tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post5207186250298927181..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: Treta da Semana: o custo do tabaco.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-76828489604632361812007-07-07T01:19:00.000+01:002007-07-07T01:19:00.000+01:00«Cobrar as externalidades faz sentido por aumentar...«Cobrar as externalidades faz sentido por aumentar o custo da actividade e levando o agente a procurar fazer as coisas de outra forma.»<BR/><BR/>Não.<BR/><BR/>Numa troca há duas partes envolvidas. Se ambas aceitam de mútuo acordo a troca, nada há a obstar.<BR/><BR/>Mas ocasionalmente há trocas que envolvem 3 partes. O comprador, o vendedor e a comunidade. A gasolina é um exemplo: ao ser queimada polui o ar de todos.<BR/><BR/>A ideia da externalidade é fazer com que ambos os envolvidos compensem a comunidade pelos danos causados. <BR/>Se aquilo que tiverem a ganhar com a troca for menor do que os danos provocados à comunidade, o pagamento da externalidade faz com que a troca deixe de valer a pena. A troca não é efectuada.<BR/>Se aquilo que tiverem a ganhar com a troca for maior do que os danos provocados à comunidade, o pagamento da externalidade compensa-a pelos danos sofridos. Ainda assim, o vendedor e o comprador vão ganhar com a troca.<BR/><BR/>Um externalidade excessiva desencoraja trocas em que o saldo geral seria positivo, e uma externalidade pequena de mais encoraja trocas em que a comunidade fica a perder. <BR/><BR/>Quando alguém compra tabaco, está a prejudicar a comunidade por isso constiuir um risco acrescido, e fazer parte do SNS. Este é o único prejuízo coercivo que causa. Todo o restante alegado prejuízo resulta de decisões livres. Os impostos devem assegurar que este prejuízo que o tabaco causa, sem que a comunidade o tenha escolhido, é compensado.<BR/>E pelos vistos, isso acontece.<BR/>Já os danos para a saúde do próprio fumador, não devem obviamente estar incluidos nas externalidades, visto que é ele que decide se faz a troca.<BR/>Os danos devido à menor produção (absentismo, etc..) também são da única e exclusiva responsabilidade dele, e de quem o contrata livremente.<BR/>Os danos para a saúde dos fumadores passivos simplesmente não deviam existir para começar: ninguém devia ser obrigado a fumar o fumo de outros. <BR/>Mas quando se vai a uma "casa de fumo" de livre e espontânea vontade...<BR/><BR/><BR/>Nota: pode ser feio, mas para o cáluclo das externalidades - seja do que for, tabacos à parte - tem mesmo de se calcular o "valor económico" de uma vida humana (nos EUA anda pelos 10 milhões de dolares), do ar puro, etc... Quem calcula externalidade tem mesmo de dar um preço ao rio sujo, e quanto mais senstao for o cálculo, mais a comunidade terá a ganhar.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-7657813462460872212007-07-06T06:41:00.000+01:002007-07-06T06:41:00.000+01:00João,O imposto do tabaco não serve para compensar ...João,<BR/><BR/>O imposto do tabaco não serve para compensar os outros do cancro. Nem sequer compensa a sociedade das perdas económicas da doença que o fumador provoca em si mesmo, quanto mais do mal que faz aos outros.<BR/><BR/>Raramente a cobrança de externalidades compensa o mal que estas fazem. A taxa cobrada a uma empresa poluente não é uma compensação justa pelo pessoal que respira as dioxinas ou o que for.<BR/><BR/>Cobrar as externalidades faz sentido por aumentar o custo da actividade e levando o agente a procurar fazer as coisas de outra forma. Uma taxa sobre poluição serve para reduzir a poluição, não para compensar monetariamente quem sofre pela poluição (não há imposto que compense ficar sem água potável)<BR/><BR/>No caso do tabaco isto não funciona porque o fumador não é um agente racional livre. É um viciado. Pelo menos metade dos fumadores quer deixar de fumar e não consegue. Isto é um bom indicador que este sistema de inibir o comportamento cobrande as externalidades não funciona neste caso.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-69483057332332789032007-07-05T17:04:00.000+01:002007-07-05T17:04:00.000+01:00anónimo: isso é falso. É propriedade privada.Propr...anónimo: isso é falso. É propriedade privada.<BR/><BR/>Propriedade privada de utilidade pública: quer dizer que o público, se quiser, e mediante certas condições que o dono pode estipular, pode usufruir da estadia nesse espaço privado.<BR/><BR/>Este é o ponto chave. <BR/>Aliás, é esse equívoco que está na base de quase todos os argumentos favoráveis a esta lei tão injusta.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-15687828584879981912007-07-05T16:49:00.000+01:002007-07-05T16:49:00.000+01:00Legalmente um bar, ou café, é um local público.Legalmente um bar, ou café, é um local público.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-47262142303046403392007-07-05T16:26:00.000+01:002007-07-05T16:26:00.000+01:00Ludwig:O cálculo dos impostos não está mal feito. ...Ludwig:<BR/><BR/>O cálculo dos impostos não está mal feito. O objectivo do cálculo é que não é o mesmo que assumes.<BR/><BR/>Ao fumar estás a provocar "despesa" a ti e à comunidade. Mas por outro lado pagas externalidades: os elevados impostos do tabaco.<BR/><BR/>A comunidade deve ajustar as externalidades que tens de pagar ao nível das despesas que tem necessariamente contigo, devido ao teu acto de fumar, por forma a que a decisão de fumar só te diga respeito a ti, e devas ser tu a escolher, em consciência e liberdade, se queres fumar ou não, ponderando o prazer e os danos para a tua saúde.<BR/><BR/>Assim, é justo comparar o montante recebido pelos impostos ao tabaco com as despesas no SNS gastas com o tabaco.<BR/>Os outros tipos de despesas - menos produtividade, morte prematura, etc... - foi o próprio fumador que as sofreu, e por isso apenas a ele dizem respeito.<BR/><BR/>E quanto aos não-fumadores obrigados a levar com o fumo alheio?<BR/><BR/>Isso não devia existir. É uma injustiça que alguém seja obrigado a levar com o fumo alheio, por isso defendo que nos edifícios públicos, se não for possível separar áreas para fumadores e não fumadores, deveria ser proibido fumar.<BR/>O mal é considerar que um bar é um sítio público onde as pessoas não podem escolher deixar de ir. Não é!<BR/><BR/>Ninguém vai a um bar apanhar fumo de tabaco obrigado! Só entra no bar quem quer.<BR/>O que não é justo é querer impôr as tuas regras ao dono e aos outros clientes. Se não queres apanhar fumo, não usas esse bar, dando um forte incentivo à criação de bares onde é proibido fumar. Porque é que os não fumadores não fazem isto, em vez de querer impedir os fumadores de fumar nos seus espaços?João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-90788770036830769962007-07-05T16:23:00.000+01:002007-07-05T16:23:00.000+01:00E o Ludwig tem razão.A questão não é cobrir os cus...E o Ludwig tem razão.<BR/>A questão não é cobrir os custos, isto é o factor de dissuasão, a questão é que se alguém é exposto ao fumo todo o dia, todos os dias, involuntariamente, tem as mesmas probabilidades de contrair uma doença relacionada com o fumo, além do incomodo da exposição.<BR/><BR/>Mas, a questão do fumo, também é "voluntária". Você decide fumar porque, bem ou mal, escolheu esse caminho. Se você sofre de esclorose não é por decisão sua! Você não decide que gener herda, mas, é você que decide fumar, é você que decide saltar de um penhasco, é você que decide expor-se ou não a determinados riscos, e os patrões podem impor-lhe um código de conduta, que inclui a sua exposição pública.<BR/><BR/>Diga-me qual a viabilidade de um CEO de um banco, manter o emprego e ao mesmo tempo, posar em revistas pornográficas? :-)<BR/>E se você receber 100 mil euros semanais a jogar futebol, e passar o tempo livre a beber litros de alcool e a comer compulsivamente?<BR/>E se, tantas outras coisas...<BR/><BR/>A questão não é a que o Luis coloca de aceder a informação genética, ou afins, é a de quando aceita um emprego em que lhe digam que não pode fazer algo, e você ignorar e fazer na mesma.<BR/>Se lhe disserem que não pode fumar nos escritórios, porque incomoda os colegas e clientes, se você o fizer quer o quê? Mater o emprego?<BR/>Se me disserem que para determinada actividade profissional tenho de abdicar de algo que não é um direito fundamental, pois interfere com a productividade/credibilidade laboral, que lhe parece ser o resultado final?Antoniohttps://www.blogger.com/profile/05200952941766107760noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-12101267661645083992007-07-05T15:58:00.000+01:002007-07-05T15:58:00.000+01:00Caro Luís,Que as seguradoras não cubram os desport...Caro Luís,<BR/><BR/>Que as seguradoras não cubram os desportos radicais não é nem bom nem mau exemplo. O importante é que se partir a perna a andar de skate e não tiver dinheiro para pagar o tratamento não o põem fora do hospital. O SNS paga, tratam de si, e vem tudo dos impostos.<BR/><BR/>Quanto à produtividade não era isso de sair para fumar o cigarrinho. É ficar de baixa, reformar-se antecipadamente, e tudo aquilo que está por trás dos quatrocentos milhões de euros em despesas de saúde. É que quem está no hospital não está a trabalhar, e esse é um custo adicional que todos pagamos.<BR/><BR/>Saliento que não é isto que justifica a proibição. O ponto é que esse cálculo pelos impostos está mal feito.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-81813011149375421622007-07-05T15:57:00.000+01:002007-07-05T15:57:00.000+01:00Caro António,Obviamente que onde, através de exemp...Caro António,<BR/><BR/>Obviamente que onde, através de exemplos mais ou menos exagerados, eu quero chegar é até onde deve o Estado ou a entidade patronal poder controlar (e só dessas, pois a actividade seguradora é diferente, neste contexto) a vida profissional de um cidadão ou empregado.<BR/>Na sua opinião, e como empregador, deveria ter acesso a informações do foro genético dos seus trabalhadores? É que 10 minutos por dia a fumar um cigarro provavelmente não é nada em termos de custos comparado com a possibilidade de um dos seus empregados poder ter uma doença crónica incapacitante.<BR/>Apenas mais uma chega<BR/><BR/>Cumprimentos<BR/><BR/>Luís Azevedo RodriguesCiência Ao Naturalhttps://www.blogger.com/profile/14111077942789589208noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-5338615593543707292007-07-05T15:52:00.000+01:002007-07-05T15:52:00.000+01:00Caro Ludwig,abordei, de forma indirecta, a questão...Caro Ludwig,<BR/><BR/>abordei, de forma indirecta, a questão dos quebra de produtividade. O que me parece menos próprio e perigosos é misturar a preservação da saúde de terceiros por parte dos fumadores e questões laborais.<BR/>Por isso referi aqueles exemplos. Por me parecerem que se entramos na análise de um comportamento privado deveremos, então, estar preparados para a espiral de controle em todas as áreas.<BR/>Porque, percebeu também como eu, é disso que se trata.<BR/>Em relação ao vícios claro que é complexo; mas o que não é complexo é perceber que podemos cair na tentação da invasaõ da esfera privada por mecanismos de controle de produtividade.<BR/>"Mais que isso não é preciso."<BR/><BR/>Cumprimentos<BR/><BR/>Luís Azevedo RodriguesCiência Ao Naturalhttps://www.blogger.com/profile/14111077942789589208noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-25461776616628387582007-07-05T15:51:00.000+01:002007-07-05T15:51:00.000+01:00Vou aproveitar o comentário do Ludwig, para dar ou...Vou aproveitar o comentário do Ludwig, para dar outro exemplo:<BR/>-Eu gosto de ouvir música quando trabalho, e não gosto de headphones. Na maior parte dos casos (aí uns 99% deles) ninguém onde eu trabalho gosta da musica que eu gosto. E se eu puser a musica ao volume que eu gosto no local de trabalho?<BR/>A sua resposta a isto, pode-se aplicar ao que eu sinto pelo fumo dos outros. E acredite que a musica que eu gosto e ao volume que eu gosto, todo o dia, não o impede de trabalhar, nem lhe afecta a saude fisica.Antoniohttps://www.blogger.com/profile/05200952941766107760noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-20860776817409544172007-07-05T15:44:00.000+01:002007-07-05T15:44:00.000+01:00Caro Luis Azevedo Rodrigues,Acabei de perder um po...Caro Luis Azevedo Rodrigues,<BR/><BR/>Acabei de perder um post em que lhe respondia a isso, mas, vou tentar repetir o mesmo. :-)<BR/><BR/>O seu argumento falhou num ponto importante. :-) Se você for fazer qualquer actividade radical, e se partir todo, está entalado por duas vias.<BR/>1- Nenhuma companhia de seguros cobre as despesas inerentes a acidentes com essas actividades. Ao contrário dos fumadores, que ainda mantêm as coberturas, apesar de mais caras. Se partir um joelho a andar de skate, e não mentir no formulário, não recebe nada de despesas de saude associadas a esse acidente!<BR/>2- Se não conseguir andar, por causa desse acidente e não mentir na inspecção médica, nem sequer a baixa lhe pagam. Por isso, a liberdade individual dos fumadores está mais que garantida, em comparação com os desportistas radicais amadores.<BR/><BR/>Por isto, o seu exemplo é muito mau! Eu conheço um "entalado", por causa de um acidente de ski, que não fuma, e que não perdia tempo a fumar todos os dias, ao contrário de outros melhor pagos!<BR/><BR/>Outra coisa... Se demorar 10 minutos a fumar cada cigarro e fumar 6 por dia, a empresa perde 1 hora de serviço, que para o trabalhador médio, são 4.15 Euros, e esses cigarros são cerca de 1 euro. Acha que os impostos desses 6 cigarros pagam aquilo que custou ao empregador? E se lhe cobrassem 20 Euros o maço, para dar 17 ao empregador pelos cigarros que fumar na hora de serviço?Antoniohttps://www.blogger.com/profile/05200952941766107760noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-18546209678872373882007-07-05T15:38:00.000+01:002007-07-05T15:38:00.000+01:00Caro Luís,Há aqui dois pontos diferentes. Um, que ...Caro Luís,<BR/><BR/>Há aqui dois pontos diferentes. Um, que abordei neste post, é a treta de dizer que o tabaco dá mais lucro do que custos só por comparar a comparticipação do estado no SNS com o imposto do tabaco. O verdadeiro custo do tabaco é a doença, o sofrimento que isso causa, a morte prematura, e o impacto na produtividade. E isso é independente dos impostos, nem se resolve com impostos.<BR/><BR/>Seja quanto for que o Luís paga de impostos, aquilo que o seu tabaco faz à sua saúde e à dos que o Luís afecta com esse hábito é um custo para todos. Não há imposto que faça desse custo um lucro.<BR/><BR/>O outro ponto diferente é o da proibição de fumar onde incomoda os outros. A única justificação para isso é que ninguém tem o direito de incomodar e prejudicar a saude dos outros só porque lhe apetece. O custo e o imposto não têm nada a ver com isso, e por mim o paraquedista pode-se partir todo à vontade desde que não acerte em ninguém. Tal como o fumador deve ser livre de apanhar o cancro que quiser desde que não leve ninguém com ele (mas o problema de ser «livre» quando se trata de uma substância viciante é mais complexo que o do paraquedismo).Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-74204798903303551792007-07-05T15:25:00.000+01:002007-07-05T15:25:00.000+01:00Caro António,"Eu como patrão, prefiro que o estado...Caro António,<BR/><BR/>"Eu como patrão, prefiro que o estado perca os impostos, e o trabalhador não gaste tempo a fumar. Ou será que os direitos do patrão, e restantes empregados são menos que os do trabalhador fumador?"<BR/><BR/>Que lhe ocorre dizer sobre o que escrevi num comentário anterior:Ou seja o que fazemos na vida privada deverá ser descontado ao nível dos impostos.<BR/>Comecemos então, com alguns exemplos: hobbies – os praticantes de desportos radicais deveriam ter um factor de retenção maior que os leitores de poesia (é que as lesões originadas pela leitura do Vasco Graça Moura serão menores que o paraquedismo; e daí…); património genético – até onde deverá ser feita a análise? ; viagens (em função do tipo de meio de transporte a utilizar – conduzir um carro em Portugal não deveria ser contabilizado em termos de risco como conduzir na Áustria?).<BR/><BR/>Cumprimentos<BR/><BR/>Luís Azevedo RodriguesCiência Ao Naturalhttps://www.blogger.com/profile/14111077942789589208noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-7395184242239975882007-07-05T15:24:00.000+01:002007-07-05T15:24:00.000+01:00Ludwig,Curiosamente conheço muitos não fumadores q...Ludwig,<BR/><BR/>Curiosamente conheço muitos não fumadores que não concordam com a lei.<BR/>O que é giro porque sempre achei que iam todos esfregar as patinhas de contentes.<BR/><BR/>Não te parece mais justo que o proprietário possa escolher assim como o cliente.<BR/>Ou seja eu como cliente posso escolher entre um café para fumadores ou para não fumadores. O Ti maneli pode escolher entre ter um café para fumadores ou para não fumadores e o empregado pode escolher em que tipo de café quer trabalhar.<BR/>Tenho sempre um certo receio que este tipo de atropelo das liberdades individuais acabem em descalabro.Joaninhahttps://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-40936063814473893662007-07-05T15:22:00.000+01:002007-07-05T15:22:00.000+01:00Caro Ludwig, Não esqueceu de ler no meu comentário...Caro Ludwig, <BR/><BR/>Não esqueceu de ler no meu comentário que, para além do imposto de tabaco, também pago IRS, que (deveria) contribuir para o esforço colectivo para a saúde, justiça, educação, etc. - a sua, a minha, e a dos restantes portugueses.<BR/>Não pretendo defender o indefensável - malefícios do tabaco, Tchekov dixit.<BR/>Falou em custos para a produtividade originados pelo tabaco.<BR/>Que lhe parece os exemplos que lhe apresentei?<BR/>Deveriam ser igualmente tidos em conta, potenciais de quebra de produtividade?<BR/><BR/>Cumprimentos<BR/><BR/>Luís Azevedo RodriguesCiência Ao Naturalhttps://www.blogger.com/profile/14111077942789589208noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-28729946914737708002007-07-05T15:17:00.000+01:002007-07-05T15:17:00.000+01:00O exemplo do cinto do JPVale é uma boa referência....O exemplo do cinto do JPVale é uma boa referência. A questão que se põe, é se a liberdade individual é maior que a liberdade colectiva.<BR/>Porque no fundo é isto que se trata. Que direito tem 1 fumador de se impor a 2 não fumadores. Ou ainda, porque é que 9 fumadores têm o direito de obrigar 1 fumador a aturar o fumo deles? E ainda, porque é que deve ser esse não fumador a abandonar o seu prazer de estar no café a beber o seu café à vontade, e não os 9 de irem fumar para outro lado?<BR/>Quando vou a um café ou restaurante, pago para comer, beber e estar sentado a ocupar o espaço do café/restaurante. Não preciso pagar para fumar, pois isso posso fazer em qualquer lado, inclusivém em minha casa, onde só entra quem eu quero. Por isso, se é dada liberdade aos cafés de permitirem fumo ou não, já é mais que suficiente, e se alguém não respeitar isso, a multa é merecida, até podia ser pior.<BR/>O facto de pagarem mais impostos no tabaco do que aquilo que custam ao SNS, é treta! Se alguém meter baixa com DOPC, e o patrão tiver de contratar outra pessoa para fazer o trabalho, e ao fim de 3 anos o doente volta a trabalhar, quem é que assume a despesa de ter de pagar a 1 trabalhador a mais? E quem é que a haver despedimentos, deve ir para a rua? E se o fumador volta a meter baixa 1 mês depois do outro ter sido despedido? Quantos trabalhadores deve o patrão contratar e formar, e assumir custos por causa do fumador meter baixa? E se o fumador perder 1 hora por dia a fumar, quem é que assume os 12,5% de perda de produtividade? É o patrão? Ou o fumador aceita trabalhar por menos ordenado para compensar?<BR/>Isto de achar que a sociedade fica satisfeita só com impostos é relativo... Eu como patrão, prefiro que o estado perca os impostos, e o trabalhador não gaste tempo a fumar. Ou será que os direitos do patrão, e restantes empregados são menos que os do trabalhador fumador?Antoniohttps://www.blogger.com/profile/05200952941766107760noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-61669024112895341722007-07-05T15:10:00.000+01:002007-07-05T15:10:00.000+01:00Caro Luís Rodrigues,Não duvido que os seus imposto...Caro Luís Rodrigues,<BR/><BR/>Não duvido que os seus impostos cubram a comparticipação do estado com a sua saúde. Mas discordo que isso indique que está tudo bem. Os nossos impostos não são só para pagar os gastos de saúde de quem paga impostos. São para pagar a educação, a polícia, os tribunais, a administração do país, ajudar os mais carenciados, e todas essas coisas que, bem ou mal, lá vão fazendo o país funcionar.<BR/><BR/>O facto de ainda sobrar alguma coisa dos seus impostos depois dos gastos de saúde não é, por si só, um indicador positivo.<BR/><BR/>E concordo consigo que a questão económica não é determinante. Disse-o até explicitamente no final do post. Penso que o que justifica proibir que se fume para cima dos outroa é o mal que faz aos outros. Mais que isso não é preciso.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-77968179374048518802007-07-05T15:03:00.000+01:002007-07-05T15:03:00.000+01:00Caro Ludwig,Comenta apenas, e de forma selectiva, ...Caro Ludwig,<BR/><BR/>Comenta apenas, e de forma selectiva, os argumentos referidos sobre o tabaco.<BR/>Num dos, poucos, comentários que fiz a um seu post anterior referi que uma das argumentações feitas pelos anti-tabagistas é a de que os fumadores consomem muito dos recursos financeiros do Estado no sector da Saúde.<BR/>Referi, e falando pessoalmente agora, que já paguei todas as minhas eventuais despesas de saúde uma vez que, todos os dias, ao comprar um maço de tabaco, cerca de 80% (concretamente 76,5%, valores do INE e referentes a 2003) desse valor é receita fiscal ou imposto. <BR/>Esse imposto gerou, em 2005, 1.22 mil milhões de euros.<BR/>Parece-me que esse dinheiro, para além do que pago em IRS, dará para pagar as minhas despesas de saúde.<BR/><BR/>“Os dias de baixa, os trabalhadores doentes, a redução na esperança de vida, as reformas antecipadas e o que mais o tabaco cause tem um custo para todos nós além do impacto no rendimento individual de cada fumador.”<BR/><BR/>Utilizando esse tipo de raciocínio entraremos numa espiral em que as opções da vida privada de cada terão que ser contabilizadas, potencialmente, para o rendimento de cada um. Ou seja o que fazemos na vida privada deverá ser descontado ao nível dos impostos.<BR/>Comecemos então, com alguns exemplos: hobbies – os praticantes de desportos radicais deveriam ter um factor de retenção maior que os leitores de poesia (é que as lesões originadas pela leitura do Vasco Graça Moura serão menores que o paraquedismo; e daí…); património genético – até onde deverá ser feita a análise? ; viagens (em função do tipo de meio de transporte a utilizar – conduzir um carro em Portugal não deveria ser contabilizado em termos de risco como conduzir na Áustria?).<BR/>Concorda com estes exemplos?<BR/><BR/>Saudações <BR/><BR/>Luís Azevedo RodriguesCiência Ao Naturalhttps://www.blogger.com/profile/14111077942789589208noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-71690889014718260312007-07-05T12:49:00.000+01:002007-07-05T12:49:00.000+01:00«Estado e já deste a entender que o interesse cole...«Estado e já deste a entender que o interesse colectivo nunca se deverá sobrepor ao individual.»<BR/><BR/>O interesse colectivo pode sobrepôr-se ao interesse individual.<BR/><BR/>Mas sou eu que devo decidir, e não o colectivo, o que é melhor para mim. Salvo raras excepçções discordo que o colectivo procure impedir-me de tomar decisões que só a mim me afectam. Ou que só afectam quem as toma livremente.<BR/><BR/>Quanto ao caso do conto de segurança, já respondi na discussão do texto anterior.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-78167564320330089292007-07-05T12:40:00.000+01:002007-07-05T12:40:00.000+01:00Faço minhas as palavras do António Parente.(uma pa...Faço minhas as palavras do António Parente.<BR/><BR/>(uma parte do comentário afixado no último post)<BR/>Vasco, cinges-te muito ao limite paternalista do Estado e já deste a entender que o interesse colectivo nunca se deverá sobrepor ao individual. Faço-te uma pergunta respeitante a uma obrigatoriedade que mexe mais nos direitos individuais que a proibição de fumar, és a favor ou contra a obrigatoriedade do uso de cinto de segurança nos veículos?JPhttps://www.blogger.com/profile/02845918500210974796noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-71088856027520079242007-07-05T12:21:00.000+01:002007-07-05T12:21:00.000+01:00«Deixa ver se percebo. Um tipo apanha cancro por c...«Deixa ver se percebo. Um tipo apanha cancro por causa do fumo dos colegas.»<BR/><BR/>Pois, ninguém deve ser obrigado a isso. <BR/><BR/>As externalidades são devidas ao facto de um fumador poder ter custos acrescidos no SNS, e por isso poder justificar-se que ele compensse a comunidade.<BR/><BR/>Mas ninguém deve ser obrigado a apanhar com o fumo que não quer.<BR/>Simplesmente as pessoas apanham sempre que fazem ESCOLHAS nesse sentido. Seja ir para um café onde é permitido fumar, seja trabalhar num café onde é permitido fumar.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-40438369978091467622007-07-05T10:22:00.000+01:002007-07-05T10:22:00.000+01:00Estou totalmente de acordo com as teses do Ludwig ...Estou totalmente de acordo com as teses do Ludwig expressas neste post.António Parentehttps://www.blogger.com/profile/00828230474594433900noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-67912600597074078272007-07-05T10:08:00.000+01:002007-07-05T10:08:00.000+01:00Deixa ver se percebo. Um tipo apanha cancro por ca...Deixa ver se percebo. Um tipo apanha cancro por causa do fumo dos colegas. Como o estado comparticipa uma pequena parte dos cuidados paliativos com os impostos do tabaco, considera-se que o desgraçado foi devidamente compensado pelo que lhe fizeram?<BR/><BR/>Eu não lhe chamo um cálculo simplista e redutor. Eu chamo-lhe treta. Assumir que os 400 milhões gastos nos malefícios do tabaco são compensação adequada é um absurdo tão grande que me cheira a distorção deliberada.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-33761453181837416642007-07-05T02:23:00.000+01:002007-07-05T02:23:00.000+01:00Fumar não é bom para a economia nem para o bem com...Fumar não é bom para a economia nem para o bem comum. Mas julgo que os impostos pagos pelos fumadores compensam, sobejamente, as externalidades negativas do seu acto.<BR/>Acho que era apenas isto que o João Miranda pretendia provar, para concluir de seguida que os elevados impostos que o tabaco paga são mais do que a cobrança legítima das externalidades do acto de fumar - são uma demonstração do paternalismo do estado a esse respeito, que interfere nas livres decisões dos cidadãos para os encorajar a fazer aquilo que é melhor para eles próprios.<BR/><BR/>Acho que o cálculo do João Miranda é um tanto simplista e redutor, mas suficiente para deixar claro que a sociedade não está a cobrar externalidades a menos...João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.com