tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post2725548693924101252..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: Investigação Científica dos Mafaguinhos.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-48834097844216671072007-04-22T12:53:00.000+01:002007-04-22T12:53:00.000+01:00Ludwig,Acho óptimo que procure referência num site...Ludwig,<BR/><BR/>Acho óptimo que procure referência num site tão fidedigno em termos de ortodoxia como aquele que cita. O problema, Ludwig, está no grande risco que consiste em citar um trecho conveniente, fora do contexto, sem ter lido todo o artigo.<BR/>Posso estar enganado, mas dá-me a forte impressão de que não leu todo o artigo. E isto porque deixou de fora (consciente ou inconscientmente) uma série de dados que constam nesse artigo, e que são coerentes com o que eu escrevi no meu comentário.<BR/><BR/>É possível, através do intelecto, de operações analógicas, alguma compreensão da Trindade. E essa compreensão pode ser, em certa medida, compatibilizada com a filosofia aristotélica e platónica. S. Tomás fê-lo.<BR/><BR/>Outra coisa diferente é afirmar que a Trindade pode ser racionalmente compreendida (="abarcada" pela compreensão finita do homem). Ou que a Trindade pode ser demonstrada racionalmente. Ambas as afirmações são anátema.<BR/><BR/>A Trindade não violar as leis da lógica e a racionalidade é uma coisa real e demonstrável.<BR/>A Trindade ser capturável na totalidade pelo intelecto humano é outra coisa, irreal e falsa.<BR/><BR/>Bento XVI não se tem cansado de o afirmar. A fé católica é racional, mas a Razão não a contém nem pode conter. Porque a razão é uma faculdade de um intelecto finito. E a fé é uma porta aberta para realidades que transcendem a finitude intelectual do homem.<BR/><BR/>Um abraço,Espectadoreshttps://www.blogger.com/profile/02138114053443174670noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-14441014944551394072007-04-18T17:27:00.000+01:002007-04-18T17:27:00.000+01:00Caro Bernardo,Se vale a pena ou não, deixo ao seu ...Caro Bernardo,<BR/><BR/>Se vale a pena ou não, deixo ao seu critério. Por mim, meto-me nestas coisas por gosto, e se não vale a pena não me meto. Não é um meio para um fim, mas um fim em si. Mas adiante.<BR/><BR/>Estou aberto aos conceitos que quer transmitir, mas devo dizer que discordo por completo dos seus axiomas, que acho completamente arbitrários e infundados. Mas vou elaborar isso melhor quando tiver mais tempo.<BR/><BR/>Por agora queria só dizer que penso que a sua explicação da trindade como três aspectos do mesmo deus contradiz o dogma católico, que afirma claramente tratar-se de três pessoas distintas. Por isso, por ser mesmo 3 e mesmo 1 ao mesmo tempo, é que isto é um mistério impossível de compreender. Não admira, é contraditório.<BR/><BR/>E segundo são Gerónimo (?) a fé verdadeira neste mistério é apenas admitir que não se compreende.<BR/><BR/>A encyclopédia católica:<BR/><BR/>http://www.newadvent.org/cathen/15047a.htm<BR/><BR/>esclarece bem este ponto. É um e são três ao mesmo tempo, e pronto.<BR/><BR/>Uma nota adicional: o facto de não poder compreender esse deus não permite concluir que é um e três em vez de, por exemplo, dois e cinco ou qualquer outra combinação. Se não compreendemos, não compreendemos, e a fé passa a mera especulação infundada.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-9843339556271647932007-04-18T14:58:00.000+01:002007-04-18T14:58:00.000+01:00Ludwig,Sempre que me debruço sobre esta caixa de c...Ludwig,<BR/><BR/>Sempre que me debruço sobre esta caixa de comentários, penso sempre se valerá a pena tentar explicar melhor certos conceitos, quando o receptor não parece estar aberto à sua recepção.<BR/>Mas vou tentar, recorrendo a alguns axiomas metafísicos.<BR/><BR/>Axioma 1: o finito não pode conter o infinito.<BR/>Nenhuma criatura finita, pelas suas limitações ontológicas intrínsecas, consegue abarcar a infinitude divina (abarcar = conter/conhecer totalmente)<BR/><BR/>Axioma 2: a existência do finito é consequência do infinito. Deus é a raiz ontológica do Homem, de todos os seres, de todos os níveis de existência. É a Causa Primeira de que fala Santo Anselmo.<BR/><BR/>De 1 e de 2, segue que o Homem, não podendo conhecer plenamente Deus, não está separado existencialmente de Deus. Por isso, o Homem tem acesso gnoseológico à essência da divindade, podendo conhecê-la parcialmente, em maior ou menor grau, desde que se aplique intelectualmente nesse sentido, seja pela observação empírica do mundo, seja pelo raciocínio intelectual abstracto.<BR/><BR/>Axioma 3: Deus, pela sua infinitude, não tem partes. Apenas o finito pode ser parcelado. Deus é uno, tudo o resto é múltiplo.<BR/><BR/>Entender o conceito de Criação não é simples, mas importa ter algumas ideias bem assentes:<BR/><BR/>a) distinção entre Deus e a Criação: o primeiro é infinito, a segunda é finita. A segunda é distinta da primeira, mas no entanto não tem em si a raiz da sua existência: ou seja, a raiz ontológica da Criação está fora dela.<BR/><BR/>b) as três pessoas da Santíssima Trindade (cuidado com o termo "pessoa", não é para ser interpretado como se interpreta comumente) não são "partes" da divindade, porque Deus não tem "partes; são aspectos diferentes de um mesmo Deus.<BR/><BR/>Deus-Pai é o mesmo Deus, sob um determinado ponto de vista.<BR/>Deus-Filho é o mesmo Deus, sob um determinado ponto de vista.<BR/>Deus-Espírito Santo é o mesmo Deus, sob um determinado ponto de vista.<BR/><BR/>Deste modo, e espero estar a ajudar a transmitir algumas noções rudimentares, não há qualquer contradição em afirmar que a Trindade representa o mesmo Deus uno. Sinceramente, irrita-me esta abordagem que consiste em pressupor que o teólogo é pateta, que o teólogo não sabe que 3 é diferente de 1. Evidentemente, para o ateu que tem boa vontade, e uma atitude de respeito, é normal que esse mesmo ateu suponha que há uma boa explicação para esta questão aparentemente contraditória. As pessoas inteligentes gostam de se elevar acima das aparências.<BR/><BR/>Se quiseremos enveredar pela sátira, tudo bem. Mas então, se o objectivo é sátira, o meu comentário e o esforço que ele acarreta, está aqui deslocado. Avise-me a tempo, se for esse o caso, para que não prossiga com explicações ulteriores.<BR/><BR/>Continuemos...<BR/>Deus-Pai é aquele aspecto da divindade que representa a impassividade divina, de um Deus que "é", independentemente de ter ou não criado o mundo. Deus-Pai representa aquele aspecto de Deus que não precisa da Criação para "ser" Deus.<BR/><BR/>Deus-Filho é aquele aspecto da divindade que representa a manifestação divina, de um Deus que "se mostra" de forma empírica. Por isso se diz que tudo existe por acção de Jesus Cristo, porque o Filho é Deus enquanto causador de toda a Criação. Do mesmo modo, Deus manifestou-Se no próprio mundo que Ele criou, sob a forma humana, na figura de Jesus Cristo.<BR/><BR/>Deus-Espírito Santo é aquele aspecto da divindade que representa a ligação ontológica entre Deus e a Criação. O Espírito Santo é a força vivificadora de Deus presente em toda a Criação. Por exemplo, não é possível a uma mente humana chegar a um conhecimento verdadeiro (adequado ao real) sem que tal mente tenha sido "iluminada" pelo Espirito Santo, esse "cordão umbilical existencial" que dá ao intelecto humano o sustento divino que é a raiz da sua existência.<BR/><BR/>É evidente que esta é a minha forma imperfeita, amadora, sintética de apresentar a Trindade. Mas pode ficar descansado de que se trata de uma visão ortodoxa e coerente com a doutrina duas vezes milenar da Igreja, doutrina essa baseada nos ensinamentos do próprio Jesus Cristo.<BR/><BR/>As três "pessoas" da Santíssima Trindade são as três formas complementares de Deus ser Deus.<BR/><BR/>Deus-Pai = Deus não manifestado<BR/>Deus-Filho = Deus manifestado (através da Criação e da sua "descida" à forma humana)<BR/>Deus-Espírito Santo = Deus/elo entre o manifestado e o não manifestado<BR/><BR/>Deus-Pai "pensou" a Criação.<BR/>Deus-Filho "executou" a Criação.<BR/>Deus-Espírito Santo "mantém" a existência (ontologia) da Criação.<BR/><BR/>Por isso se diz que o Espírito Santo "procede do Pai e do Filho", porque tal pessoa representa a complementaridade final de um Deus que cria. Só depois de Deus-Pai/Filho concretizarem a Criação é que faz sentido falar no Deus-Espírito Santo.<BR/>A palavra "procede" é uma importante cautela para melhor se compreender que há um elo causal entre Deus-Pai/Filho e Deus-Espírito Santo.<BR/><BR/>Cuidado que sempre que uso termos como "depois" e "antes" é no sentido causal, e não temporal.<BR/><BR/>Estas questões são complexas.<BR/>São incompreensíveis, no sentido em que o nosso intelecto nunca as compreenderá (="conterá").<BR/>Não quer dizer que sejam imperceptíveis, absurdas ou inexplicáveis.<BR/><BR/>A palavra grega "mystérion" (cujo sinónimo latino é, curiosamente, "sacramentum") representa qualquer realidade infinita cuja total compreensão (leia-se mesmo "total"), por definição, escapa ao intelecto da criatura finita.<BR/><BR/>Ou seja, quando se fala no "mistério" da Santíssima Trindade, não é porque se trata de algo "misterioso", no sentido moderno (secreto, privado, supersticioso, confuso, enigmático). É porque se trata de algo cuja natureza não poderá nunca ser totalmente compreendida e captada por um intelecto humano finito.<BR/>O que não quer dizer que esse mesmo intelecto não possa fazer um sério esforço no sentido de entender parcialmente a Santíssima Trindade com todos os seus esforços e aplicando todas as suas faculdades intelectuais.<BR/><BR/>Coisa que raros crentes e raros ateus tentam realmente fazer...<BR/><BR/>Um abraço,Espectadoreshttps://www.blogger.com/profile/02138114053443174670noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-49602464124827772402007-04-12T03:16:00.000+01:002007-04-12T03:16:00.000+01:00OK! O definitivamente já percebi.Mas o "acrescento...OK! O definitivamente já percebi.<BR/>Mas o "acrescento, porque de outra forma tenho de admitir que tem sido surpreendentemente fácil..." não.<BR/><BR/>Sou um bocado loura, é o que é.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-89478410190909009602007-04-12T01:07:00.000+01:002007-04-12T01:07:00.000+01:00António:Quando falo em competência não me refiro a...António:<BR/><BR/>Quando falo em competência não me refiro a enfurecer cristãos, mas sim em escrever bons textos.<BR/><BR/><BR/>Nesse sentido concordo que a Palmira também é bastante competente, ainda a vou lendo no De Rerum Natura.<BR/><BR/>Mas quanto a estes sarcasmos, não encontro sítio melhor que este blogue para os ler.<BR/><BR/><BR/>Anónimo:<BR/>Era uma brincadeira em relação ao António, aludindo às brincadeiras dele de abandonar "definitivamente" este blogue várias vezes.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-89297970367681771382007-04-11T22:15:00.000+01:002007-04-11T22:15:00.000+01:00JJVConcordo consigo com uma única excepção: a pala...JJV<BR/><BR/>Concordo consigo com uma única excepção: a palavra "competência". <BR/><BR/>Não vejo aqui cristãos furibundos. Aliás não se vê por aqui ninguém com a excepção do anónimo, de mim e do JJV. Competência tinha a Prof. Palmira Silva no Diário Ateísta. Belos tempos, JJV, belos tempos... ;-)<BR/><BR/>[este comentário contém vestígios de: gozo, ironia, nostalgia, saudade]António Parentehttps://www.blogger.com/profile/00828230474594433900noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-49785560657636868782007-04-11T21:44:00.000+01:002007-04-11T21:44:00.000+01:00Não entendi:Definitivamente, acrescento, porque de...Não entendi:<BR/><BR/><BR/>Definitivamente, acrescento, porque de outra forma tenho de admitir que tem sido surpreendentemente fácil...Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-82248162423601967422007-04-11T21:36:00.000+01:002007-04-11T21:36:00.000+01:00Eu cá por mim, pelo que escreve, não noto no autor...Eu cá por mim, pelo que escreve, não noto no autor deste blogue qualquer desejo se abandonar as somas, blomas e companhias. Mas posso estar enganado...<BR/><BR/>Quanto aos dogmas (como os da religião), acho que os ridiculariza com competência.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-28131297381845775512007-04-11T20:21:00.000+01:002007-04-11T20:21:00.000+01:00Jovem João VascoOnde é que está escrito que o cida...Jovem João Vasco<BR/><BR/>Onde é que está escrito que o cidadão Ludwig deve abandonar o humor? Também sou um humorista, sabia? Humor com humor se paga... ;-)<BR/><BR/>[este comentário contém vestígios de: explicação, diálogo, paz]António Parentehttps://www.blogger.com/profile/00828230474594433900noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-2619879104973940622007-04-11T20:16:00.000+01:002007-04-11T20:16:00.000+01:00Para quem dá a entender que o Ludwig deveria evita...Para quem dá a entender que o Ludwig deveria evitar o humor, este blogue está um tanto difícil de abandonar...<BR/><BR/>Definitivamente, acrescento, porque de outra forma tenho de admitir que tem sido surpreendentemente fácil...João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-28123134886274124332007-04-11T18:29:00.000+01:002007-04-11T18:29:00.000+01:00Não há dúvidas que ninguém está satisfeito com o q...Não há dúvidas que ninguém está satisfeito com o que tem. Há humoristas, no ocaso da carreira, que provavelmente dariam tudo para se tornarem pacatos e melancólicos professores universitários, com uma carreira bucólica e nada stressante desde que não sonhassem em implodir o planeta.<BR/><BR/>E há professores universitários que adorariam tornar-se cómicos mediáticos abandonando as somas, as blomas, os axiomas e os dogmas.<BR/><BR/>Enfim...<BR/><BR/>tags: gozo, ironia, cómicos, humoristas, professores universitários, enfimAntónio Parentehttps://www.blogger.com/profile/00828230474594433900noreply@blogger.com