tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post9191560571297458583..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: Interpretando.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger118125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-88325702095153519552009-03-20T21:42:00.000+00:002009-03-20T21:42:00.000+00:00Barba,Um químico pode determinar a composição de u...Barba,<BR/><BR/>Um químico pode determinar a composição de uma substância. Um espectrómetro de massa pode fazer o mesmo. O conhecimento gerado foi aquele relatório com a lista de componentes que alguém pode ir ler. O que o químico sentiu -- realizado por um trabalho bem feito, aborrecido com a chatice da coisa, contente por ter corrido bem, interessado no resultado, etc -- é inegavelmente importante. Na verdade, é a única coisa importante. Porque o relatório que ninguém lê ou pelo qual ninguém se interessa não importa.<BR/><BR/>Mas a parte que é conhecimento é a outra. Aquela que é acerca da composição da substância e não acerca da opinião, interesses ou sentimentos do químico.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-76770062882392727802009-03-20T21:38:00.000+00:002009-03-20T21:38:00.000+00:00Wyrm,«Eu reagi porque se eu encontro um significad...Wyrm,<BR/><BR/><I>«Eu reagi porque se eu encontro um significado ou sentido pessoal no cosmos que me rodeia em que é que isso belisca a ciência?»</I><BR/><BR/>Depende do que queres dizer com "encontro".<BR/><BR/>Se eu olho para uma núvem e vejo a cara do Clinton isso não belisca a ciência. Mas se eu digo que encontrei mesmo a cara do Clinton na núvem isso já é outra coisa.<BR/><BR/>Portanto se tu tens uma fé pessoal, uma visão do universo, uma sensação do transcendente ou assim e assumes que isso é algo que tu estás a projectar no universo, isso não tem mal nenhum para a ciência. É algo que vem de ti, tal como as coisas que vês nas núvens.<BR/><BR/>Mas se te tornas num profissional disso, num astrólogo ou teólogo, e dizes que essas coisas que vês estão mesmo lá, que as encontras porque existem independentemente de ti, então entras em conflito com a ciência que diz o contrário. Que não está lá a cara do Clinton e não está lá nenhum propósito para o universo, nenhum "transcendente" ou que seja.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-12709070707136792262009-03-20T19:23:00.000+00:002009-03-20T19:23:00.000+00:00Barba,Agora não me vou chatear muito consigo porqu...Barba,<BR/>Agora não me vou chatear muito consigo porque até gostei um bocadinho da resposta que deu ao Ludwig.<BR/>De qualquer maneira, <BR/>«É que quando cito um papa, não pretendo atingir muçulmanos»<BR/>Então pretende atingir todos os católicos? E acha que eles se devem sentir todos responsáveis por aquilo que cada um deles diz? Não bate certo.<BR/> Não preciso de renegar a liderança do Papa por eventualmente não concordar com tudo o que ele diz (o que é raro). Se ele, ainda que no domínio da Fé, até tem a possibilidade de invocar infalibilidade e não o faz é porque sente que aquilo que diz deve ser tomado em consideração com uma autoridade não acima das capacidades humanas que nos são comuns. <BR/> Mas deixemos isso. Eu quero saber é porque é que se faz uma pesquisa em Pensamento Crítico e aparecem uma série de págunas iguaizinhas à conversa deste blog. Mas que treta é esta?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-21486659967098572002009-03-20T18:52:00.000+00:002009-03-20T18:52:00.000+00:00NunoLembrem-se disso quando citarem um padre ou um...Nuno<BR/><BR/><I>Lembrem-se disso quando citarem um padre ou um bispo ou o papa ou uma curiosidade de uma qualquer religião para atingir todos os crentes.</I><BR/><BR/>Já imaginava que esta era a tua intenção.<BR/><BR/>Mas esqueces-te de um problema. É que quando cito um papa, não pretendo atingir muçulmanos, por mais parecidas as coisas que digam. É apenas para atingir aqueles que segundo o seu baptismo, estão confinados a acreditar no papa como o representante máximo da igreja.<BR/><BR/>Eu, enquanto ateu e secular, não tenho nenhum representante que eu não decida escolher.<BR/><BR/>É essa a diferença ;).<BR/><BR/>Se renegas a liderança do papa, como muitos católicos o fazem, lamento mas então não estão a levar a sua religião suficientemente a sério. <BR/><BR/>Não, não o lamento, é um alívio.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-78322197970157498802009-03-20T18:51:00.000+00:002009-03-20T18:51:00.000+00:00"O que estou a dizer é que sentires que há algo tr..."O que estou a dizer é que sentires que há algo transcendente, "para lá" ou o que raio for não é *saberes* que isso existe. É sentires, e nada mais. O único conhecimento aí é saberes que sentiste."<BR/><BR/>Possivelmente sou limitado como muita gente daqui se apressará a confirmar, mas não creio que isto estava bem explicito no teu texto.<BR/><BR/>Eu reagi porque se eu encontro um significado ou sentido pessoal no cosmos que me rodeia em que é que isso belisca a ciência? Em nada pois trata-se de construções pessoais e não me parece que seja menos ou mais que um cientista por fazê-lo.<BR/><BR/>Com esta pequena frase passo a concordar na integra com o texto inicial. E sim, eu sei, é para o lado que dormes melhor.Wyrmhttps://www.blogger.com/profile/11689295572909357838noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-87333195041878860212009-03-20T18:48:00.000+00:002009-03-20T18:48:00.000+00:00Obrigado pela tua resposta, Ludwig. Não sinto uma ...Obrigado pela tua resposta, Ludwig. Não sinto uma grande harmonia nos nossos juízos :). Existe aqui uma dissonância, que se percebe nos pormenores.<BR/><BR/>Quando dizes que um ser humano que faz ciência "também sente o que faz", tornas a coisa desnecessária. É como comer chocolate. Aquilo que eu estou a dizer é que é mais do que comer chocolate. Sem "sentir", o homem é <I>incapaz de fazer ciência</I>. E não falo apenas da questão da motivação, mas o acto exacto de fazer ciência.<BR/><BR/>Einstein tornava isto claro quando dizia, <I>science without religion is lame</I>.<BR/><BR/>Aquilo que eu digo é que obviamente o eu sentir que "há algo para lá de", o transcendente, não indica que eu saiba que existe. E no entanto é fundamental. Sem isto, não faço ciência. E por outro lado, a sensação do transcendente é real e <I>transmissível</I>. Não é solipsista. Faz parte da cultura, e portanto do conhecimento (Não o conhecimento de <I>haver algo para lá de</I>, mas o conhecimento da experiência em si). É <I>vital que faça parte do nosso conhecimento</I>, se quisermos que a ciência floresça.<BR/><BR/>Não concordo muito com o teu segundo parágrafo, mas tenho dificuldade em fazer um <I>head shot</I> ao que é exactamente. Concedo momentaneamente :). Talvez seja isto, comento esta frase tua:<BR/><BR/><I>Aquilo que se admite legitimamente distinto de pessoa para pessoa não é conhecimento.</I><BR/><BR/>Agora, pensemos. Imaginemos que uma pessoa não admite como conhecimento algo que tu tomas como tal. Isto é possível para tudo, ad absurdum. E pode até ser legítimo, pois o ser humano não é perfeito, e mesmo com a melhor das intenções, pode "errar" desta maneira. Quem é que decide o que é conhecimento e o que não é?<BR/><BR/>Outro exemplo. Se seis mil milhões de pessoas tiverem uma religião igual, e formarem um planeta inteiro (não há outras religiões), então será essa religião <I>conhecimento</I>, e não crença pessoal? Se uma pessoa nascer e morrer no médio oriente sem nunca se atravessar com alguém que não seja muçulmano, será irrazoável da parte dele entender a sua religião como conhecimento?<BR/><BR/><BR/><BR/>Finalizando, agradeço a tua resposta, porque já não falas daquilo que não é ciência como apenas "gostar de chocolate". Acho que aqui já há progressos.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-84974778571239964982009-03-20T18:39:00.000+00:002009-03-20T18:39:00.000+00:00Ludwig,««Mas afinal você é pastor desta igreja[......Ludwig,<BR/><BR/>««Mas afinal você é pastor desta igreja[...]?»<BR/><BR/>Não.»<BR/><BR/>Tem graça. É tão parecido com aquilo que por aqui diz. Ele há coincidências curiosas.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-66273747718863310042009-03-20T18:29:00.000+00:002009-03-20T18:29:00.000+00:00Cristy,Posso garantir-lhe que, apesar de escrever ...Cristy,<BR/><BR/>Posso garantir-lhe que, apesar de escrever de uma forma que por vezes roça a rudeza, nunca chamei "imbecil" (ou outro mimo do género) a alguém.<BR/><BR/>Por isso deixo de ligar pevide ao que a Cristy diz quando noto que você só se manifesta acerca da educação de quem não concorda com as suas ideias ou as do seu irmão.<BR/><BR/>Com um carácter desses, agradeço mesmo que, velando pela minha saúde, não reaja mais aos meus disparates que eu tentarei não reagir aos seus<BR/><BR/>Bem haja Cristy pela sua frontalidade e coragem de teclado! :)Wyrmhttps://www.blogger.com/profile/11689295572909357838noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-59144565836013852632009-03-20T18:26:00.000+00:002009-03-20T18:26:00.000+00:00Barba,«nem todas as pessoas são responsáveis pelo ...Barba,<BR/>«nem todas as pessoas são responsáveis pelo que outras fazem».<BR/>Ah, assim está bem.<BR/> Lembrem-se disso quando citarem um padre ou um bispo ou o papa ou uma curiosidade de uma qualquer religião para atingir todos os crentes.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-30505444977280922172009-03-20T17:50:00.000+00:002009-03-20T17:50:00.000+00:00Barba,« Existem imensas questões culturais essenci...Barba,<BR/><BR/><I>« Existem imensas questões culturais essenciais à formação humana que são inerentemente, inevitavelmente, e obrigatoriamente subjectivas ou inter-subjectivas.»</I><BR/><BR/>Estás novamente a atolar-te numa distinção problemática.<BR/><BR/>O conhecimento tem de ser uma coisa tal que, se tu sabes A então não pode outro saber a negação de A e terem ambos conhecimento. Um tem forçosamente que estar enganado. Isto seja objectivo (o electrão tem uma massa menor que o protão), intersubjectivo (eu sei que tu estás a ler isto) ou subjectivo (hoje apeteceu-me chá de mentol). Se extrais daqui algo que seja conhecimento então forçosamente será igual para todos que o conheçam.<BR/><BR/>Aquilo que se admite legitimamente distinto de pessoa para pessoa não é conhecimento. É vontade, preferência, gosto, valor, sensação, pressentimento, medo, anseio, paixão, o que for. Tudo coisas muito importantes (aliás, a própria importância está nesta categoria) mas não são conhecimento.<BR/><BR/><BR/><I>«Não concebo a coisa com esse preto e esse branco. O facto é que é tudo muito cinzento, e tanto as ciências têm muito de interpretação (a crítica pósmodernista, embora algo ridícula se levada muito a sério, tem algo de verdadeiro), como as artes, a intuição, etc., têm algo de objectivo.»</I><BR/><BR/>Isso é porque quando um ser humano faz ciência também sente o que faz e não se pode fazer arte sem alguma ciência (algum conhecimento). Mas isso não invalida que o conhecimento seja uma coisa diferente dessas outras. Não é por haver pão que água e farinha passam a ser a mesma coisa.<BR/><BR/>Nota que não estou a dizer que o que não for conhecimento é por isso irrelevante. Pelo contrário. A nossa motivação, inspiração, intuição e essas coisas todas são fundamentais -- e nada sequer seria importante sem isso. O conhecimento, por si só, não pode ser importante porque importância é uma das outras coisas.<BR/><BR/>O que estou a dizer é que sentires que há algo transcendente, "para lá" ou o que raio for não é *saberes* que isso existe. É sentires, e nada mais. O único conhecimento aí é saberes que sentiste.<BR/><BR/>Penso que perdes de vista a diferença por tentares fazer a distinção entre objectivo, intersubjectivo e essas coisas. Não é essa a distinção relevante. A ciência serve tanto para o subjectivo com para o objectivo. Tu tanto podes medir o espectro de emissão de uma substância como medir a cor que tu lá vês (comparando com uma escala de cores, por exemplo). E se queres distinguir se o que vês é mesmo o que está lá ou uma ilusão de óptica também é a ciência que te ajuda.<BR/><BR/>A distinção é entre aquilo que averiguas ser verdade -- conhecimento -- e o resto que não tem nada a ver com verdadeiro ou falso.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-12956650800001990992009-03-20T17:41:00.000+00:002009-03-20T17:41:00.000+00:00Caro Wyrme,ora essa, tanto azedume contra mim, qua...Caro Wyrme,<BR/>ora essa, tanto azedume contra mim, quando eu até o defendi contra comparações com o Perspectiva?<BR/>Como a última coisa que quero é contribuir para a apoplexia da qual me parece que se aproxima a passos largos, prometo não reagir mais aos seus disparates. Mas por amor de seja lá o que for, acalme-se, homem :-), a vida é bela.<BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-57308478580184868162009-03-20T17:37:00.000+00:002009-03-20T17:37:00.000+00:00Nuno Gaspar,«Mas afinal você é pastor desta igreja...Nuno Gaspar,<BR/><BR/><I>«Mas afinal você é pastor desta igreja[...]?»</I><BR/><BR/>Não.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-74173425228014079822009-03-20T15:48:00.000+00:002009-03-20T15:48:00.000+00:00Desculpe lá, Nuno, mas onde é que o Ludwig está ne...Desculpe lá, Nuno, mas onde é que o Ludwig está nesse site?<BR/><BR/>Você tem a noção de que a internet é algo assim para o grande e que contém tudo e mais alguma coisa, não? Até coisas tão disparatadas (ou não) como uma igreja do pensamento crítico. E que nem todas as pessoas são responsáveis pelo que outras fazem.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-65606481477298815962009-03-20T15:05:00.000+00:002009-03-20T15:05:00.000+00:00http://churchofcriticalthinking.org/Ludwig,Mas afi...http://churchofcriticalthinking.org/<BR/><BR/>Ludwig,<BR/>Mas afinal você é pastor desta igreja pago com o dinheiro dos contribuintes ou não?<BR/><BR/>Ou este site é apenas uma metáfora?<BR/><BR/>Ou a disciplina que lecciona e este blog não têm nada que ver com este site?<BR/><BR/>Se tiver tempo explique-me, mas devagarinho, pois, como já notou, sou de compreensão muito lenta e de racionalidade débil. Facilmente me convencem de ilusões e fantasias.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-35742008230119632262009-03-20T11:39:00.000+00:002009-03-20T11:39:00.000+00:00Ludwig, a tua divisão é excelente. Para um cientis...Ludwig, a tua divisão é excelente. Para um cientista. Para um biólogo que como tu, tem o direito de compreender até onde pode ir com as suas teses científicas.<BR/><BR/>Mas não chega para um ser humano, porque nós não temos apenas uma colectânea de teses científicas como conhecimento. E dizer que essa parte reduz-se a um "gostar de chocolate" ou sentir que há um propósito na vida (tradução: metafísicas ridículas), é, a meu ver, falso. Muito ignorante, até. Existem imensas questões culturais essenciais à formação humana que são inerentemente, inevitavelmente, e obrigatoriamente subjectivas ou inter-subjectivas.<BR/><BR/>O que eu quero dizer, e admito que não me exprimo bem (Não sou um teórico de arte que te possa mostrar os teus erros na tua linguagem mais algébrica de um modo mais sucinto e claro), é que é falso a tua noção de que do outro lado da ciência não existem verdades "objectivas".<BR/><BR/>Não concebo a coisa com esse preto e esse branco. O facto é que é tudo muito cinzento, e tanto as ciências têm muito de interpretação (a crítica pósmodernista, embora algo ridícula se levada muito a sério, tem algo de verdadeiro), como as artes, a intuição, etc., têm algo de objectivo.<BR/><BR/>Muitas vezes, concebes a filosofia como estando antes da ciência. Eu diria que a arte entra antes da filosofia, e quando digo "arte", digo intuição do imanente, do transcendente. Do existir algo para lá de. Criatividade, "to think outside the box", que eu sei que achas essencial. Mas isto é social. Não é "dado", é cultivado. Daí a necessidade de poesia, de arte. Não é "chocolate".<BR/><BR/>A espiritualidade entra claramente dentro desta sensibilidade. E a religião também. Acho que é por isto que receias este campo. Mas não tens de recear. Porque concordo absolutamente com os teus últimos parágrafos, apesar de termos estas características e capacidades intuitivas, inferir delas seres infinitos, inefáveis, deuses, messias, etc., é falso.<BR/><BR/>Ou seja, inferir de sensibilidades inter-subjectivas factos super objectivos e eternos, é de uma vigarice intelectual enorme.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-39746960069731672552009-03-20T10:34:00.000+00:002009-03-20T10:34:00.000+00:00Barba,«Não é nem pessoal nem intransmissível. Era ...Barba,<BR/><BR/><I>«Não é nem pessoal nem intransmissível. Era essa a minha crítica ao Ludwig. Não é totalmente subjectivo. É aquilo que os filósofos chamam de "inter-subjectivo", ou seja, subjectivo mas partilhado na consciência social.»</I><BR/><BR/>Continuo com o problema de não perceber em concreto o que queres dizer. Os termos que usas abarcam coisas muito diferentes ("intersubjectividade" em filosofia é um pantano de significados...).<BR/><BR/>Eu proponho a seguinte divisão. De um lado tudo aquilo que se pretende corresponder à realidade, sendo realidade aquilo que não depende do que pensamos dela. É aqui que está a ciência e, defendo, é aqui que não se faz nada de jeito sem ciência.<BR/><BR/>Do outro lado está o resto. Que é muita coisa mas que não pretende corresponder a alguma realidade objectiva. É o gostar de chocolate (independentemente se tu gostas também ou não), é o sentir que se tem um propósito na vida e muitos juízos de valor que fazemos.<BR/><BR/>Tudo isso é importante, concordo. Mas quando um astrólogo diz que Jupiter significa isto e aquilo, e um padre diz que a evolução humana tem um propósito, estão a afirmar coisas acerca do que pretendem ser a realidade e a colocar-se bem no meio da primeira categoria.<BR/><BR/>Isto em contraste com os que dizem sei lá se existem deuses ou o que fazem, mas eu quero ter fé nesse propósito para a minha existência. Esses colocam-se na segunda categoria.<BR/><BR/>O que eu faço não é chamar ninguém de idiota. É apontar o disparate de fazer aquele tipo de afirmações, pretender que correspondem à realidade e fingir que não contradizem a ciência.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-18031693691030022582009-03-20T10:23:00.000+00:002009-03-20T10:23:00.000+00:00Acredito nisso e não tenho provas senão o que vivi...<I>Acredito nisso e não tenho provas senão o que vivi, senti. É por isso que a minha crença é pessoal e intransmissível.</I><BR/><BR/>Não é nem pessoal nem intransmissível. Era essa a minha crítica ao Ludwig. Não é totalmente subjectivo. É aquilo que os filósofos chamam de "inter-subjectivo", ou seja, subjectivo mas partilhado na consciência social.<BR/><BR/>E referes-te ao espiritual. Concordo. Diria o imanente, o transcendente, que é algo que existe em toda a cultura humana, e não se reduz a "sentimentos" que se possam deitar para o lado como coisas pessoais e intransmissíveis, fora da esfera pública. <BR/><BR/>Que depois alguns revistam esta característica humana extraordinária e inspiradora do ser humano como evidência de deuses, de magias, de messias e afins, é apenas sinal que a vigarice e o auto-engano intelectual é difícil de purgar.Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-79490060380827306392009-03-19T19:56:00.000+00:002009-03-19T19:56:00.000+00:00Se eu achincalho e insulto, é porque a caríssima C...Se eu achincalho e insulto, é porque a caríssima Cristy ainda tem a pele mais fininha que eu.<BR/><BR/>Já a vi fazer o mesmo várias vezes e de uma forma ainda mais grosseira, procedendo ao insulto e chacota em grupinho com outros frequentadores deste blog.<BR/><BR/>Não é preciso muita pesquisa para ler os seus dislates, mas claro dizer "és uma besta" é sempre mais rude que dizer "você é uma abominação." Os meus insultos são sinceros e não dissimulados.<BR/><BR/>De resto não me ofendi com nada. Não gostei de uma afirmação e disse-o e, neste blog cujo o dono tem a graciosidade de permitir os meus comentários, tenho reagido a insultos mais vezes que as que os iniciei. E quando o fiz, pedi desculpa ao Ludwig.<BR/><BR/>De resto compreendo a sua reacção. É que quando a Cristy insulta, está a ser frontal quando os outros insulta estão a ser rudes. Quando a Cristy discorda de uma ideia, está a debater. Quando os outros discordam, estão a censurar.<BR/><BR/>É extraordinária a forma como a Cristy faz exactamente aquilo que me acusa.<BR/><BR/>Continue Cristy, afinal por detrás de um teclado todos somos muito frontais e directos. E os amigos gostam. :)Wyrmhttps://www.blogger.com/profile/11689295572909357838noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-65747751138091013452009-03-19T17:31:00.000+00:002009-03-19T17:31:00.000+00:00Caríssimo Wyrme,mesmo correndo o risco que me vá à...Caríssimo Wyrme,<BR/>mesmo correndo o risco que me vá às trombas e as outras alarvidades que aqui cistume debitar, não posso deixar de notar o fenómeno interessante - que a meu ver o aproxima muito mais do Zéquinha que do Perspectiva - de que os que mais insultam e achincalham, mais ofendidos se sentem por tudo e por nada. Não sei se o Freud também tinha explicação para isso, mas não descarto a hipótese de se inserir numa das suas famosas teorias.<BR/>(Pouco Anónima)CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-14802685540896890702009-03-19T16:49:00.000+00:002009-03-19T16:49:00.000+00:00"Outra coisa que quero adicionar, é que dizer que ..."Outra coisa que quero adicionar, é que dizer que é mau uma pessoa ter convicções é tão ridículo como paradoxal."<BR/><BR/>Não é mau ter convicções. É mau quando do alto da sua convicção ninguém guarda um pequeno espaço para a dúvida. Dúvida aqui no sentido socrático do termo.<BR/><BR/>É saudável, creio, que do alto de uma certeza a pessoa tenha a consciência de que pode não estar certo porque pode não estar na posse de toda a informação ou pode ter percebido mal as premissas. <BR/><BR/>Em relação ao post, apenas contesto a afirmação da ausência de algo mais do que o que é observável, as comparações grosseiras do pantano que te faz sentir triste e do campo que te faz sentir contente. A redução do ser humano a um mero conjunto de orgãos sem nada mais.<BR/><BR/>Posso estar errado, mas julgo que esse "algo mais" ou se preferires, essa espiritualidade existe e é algo que não pode ser medido nem contado, nem depende de regras da física.<BR/><BR/>É o mesmo que anima o génio de um pintor, de um músico, de um matemático... Aquilo que faz a diferença entre mim, que tenho a mania que toco baixo, e um Jaco Pastorius. É o que faz com que se possa lispar um robot para tocar baixo mas nunca será o mesmo que ouvir o Jaco.<BR/><BR/>Acredito nisso e não tenho provas senão o que vivi, senti. É por isso que a minha crença é pessoal e intransmissível. E é por isso que reagi. Não para calar o Ludwig, mas para contestar. E comecei por fazê-lo com base em palavras do proprio quando lhe perguntaram o que ele faria se a icar não tentasse governar as nossas vidinhas: "escrevia apenas sobre copyright."<BR/><BR/>"Então estamos de acordo que o que tu propões é dar a um o direito de obrigar todos os outros."<BR/><BR/>Bom, este simbolo (=/=) significa "diferente" logo nào percebo de onde sacaste essa.<BR/><BR/>Em todo o caso eu não quero obrigar ninguém a nada. Como seria isso possivel?<BR/><BR/>"Ai, eu estava quieto em casa quando o dvd pirata entrou pela janela e meteu-se no meu leitor. Tentei tirá-lo mas não consegui e o dvd mágicamente obrigou-me a vê-lo na totalidade. Eu não queria, logo é injusto eu ter de pagar!"<BR/><BR/>Claaaaaaro :)Wyrmhttps://www.blogger.com/profile/11689295572909357838noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-27546464106534610362009-03-19T15:18:00.000+00:002009-03-19T15:18:00.000+00:00Wyrm,«Qualquer um é livre de dar a sua obra =/= qu...Wyrm,<BR/><BR/><I>«Qualquer um é livre de dar a sua obra =/= qualquer um é livre de usufruir de uma obra.»</I><BR/><BR/>Então estamos de acordo que o que tu propões é dar a um o direito de obrigar todos os outros.<BR/><BR/>É isso que eu aceito que se justifica quando o bem em questão força essa opção como única viável. Mas é isso que eu rejeito sempre que há alternativas. Seja na investigação científica, na matemática, na linguagem, no html, nos jogos de xadrez, na música, etc.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-43621493075779644152009-03-19T15:16:00.000+00:002009-03-19T15:16:00.000+00:00Wyrm, podias concretizar melhor em que parte do po...Wyrm, podias concretizar melhor em que parte do post não te revês minimamente? Seria mais interessante do que a crítica vaga. Com exemplos, etc. <BR/><BR/>Outra coisa que quero adicionar, é que dizer que é mau uma pessoa ter convicções é tão ridículo como paradoxal. Como é que alguém pode ter então a convicção dessa mesma regra? (e defendê-la?)Barba Rijahttps://www.blogger.com/profile/06514373829674181118noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-52520360641344608232009-03-19T15:02:00.000+00:002009-03-19T15:02:00.000+00:00"OK. Se a lei de propriedade intelectual não é obr..."OK. Se a lei de propriedade intelectual não é obrigatória, e só se aplica a quem voluntariamente a aceitar, por mim fica tudo bem. Assim quem quiser respeita essa propriedade e não copia. Quem quiser copiar ignora a lei que é voluntária e copia à vontade."<BR/><BR/>Parabéns pelo reviralho.<BR/>Qualquer um é livre de dar a sua obra =/= qualquer um é livre de usufruir de uma obra.Wyrmhttps://www.blogger.com/profile/11689295572909357838noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-64095814965126432462009-03-19T14:32:00.000+00:002009-03-19T14:32:00.000+00:00Wyrm,«Apenas quando tu ignoras o que eu já disse m...Wyrm,<BR/><BR/><I>«Apenas quando tu ignoras o que eu já disse milhares de vezes: a lei da propriedade intelectual não é obrigatória. Qualquer um pode dar o seu trabalho se quiser.»</I><BR/><BR/>OK. Se a lei de propriedade intelectual não é obrigatória, e só se aplica a quem voluntariamente a aceitar, por mim fica tudo bem. Assim quem quiser respeita essa propriedade e não copia. Quem quiser copiar ignora a lei que é voluntária e copia à vontade.<BR/><BR/>Mas se por um dizer "isto é meu" obriga todos os outros a respeitá-lo, então deixa de ser voluntária. Passa a obrigatória. E é isso que precisa de ser justificado.<BR/><BR/>Se o problema é remunerar o trabalho, pois que ele diga "só faço a música se me prometerem que pagam" e está o problema resolvido.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-68446104211615388892009-03-19T14:30:00.000+00:002009-03-19T14:30:00.000+00:00Wyrm,«Continuo a dizer que por muito "educado" que...Wyrm,<BR/><BR/><I>«Continuo a dizer que por muito "educado" que seja é um pouco triste meter no saco dos idiotas todos aqueles que possuem uma visão metafisica do cosmos.»</I><BR/><BR/>Eu não classifico as pessoas, até porque não as conheço o suficiente para isso.<BR/><BR/>Classifico sim as ideias que elas me transmitem. E não vejo mal nenhum em classificar como idiota a ideia que alguém criou o universo com intenção de que vissemos neste universo um certo significado.<BR/><BR/><I>«Acredito que o Universo é muito vasto e há mais nele que o que podemos medir ou contar. Acredito devido ao meu percurso de vida até agora. E na minha "crença" nada há, nada!, que entre em conflito com o que a ciência nos trouxe até agora.»</I><BR/><BR/>Eu também acredito que no universo há coisas que não podemos medir ou contar. Não vejo problema nenhum nessa crença. A menos que depois afirmes ter algum conhecimento acerca dessas coisas. As religiões usam muito esse argumento: há coisas que não podemos saber, e nós sabemos quais são. Que também me parece disparatado...Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.com