por ser intelectual alegar que a cultura e o entretenimento são para todos?<BR/>O ultimo que vi com essa da multiplicação de algo para haver para todos, estava na realidade a fazer uma divisão. Não estás tu também a querer armar em messias com milegres invertido? :-)Antoniohttps://www.blogger.com/profile/05200952941766107760noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-21829505278011460022007-11-05T14:37:00.000+00:002007-11-05T14:37:00.000+00:00Joaquim,«Ninguém força a compra de música, da mesm...Joaquim,<BR/><BR/><I>«Ninguém força a compra de música, da mesma forma que ninguém é forçado a comprar comida, roupa, carros, bilhetes de cinema, brinquedos, ... Só compra quem pretende usufruir desses bens.»</I><BR/><BR/>Está a comparar bems materiais com informação pura. O que é regulado pelo copyright hoje em dia é informação.<BR/><BR/>Qual foi a sequência de jogadas com que Kasparov ganhou a Anand em 1995? Qual foi a sequência de sons com que o Brian Adams cantou Summer of 69 no concerto em Lisboa em 2005?<BR/><BR/>É este tipo de coisas que estamos a falar. É certo que alguém vai comprar a lista de jogadas de Kasparov se quiser. Mas se encontrar essa informação de graça também a pode obter dessa maneira. É informação. Não é propriedade privada nem um bem material limitado a um sitio e um momento. A informação pode-se reproduzir facilmente.<BR/><BR/>O problema com o copyright é que alguns tipos de informação são proibidos a quem não paga licensa como forma de obrigar a pagar essa licensa.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-88646289029511512692007-11-05T14:27:00.000+00:002007-11-05T14:27:00.000+00:00«Continua a insistir na confusão entre obra e idei...«Continua a insistir na confusão entre obra e ideia.<BR/>Ningué o proíbe de usar e difundir as ideias mas apenas de reproduzir as obras.»<BR/><BR/>Aqui o ponto do Ludwig é que como a obra pode ser reproduzida de infinitas formas diferentes, a única maneira de proibir a reprodução da obra é mesmo proibir a difusão das ideias que lhe estão subjacentes, num sentido muito promenorizado.<BR/><BR/>Acho que a ideia é algo do tipo: se eu ler um livro, devo ter o direito a contar o que lá está escrito, e a escrever essa descrição. Mas se a minha descrição for muito promenorizada, poderá chegar ao ponto de ser indistinguível do texto original.<BR/>Onde marcar a fronteira?<BR/><BR/>De facto, ao impedir a difusão da obra por p2p estamos mesmo a impedir - em certa medida - a difusão de ideias. Mas é um conjunto de ideias muito concreto, ao qual chamamos "obra". E isso já parece bem menos ilegítimo...João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-31141134703012980822007-11-05T14:25:00.000+00:002007-11-05T14:25:00.000+00:00Ludwig:É sobre a banda, normalmente, mas monopólio...<B>Ludwig:</B><BR/><I>É sobre a banda, normalmente, mas monopólio é monopólio.</I><BR/>Não é monopólio, é um acordo comercial de exclusividade. A banda concorda em não fazer negócio com mais nenhuma editora para poder usufruir do que aquela editora lhe oferece. Ambas as partes concordam com os termos do acordo e com a forma de dissolução do mesmo.<BR/><BR/>O uso do termo "monopólio" só pode ser visto como uma tentativa de colar a um acordo perfeitamente claro e justo (porque definido e aceite por ambas as partes) uma conotação negativa, com a intenção de defender uma ideia em cuja defesa perdeu todos os argumentos.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-45479023384007262532007-11-05T14:04:00.000+00:002007-11-05T14:04:00.000+00:00Ludwig,Aprecio muito a maioria do que escreve mas ...<B>Ludwig,</B><BR/>Aprecio muito a maioria do que escreve mas tenho que dizer que, na questão do copyright, a única coisa que tem feito é meter os pés pelas mãos.<BR/><BR/><I>Quem quer comprar compra, quem não quiser não compra. É puramente voluntário.</I><BR/>Exactamente o que escrevi.<BR/><BR/><I>Note que o argumento que critico diz que tem que haver copyright porque se deve remunerar esse vendedor de canções. Mas não é verdade.</I><BR/>E aqui começa a confusão. O argumento não é de que o <I>vendedor de canções</I> tem que ser remunerado mas sim que <I>quem quer comprar compra, quem não quiser não compra</I>, sendo que, naturalmente, só compra quem pretende usufruir do que foi produzido.<BR/><BR/><I>Na música torna-se ilegal a partilha de informação para forçar a compra, na premissa que há um dever de comprar. É essa premissa que é falsa.</I><BR/>Não, a sua premissa é que é falsa e entra em contradição com o que escreveu antes.<BR/>Ninguém força a compra de música, da mesma forma que ninguém é forçado a comprar comida, roupa, carros, bilhetes de cinema, brinquedos, ... Só compra quem pretende usufruir desses bens.<BR/><BR/><I>Inventou ou pagou a lingua Portuguesa?</I><BR/>No absurdo de alguém deter os direitos sobre a Língua Portuguesa, teria necessariamente que ser o Estado Português que também sou eu. Esse mesmo Estado investiu na minha formação e fez questão de que eu aprendesse a Língua Portuguesa o melhor possível para a usar ao longo da minha vida. Assim, mesmo que existissem direitos sobre a Língua Portuguesa, ter-me-ia sido dada autorização para a usar.<BR/>Por outras palavras, a sua pergunta não faz o mínimo sentido.<BR/><BR/>Alguém inventou e/ou pagou a Língua Portuguesa? Não.<BR/>Alguém se deu ao trabalho de juntar num livro (quase?) todas as palavras da Língua Portuguesa juntando a cada uma o respectivo significado? Sim.<BR/><BR/>O Ludwig pode perfeitamente dedicar-se a juntar num livro (seu) todas as palavras da Língua Portuguesa, juntar-lhes os respectivos significados e distribuir essa lista. Pode até procurar os significados em livros publicados e distribuidos por outros. O que não pode é pegar no livro que outros fizeram para vender e distribuir gratuitamente cópias desse livro, sem compensar devidamente os respectivos autores.<BR/><BR/><I>Se eu não lhe devo nada, como se justifica que me proiba de fazer cópias do que me bem apetecer?</I><BR/>Se é um livro que eu escrevi para distribuir comercialmente, nem deveria ser precisa qualquer justificação.<BR/>Quer copiar um livro e distrui-lo gratuitamente? Escreva-o.<BR/><BR/><I>Se o Joaquim se lembrar de usar um chapéu verde às bolas azuis todos que quiserem usar chapeu verde às bolas azuis têm que lhe pagar?</I><BR/>Continua a insistir na confusão entre obra e ideia.<BR/>Ningué o proíbe de usar e difundir as ideias mas apenas de reproduzir as obras.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-57519531062185027822007-11-05T12:52:00.000+00:002007-11-05T12:52:00.000+00:00António,«É um monopólio sobre aquela musica em par...António,<BR/><BR/><I>«É um monopólio sobre aquela musica em particular.»</I><BR/><BR/>É sobre a banda, normalmente, mas monopólio é monopólio. E claro que é sobre algo em particular... monopólio sobre tudo em geral era um exagero.<BR/><BR/><I>«É como qualquer um poder vender Channel. Não podem?! Pois não.»</I><BR/><BR/>Bom exemplo. Concordo que não deva ser permitido vender coisas com o rótulo «Chanel» sem autorização dessa empresa. Mas porque isso engana o comprador, ou engana quem vê o produto, e os donos da empresa podem não querer ser associados a esse produto. Não é uma questão de monopólio ou propriedade.<BR/><BR/>Mas imagina que criamos um aparelho parecido com as colunas do PC, mas que mistura várias substâncias e as espalha no ar. Pode ser programado para criar cheiros diferentes.<BR/><BR/>Achas que devia ser proibido partilhar na internet ficheiros com a informação necessária para esse aparelho criar o cheiro do Chanel Nº 5? Eu acho que não.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-69436236774940874712007-11-05T12:36:00.000+00:002007-11-05T12:36:00.000+00:00António, Acho que "ter mais" poderá nem ser verdad...António, <BR/><BR/>Acho que "ter mais" poderá nem ser verdade, talvez só no início.Anonymousnoreply@blogger.com