tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post5672814534526208461..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: O domínio dos valores.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger87125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-25454192480482192082007-10-31T21:12:00.000+00:002007-10-31T21:12:00.000+00:00Caro Ludwig.Tenho visto que escreves muitas cousas...Caro Ludwig.<BR/><BR/>Tenho visto que escreves muitas cousas e que tens levantado muitas dúvidas. Mas vejo também que todos os seus questionamentos debruçam-se sobre religiões humanas.<BR/>Embora eu seja um crente, concordo com muitas de suas idéias, pois RELIGIÃO é algo criado por homens que, em nome de Deus, querem manipular e dominar a vida do próximo.<BR/>Quero desafiá-lo a provar de Deus. "Provai e vede que o Senhor é bom", diz o salmista. Beba da fonte!... mas... como prová-lo se ele não existe (suponho que é o que pensas).<BR/>Aí então, caro Ludwig, começa a fé.Unknownhttps://www.blogger.com/profile/11920005867659454969noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-21642074942982624542007-10-04T15:16:00.000+01:002007-10-04T15:16:00.000+01:00João Vasco,plenamente de acordo, claro está. De re...João Vasco,<BR/>plenamente de acordo, claro está. <BR/>De resto, não sei se a idéia de termos cá os irlandeses é assim tão má. Pelo menos quando penso no progresso deles e no nosso desde a adesão à UE :-)<BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-76909828889594918842007-10-04T11:29:00.000+01:002007-10-04T11:29:00.000+01:00Cristy:Mas mesmo que tivessem dominado, nunca seri...Cristy:<BR/><BR/>Mas mesmo que tivessem dominado, nunca seria eticamente equivalente a legitimidade de um povo para lutar pela sua auto-determinação à legitimidade de um povo para invadir um território alheio, que alegadamente teria sido seu iv séculos antes...<BR/><BR/>Volto à minha: então e agora, os escoceses podem vir reclamar o norte da península? E os irlandeses? Os Celtas estavam cá antes dos Romanos...João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-54125126520120368442007-10-04T08:34:00.000+01:002007-10-04T08:34:00.000+01:00Caro Pedro Silva,decididamente,a História não é o ...Caro Pedro Silva,<BR/>decididamente,a História não é o seu forte. Fico estupefacta quando diz que que os portugueses «dominaram» Angola durante mais de 300 anos. Nada disso: os portugueses tinham pequenas «feitorias» ao longo da costa, e não dominavam coisíssima nenhuma. De tal modo que, quando as potências coloniais de reuniram em Berlim em 1884 não para dividir a África, como erradamente se costuma dizer, mas para estabelecer os parâmetros da colonização, Portugal, por um triz, perdia as colónias na África continental. Justamente porque ficou estabelecido que a base da colonização devia ser a penetração total do território com estruturas administrativas e militares. Basta olhar para o mapa de Angola e Moçambique, depois ter em conta a população de Portugal na altura (para já não falar da inépcia natural ...) para perceber que essa era uma condição que Lisboa não podia preencher. O que lhe «salvou» as colónias foi a rivalidade entre prussianos, franceses e inglêses.<BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-20975474501386164582007-10-04T03:00:00.000+01:002007-10-04T03:00:00.000+01:00«Quanto a ser contra a propriedade privada, não me...«Quanto a ser contra a propriedade privada, não me lembro de ter lido isso em lado nenhum, mas certamente poderá elucidar-me.»<BR/><BR/>Um exemplo:<BR/><BR/>«Atos 4:32 Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.<BR/> <BR/>Atos 4:33 Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.<BR/> <BR/>Atos 4:34 Pois não havia entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos.<BR/> <BR/>Atos 4:35 E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade.<BR/> <BR/>Atos 4:36 então José, cognominado pelos apóstolos Barnabé (que quer dizer, filho de consolação), levita, natural de Chipre,<BR/> <BR/>Atos 4:37 possuindo um campo, vendeu-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos.<BR/><BR/>Atos 5:1 Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade,<BR/> <BR/>Atos 5:2 e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e levando a outra parte, a depositou aos pés dos apóstolos.<BR/> <BR/>Atos 5:3 Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno?<BR/> <BR/>Atos 5:4 Enquanto o possuías, não era teu? e vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois, formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.<BR/> <BR/>Atos 5:5 E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E grande temor veio sobre todos os que souberam disto.<BR/> <BR/>Atos 5:6 Levantando-se os moços, cobriram-no e, transportando-o para fora, o sepultaram.<BR/> <BR/>Atos 5:7 Depois de um intervalo de cerca de três horas, entrou também sua mulher, sabendo o que havia acontecido.<BR/> <BR/>Atos 5:8 E perguntou-lhe Pedro: Dize-me vendestes por tanto aquele terreno? E ela respondeu: Sim, por tanto.<BR/> <BR/>Atos 5:9 Então Pedro lhe disse: Por que é que combinastes entre vós provar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e te levarão também a ti.<BR/> <BR/>Atos 5:10 Imediatamente ela caiu aos pés dele e expirou. E entrando os moços, acharam-na morta e, levando-a para fora, sepultaram-na ao lado do marido.»João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-29187703985434189642007-10-04T02:55:00.000+01:002007-10-04T02:55:00.000+01:00«A própria doutrina da igreja, seguindo as indicaç...«A própria doutrina da igreja, seguindo as indicações de Cristo, depende igualmente da palavra (evangelho) e da tradição da igreja. Quem só acredita no evangelho, e que cada um deve fazer a sua interpretação, são os protestantes (solo scriptura).»<BR/><BR/>Por essa razão é que os protestantes são muito mais fieis à mensagem de Cristo, em geral, que os Católicos.<BR/>O clero católico tem uma liberdade para distorcer esta mensagem, caso isso encaixe nos seus objectivos políticos, muito maior. E mais que isso, usa-a. As indulgência são um exemplo flagrante.<BR/><BR/>Posto isto, ainda bem que assim é. Como a mensagem da Bíblia não é nada famosa, o facto da Igreja Católica distorcê-la a torto e a direito para a encaixar nos seus interesses não é necessariamente mau.<BR/><BR/>«Aliás, basta ler a parábola dos talentos para perceber isso. [que Jesus não era contra a riqueza no sentido usual do termo]»<BR/><BR/>A parábola dos talentos está longe de ser clara. Nada como colocá-la aqui para que os leitores possam ajuizar se ela deixa bem claro que Jesus afinal brincava quando disse que os ricos iam todos para o inferno:<BR/><BR/> <BR/>«Lucas 19:11 Ouvindo eles isso, prosseguiu Jesus, e contou uma parábola, visto estar ele perto de Jerusalém, e pensarem eles que o reino de Deus se havia de manifestar imediatamente. <BR/>Lucas 19:12 Disse pois: Certo homem nobre partiu para uma terra longínqua, a fim de tomar posse de um reino e depois voltar. <BR/>Lucas 19:13 E chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha. <BR/>Lucas 19:14 Mas os seus concidadãos odiavam-no, e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: Não queremos que este homem reine sobre nós. <BR/>Lucas 19:15 E sucedeu que, ao voltar ele, depois de ter tomado posse do reino, mandou chamar aqueles servos a quem entregara o dinheiro, a fim de saber como cada um havia negociado. <BR/>Lucas 19:16 Apresentou-se, pois, o primeiro, e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez minas. <BR/>Lucas 19:17 Respondeu-lhe o senhor: Bem está, servo bom! porque no mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás autoridade. <BR/>Lucas 19:18 Veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco minas. <BR/>Lucas 19:19 A este também respondeu: Sê tu também sobre cinco cidades. <BR/>Lucas 19:20 E veio outro, dizendo: Senhor, eis aqui a tua mina, que guardei num lenço; <BR/>Lucas 19:21 pois tinha medo de ti, porque és homem severo; tomas o que não puseste, e ceifas o que não semeaste. <BR/>Lucas 19:22 Disse-lhe o Senhor: Servo mau! pela tua boca te julgarei; sabias que eu sou homem severo, que tomo o que não pus, e ceifo o que não semeei; <BR/>Lucas 19:23 por que, pois, não puseste o meu dinheiro no banco? então vindo eu, o teria retirado com os juros. <BR/>Lucas 19:24 E disse aos que estavam ali: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem as dez minas. <BR/>Lucas 19:25 Responderam-lhe eles: Senhor, ele tem dez minas. <BR/>Lucas 19:26 Pois eu vos digo que a todo o que tem, dar-se-lhe-á; mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado. <BR/>Lucas 19:27 Quanto, porém, àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim. <BR/>Lucas 19:28 Tendo Jesus assim falado, ia caminhando adiante deles, subindo para Jerusalém. »<BR/><BR/>Tinha ouvido que os talentos-moeda (aqui chamados minas) eram uma alegoria para "talentos", dons, capacidades.<BR/>Se esta interpretação estivesse correcta, esta parábola não teria nada a ver com riqueza. <BR/><BR/>Pelo contrário, apenas mostraria como o Senhor é implacável (é mesmo o oposto de misericordiosos) e odioso («Quanto, porém, àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim.»), longe de ser um compreensivo "Deus de Amor". <BR/><BR/>Mas o Pedro tem uma interpretação diversa. Jesus estava a falar de riqueza, não tem nada contra a riqueza, e acha que Deus vai dar muito aos que têm muito e tirar aos que têm pouco ("Pois eu vos digo que a todo o que tem, dar-se-lhe-á; mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado." - seria injusto e cruel à mesma, mesmo que fossem talentos)<BR/><BR/>De qualquer forma, que falta de clareza! Porque é que Jesus é tão pouco claro nas suas parábolas? <BR/>Vamos ler a explicação do próprio:<BR/><BR/>«Marcos 4:11 E ele lhes disse: A vós é confiado o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes diz por parábolas; <BR/>Marcos 4:12 para que vendo, vejam, e não percebam; e ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam e sejam perdoados. »<BR/><BR/>Isto sim, é Amor!João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-41325508922047429202007-10-04T02:35:00.000+01:002007-10-04T02:35:00.000+01:00Pedro Silva:O que se passou em relação à descoloni...Pedro Silva:<BR/><BR/>O que se passou em relação à descolonização não teve nada a ver com a reconquista. <BR/><BR/>Num caso existe um povo que conquistou certo território. Passados 4 séculos, vindos de longe, os cruzados vão conquistar território alheio, alegando que este lhes(?) tinha sido tomado 4 séculos antes. Isto não é legítimo. <BR/>O povo agredido era inocente (não tinham sido eles a atacar ninguém), e o povo invasor não pertencia a esse território (se pertencia aos seus antepassados, já tinha deixado de pertencer há 4 séculos).<BR/><BR/>O que se passou em África é totalmente diferente e também se aplica ao Algarve, à Madeira ou a Barcelona. <BR/>As comunidades devem ter direito à auto-deterninação. Assim sendo, os Angolanos deveriam ter direito a um governo local, se assim o quisessem - e queriam.<BR/><BR/>Eles não vieram conquistar um território que não era o deles há vários séculos. Eles vieram lutar pelo território onde viviam!!<BR/><BR/>Não é nada análogo aos cruzados!!<BR/><BR/><BR/>As fronteiras e as nações são conceitos artificiais que nós inventamos, e que podem ser úteis para gerir e organizar a vida em comunidade. <BR/>O pior é quando caimos no nacionalismo, e nos esquecemos da artificialidade desses conceitos para pensar que há algo de metafísico nessas comunidades. Depois, em nome da "nação" achar que se tem o direito de silenciar ou ignorar a vontade de um povo quando este quer a auto-determinação - como queriam os Timorenses, face aos Indonésio. Se a Madeira quiser ser independente, quem somos nós para lhes impôr a nossa vontade? Se os Algarvios quiserem ser independentes, se uma grande maioria, não conjuntural assim o desejar ardentemente, o Algarve que fique independente.<BR/><BR/>E os Angolanos, os Moçambicanos, os Cabo-Verdianos, os Guineenses, e até os Timorenses estavam a bater-se por isso. Era o seu direito, e nós deviamos tê-lo concedido. <BR/>Bem melhor fazê-lo por meio eleitoral ou diplomático, do que por uma guerra que foi pior para todos.<BR/><BR/>Mas os cruzados não estavam a bater-se pela auto-determinação de ninguém. Não foi o povo português que se revoltou contra os islâmicos que controlavam o país há vários séculos.<BR/>Foram os cruzados que vieram lá matar e conquistar território.<BR/>Talvez o tivessem feito mesmo que os portugueses fossem dominados por cristãos - afinal muito (não tudo) do que os movia era ganância pura - mas a legitimidade que assim receberam da Igreja foi outra... É este sentido que a intolerância religiosa também tomou parte neste disparate das cruzadas do ocidente (e mais ainda nas outras).<BR/><BR/><BR/>Agora para minha surpresa, depois do Pedro ter dito que Cristo queria Paz e Amor, e que a sua mensagem era de perdão e tolerância, vejo-o a defender os cruzados do ocidente. <BR/>O Pedro podia considerar "ah e tal, o que eles fizeram é errado, mas eram os valores da altura", mas não!<BR/><BR/>O Pedro acha que o ataque dos cruzados foi legítimo, e que até devemos agradecer a sua coragem. Já sabe: se os escoceses nos atacarem, fique do lado deles (fomos "nós" que tomamos o território Celta que não era nosso - não é injusto que eles o queiram tomar de volta). Eu estarei contra. <BR/><BR/>Mas aquilo que o Pedro deveria mesmo fazer, era ajudá-los de qualquer forma, porque Cristo disse que quando nos vierem roubar a manta, devemos dar também a capa.<BR/><BR/>PS- Falei com a minha namorada, porque esta discussão me impressionou muito. Eu sabia que na escola aprendíamos que os mouros eram os maus, e que o fantástico D. Afonso Henriques deu cabo deles, mas logo por volta dos 16 anos percebi o disparate que isso era, e que à luz de um conjunto de valores que promovesse a paz e a civilidade, os cruzados do ocidente eram uns bárbaros sem legitimidade nenhuma para andar a invadir território alheio e a matar pilhar e roubar, cujas atitudes apenas eram parcialmente desculpáveis porque os valores da época estavam longe de ser aqueles que mais promovessem a paz e a civilidade...<BR/><BR/>Ela concordou comigo, mas esclareceu-me que nunca tinha pensado no assunto, e que antes disso, por defeito, sempre assumira que os mouros sempre tinham sido os "maus". Em parte porque a história nem dá a noção que a dominação islâmica chegou a durar cerca de 4 séculos.<BR/><BR/>Tal como ela, muita gente não conhece esta realidade. É ridículo como ainda vemos os bárbaros invasores com as mãos manchadas de sangue como tendo sido os herois, apenas porque são portugueses. Não são menos nem mais que os outros lá por isso. <BR/><BR/>Neste espacinho, ocurreram muitas invasões ilegítimas bem sucedidas. Ainda bem que essa foi a última (a terceira distania é um caso mais complicado... vou tirar isso da equação). Não podemos é deixar que a história seja escrita pelos vencedores, concluindo por isso que era legítima. Não era.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-45949865900247306562007-10-04T01:58:00.000+01:002007-10-04T01:58:00.000+01:00joão vasco, Pelo seu discurso presumo que seja con...joão vasco, <BR/><BR/>Pelo seu discurso presumo que seja contra a “descolonização”. Por ex, os portugueses já estavam a dominar angola desde o séc.XVI, sendo o primeiro governador paulo dias de novais. Excusado será dizer que 300 anos é mais do que uma geração, por isso segundo o seu ponto de vista, portugal tinha “direito natural” a ficar em angola, e nas outras províncias ultramarinas. Tudo porque os portugueses que lá estavam em 1974 eram inocentes, viviam em paz, e nada tinham tido a ver com a chegada a áfrica. Eu sou da opinião que portugal deveria ter saído de áfrica ainda mais cedo do que fez, mas também deveria ter organizado a saída muito melhor. Mas temos visões diferente dos direitos dos “colonizadores”.<BR/><BR/>Em relação à interpretação do evangelho, voltámos ao mesmo. A sua visão é essa, Jesus disse que as pessoas que trabalhassem ao sábado deviam ser mortas. Poderia ter escolhido um exemplo mais polémico, mas este é tão claro, porque foi uma das coisas contra as quais Jesus mais lutou, que nem há discussão possível. Seja como for, repito que confio muito mais na interpretação de pessoas que estudaram toda a vida o evangelho e muitas que deram a vida por essa interpretação, parece-me lógico. A própria doutrina da igreja, seguindo as indicações de Cristo, depende igualmente da palavra (evangelho) e da tradição da igreja. Quem só acredita no evangelho, e que cada um deve fazer a sua interpretação, são os protestantes (solo scriptura).<BR/><BR/>Sabe o que quer dizer riqueza no novo testamento? Riqueza quer dizer apego aos bens, de tal forma que me afastam dos outros, e pobreza é desapego, ou seja ter os meus bens ao serviço do outros. Ou seja, um rico que ajude sempre os outros com a sua riqueza pode ser pobre, e um pobre que seja muito avarento e com desejos de riqueza, de modo que esteja disposto a atropelar todos para o conseguir, pode ser rico. Jesus nunca disse mal dos que tinham muita coisa, mas sim dos que não usavam essa riqueza para ajudar os demais, ou para cumprir a sua missão. Aliás, basta ler a parábola dos talentos para perceber isso. Quanto a ser contra a propriedade privada, não me lembro de ter lido isso em lado nenhum, mas certamente poderá elucidar-me.<BR/><BR/>Pedro SilvaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-83659662516398397132007-10-03T20:08:00.000+01:002007-10-03T20:08:00.000+01:00«Por sua vontade ainda estávamos agora a viver nas...«Por sua vontade ainda estávamos agora a viver nas astúrias, mas ainda bem que houve portugueses com coragem. Agradeça a essa cruzada portugal ter o território que tem.»<BR/><BR/>Sim, João Vasco, faz o favor de agradecer a "reconquista" do que mais tarde se conveio chamar Portugal aos guerreiros do norte da Europa, porque sem esses cavaleiros dos reinos anglos, francos e germânicos hoje não haveria Portugal, nem portugueses. Mas se não te apetecer agradecer, também não faz mal, porque esses estrangeiros foram pagos com terras e outras espólios q.b., por darem uma mãozinha aos "portugueses", cuja capacidade de proceder a uma "reconquista" era nula. <BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-64349723827051135052007-10-03T19:45:00.000+01:002007-10-03T19:45:00.000+01:00b) Quanto ao texto que citou, ele confirma o que e...b) Quanto ao texto que citou, ele confirma o que eu disse: Jesus pode fazer milagres ao Sábado porque "Ele" é Deus.<BR/><BR/>Confirme: «Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor.»<BR/><BR/>Sabe quem é o "Filho do homem"? Acho que o Pedro sabe: Filho do Homem é o Messias. Pelo menos é assim que todas as Igrejas interpretam esta expressão.<BR/><BR/>Posto isto, que a Igreja Católica não matou ninguém por trabalhar ao Sábado sei eu bem.<BR/><BR/>Eu disse que era essa a mensagem da Jesus. Ora a mensagem do personagem Jesus e aquilo que a Igreja Católica faz são coisas muito diferentes.<BR/>O Novo Testamento demoniza a riqueza e é contra a propriedade privada. A Igreja, para se aliar aos ricos e poderos, mandou isto para baixo do tapete. E já que estavam a caminho mandaram muitas outras coisas. Chegaram mesmo ao ponto de vender indulgências, e muito mais. <BR/><BR/>Mas em grande medida, ainda bem que o fizeram. Seria chato que a ICAR fosse coerente com a Bíblia que considera sagrada e andasse a promover o homicídio dos adúlteros, de quem trabalha ao Sábado, etc...<BR/>O clero islâmico é mais coerente com os seus livros sagrados (em parte por ter mais poder e influência nas suas sociedades) e vemos bem a desgraça a que isso leva...João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-91395046400849008012007-10-03T19:35:00.000+01:002007-10-03T19:35:00.000+01:00a) As cruzadas«Como é que censura esta reconquista...a) As cruzadas<BR/><BR/>«Como é que censura esta reconquista, que foi uma guerra justa, não contra nenhuma religião, mas contra os invasores?»<BR/><BR/>Em primeiro lugar, não acho justo conquistar um território séculos depois de ele ter sido conquistado.<BR/>Acho bem reconsquistar um território pouco depois de ele ter sido conquistado, para que todos tenham poucos incentivos para conquistar. Enquanto os agressores iniciais estão vivos, é bom que percam o território conquistado, e que não tirem nenhum usufruto dele. Isso desincentiva a agressão.<BR/>É contrário à palavra de Jesus, com a conversa de "se te virem roubar a manta, dá-lhes também a capa", mas isso é apenas porque essas palavras são um disparate pegado.<BR/><BR/>Mas vários séculos depois de um território ter sido conquistado, não creio que seja legítimo conquistá-lo de volta. <BR/>Curiosamente, a este propósito, a Al-Quaeda quer o território Ibérico de volta. Alegam que aquilo é deles e que lhes foi roubado, e só me dá vontade de rir.<BR/><BR/>O território era de não sei quem, depois vieram os Iberos, os Celtas, os Celtiberos, os Lusitanos, depois vieram os Romanos e conquistaram isto a toda a gente, depois vieram os Suevos e os Visigodos, e depois vieram os Mouros, e depois então os Cruzados. Agora os cruzados consideram-se sucessores dos visigodos/romanose por isso têm o direito a conquistar território alheio. Então agora os Irlandeses ou Escoceses, que se consideram sucessores dos Celtas, também têm direito a conquistar o território Português: afinal os romanos é que foram lá conquistá-los. Isso é um disparate. Ao fim de três gerações já está muito longe qualquer réstia de legitimidade para conquistar território outrora de um povo (as pessoas já são todas diferentes - de um lado e de outro), e ao fim de vários séculos muito mais.<BR/><BR/><BR/>«Por sua vontade ainda estávamos agora a viver nas astúrias, mas ainda bem que houve portugueses com coragem. Agradeça a essa cruzada portugal ter o território que tem.»<BR/><BR/>Eu não quero saber se o território de Portugal é muito extenso ou reduzido - os Portugueses não vivem melhor ou pior por olhar para o mapa mundo e ver muito espaço pintado entre as nossas fronteiras. E não seria mais nem menos se em vez de Português tivesse nascido com outra nacionalidade qualquer. Antes de ser Português, sou um cidadão do mundo. Quero que em Portugal se viva bem, porque quero que em todo o lado se viva bem, e porque aqui estou eu e os meus amigos, e o meu altruismo não chega para considerar isto irrelevante. <BR/><BR/>Agora, quando vêm uns bárbaros conquistar o território de um povo inocente (sim, não foram eles os invasores, e ao contrário da distorcida moral Bíblica não acho que os descendentes sejam culpados pelas faltas dos ascendentes), não vou aplaudir a coragem.<BR/>Sim, os que se espetaram contra as torres gémeas também eram muito corajosos - antes não o fossem.<BR/><BR/>«Antes os atropelos aos direitos humanos na revolução francesa tivessem sido tão brandos como esta reconquista.»<BR/><BR/>As revoluções francesa e americana criaram esses direitos... Uma luta contra a tirania e opressão que libertaram a europa é muito mais legítima que uma luta contra um povo que vive em paz nas suas terras.<BR/>E em número de mortos... bom, a conquista de Lisboa sei eu que foi bastante sangrenta... e trata-se apenas de uma cidade no contexto de toda uma reconquista.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-85546748201474794082007-10-03T16:42:00.000+01:002007-10-03T16:42:00.000+01:00joão vasco,em relação à fé, discordamos. A sua def...joão vasco,<BR/><BR/>em relação à fé, discordamos. A sua definição é essa que arranjou, a minha definição de fé, e a que muita gente usa, é acreditar sem ver, mas tendo boas razões para acreditar. Daí acreditar em Deus e não em fadas-madrinhas.<BR/><BR/>Quando à reconquista de lisboa, não foi vingança nenhuma nem foi nada pessoal contra os muçulmanos. Até podiam ser os ateus mais empedernidos, que os (agora) portugueses iam reconquistar o que tinha sido, e viria a ser o resto do seu território. Por sua vontade ainda estávamos agora a viver nas astúrias, mas ainda bem que houve portugueses com coragem. Agradeça a essa cruzada portugal ter o território que tem. Como é que censura esta reconquista, que foi uma guerra justa, não contra nenhuma religião, mas contra os invasores? Antes os atropelos aos direitos humanos na revolução francesa tivessem sido tão brandos como esta reconquista.<BR/><BR/>“Apenas assumi que o Pedro considerasse que dificultasse as coisas: que o facto da Igreja excomungar alguém, tornasse mais difícil a este atingir a salvação.<BR/>Que em comunhão com a Igreja, apesar de tudo, sempre seria mais fácil. Que as pessoas deveriam ter medo da excomunhão, por essa razão.”<BR/><BR/>A pessoa põe-se a ela própria fora da comunhão da igreja, quando faz algo considerado grave, dito um pecado mortal. Se o pecado é mto grave, público, e reincidente, a pessoa pode ser expulsa da igreja, porque está a prejudicar a igreja (resto dos crentes). Mas a dificuldade para a salvação é imposta pelo próprio pecado (não arrependido) e não pela excomunhão, percebe? A pessoa é excomungada porque não está em comunhão, e não o contrário. E os comunistas (católicos!) que foram excomungados não o foram por não acreditarem na propriedade privada, mas sim por defenderem uma doutrina contra a própria igreja, não faz sentido isso.<BR/><BR/>Quanto à discussão do sábado e ser morto por trabalhar ao sábado, etc, não percebi porque foi buscar o livro do deuteronomio. Eu disse má-nova, em oposição à boa-nova, ou seja evangelho. Se ficou sem argumentos e teve de recorrer a citações que não tem nada a ver, não há problema, eu percebo.<BR/><BR/>Vou pôr o trecho completo, da frase que já tinha citado do evangelho de s.marcos, capítulo 2:<BR/><BR/>23 E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas. <BR/>24 E os fariseus lhe disseram: Vês? Por que fazem no sábado o que näo é lícito? <BR/>25 Mas ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Davi, quando estava em necessidade e teve fome, ele e os que com ele estavam? <BR/>26 Como entrou na casa de Deus, no tempo de Abiatar, sumo sacerdote, e comeu os päes da proposiçäo, dos quais näo era lícito comer senäo aos sacerdotes, dando também aos que com ele estavam? <BR/>27 E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e näo o homem por causa do sábado. <BR/>28 Assim o Filho do homem até do sábado é Senhor.<BR/><BR/>Para perceber que está errado não é preciso um curso de teologia, basta saber ler. Perceba de uma vez por todas que a doutrina católica não diz que as pessoas devem ser mortas por trabalhar ao sábado (e quanto muito seria ao domingo), nem por cometerem adultério nem nada. Aliás, as palavras de Jesus vão exactamente no sentido contrário, como já expliquei n vezes, anteriormente.<BR/><BR/>Se interpreta assim as palavras de Jesus, junte-se a uma seita qualquer, mas não associe o catolicismo a essas suas teorias. Muito obrigado!<BR/><BR/>Pedro SilvaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-28017310074242182122007-10-03T06:24:00.000+01:002007-10-03T06:24:00.000+01:00Este comentário foi removido pelo autor.João Silveirahttps://www.blogger.com/profile/14522349854756156702noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-86240840649558719542007-10-02T16:51:00.000+01:002007-10-02T16:51:00.000+01:00João Vasco,amen ;-)CristyJoão Vasco,<BR/>amen ;-)<BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-3946954770024274142007-10-02T15:32:00.000+01:002007-10-02T15:32:00.000+01:00CristyAcredito perfeitamente que não seja desonest...Cristy<BR/><BR/>Acredito perfeitamente que não seja desonestidade, e sim uma questão de fontes. <BR/>Tomei contacto com esta verdadeira realidade paralela através de um debate que travei com o João César das Neves, por correio eletrónico (dava para escrever um livro...) quando ele começou com a conversa que "a inquisição não tinha sido assim tão má", e que o julgamento ao Galileu "não tinha sido injusto", etc...<BR/><BR/>Então, à medida que ele me foi referindo algumas obras, entendi que existe toda a uma bibiografia paralela dedicada a reescrever a história, por forma a mostrar a Igreja Católica inocente, na medida do possível, dos inúmeros massacres e desaires de que é acusada.<BR/><BR/>O que é engracado nestes livros é que eles alegam uma enorme conspiração da maçonaria e de outros interesses contra a igreja para explicar porque é que a opinião académica dominante é que a Igreja causou todas as mortes que causou, todos os massacres que causou, etc...<BR/><BR/>Nestes livros é defendida a tese que a realidade é muito diferente, que foram só meia dúzia de mortos, quase nenhuns torturados, uma atitude de tolerância e piedade dominante, e por aí fora. <BR/>A explicação para os números defendidos pela comunidade académica? A maçonaria, os interesses, e toda a conspração/perseguição à igreja católica.<BR/><BR/>É que os cientistas não fazem o seu trabalho em paz. Se encontram documentos que mostram que a ICAR andou a dizimar índios à fartazana, a ordenar a morte de judeus de maneira monstruosa e por aí fora, e os divulgam, então têm uma "agenda escondida" contra a Igreja Católica.<BR/>Mesmo que sejam católicos, como o autor do livro "O Papa de Hitler".<BR/><BR/>E a Igreja Católica, com cerca de 92% dos portugueses a considerarem-se católicos, e uns tantos milhares de sacerdotes e outros pagos a tempo inteiro para servir esta instituição, é uma instituição quase sem poder e influência para desmentir as mentiras da poderosíssima maçonaria ou do vigoroso e influente partido comunista. <BR/><BR/>É assim que a Igreja Católica, que com a sua propaganda desonesta e falsa já convenceu tanta gente que o Hitler é ateu (até eu pensava isso antes de ter sabido que era falso através dos meus colegas do "Diário ateísta", que mostraram discursos e fotos que me fizeram ver o como eu tinha sido enganado pelos aldrabões de alguns padres da ICAR), não é capaz de desmentir a realidade dos milhares de mortos que causou com os seus autos de fé, e então afirma-se perseguida e cria um universo académico paralelo (à semelhança do que fazem os criacionistas) onde publicam obras negacionistas atrás de obras negacionistas.<BR/>E os ingénuos que lêem estas obras, depois ficam mesmo a acreditar nesses disparates.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-48601308359505230132007-10-02T08:31:00.000+01:002007-10-02T08:31:00.000+01:00Caro Pedro Silva,bom, se é mesmo da opinião de que...Caro Pedro Silva,<BR/>bom, se é mesmo da opinião de que se «limita a rebater argumentos» proponho-lhe um exercício engraçado: conte as vezes que obriga o João Vasco a um «eu nunca disse isso», «eu não escrevi isso» ou «o Pedro Silva não leu bem o que escrevi». É muito esclarecedor.<BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-91542079802167555012007-10-01T18:48:00.000+01:002007-10-01T18:48:00.000+01:00Quanto à excomunhão, o Pedro não leu com atenção o...Quanto à excomunhão, o Pedro não leu com atenção o que eu escrevi, e a prova disso é reagir como se estivesse a dizer algo que eu não soubesse e do qual não estivesse consciente.<BR/><BR/>Em primeiro lugar esclareço já que Hitler foi baptizado, até foi menino de coro na igreja católica, e nunca assumiu publicamente a sua vontade de abandonar a Igreja. Ainda assim, nunca foi excomungado. Depois de tudo o que fez.<BR/><BR/>O Pedro discorda da posição da Igreja e acha que Hitler deveria ter sido excomungado. Tudo bem.<BR/><BR/>De resto, o Pedro considera que excomunhão dificulta ou não dificulta a salvação?<BR/>Eu nunca disse que impedia, note bem. Apenas assumi que o Pedro considerasse que dificultasse as coisas: que o facto da Igreja excomungar alguém, tornasse mais difícil a este atingir a salvação.<BR/>Que em comunhão com a Igreja, apesar de tudo, sempre seria mais fácil. Que as pessoas deveriam ter medo da excomunhão, por essa razão.<BR/><BR/>Se assim for, como o que está em jogo é infinito, nenhum acto finito justificaria tal castigo. <BR/><BR/>Mas enfim, tudo isto é irrelevante. O personagem Jesus bem demonizou a riqueza, mas a Igreja católica optou por excomungar todos aqueles que não acreditam na propriedade privada. É um tanto irónico, se lermos os actos dos apóstolos, em que Deus andava a matar quem não queria partilhar as suas propriedades com a comuna que era a Igreja primitiva.<BR/>Enfim...<BR/><BR/>----<BR/><BR/>Quanto à "má nova" que foi inventada por mim, apenas mostra que eu sou doentio. <BR/>Ando a inventar passagens da Bíblia que não existem.<BR/> <BR/>É óbvio que se pegarmos na Bíblia e formos a Deutrónimo 13, v 6, nós NÃO vamos encontrar este texto: <BR/><BR/>«Se o teu irmão e o teu amigo e a tua esposa que vive no teu próprio seio, quiserem retirar-te da verdade, caia a tua mão sobre eles e derrama-lhes o sangue»<BR/><BR/>E é óbvio que se formos ao evangelho, em Mateus, capítulo 5, nós NÃO vamos encontrar nada como:<BR/><BR/>«17. Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. <BR/>18. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. <BR/>19. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus. <BR/>20. Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus.»<BR/><BR/>E mesmo que por acaso encontrássemos, certamente não haveria ninguém na tradição de paz e tolerância da igreja católica que fosse capaz de citar tais barbaridades, e justificar com elas a guerra e a violência.<BR/>A homilia dos Bispo do Porto também foi certamente inventada.<BR/><BR/>O pior é que qualquer leitor pode ir a estas referências e verificar com facilidade a verdade daquilo que escrevi.<BR/><BR/>Ah, e tal, era o contexto, as traduções, os hábitos culturais.<BR/>Na verdade aquilo significa que devemos abraçar os nossos familiares, sangue do nosso sangue, quando eles nos vierem afastar da fé. O sentido da palavra sangue era esse, era "verter sangue" no sentido figurado como em "mata a falta de fé que há neles" para os tornares uma pessoa diferente. <BR/>Assim entendes que isto é tudo uma religião de amor. <BR/><BR/>Só deves tomar essa passagem à letra como motivação para matar alguém quando o Bispo e o Papa assim o ordenarem, visto que deves obedecer a Deus, mas és muito burro para interpretar a sua Palavra*, e por isso precisas de obedecer acriticamente às instruções da Igreja Católica. Não te esqueças que continuamos a acreditar que em matéria de doutrina, o Papa é infalível, mesmo depois de alguns deles terem andado a vender indulgências... que isso não abale a tua Fé na Santa Madre Igreja.<BR/><BR/>*alegadamente dirigida aos "pobres de espírito".João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-77062353644554942192007-10-01T18:23:00.000+01:002007-10-01T18:23:00.000+01:00Pedro Silva:Sobre a Fé, é possível que já tenha ci...Pedro Silva:<BR/><BR/>Sobre a Fé, é possível que já tenha citado este texto, se assim foi faço-o de novo.<BR/><BR/>É um texto do Desidério Murcho e explica <A HREF="http://dererummundi.blogspot.com/2007/04/o-que-f.html" REL="nofollow">O que é a fé</A>. Quando utilizo a palavra "fé" é com esse significado.<BR/><BR/>Como se entende, a "fé" não se limita à fé religiosa. Mas a religião incentiva a "fé", que é incompatível com o conhecimento.<BR/><BR/>----<BR/><BR/>Quanto às cruzadas, aquilo que eu disse foi que a Igreja influencia a intuição ética das sociedades no sentido de tornar mais tolerável a morte dos crentes noutras religiões.<BR/><BR/>E esse caso parece-me flagrante: os mouros andavam descansadinhos na sua cidade, e o D. Afonso Henriques foi lá, por ganância e sede de poder, tomar a cidade. Até aí, enfim... é a natureza humana. Mas o incentivo adicional recebido graças à benção da igreja que faz as pessoas acreditarem que conquistar território aos infieis é algo de positivo, isso é que é uma distorção completa.<BR/><BR/>E o Pedro Silva achou bem!! <BR/>Abençoados pelo Clero, vieram os islâmicos conquistar e tomar territórios, pilhar e submeter as populações. Enfim... consequências da religião.<BR/><BR/>Uns séculos depois, já andam eles a viver em Paz sem atacar ninguém, vêem os cristãos pagar na mesma moeda. <BR/><BR/>Se fosse uma vingança rápida, isso iria contra a conversa do dar a outra face (que nunca passou de conversa, por ser tão disparatado), mas podia ser positivo. Vingar-se do invasor desincentiva as invasões.<BR/><BR/>Mas vingar-se de uma invasão feita séculos antes??? O Pedro Silva acha que isso é compatível com os ensinamentos de Cristo????<BR/><BR/>Eu também!<BR/><BR/>Mas depois não venha dizer que o mandamento fundamental é o Amor. Porque aquilo que os cruzados fizeram em Lisboa não foi amor: foram violações e pilhagens em massa (o livro que li não acaba na carta do Bispo...). <BR/><BR/>Se o Pedro acha que a Igreja Católica, na pessoa do Bispo do Porto, não adulterou tanto a mensagem de Jesus, ao ponto de devermos desconfiar das interpretações desta instituição, então relembre-se das palavras que citei neste sermão:<BR/><BR/>«Por isso diz na lei "Se o teu irmão e o teu amigo e a tua esposa que vive no teu próprio seio, quiserem retirar-te da verdade, caia a tua mão sobre eles e derrama-lhes o sangue" [Deutrónimo 13, v. 6] Eis o que em vós se cuumpre espiritualmente.»<BR/><BR/>Se isto não é a materialização da intolerância religiosa, é o quê?<BR/><BR/>É isto que para si é uma "mensagem de amor"?João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-45044034818655743422007-10-01T17:51:00.000+01:002007-10-01T17:51:00.000+01:00Cristy,só disse que quando se referem números, ou ...Cristy,<BR/><BR/>só disse que quando se referem números, ou intenções alheias, é norma dizer-se a fonte de onde foi tirada a informação. Facilita o debate e torna tudo mais sério.<BR/><BR/>Quanto ao debate ser estéril, não me parece já que tive inúmeros debates neste blog, quase todos com o joão vasco.<BR/><BR/>E também não me parece que eu esteja a usar nenhum tipo de métodos desonestos intelectualmente, limito-me a rebater argumentos, e sempre dando as minhas razões.<BR/><BR/>Pedro Silva<BR/><BR/>Pedro SilvaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-26184333402834305602007-10-01T17:26:00.000+01:002007-10-01T17:26:00.000+01:00E, Pedro Silva, claro que deu esses números como e...E, Pedro Silva, claro que deu esses números como exemplo, nem eu disse o contrário. Acho-o é extrememente selectivo nos números e factos que dá como exemplo, e muito pouco rigoroso na sua interpretação e na interpretação daquilo que outras pessoas aqui dizem. E não, não me parece que seja incapacidade de compreender o que o João Vasco, por exemplo, escreve. Pelo teor das suas respostas deduzo que é método. Ecxelente, aliás, para deitar areia nos olhos dos incautos e tornar estéril qualquer debate.<BR/><BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-65907531181763520932007-10-01T17:22:00.000+01:002007-10-01T17:22:00.000+01:00Pedro Silva,são números conhecidos entre historiad...Pedro Silva,<BR/>são números conhecidos entre historiadores e leigos, não são segredo e nem sequer são disputados pela igreja. Pode recorrer a qualquer historiador de confiança, à Enciclopédia Britânica, ou muitos outros livros mais ou, se preferir, à documentação no Vaticano, que já está acessível aos pesquisadores (se bem que eles ainda gostam muito de dificultar o acesso, mas vai havendo uma certa abertura pelo menos quando a pesquisa se reporta a acontecimentos de há 500 anos).<BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-83431528039049036962007-10-01T16:46:00.000+01:002007-10-01T16:46:00.000+01:00Cristy:Dei essa informação como exemplo do que se ...Cristy:<BR/><BR/>Dei essa informação como exemplo do que se passou num dos centros da inquisição. Mas ao mesmo tempo também disse que tinham sido cometido erros graves, e por isso mesmo o Papa pediu desculpa. Quanto aos números que deu sobre a inquisição, sempre me ensinaram que quando se dá esse tipo de informações se deve referir a fonte. Se mesmo com fontes fidedignas me acusa de dizer meias-verdades, o que seria se estivesse aqui a mandar números para o ar.<BR/><BR/>joão vasco:<BR/><BR/>“A Fé é uma convicção inalabalável. É uma convicção tal que são irrelevantes as provas e indícios ou a sua ausência, acreditar mesmo quando os indícios escasseiam é ter Fé.”<BR/><BR/>“Foi assim que Jesus reagiu a S. Tomé. Jesus queria que S. Tomé não tivesse sido racional, queria que ele tivesse tido Fé e acreditasse mesmo contra as evidências.”<BR/><BR/>Discordo completamente que a fé seja acreditar contra todas as evidências, muito pelo contrário, só a forma como passei a viver depois de encontrar Cristo é suficiente para ser a hipótese mais plausível para mim. Em relação a s.tomé, ele não estava a ser racional ao não acreditar que Jesus tinha ressuscitado. Primeiro porque ele já tinha vivido 3 anos com Jesus, e tinha experienciado coisas fantásticas que já lhe tinham mostrado racionalmente que Aquele homem era capaz de controlar a própria natureza, e é se não tivesse percebido que Ele era o Filho de Deus. O próprio Cristo já tinha profetizado que havia de ressuscitar. Segundo, racionalmente deveria ter acreditado nos outros seus 10 amigos que tinham visto o Senhor ressuscitado, e que lhe testemunharam esse mesmo facto. Seria mais lógico pensar que os outros 10, mais as mulheres que O tinham visto tinham tido uma alucinação, ou estavam a mentir? Ou seja, todas as evidências apontavam para que Cristo estivesse mesmo ressuscitado, e a fé que lhe era pedida era só para aderir a essas evidências, mesmo sem ter visto O ressuscitado. Ele só precisava de ter dito: “mesmo sem O ver acredito que tudo o que vivi com Ele é verdade, e acredito na vossa palavra, irmãos.” Mas em vez disso fechou-se à razão, e cedeu à teimosia de ter de ver para crer. Fé é acreditar sem ver, mas nunca contra as evidências, há sempre razões para ter fé. Fazemos uso disso em mil coisas no dia-a-dia.<BR/><BR/>Em relação às cruzadas, nenhuma das suas citações confirma o que tinha dito anteriormente. Volto a dizer, se as cruzadas tiveram o objectivo apenas de matar “não-crentes”, teria mil e uma cartas papais a incentivar essa matança. O que se passa nessa carta do bispo do porto é um apelo à libertação de lisboa, que estava capturada pelos mouros. É contra essa “cruzada”? Preferia que os mouros até hoje estivessem na peninsula ibérica, e portugal (muito mais pequeno do que depois se tornou) a ser atacado constantemente? É a favor da revolução francesa, mas contra a conquista de lisboa aos mouros? Desculpe lá se nem toda a gente partilha dessa sua visão. O que se passou neste caso foi uma guerra justa, para nos libertarmos dos opressores, não foi nenhum desvaneio sanguinário.<BR/><BR/>Em relação à excomunhão, parece-me que não sabe o significado do termo. Excomunhão quer dizer a expulsão da igreja católica, e é reservado para quem demonstra de forma escandalosa que está fora da comunhão da igreja. Ou seja, quem por palavras ou actos demonstre que os seus ideiais não são compatíveis com os da doutrina da igreja, então não faz sentido estar na igreja. E por isso é so reservado para os católicos, a igreja não pode expulsar quem não pertence à igreja. Nunca poderão ter sido excomungados os comunistas, mas sim quem é católico e se diz comunista. Como ambos os ideiais são incompatíveis, é mais que natural a excomunhão, mas é a própria pessoa que se põe fora da comunhão da igreja. Quanto ao hitler, para ser excomungado teria que ser católico, e não sei se o era. Se sim, penso que deveria ter sido excomungado. Outra confusão que faz é associar a excomunhão à eternidade de sofrimento, e isto é falso! Como disse atrás, excomunhão é deixar de estar em comunhão com a igreja, mas não quer dizer que não seja salvo à mesma. A igreja nunca disse que uma única pessoa em particular estaria no inferno, nem nunca dirá! Não se sabe se essa pessoa aderiu a Deus quando morreu, só Ele sabe.<BR/><BR/>Quanto aos sábados, não percebo porque é que continua a insistir, o que está a dizer não tem o mínimo sentido. Já citei aqui afirmações de Jesus em que diz que a lei continua válida, mas mais importante do que a lei é o amor. Que claramente está comprometido quando se mata alguém que trabalha ao sábado! Em 2000 anos da igreja, nunca ninguém foi morto por trabalhar ao sábado. E lembre-se que estamos a falar da barbara igreja das cruzadas e inquisições. E nem uma palavra sobre isso está na doutrina da igreja, nem tão pouco sobre apedrejar adúlteras nem mil e uma coisas que eram lei antes de Jesus aparecer. Não percebo porque quer ser mais papista do que o papa, mas o joão vasco é livre para andar a espalhar a sua “má-nova”, mas nunca se esqueça de dizer que foi inventada por si.<BR/><BR/>Pedro SilvaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-25883198647034607132007-10-01T13:05:00.000+01:002007-10-01T13:05:00.000+01:00Pedro Silva:Vou repetir. A lei de Moisés é que o S...Pedro Silva:<BR/><BR/>Vou repetir. A lei de Moisés é que o Sábado deve ser guardado para Deus. Quem trabalhar deve ser executado.<BR/><BR/>Jesus não pode quebrar essa lei, mesmo curando enfermos, porque alegadamente é Deus. <BR/><BR/>Claro que para o clero da altura isso era blasfémia. <BR/><BR/>Assim sendo, Jesus nunca quebra a lei de Moisés. E é da lei de Moisés que se trata. Não é nada alegadamente adicionado à posteriori.<BR/><BR/>Jesus vem dizer que a lei é para se aplicar na íntegra, e até deixa bem claro uns avisos para o Pedro Silva:<BR/><BR/>«17. Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. <BR/>18. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. <BR/>19. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus. <BR/>20. Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus.»<BR/><BR/>Não trabalhar ao Sábado, é um destes mandamentos. Punir de morte quem o faz, faz parte da "lei dos profetas".<BR/><BR/>Se o Pedro Silva vem ensinar que não faz mal desobedecer ao mandamento que diz que devemos guardar os dias sagrados para Deus (porque Cristo também o fez...), já sabe o que é que Jesus lhe diz.<BR/><BR/>Se acredita que a Bíblia é a palavra de Deus, tenha cuidado!João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-54936456595721014312007-10-01T12:56:00.000+01:002007-10-01T12:56:00.000+01:00«Já alguém leu pedidos de desculpa de comunistas p...«Já alguém leu pedidos de desculpa de comunistas pelos genocidios do século passado?»<BR/><BR/>Eu não sou comunista, não tenho culpa que eles peçam ou deixem de pedir desculpas por isto ou por aquilo.<BR/><BR/>Ainda assim, acho isto engraçado. Mesmo assumindo que os católicos não andaram matar comunistas e socialistas (o que é falso, logo para começar na guerra civil espanhola), a verdade é que a Igreja excomungou todos os comunistas.<BR/><BR/>Ora para um ateu, isso é coisa de pouca monta. Mas um católico como o Pedro Silva devia considerar isso bem pior do que provocar milhares de mortos: afinal é uma eternidade de sofrimento que está em causa. <BR/><BR/>E isto ainda é tanto mais grasve quando o Hitler, depois de tudo o que fez, nunca foi excomungado! <BR/>E qualquer comunista, só por sê-lo, é-o automaticamente.<BR/><BR/>Por isso, se como o Pedro Silva eu acreditasse na palavra da Igreja, entendia rapidamente que seria esta a dever um pedido de desculpas aos coitados dos comunistas: por muito mal que tenham feito, nada justificaria a maior facilidade com que encontrariam o castigo eterno. Caramba!<BR/><BR/>Mas enfim, isto é tudo irrelevante.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-30443606705982427672007-10-01T12:44:00.000+01:002007-10-01T12:44:00.000+01:00Sobre as cruzadas, nem sei como não me lembrei de ...Sobre as cruzadas, nem sei como não me lembrei de um texto bem mais recente que li (aquele da penitência já foi há tanto tempo..). Não é de um Papa, mas também não é de um Padre qualquer: é o Bispo do Porto a dirigir-se aos cruzados. A carta faz parte do livro "Conquista de Lisboa aos Mouros em 1147 - carta de um cruzado inglês". <BR/><BR/>Vai dar-me um trabalhão, mas passo a citar:<BR/><BR/>«Ora a guerra justa, diz o nosso Isidoro, é a que se faz por reaver o que é nosso, ou para repelir os inimigos. E porque é uma coisa justa punir os homicidas e os sacrílegos e os envenenadores, a efusão do seu sangue não é homicídio, como não é cruel quem destroi os cruéis. Quem mata os maus só no que eles são maus, e o faz com justo motivo, é ministro do Senhor.<BR/>Empreenderam os filhos de Israel uma justa guerra contra os Amorreus, só porque lhes era negada uma pessagem inofensiva; e vós que sois o povo de Israel, os filhos de Cristo e os servos da cruz, haveis de permitir aos inimigos da cruz a liberdade de vos insultarem impunemente? De maneira alguma!<BR/>Ouvi o que a tal respeito disse Santo Agostinho ao presbítero Donato: Não se deve deixar uma vontade perversa entregue à sua liberdade, como nem a Paulo foi permitido usar a sua perversa vontade com que perseguia a Igreja de Deus. Igualmente Crisóstomo sobre S. Mateus, Homilia XVII: "Matou Fineas um homem e foi-lhe tomada a justificação. Abraaão, tornado não só homicida, mas o que é mais grave, parricida, muito mais por isso agradou a Deus" [cf Números 25, v 7; salmo 105, v 31; genesis 22, v 16-18]. Do mesmo modo S. Jerónimo diz a Ripoário: Li os assassinatos por mãos de Fineas, por mandato de Elias, por zelo de Simão Cananeu; li a severidade de Pedro fulminando Ananias e Safira, a firmesa de Paulo que condenou com eterna severidade o mago Elimas que resistia ao Senhor [cf III Reis 18, vs 40; Genesis 34, v. 25; Actos 5, v. 5-10; Actos 13, v 8-11] Por isso diz na lei "Se o teu irmão e o teu amigo e a tua esposa que vive no teu próprio seio, quiserem retirar-te da verdade, caia a tua mão sobre eles e derrama-lhes o sangue" [Deutrónimo 13, v. 6] Eis o que em v´s se cuumpre espiritualmente.<BR/>[...]<BR/>E assim verdadeiramente se cumprirá em vós a profecia feita para louvor e honra da virtude e glória dos filhos de deus: "Como é que um perseguia mil, e dois mil punham em fuga dez mil?" [Deuterónimo 12, v 30]. E de novo: "Cinco dos vossos perseguirão cem estranhos e de vós perseguirão dez mil. Diante de vós sucumbirão à espada os vossos inimigos" [Levítico 26, v 8].<BR/>Portanto não é lícito duvidar de que seja legitimamente empeendida a guerra que se faz por ordem de Deus.»<BR/><BR/>Este discurso, fundamentando teologicamente a guerra contra os mouros, levou os cruzados a participarem na conquista de Lisboa, em vez de seguirem viagem para os lados de Jerusalem. <BR/><BR/>Era este Bispo que era psicopata, ou era este o discurso eclesiástico da época?<BR/>Não sei porquê, mas aposto na segunda hipótese...João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.com