tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post8050807934805984381..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: Os campos.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger61125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-76312116095459888792012-09-05T22:53:32.437+01:002012-09-05T22:53:32.437+01:00Caro Ludwig,
Continuo sem perceber como podes...Caro Ludwig,<br /> Continuo sem perceber como podes traduzir a frase de Albert de tal forma que o fazer dizer que os campos são coisas físicas. <br /> Quando dizes que os campos "existem" estás a falar de uma existência "qualificada". O problema aqui está em não podermos colocar ao mesmo nível a "existência" e a existência.alfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-86376931276673629652012-09-04T20:18:50.894+01:002012-09-04T20:18:50.894+01:00Alfredo,
Continuo a não perceber porque é que tu ...Alfredo,<br /><br />Continuo a não perceber porque é que tu consideras que <i>«The true relativistic-quantum-field-theoretical equivalent to there not being any physical stuff [...] the simple absence of the fields!»</i> Não me explicaste o que tu, ou o teu conhecido, consideram ser "the simple absence of the fields". A mim parece-me tão absurdo como exigir a ausência de derivadas ou de números primos.<br /><br />Compreendo que os campos físicos não são puramente matemáticos. Isso é, aliás, uma posição que tenho defendido, em oposição à ideia de que pode haver conhecimento sem nada de empírico. A matemática permite definir infinitos campos, mas só alguns servem para dizer alguma coisa acerca da realidade e são esses que a física escolhe. Mas isso não faz com que os campos deixem de ser conceitos matemáticos e passem a ser <i>« no less than giraffes or refrigerators or solar systems -- [...]particular arrangements of elementary physical stuff»</i>.<br /><br /><i>«Poderíamos entrar em alguns pormenores, mas não creio que isso seja fundamental.»</i><br /><br />Pode ser ou não. Deixo isso por tua conta. O que queria que fizesses era explicar o que queres dizer com os campos não existirem. Por exemplo, considera o campo que faz corresponder a cada ponto o número de unicórnios que intersectam esse ponto. Eu proponho que esse campo "existe" no mesmo sentido em que "existe" qualquer conceito matemático, mas como não existem unicórnios esse campo é zero em todos os pontos. Tu discordas disto? Defendes que esse campo não existe? Se sim, por favor explica o que entendes por o campo não existir, porque para mim parece que isso não faz sentido.<br /><br />Nota que uma mera alegação de que isto é complicado, ou de que um conhecido teu que percebe disto diz que eu estou baralhado, não contribuem nada para esclarecer este problema.<br /><br /><i>«Em todo o caso, noto que fazes Albert dizer que os campos são “coisas físicas”, talvez a tua tradução da passagem “particular arrangements of elementary physical stuff”. Não creio que isto se possa traduzir por “coisas físicas”.»</i><br /><br />A passagem toda é esta:<br /><br /><i>«Relativistic-quantum-field-theoretical vacuum states — no less than giraffes or refrigerators or solar systems — are particular arrangements of elementary physical stuff.»</i><br /><br />A mim parece-me que girafas, frigorificos e sistemas solares são coisas.<br /><br /><i>«Creio que o mínimo que deverias fazer era conceder-lhe o benefício da dúvida naquilo em que ele te parece pouco informado, antes de o acusares de não saber do que fala.»</i><br /><br />Se lhe conceder o "benefício da dúvida" quando ele escreve algo que me parece absurdo nunca ficarei esclarecido. Digo amén, baixo a cabeça, mas não percebo nada.<br /><br />Em vez disso acho mais sensato explicar o que me parece errado, na esperança de que quem discordar de mim tenha a delicadeza de me explicar também porque eu estou errado.<br /><br />Argumentos de autoridade não adiantam de nada.<br /><br /><i>«Desculpa esta frontalidade, mas creio que talvez te faça bem reconheceres que não és tão bom em tantas áreas como crês.»</i><br /><br />Não tens nada que pedir desculpa pela frontalidade. Fico até muito satisfeito que, desta vez pelo menos, tenhas sido claro no que pensas. Se ajudar, admito já para quem estiver interessado que não me considero bom em nenhuma área, pelo que nada do que digo ou escrevo deve ser aceite como autoritário e que não me devem dar o benefício da dúvida se parecer disparate.<br /><br />Agora só te peço que sejas igualmente frontal e explícito no resto da conversa e me expliques o que entendes por um campo não existir.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-59781147723317554992012-09-04T10:42:51.281+01:002012-09-04T10:42:51.281+01:00PROBLEMAS COM A TEORIA DE FLUTUAÇÃO QUÂNTICA DO LU...PROBLEMAS COM A TEORIA DE FLUTUAÇÃO QUÂNTICA DO LUDWIG<br /><br />O Ludwig tem fé na origem de todo o Universo a partir de uma espuma instável de energia e partículas potenciais. <br /><br />No entanto, esta “teoria” (do calibre da teoria de que ”chuva cria códigos”) tem demasiados problemas para ser levada a sério. <br /><br />1) É impossível testar a origem do Universo por esse modo em laboratório ou no terreno porque quer um que outro são parte do Universo existente. <br /><br />2) Tendo em conta a lei da conservação da energia, toda a energia do Universo teria já que estar presente no início, porque a energia não se cria do nada, o que mostra que a teoria não explica a origem do Universo. <br /><br /><br />3) Uma flutuação quântica nunca produz algo a partir do nada sem causa, limitando-se apenas a converter energia em massa e massa em energia, sem violar a lei da conservação da energia. <br /><br /><br />4) Uma flutuação quântica supõe a existência de energia com potencial matéria/anti-matéria, devendo conter a energia equivalente às cerca de 200 mil milhões de galáxias conhecidas no Universo, cada uma contendo cerca de 100 mil milhões de estrelas. Como e de onde surgiu essa energia toda? <br /><br /><br />5) Tendo em conta a lei da entropia, essa espuma instável deveria ter mais ordem do que a existente actualmente, não se compreendendo como poderia ir da desordem para a ordem em todo o Universo. <br /><br /><br />6) Os campos energéticos e as partículas subatómicas (actuais e potenciais) já existem no Universo em que existimos, e mesmo o vácuo tem que ser circunscrito aí. <br /><br /><br />7) Nas experiências de colisão de partículas, as partículas de matéria e anti-matéria tendem a surgir em quantidades iguais, aniquilando-se umas às outras, revertendo para energia, pelo que a origem do Universo por esse processo seria fisicamente impossível. <br /><br /><br />8) A duração dos eventos quânticos é inversamente proporcional à massa do objecto, o que torna inviável a ocorrência de um evento cosmológico quântico dessa magnitude. <br /><br /><br />9) A duração de um evento quântico da dimensão do Universo seria de 10^-103 segundos. Ou seja, ninguém iria ter tempo para reparar! <br /><br /><br />10) Acresce que as partículas virtuais de hoje aparecem dentro de um vácuo de espaço existentes no Universo que conhecemos. No nada primordial não existia espaço nem vácuo. <br /><br /><br />11) Para o Universo expandir, a partir de uma singularidade nascida de uma hipotética “espuma instável” e conseguir manter-se estável durante os supostos 13,5 mil milhões de anos da sua existência, seria necessário garantir um equilíbrio entre as diferentes forças (v.g. gravidade/expansão) com uma sintonia precisa estimada, pelo astrofísico Alan Guth, em 1 em 10^55.<br /><br />Assim sendo, continuam a ser válidas as palavras do astrófísico da NASA, Sten Odenwald, no seu livro The Astronomy Café, 365 Questions and Answers from “Ask the Astronomer”, Scientific American, Library, 1998, 120, quando confessa: <br /><br />“I was happy to announce that astronomers have not the slightest evidence for the supposed quantum production of the universe out of a primordial nothingness”.<br /><br />Ou seja, os criacionistas já têm uma fé, num Deus vivo, pessoal, racional, moral, eterno, infinito, omnisciente, omnipotente e omnipresente. <br /><br />O Ludwig quer que os criacionistas deixem a sua fé, corroborada pela revelação através da Bíblia, do povo de Israel e de Jesus Cristo, realidades historicamente incontornáveis, e adoptem em vez dela a fé do Ludwig numa fantasiosa e hipotética “espuma instável” da qual, milagrosamente, todas as coisas teriam resultado. <br /><br />E depois ainda diz que dessa “espuma instável” resulta um dever de racionalidade!<br />perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-75783420798849587692012-09-02T19:49:47.843+01:002012-09-02T19:49:47.843+01:00Caro Ludwig,
Não tendo a pretensão de conhecer e...Caro Ludwig,<br /><br /> Não tendo a pretensão de conhecer em profundidade todos os assuntos, falei com uma pessoa que terminou recentemente o doutoramento em Mecânica Quântica. Tendo-lhe mostrado o texto do teu post, disse-me que o autor do texto está bastante confuso sobre questões que em mecânica quântica já são razoavelmente difíceis e ainda em grande debate. A tua concepção de campo não é a dos físicos, como Albert, uma vez que é uma concepção puramente matemática. Os físicos não trabalham com conceitos puramente matemáticos. Além disso, o problema do vacuum quântico é extremamente complexo, como mostra, por exemplo, Carlo Rovelli em Quantum Gravity (p.e., pp. 202-203). O mesmo se aplica a outros problemas, como o da causalidade. Este autor tem uma afirmação que me parece ter a ver com a tua perspectiva e a do Krauss: “Most of the approaches come with rather strong ideologies, especially apparent when they are popularized.” (p. XI).<br /><br /> Poderíamos entrar em alguns pormenores, mas não creio que isso seja fundamental. Em todo o caso, noto que fazes Albert dizer que os campos são “coisas físicas”, talvez a tua tradução da passagem “particular arrangements of elementary physical stuff”. Não creio que isto se possa traduzir por “coisas físicas”. <br /><br /> Albert já publicou um livro sobre mecânica quântica, vai publicar um outro em Janeiro, e é considerado um autor de grande relevo nesta área. Creio que o mínimo que deverias fazer era conceder-lhe o benefício da dúvida naquilo em que ele te parece pouco informado, antes de o acusares de não saber do que fala. E aconselho-te a falares com pessoas que estejam bem dentro deste ‘campo’ antes de te considerares uma autoridade na matéria. O mesmo conselho te dou no que se refere a outras questões como a da hermenêutica textual, área em que tenho alguma preparação, e em que objectivamente, te encontro bastante impreparado, sobretudo quando falas do texto bíblico. Desculpa esta frontalidade, mas creio que talvez te faça bem reconheceres que não és tão bom em tantas áreas como crês. <br />Um abraço,<br />Alfredo<br />alfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-7771631062885132932012-08-29T20:17:47.633+01:002012-08-29T20:17:47.633+01:00Talvez seja isto que você quer dizer.
Imagine o p...Talvez seja isto que você quer dizer.<br /><br />Imagine o processo e- anti-nu_e -> mu- anti-nu_mu por troca de um W^-, decomposto assim (descrição 1): <br /> evento A: e- anti-nu_e -> W^- <br /> evento B: W^- -> mu- anti-nu_mu<br />visto pelo observador O como t_A < t_B.<br />Suponhamos que não admitimos soluções de energia negativa. Neste caso, a mecânica quântica relativista com a restrição de não admitir soluções de energia negativa (o que na prática faz com que a teoria deixe de ser relativista, uma vez que precisamente ao impor que a teoria seja relativista surgem as soluções de energia negativa) faz com que amplitude para um intervalo space-like entre A e B seja não-nula! Isto significa que neste caso existem observadores (chamemos O') que vão ver t_B < t_A quando A e B estão separados por um intervalo space-like.<br /><br />Os observadores O' "vêem" o seguinte fenómeno (descrição 2): <br /> - no evento B (o que ocorre primeiro para os observadores O') 3 partículas são criadas espontaneamente: mu- anti-nu_mu W^+ (note-se que o sinal de W é determinado ao impor conservação da carga eléctrica [o vácuo transporta carga eléctrica 0]);<br /> - no evento A (o futuro para O') o W^+ encontra-se com "e- anti-nu_e" e os 3 desaparecem.<br />Ora, se incluir as soluções de energia negativa, conclui que a amplitude para um intervalo space-like entre A e B é nula! Deste modo, nenhum observador poderá discordar da ordem temporal dos eventos A e B!<br /><br />A interpretação Feynmaniana das soluções de energia negativa é dizer que um observador O para além de incluir a descrição (1) terá de somar a ela a descrição (2) [aka gerada pela anti-partícula do W^-] para achar a amplitude do processo. As duas contribuições cancelam-se quando o intervalo é space-like. Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-32163169838944911602012-08-28T10:33:05.516+01:002012-08-28T10:33:05.516+01:00Alfredo,
O texto do Albert é esclarecedor. A meu ...Alfredo,<br /><br />O texto do Albert é esclarecedor. A meu ver, mostra claramente que ele baralhou a noção de campo e, por isso, propõe que o nada é a ausência de campos, o que faz tanto sentido como dizer que o nada é ausência de números.<br /><br />Mas tu achas que quem está enganado sou eu e não o Albert. Gostava que me explicasses porquê.<br /><br />Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-60681832773443797122012-08-27T23:09:21.904+01:002012-08-27T23:09:21.904+01:00Caro Ludwig,
O texto de Albert 'On the o...Caro Ludwig,<br /><br /> O texto de Albert 'On the origin of everything' parece-me muito esclarecedor. Se não o é para ti, não creio que valha a pena tentar dizer o mesmo por outras palavras.<br /> Saudações.alfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-26224706107058372262012-08-27T15:07:44.379+01:002012-08-27T15:07:44.379+01:00Este comentário foi removido pelo autor.Carlos Ricardo Soareshttps://www.blogger.com/profile/03079231328814280040noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-54738647337052974022012-08-27T08:00:35.416+01:002012-08-27T08:00:35.416+01:00OK... Isto é o que dá escrever comentários a corre...OK... Isto é o que dá escrever comentários a correr quando se está de passagem...<br /><br />Caro ttdsxo,<br /><br />É óbvio que a causalidade não é violada, e usei o termo em sentido mais ingénuo. O que quis dizer foi que há casos em que dois observadores dizem, do mesmo processo:<br /><br />- A colisão entre electrão e neutrino foi mediada por um W-: o electrão transmitiu o W- para o neutrino;<br />- A colisão entre electrão e neutrino foi mediada por um W+: o neutrino transmitiu o W+ para o electrão.<br /><br />A corrente fraca seria então relativa.<br /><br />Portanto, referia-me à causalidade como a "origem da colisão" estando no bosão W+ ou W-. Não estou a querer insinuar a violação de invariantes... Mas isto só porque os instantes de emissão e transmissão do bosão estão trocados para os dois observadores. O "para trás no tempo" era só um abuso de linguagem.<br /><br />Se estou enganado por favor corrije-me! A Física de Partículas não é a minha especialização.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-74481088509325310362012-08-25T01:03:47.607+01:002012-08-25T01:03:47.607+01:00"É verdade que, a haver causalidade entre fen..."É verdade que, a haver causalidade entre fenómenos a distâncias x < ct a causalidade não é violada. Mas isso não acontece nalguns casos particulares das correntes fracas para partículas virtuais."<br /><br />Não me parece. Pode-se mostrar que o propagador é estritamente causal. A forma mais fácil de o fazer é assim:<br />1) Calcula o propagador entre x e y no limite x0 = y0 com xi e yi arbitrários - vai concluir que o propagador se anula;<br />2) Nota que o propagador é invariante de Lorentz;<br />3) Nota que o intervalo (x-y)^2 é invariante de Lorentz;<br />4) Logo, o propagador é nulo para qualquer intervalo space-like.<br /><br /><br />"Portanto, de forma resumida, a "corrente fraca a voltar atrás no tempo" seria uma antipartícula virtual testemunhada de forma diferente em referenciais diferentes."<br /><br />Estou algo familiarizado com a interpretação Feynmaniana das soluções com energia negativa, mas não consigo compreender este seu comentário.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-91300077347836835702012-08-24T22:00:41.281+01:002012-08-24T22:00:41.281+01:00No canal s o processo com W- seria, por exemplo, o...No canal s o processo com W- seria, por exemplo, o decaimento deste bosão em e- e anti-nu e como tal não era esse o meu exemplo.<br /><br />É verdade que, a haver causalidade entre fenómenos a distâncias x < ct a causalidade não é violada. Mas isso não acontece nalguns casos particulares das correntes fracas para partículas virtuais.<br /><br />Portanto, de forma resumida, a "corrente fraca a voltar atrás no tempo" seria uma antipartícula virtual testemunhada de forma diferente em referenciais diferentes.<br /><br />É, de facto, difícil explicar o conceito de partícula virtual a leigos e por isso fiz uso de tantos abusos de linguagem...Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-16777732448565895752012-08-24T20:15:44.548+01:002012-08-24T20:15:44.548+01:00Alfredo,
«As conclusões dos teus argumentos estão...Alfredo,<br /><br /><i>«As conclusões dos teus argumentos estão em geral já implícitas nas tuas premissas.»</i><br /><br />Espero bem que sim, porque a um argumento cuja conlusão não possa ser inferida das premissas chama-se falácia...<br /><br /><i>«Dado que rejeitas tudo o que à partida não está de acordo com as tuas conclusões»</i><br /><br />Não rejeito à partida. Nota que quando apresento um argumento já passei por essa fase de considerar as alternativas para ver quais rejeito. O argumento é o produto do processo de selecção de hipóteses, no qual explico qual a hipótese que preferi e porque seleccionei essa.<br /><br /><i>«Para seres coerente, terás que partir do princípio de que todos os conhecidos que contradigam os conceitos científicos nada valem, são vagos e imprecisos, nada dizem que valha a pena ter em conta.»</i><br /><br />Isso seria apenas se considerasse os conceitos científicos que temos agora como verdades sagradas e infalíveis. Mas é precisamente o contrário. Considero que todo o conhecimento é tentativo e potencialmente provisório e errado, pelo que, na minha opinião, são precisamente os dados que contradizem o que julgamos ser verdade que são mais interessantes. Parafraseando Asimov, os momentos chave da ciência não são os de "Eureka!" mas os de "que raio, o que se passa aqui?...".<br /><br />Mas parece-me que, mais uma vez, te dedicas a apontar-me defeitos em vez de abordar o tema em discussão, por isso vou insistir na pergunta: o que é que entendes com essa ideia dos campos não existirem antes o início do universo? Porque é que achas a crítica de Albert "devastadora"?Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-12561198954687285912012-08-24T18:43:00.364+01:002012-08-24T18:43:00.364+01:00Caro Ludwig,
As conclusões dos teus argumentos e...Caro Ludwig,<br /><br /> As conclusões dos teus argumentos estão em geral já implícitas nas tuas premissas. Dado que rejeitas tudo o que à partida não está de acordo com as tuas conclusões, estas seguem-se necessariamente e sem grande esforço. É uma argumentação fechada que assim te torna incapaz de ver a realidade de outro ponto de vista que não seja o teu. A vida humana, porém, o saber humano é bem menos fechado e determinado do que te parece. Para seres coerente, terás que partir do princípio de que todos os conhecidos que contradigam os conceitos científicos nada valem, são vagos e imprecisos, nada dizem que valha a pena ter em conta. <br /><br />Assim, conceitos éticos e políticos, como o conceito de liberdade, ou outros como o amor, a beleza, etc., são ‘rigorosamente’ definidos pelas várias ciências naturais, como a biologia, as neurociências, a psicologia evolutiva. Todos os conhecidos da vida humana são definidos em termos neurobiológicos: o amor não é senão produto da activação de determinadas áreas neuronais e dos processos químicos que lhes estão associados. Assim, é evidente que a ‘definição’ de amor de Camões, “o amor é um fogo que arde sem se ver’, é demasiado genérica, vaga e, realmente, nada diz a um cientista, o único que tem uma linguagem rigorosa e objectiva. As lutas políticas pelas liberdades de qualquer género mais não são do que processos neuroquímicos. As decisões éticas nada têm a ver com ‘princípios éticos’, são apenas fruto de processos do mesmo género. O mesmo se aplica a outros conceitos já referidos (bem, beleza, etc.). Daqui as ciências naturais mais recentes: Neuroética, Neuroestética, Neuroeconomia, Neuromarketing, Neuroteologia, etc. Os conceitos filosóficos são vazios, dos conceitos religiosos nem é bom falar. Mas a tua argumentação, que te parece a única correcta, porque é a única que faz afirmações objectivamente fundamentadas e com sentido, é, em larga medida, abstracta, porque abstraída da vida real das pessoas. <br />Saudações<br />alfredo dinishttps://www.blogger.com/profile/11094799994161509856noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-36825135293301313622012-08-24T18:07:24.095+01:002012-08-24T18:07:24.095+01:00Isto é que é argumentar...e não é como um pombo. S...Isto é que é argumentar...e não é como um pombo. Se os pombos argumentassem assim...Carlos Ricardo Soareshttps://www.blogger.com/profile/03079231328814280040noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-64548542197319364432012-08-24T16:58:18.668+01:002012-08-24T16:58:18.668+01:00Em rigor e- anti-nu_e -> e- anti-nu_e no canal ...Em rigor e- anti-nu_e -> e- anti-nu_e no canal t (que me parece ser o canal em que é susceptível de aplicar a sua experiência conceptual) não pode ocorrer por troca de W: tem de ser por troca de Z. Já e- nu_e- -> e- nu_e pode ocorrer no canal t por troca de W. Daí ir-me focar neste caso.<br /><br />Chamemos evento A a "e- -> W- nu_e" e evento B a "nu_e W- -> e-". Se B está dentro do cone de luz futuro de A, então nenhum observador verá B a ocorrer antes de A.<br /><br />Chamemos evento A' a "nu_e -> W+ e-" e evento B' a "e- W+ -> nu_e". Se B' está dentro do cone de luz futuro de A', então nenhum observador verá B' a ocorrer antes de A'.<br /><br />Portanto, o que você menciona não é uma violação da causalidade mas sim o facto de que ao só observar estados inicias (ex: e- nu_e) e finais (ex: e- nu_e) tem de somar sobre todas as histórias possíveis entre o estado inicial e o estado final. Voltando ao exemplo, tem de somar as amplitudes de (A,B) e de (A',B').<br /><br />Ora, ao somar as amplitudes, vai acabar por ter probabilidades (módulo quadrado da soma das amplitudes) que dependem da interferência entre (A,B) e (A',B'). Esta interferência é um dos bastiões da mecânica quântica: a probabilidade de uma transição não é a soma das probabilidades das histórias: as histórias interferem entre si. <br /><br />É difícil explicar o conceito de "partícula virtual" a um leigo, mas vou tentar. Antes de mais é preciso compreender que está fortemente ligado à forma como se procura resolver problemas complicados de forma aproximada (nos casos em que se usa a aproximação esta pode ser tão boa quanto se queira: isto é, a série de aproximações converge, tem é infinitos termos!).<br /><br />Acho que mesmo o conceito de partícula não é fácil de explicar a um leigo se se quiser rigoroso.<br /><br />Essencialmente, o conceito de partícula virtual descreve graus de liberdade de partículas convencionais que não seguem necessariamente as trajectórias que extremizam a acção. Os graus de liberdade que não extremizam a acção têm de ser levados em conta na medida em que entre um estado inicial e final observados, todas as histórias são possíveis, cada uma delas ponderada com um certo peso.<br /><br />Por exemplo, a recente descoberta de uma partícula no LHC (chamemos Higgs). Ao ver o pico na distribuição de energia dos estados finais infere-se a existência de uma partícula pois o pico corresponde à história mais provável: a história em que o Higgs segue uma trajectória clássica (i.e. que extremiza a acção), correspondendo o espraiamento do pico a histórias em que o Higgs não segue uma trajectória clássica. Claro que para além de histórias que envolvem o Higgs também há histórias que não envolvem o Higgs a ligar o estado inicial e o estado final, daí que é essencial conhecê-las, permitindo assim determinar o que é novo e o que já estávamos à espera.<br /><br />As partículas reais são os graus de liberdade que se tornam dominantes a escalas macroscópicas (são os graus de liberdade que seguem trajectórias clássicas <=> trajectórias que extremizam a acção). De um ponto de vista fenomenológico, as partículas reais são aqueles graus de liberdade de partículas convencionais que dão as assinaturas dominantes que observamos.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-48625389592115974792012-08-24T10:09:32.028+01:002012-08-24T10:09:32.028+01:00Debater com esta gente (como diria o Octávio, você...Debater com esta gente (como diria o Octávio, vocês sabem de quem estou a falar) é como jogar xadrês como um pombo: derruba as peças, caga no tabuleiro e ainda se pavoneia de peito feito como se tivesse ganho...Wyrmhttps://www.blogger.com/profile/11689295572909357838noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-23149462303161960782012-08-24T02:41:20.488+01:002012-08-24T02:41:20.488+01:00Já agora se me permitem uma achega a respeito das ...Já agora se me permitem uma achega a respeito das partículas virtuais, cá vai.<br /><br />Às partículas virtuais corresponde ainda uma característica engraçada. Imagine-se a interacção entre um electrão e um antineutrino electrónico. Não interessa muito o que são estas partículas, mas apenas que são reais e têm cargas negativa e neutra, respectivamente.<br /><br />Um electrão, ao colidir com um antineutrino, só o pode fazer mediante a força fraca, fazendo uso para isso das partículas correspondentes à mediação dessa força, os bosões W+, W- ou Z. Há portanto três formas diferentes destas duas partículas interagirem entre si, usando estes bosões como moeda de troca.<br /><br />Quando o electrão colide com o antineutrino, pode dar-se o caso de se formar um bosão W-, de carga negativa. Isso significa, entre outras coisas, que a carga negativa é transmitida do electrão, negativo (e que agora se torna neutro) para o antineutrino, neutro (que agora fica negativo). As duas partículas "trocam de papéis" e seguem caminho.<br /><br />Acontece agora que isto pode ser visto de uma forma diferente, num referencial em movimento relativo ao primeiro. Isto significa que é possível um observador ver o antineutrino receber o bosão W- <i>antes de o electrão o ter transmitido</i>, porque a Relatividade Restrita diz-nos que uma sequência de dois eventos pode ser invertida, em certas condições, para observadores diferentes com movimento relativo entre si. Assim, o que esse observador vê é um bosão W- <i>a andar para trás no tempo</i>, ou, em termos menos literários, um bosão W+ que é a antipartícula do bosão W-.<br /><br />Portanto um partícula virtual num dado referencial pode ser uma partícula virtual diferente noutro. É ainda menos do que uma partícula temporária: é uma partícula temporária e ao gosto do observador.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-42525987079405163692012-08-23T19:35:46.679+01:002012-08-23T19:35:46.679+01:00"existem estudos que motram que não fazem per..."existem estudos que motram que não fazem perder muito tempo a quem lê (alguns milésimos de segundo até umas décimas no máximo). O nosso cerebro não precisa das palavras.<br /><br />Por isso, não sejas um Nazi da gramática e vê mas é se te focas no mais importante"<br /><br />Sim, João. Existem estudos para tudo e mais alguma coisa. É por muitos desses voluntarismos de conveniência que o cepticismo é uma necessidade. <br />Diz lá tu: além das práticas que extraem a coerência do que sentes, o que há de mais importante do que as linguagens com que representas o que te parece?NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-14488295391900830032012-08-23T19:34:02.589+01:002012-08-23T19:34:02.589+01:00Este comentário foi removido pelo autor.NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-48128956694542312612012-08-23T19:24:21.768+01:002012-08-23T19:24:21.768+01:00Não foi desta, Joao. Acho que estou vacinado contr...Não foi desta, Joao. Acho que estou vacinado contra tretas desse tipo. Ou sou imune. Graças a Deus.<br /><br />Dou por encerrado este tema.<br /><br />Abraço,António Parentehttps://www.blogger.com/profile/00679639958268886686noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-19475325375885493812012-08-23T17:43:02.823+01:002012-08-23T17:43:02.823+01:00http://cronicadaciencia.blogspot.pt/2010/09/criaca...http://cronicadaciencia.blogspot.pt/2010/09/criacao-partir-do-nada-e-radiacao-de.htmlJoãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-65225492320249337942012-08-23T17:32:40.672+01:002012-08-23T17:32:40.672+01:00É que esta é a minha versão grátis.
Sem erros é p...É que esta é a minha versão grátis.<br /><br />Sem erros é preciso pagar. <br /><br />Só por curiosidade, tenho tido pedidos para escrever de borla vindo de vários sitios da net. Aparente ninguém está é interessado é na minha versão sem erros... Acho que estás contra a corrente. :P<br /><br />Mas o meu preço é bom. São 20 euros por pagina Word Arial tamanho 14 espaço normal. Faço desconto para casamentos e batisados.<br /><br />Joãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-8106315437094833932012-08-23T17:26:07.913+01:002012-08-23T17:26:07.913+01:00Sim Nuno...
Uma pessoa escreve estas coisas em ci...Sim Nuno...<br /><br />Uma pessoa escreve estas coisas em cima do joelho e dá nisto mas se essa é a tua melhor critica acho que não estou a perder o meu tempo.<br /><br />Quanto a deixares de ler... É contigo, não obrigo ninguém e enquanto o Ludwig não me pedir para não escrever aqui vou aparecendo de vez em quando. <br /><br />A ortografia já te expliquei o que penso dela. É um disparate a importancia que se lhe dá. É uma coisa puramente circunstancial e existem estudos que motram que não fazem perder muito tempo a quem lê (alguns milésimos de segundo até umas décimas no máximo). O nosso cerebro não precisa das palavras.<br /><br />Por isso, não sejas um Nazi da gramática e vê mas é se te focas no mais importante.Joãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-85831116525526719232012-08-23T17:19:10.088+01:002012-08-23T17:19:10.088+01:00Parente:
Vejo que já voltaste de férias. Bem vind...Parente:<br /><br />Vejo que já voltaste de férias. Bem vindo sejas.<br /><br />Não, não quer dizer que seja tudo hipotético. Presta atenção:<br /><br />Quer dizer que as coisas podem existir sem que para isso seja preciso mais que a possibilidade de elas existirem.<br /><br />E que se existe um conceito que não corresponde a nenhuma realidade é o concento de nada. <br /><br />Precisamente porque na practica nada não existe. Ou tu achas que existe nada? Onde? Quanto nada? Nenhum nada. <br /><br />"Nada" é um conceito apenas que se queremos que tenha significado temos de ver em que se traduz. E há coisas que se traduzem melhor em nada. Mas se calhar não o nada que tu teimas que nós temos de acreditar que é um que por definição torna tudo impossivel. <br /><br />Esse nada seria algo, ja que teria a capacidade de tornar algo impossivel. Mas nem crentes que vêm Deus em todo o lado, nem fisicos alguma vez acreditaram nesse nada. Nada ja foi ausencia de materia. Agora é ausencia de tudo menos da possibilidade de algo surgir.<br /><br />Abstratamente temos a matemática para manipular essas situações (a - a). Na fisica temos pares particula e antiparticula que são reais e podemos ver como nada é igual a coisas mais anti-coisas. Não é apenas hipotetico, conceptual ou teorico. <br /><br />Estão sempre a surgir coisas e anticoisas do nada. <br />Apenas da possibilidade de isso acontecer. É afinal como pode ter tudo surgido logo na primeira vez.<br /><br />Quanto às flutuações quanticas, elas são abstraçoes que te dizem como as coisas podem acontecer. Mas não são reais. São mapa e não territorio e não são sequer visualisaveis, sendo o mais parecido que se consegue a onda de probabilidade já que cada probabilidade potencial interfere com as outras potenciais sendo que nenhuma em si é real. O que é real é o resultado que se pode materializar em algum momento. <br /><br />E isto é muito mais simples e fundamentado que um deus misterioso que se acredita ou não há mais justificação possivel para além do apelo ao que ainda nao se sabe ou o que uns acham que tem de ser.<br /><br />Como por exemplo ter de obrigar o nada a ser algo que impessa seja o que for de existir já que da possibilidade de existir a partir do nada não vos satisfaz.<br /><br />Foi desta?<br />Joãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-45679333768666055652012-08-23T16:13:03.585+01:002012-08-23T16:13:03.585+01:00Não, não quero. Por respeito para com os físicos q...Não, não quero. Por respeito para com os físicos que não têm culpa nenhuma que lhes peguem na física e a usem para os fins mais disparatados. Pesquise no Google e encontrará o que eu encontrei.António Parentehttps://www.blogger.com/profile/00679639958268886686noreply@blogger.com