tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post2969516244242161105..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: Treta da semana: A coisa pela crença.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger58125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-83237327737484614442010-04-19T19:44:33.526+01:002010-04-19T19:44:33.526+01:00Jairo:
Nada do que tu dizes justifica a existenci...Jairo:<br /><br />Nada do que tu dizes justifica a existencia de um deus.<br /><br />Foi te tudo respondido à letra. Apenas estas a repetir afirmações sem argumentar.<br /><br />Isto:<br /><br />"Uma correspondência entre uma proposição e a realidade só pode ser a) verdadeira, b) falsa; se existir VERDADE ABSOLUTA. Mas não me admira que isso te tenha escapado..." - de que concluis que se existe moral absoluta tem de existir um principio absoluto.<br /><br />Esta errado. Não vale a pena ir discutir mais coisas quando começas logo mal. Para que? Uma coisa de cada vez.<br /><br />Tu so podes dizer que deus é o garante da verdade se o definires assim. Mas as coisas não passam a existir so por serem definidas.<br /><br />E se dizes que o facto de existir realidade prova a existencia de deus então voltamos ao principio ontologico. Mas refereste à capacidade de conhecer. E esta errado na mesma.<br /><br /> Porque se estiveres a viver num mundo completo de fantasia nem saber se deus te engana ou não podes. Nem podes saber o que podes saber. Acerca de nada. <br /><br />Se admites que alguma coisa podes saber, então podes começar a testar modelos e hipoteses. Incluindo se existe deus ou se ele é bom. E esse é o estado da ciencia. A ciencia poe a primeira hipotese:<br /><br />" e se eu puder testar a realidade? O que posso aprender com isso? " Adiante:<br /><br />Se deus for preciso para explicar muita coisa, ele é uma hipotese forte. Mas isso foi no passado. Ja não é preciso para explicar nada e tão pouco é a saida cognitiva de um solipsismo. Como explico adiante de um modo muito simples:<br /><br /><br />Se não houver verdade, nenhum conhecimento podes formar. Nada. Não há verdade. Não ha respostas. Para tudo pode ser "não" ou " sim" e para o que for "sim", ficas sem saber se afinal era "não". <br /><br />O que fazes é afirmar que isso não é assim porque deus o garante. Postulas de uma acentada deus e a sua vontade de te permitir ter conhecimento.<br /><br /> A tal Verdade absoluta. Que corresponderia sem erros ou falsas equivalencias conceptuais à realidade. Porque verdade é um valor para um conceito. Não é a realidade em si. É um valor para o teu conhecimento.<br /><br />Atingir esse grau de conhecimento era bom, muito bom, mas ao lá chegar teriammos a certeza se deus existe ou não. Mais do que temos hoje. E nao ao contrario.<br /><br />Tudo o que fazes é dizer que so podemos ter conhecimento porque deus existe<br /><br />E que deus existe porque temos capacidade de criar conhecimento.<br /><br />QEDJoãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-47205312569112115852010-04-19T17:34:28.628+01:002010-04-19T17:34:28.628+01:00Perdeu-se tempo a escrever:
1. O porquê da necess...Perdeu-se tempo a escrever:<br /><br />1. O porquê da necessidade de um princípio absoluto, única maneira de haver Verdade.<br />2. O porquê de ser um facto inegável,sem margem para a mais pequena dúvida, de que a Verdade existe.<br />3. O porquê desse princípio absoluto, necessariamente, ser uma Existência Eterna com Vontade.<br />4. O porquê de serem os neoateístas, como tu, a inverterem o ónus da prova, negando "deuses objecto" que tanto poderiam existir como não, continuando a realidade a ser como é; quando a questão é sabermos se existe um princípio absoluto que sustenta toda a estrutura lógica da realidade ou não, sem o qual a realidade não poderia ser, nunca, aquilo que sabemos ser. <br />5.O porquê dessa tua postura ser um ateísmo ad populum. ( muitos acreditam, então eu afirmo-me como opositor a essa crença); o que é uma presunção de seres, caso a crença em Deus fosse mesmo um delírio fantasioso sobre a existência de um pai-natal com outro nome; intelectualmente superior a quem acreditasse nesse Deus.<br /><br />Não sabes aquilo que estás a negar, ou finges não compreender, e pelos vistos tens orgulho nisso. <br /><br />Cumprimentos a todos e continuação de boa conversa.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-34130498855015335792010-04-19T17:27:58.932+01:002010-04-19T17:27:58.932+01:00Desisti de falar com o João. Quem claramente não l...Desisti de falar com o João. Quem claramente não lê as respostas que lhe dão, que fique a falar sozinho.<br /><br />Ludwig, parece que estás a fazer o mesmo, e depois do que se segue, fico por aqui. Só me iria repetir e a minha vida não é isto.<br /><br />"Verdade é o conceito da correspondência entre uma proposição e a realidade."<br /><br />Uma correspondência entre uma proposição e a realidade só pode ser a) verdadeira, b) falsa; se existir VERDADE ABSOLUTA. Mas não me admira que isso te tenha escapado...<br /><br />"Se há realidade tal que seja possível criar proposições que a descrevam correctamente, então há proposições verdadeiras."<br /><br />Essa realidade capaz de criar uma realidade intelígivel, e seres inteligentes, autoconscientes, capazes de fazer proposiçãos sobre a realidade que só podem ser verdadeiras ou falsas; é a tal realidade chamada Deus, da qual depende a Verdade.<br /><br />"Se não for esse o caso, então nenhuma proposição será verdadeira."<br /><br />Não há cá "se não for esse o caso". A estrutura lógica da realidade, o autoconhecimento e a verdade não se criam por si mesmas, por acaso materialista. Auconhecimento, é aquilo que nos distingue dos animais. O Sentimento de Si, ao contrário do que parece pensar o Damásio, depende de um referencial exterior ao "Si", Absoluto. Só assim podem os fenómenos físicos que resultam numa consciência biológica, ter correspondência com uma Verdade; metacognição capaz de fazer e compreender proposições verdadeiras, a mais básica: Eu existo. Aqui, já está todo um mistério de Verdade, mas uma prova inegável de que ela existe. Podendo o rádio( cérebro) estar em perfeitas condições materiais, como captaria o sinal mais básico de Verdade "Eu existo", se não houvesse uma "emissão" exterior, uma intelibilidade da realidade independente do cérebro? Por acaso pretendes que seja o cérebro humano o princípio absoluto de Verdade? Isso seria uma autocontradição disparatada. <br />Já te expliquei, nunca podes colocar em causa a existência de Verdade. Quando dizes "se for esse o caso, então nenhuma proposição será verdadeira", estás em contradição. Se não fosse esse o caso, como é que poderias sequer imaginar o caso de nenhuma proposição possa ser verdadeira, se afirmar isso já é uma proposição que só pode ser verdadeira ou falsa?!<br /> <br />"Seja como for, o conceito de verdade enquanto correspondência da proposição à realidade será sempre um conceito possível de se considerar (e não algo que exista ou deixe de existir por si... é um conceito)."<br /><br />Não é um mero conceito. É uma realidade decorrente, necessariamente, da existência de um princípio absoluto de Verdade. Isto também já foi explicado.<br /><br />"Supõe que não existem deuses."<br /><br />Não há cá "deuses" ao barulho...<br />Pelos vistos finges não compreender o porquê de só poder haver um único princípio absoluto do qual dependa toda a estrutura lógica da realidade. Ainda estás naquela fase de negar "deuses" como quem nega o homem-aranha e o pai-natal?<br />Bem, já falei disso. Se vos passa ao lado, deve ser mesmo teimosia.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-7743591733668260962010-04-19T16:54:31.697+01:002010-04-19T16:54:31.697+01:00Nuno Gaspar,
Bach escreveu o Cravo Bem Temperado ...Nuno Gaspar,<br /><br />Bach escreveu o Cravo Bem Temperado para benefício de quem quisesse aprender e praticar esse instrumento. Inclui várias das suas músicas mais famosas e algumas das músicas mais extraordinárias de sempre. E era música pela música, sem nada de sobrenatural como tema. Até o Ave Maria de Gounod era originalmente um estudo em Dó maior.<br /><br />Concordo que Bach se inspirou bastante na sua religião. Mas daí vieram-lhe alguns temas, não o talento. O homem até podia compor sobre cágados, se quisesse, e fazer algo de fabuloso.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-39009353373324638632010-04-19T16:25:29.050+01:002010-04-19T16:25:29.050+01:00Como todos sabem, não existem grandes músicos, esc...Como todos sabem, não existem grandes músicos, escritores, artistas, arquitectos, cientistas ou quaisquer criativos ateus.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-16548716130260963842010-04-19T16:09:40.071+01:002010-04-19T16:09:40.071+01:00Bruce,
"Bach é o criador do meu universo&quo...Bruce,<br /><br />"Bach é o criador do meu universo"<br /><br /> Não estivesse ele intrigado com o Princípio de todas as Coisas e entregue a procura dessa Verdade à responsabilidade das suas emoções e havia de ter criado uma grande coisa, havia...NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-29165838517835158212010-04-19T16:02:04.652+01:002010-04-19T16:02:04.652+01:00Ludwig, já agora ficas a saber que é por isso que ...Ludwig, já agora ficas a saber que é por isso que eu nunca quis aprender alemão. Assim só percebo a música :)Bruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-87471307515073320562010-04-19T15:28:11.262+01:002010-04-19T15:28:11.262+01:00Não brinques com coisas sérias. Bach é o criador d...Não brinques com coisas sérias. Bach é o criador do meu universo.Bruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-64341332801488008242010-04-19T15:25:47.275+01:002010-04-19T15:25:47.275+01:00Bruce,
Obrigado pela música, mas depois desta via...Bruce,<br /><br />Obrigado pela música, mas depois desta viagem o que me apetecia era <a href="http://www.youtube.com/watch?v=HQEEfsOrAEQ" rel="nofollow">dormir três dias</a> :)Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-59769087962557406562010-04-19T15:14:30.938+01:002010-04-19T15:14:30.938+01:00Carlos Soares,
«quem acredita em Deus, e tem razõ...Carlos Soares,<br /><br /><i>«quem acredita em Deus, e tem razões para isso e não encontra razões em contrário, só põe a hipótese da sua não existência por mero exercício académico. Deus só é uma hipótese para quem não acredita na Sua existência.»</i><br /><br />Deus não é uma hipótese, tal como o Pai Natal ou o Sol não são hipóteses. Hipóteses são proposições como "Deus existe", "o Sol é composto principalmente de hidrogénio" ou "o Pai Natal é um personagem fictício".<br /><br />E estas são hipóteses independentemente de acreditarmos nelas, no seu oposto ou de não termos opinião formada. São hipóteses em virtude de serem proposições acerca da realidade.<br /><br />Por isso é que considero logo que uma hipótese é treta quando me dizem ser completamente diferente das outras porque acreditam nela. Isso não tem nada a ver. Por muito que acreditem em Deus ou no Pai Natal, as hipóteses que proferir acerca desses personagens (quer afirme que existem quer afirme o contrário) serão hipóteses à mesma.<br /><br />O mais importante para avaliar hipóteses acerca da realidade é a preponderância das evidências. Quando as evidências favorecem claramente uma hipótese em detrimento da sua negação justifica-se crer (provisioriamente) que essa é a hipótese verdadeira.<br /><br />E é isto que a hipótese "o Pai Natal existe" tem em comum com a hipótese "Jahve existe" ou "Zeus existe". Em todos estes casos não é verdade que as evidências favoreçam claramente estas hipóteses em detrimento das suas negações.<br /><br />Bem pelo contrário. Basta ver a profunda indiferença que o universo tem para connosco para perceber que não há uma pessoa justa e bondosa a governar isto.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-5300209849250516962010-04-19T15:05:32.868+01:002010-04-19T15:05:32.868+01:00Ludwig,
Aleluia!
Miguel Panão,
«Considerando ...Ludwig,<br /><br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=fKkmWoANIbg" rel="nofollow">Aleluia!</a><br /><br /><br /><br />Miguel Panão,<br /><br />«<i>Considerando Deus como princípio absoluto, não O podemos considerar como causa entre outras causas, mas como Causa Primeira (por analogia), tal como fez S.Tomás de Aquino, onde tudo aquilo que se pode conhecer se encontra no âmbito das causas secundárias, inclusivés as leis da natureza.</i>»<br /><br />Então porque é que O consideram? Considerar ou não considerar é igual ao litro.Bruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-81679750931368653752010-04-19T15:05:28.625+01:002010-04-19T15:05:28.625+01:00Jairo,
«Não enuncio nenhuma hipótese, ou existe u...Jairo,<br /><br /><i>«Não enuncio nenhuma hipótese, ou existe um princípio Absoluto de Verdade, ou não existe Verdade.»</i><br /><br />Que confusão. Verdade é o conceito da correspondência entre uma proposição e a realidade. Se há realidade tal que seja possível criar proposições que a descrevam correctamente, então há proposições verdadeiras. Se não for esse o caso, então nenhuma proposição será verdadeira. Seja como for, o conceito de verdade enquanto correspondência da proposição à realidade será sempre um conceito possível de se considerar (e não algo que exista ou deixe de existir por si... é um conceito).<br /><br />Supõe que não existem deuses. Se for esse o caso, a proposição "não existem deuses" é verdadeira. É esse o conceito de verdade, e esse conceito, obviamente, não precisa que deuses existam.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-56486109061922428122010-04-19T15:01:24.097+01:002010-04-19T15:01:24.097+01:00(já estou de volta.. uff)
Miguel Panão,
«se tens...(já estou de volta.. uff)<br /><br />Miguel Panão,<br /><br /><i>«se tens razões para que alguém (ou algo) seja um princípio absoluto, não podes ao mesmo tempo ter razões para que outro alguém (ou algo) possa ser também um princípio absoluto.»</i><br /><br />Precisamente. A questão fundamental é que nem tenho razões para crer que alguém seja um princípio absoluto nem tenho razões para crer que esse alguém é aquele deus em vez de qualquer outro.<br /><br />Qual é a razão que tens para assumir que o princípio de tudo isto é uma pessoa, um ser inteligente, com subjectividade, vontade, etc?Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-91919594503060400442010-04-19T14:53:58.618+01:002010-04-19T14:53:58.618+01:00Caro Bruce,
O exemplo da torradeira não se aplica...Caro Bruce,<br /><br />O exemplo da torradeira não se aplica porque "não-ser" no contexto do meu comentário implica não-existência. Como o pão existe para que haja torrada ...<br /><br /><i>Esse "princípio absoluto" torna-se significativo (e de que maneira) apenas quando alguém finge tapar velhos buracos do seu conhecimento do universo natural.</i><br /><br />Não necessariamente. Eu não acredito num Deus tapa-buracos e não é por isso que o Deus em quem acredito deixa de ser um princípio absoluto.<br /><br /><i>Aquém do que conhecemos, ao definir o conhecimento possível em cada instante baseado nos indícios, há sempre, haverá sempre, um trajecto anterior de causalidade e posterior em consequências que não nos é acessível para análise.</i><br /><br />Considerando Deus como princípio absoluto, não O podemos considerar como causa entre outras causas, mas como Causa Primeira (por analogia), tal como fez S.Tomás de Aquino, onde tudo aquilo que se pode conhecer se encontra no âmbito das causas secundárias, inclusivés as leis da natureza.<br /><br /><i>E a ratoeira intelectual deste alinhamento infinito tem levado muita gente a estender deuses "antes da origem compreensível" e "para além do fim observável", conforme a tese seja sobre a causa das coisas ou sobre a salvação das almas. Isto sim, está obsoleto e tresanda a mofo.</i><br /><br />Não se trata de algo obsoleto. Muito pelo contrário, como princípio absoluto é motivador para conhecer cada vez mais e melhor a sua Obra. E, claro está, que se é um princípio absoluto, é muito natural que esteja "para além" (não diria "antes") da origem compreensível, ou do fim observável. Caso contrário não seria princípio absoluto.<br /><br />Quanto ao Joao, fico triste por ver que se fecha em falsos absolutos, mas reconheço que faz parte do seu materialismo científico.Miguel Oliveira Panãohttps://www.blogger.com/profile/13740664307917072565noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-67914704414303501052010-04-19T13:30:28.389+01:002010-04-19T13:30:28.389+01:00«As questões ficam na mesma por responder na mesma...«<i>As questões ficam na mesma por responder na mesma, como disse o João.</i>»<br /><br />Bem, não terá sido exactamente assim que disse o João...Bruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-44163128854205263952010-04-19T12:27:59.319+01:002010-04-19T12:27:59.319+01:00«E se a existência do universo é uma prova da exis...«<i>E se a existência do universo é uma prova da existência de Deus que, como princípio absoluto, traz ao "ser" aquilo que "não-é"? </i>»<br /><br />Miguel Panão,<br /><br />Eu percebo a ideia, a minha torradeira traz ao "ser" aquilo que "não é". Eu ponho pão e saem torradas. Mas tenho muita dificuldade em aceitar um princípio absoluto do deus Moulinex, não é por nada em especial, é só porque ninguém precisa de princípios absolutos para a transformação de uma coisa na outra.<br /><br />Esse "princípio absoluto" torna-se significativo (e de que maneira) apenas quando alguém finge tapar velhos buracos do seu conhecimento do universo natural. As questões ficam na mesma por responder na mesma, como disse o João. Aquém do que conhecemos, ao definir o conhecimento possível em cada instante baseado nos indícios, há sempre, haverá sempre, um trajecto anterior de causalidade e posterior em consequências que não nos é acessível para análise. Como disse, velhos buracos.<br /><br />E a ratoeira intelectual deste alinhamento <i>infinito</i> tem levado muita gente a estender deuses "antes da origem compreensível" e "para além do fim observável", conforme a tese seja sobre a causa das coisas ou sobre a salvação das almas. Isto sim, está obsoleto e tresanda a mofo. (com um travo de naftalina e gladíolos)Bruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-88718937559600440132010-04-19T12:16:34.884+01:002010-04-19T12:16:34.884+01:00A empatia. Sem deuses, um passo para perceber como...A empatia. Sem deuses, um passo para perceber como nos preocupamos:<br /><br />http://www.newscientist.com/article/mg20627565.600-empathetic-mirror-neurons-found-in-humans-at-last.htmlJoãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-19967437491483286212010-04-19T11:36:11.534+01:002010-04-19T11:36:11.534+01:00A entidade espaço-tempo é um referencial absoluto....A entidade espaço-tempo é um referencial absoluto. De acordo com a relatividade, o tempo é relativo ao observador e o espaço idem. Mas a relatividade mantem a "absulutidão" em relação ao espaço-tempo como entidade unica. Não depende do observador o seu conhecimento ou a sua medição e o espaço e o tempo so podem ser comprendidos como pertencentes a esse todo maior.<br /><br />Porque é que isso teria de provar que deus existe? Por nada. Quanto muito precisariamos de explicar porque é que é assim. Mas atribuir isso à vontade de alguem é epistemologicamente obsoleto e ilogico.<br /><br />Mesmo que esse alguem seja tipo deus. As questões ficam por responder na mesma : "porque deus quis assim e não assado - que é exactamente a mesma pergunta que nos levou postular deus" e "porque é que existe deus em vez de nada."<br /><br />Mas há coisas que sabemos com um grau de certeza elevado.<br /><br />Ou tudo é uma fantasia ou a capacidade de equiparar afirmações com a realidade tem valor lógico. <br /><br />Na realidade a correspondecia de afirmações à realidade que nos rodeia é tão elevada que podemos mesmo fazer previsões de acontecimentos. <br /><br />Quando o conhecimento é composto por afirmações que descrevem de forma correcta o que se pode percepcionar da realidade e ainda fazem previsões verificaveis temos um grau de certeza elevado que as coisas estão no bom caminho. Ainda mais quando as afirmações são possiveis de articular umas com as outras e produzir ainda mais conhecimento.<br /><br />Não é preciso deus para isto. É preciso um mecanismo complexo que seja capaz de adquirir informação e processa-la de modo a comparar modelos dentro desse mecanismo - o cerebro - e o ambiente - a realidade.<br /><br />Durante muito tempo, era dificil explicar a mente sem recorrer a deus. Mas hoje isso é uma tolice. Desde Darwin que temos um mecanismo que não envolve a intenção de deuses ou duendes que explicar como uma estrutura como o cerebro pode surgir. <br /><br />E o cerebro é a entidade que gera a mente. E a mente evolui desde que nascemos como que moldada pelo input recebido pelo ambiente e pelas novas conexões que consegue fazer com o que adquiriu. <br /><br />A capacidade de o poder fazer ganhou por milhares de anos de evolução. A especie humana deve andar aí pelos 200 000 anos. Mas não aparecemos do nada. Os primatas nossos antepassados não eram sequer burros como um burro. DEviam ser muito mais evoluidos. Porque eles proprios ja eram o produto de outros milhares de anos por ai fora, num processo continuo, apenas com algumas acelerações e abrandamentos.<br /><br />E é esta uma das razões porque não faz sentido falar em garante da logica ou da verdade.<br /><br />Não é só por ainda não sabermos a verdade e andarmos à procura. É porque não é preciso trazer deus para a explicação de como conseguimos adquirir informação do ambiente ou não.<br /><br />O cerebro guarda em memoria marcadores diferentes para o grau de aproximação à realidade de uma afirmação. E é tudo.Joãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-14869637040632035942010-04-19T11:11:38.661+01:002010-04-19T11:11:38.661+01:00Ludwig:
Experimenta rezar.
Mas olha que Barcelo...Ludwig:<br /><br />Experimenta rezar.<br /><br /> Mas olha que Barcelona é um espectaculo. Tem a melhor Fnac em que ja estiuve. (just kidding, é mesmo um espectaculo)Joãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-36169186461416008592010-04-19T11:02:41.261+01:002010-04-19T11:02:41.261+01:00Miguel:
"Lamento, mas estás profundamente eq...Miguel:<br /><br />"Lamento, mas estás profundamente equivocado pois, se esse princípio fosse conhecido com exactidão ou dependesse de quem o conhece deixaria de ser "princípio absoluto"<br /><br />Se fosse conhecido com um grau de exatidão elevado, poderia mostrar-se que é um principio absoluto. Assim é só palpite. Em relação à segunda parte estou de acordo. É a minha argumentação é que é relativo a quem o "autoconhece" e nada absoluto. Apesar do teu "wishfull thinking".<br /><br />"Se queres colocar o homem como princípio absoluto podes"<br /><br />Não. O conhecimento é relativo. Nem que seja relativo à realidade, mas nem isso tenho a certeza. É apenas a melhor explicação que temos, e será sempre o mapa e nunca o território. Sem precisar de deuses para isso.<br /><br />"E se a existência do universo é uma prova da existência de Deus que, como princípio absoluto, traz ao "ser" aquilo que "não-é"?"<br /><br />E como é que tu sabes isso? E mesmo se isso fosse assim como é que sabes que isso não é um deus com vontade propria mas sim o modo como as coisas são. Sem deuses a fazer escolhas conscientes?<br /><br />"As tuas afirmações não têm fundamento, pelo que apesar de pretenderem serem absolutas nas conclusões, tornam-se na realidade obsoletas"<br /><br />Isso é o que tu afirmas sem provas. E não é por dizeres apenas que tornas real a tua afirmação.Joãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-50599690044155812142010-04-19T10:46:21.983+01:002010-04-19T10:46:21.983+01:00Jairo:
"Se tu tens vontade própria, autoconh...Jairo:<br /><br />"Se tu tens vontade própria, autoconhecimento e noção de Verdade; e não foste tu quem criaste essa tua vontade própria autoconhecimento a existência de Verdade; então, o facto de tu existires e teres a capacidade de colocar em dúvida a existência de Deus, fazendo proposições a partir da tua autoconsciência, que sabes só poderem ser verdadeiras ou falsas; então, isso já é uma prova da manifestação de Deus: ele criou-te!"<br /><br />Jairo, esta é a questão central da discordia. Eu vejo a auto-organisação como um processo natural, não dependente da vontade de terceiros. <br /><br />A teoria a evolução confirma-o e a lei das flutuações ja demosntrada em laboratorio prevê que isso aconteça raramente mas que aconteça. Tanto que ja foi "visto" como dizem os criacionistas.<br /><br />Neste contexto a tua afirmação não mantem plausibilidade.<br /><br />A logica não segue.Joãohttps://www.blogger.com/profile/03630759354697001690noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-48673319086425649672010-04-18T19:57:58.334+01:002010-04-18T19:57:58.334+01:00Joao,
confesso que optei por uma postura de leitu...Joao,<br /><br />confesso que optei por uma postura de leitura de artigo científico relativamente ao que escreveste (li o abstract e depois as conclusões) ... sendo assim:<br /><br /><i>não pode ser um principio absoluto uma coisa que ou não pode ser conhecida com exatidão ou que é relativo a quem o conhece.</i><br /><br />Lamento, mas estás profundamente equivocado pois, se esse princípio fosse conhecido com exactidão ou dependesse de quem o conhece deixaria de ser "princípio absoluto" e seria aquilo que o conhecesse com exactidão ou do qual depende o seu conhecimento. Se queres colocar o homem como princípio absoluto podes, mas que o sejas explícito e estando consciente que é uma opção nada unânime.<br /><br /><i>O problema é que o universo sabemos que existe. Deus não.</i><br /><br />E se a existência do universo é uma prova da existência de Deus que, como princípio absoluto, traz ao "ser" aquilo que "não-é"? <br /><br />As tuas afirmações não têm fundamento, pelo que apesar de pretenderem serem <b>absolutas</b> nas conclusões, tornam-se na realidade <b>obsoletas</b>Miguel Oliveira Panãohttps://www.blogger.com/profile/13740664307917072565noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-60639127950244825902010-04-18T19:19:50.292+01:002010-04-18T19:19:50.292+01:00Olá a todos,
Infelizmente, por causa do "#&q...Olá a todos,<br /><br />Infelizmente, por causa do "#"!!@! do vulcão, o aeroporto de Barcelona fechou. Neste momento estou em Madrid à espera do comboio para Lisboa... A ver se amanhã consigo voltar à conversa.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-88140016670951253252010-04-18T13:27:24.659+01:002010-04-18T13:27:24.659+01:00Ludwig,
Admiro-te pela tua inteligência e elogio-t...Ludwig,<br />Admiro-te pela tua inteligência e elogio-te por tudo o que acreditas. Precisamos de mais gente como tu.<br />Bem hajas Amigo♥Mariahttps://www.blogger.com/profile/12676018604866428449noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-41075020021507156162010-04-18T12:22:19.390+01:002010-04-18T12:22:19.390+01:00"O Ludwig chama a atenção para não haver mais..."O Ludwig chama a atenção para não haver mais razões para considerar deus um principio absoluto do que outra coisa qualquer."<br /><br />Isso é jogar com as palavras. Interessa saber é se o Ludwig é capaz ou não de negar a existência desse princípio absoluto sem cair em autocontradição. Agora, se ele quer chamar Deus ou XVCBSD a esse princípio absoluto, é lá com ele...<br /><br />"De facto uma entidade indistinta da fantasia é uma candidata fraca a principio absoluto." <br /><br />Antes de tudo temos de discutir se esse princípio absoluto existe ou não, se é necessário para a realidade ser como é ou não. O vosso truque passa por obrigarem o cristão Panão a provar que a característica de divindade atribuida a Jesus(chamando-lhe fantasia) foi realmente uma encarnação humana desse Ser ou não.<br />Mas isso é fugirem vocês próprios da questão: afinal,tendo em conta o que estamos a discutir, O conceito de princípio Absoluto, expresso pela palavra Deus, existe ou não?<br />Quando forem capazes de admitir a resposta,avisem...Anonymousnoreply@blogger.com