tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post1421809200828091459..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: Eficiência, tabaco, e outras tretas.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-56077455082309535622008-02-20T17:35:00.000+00:002008-02-20T17:35:00.000+00:00"Eu fui um dos vizinhos que durante um largo perío..."Eu fui um dos vizinhos que durante um largo período de tempo aturou os sete irmãos Krippa".<BR/><BR/>Ó Paulo do 7º, e já te ocorreu que também pode ter sido ao contrário? ;-)<BR/>Beijos<BR/>CristyAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-59193405939099016202008-02-19T18:39:00.000+00:002008-02-19T18:39:00.000+00:00JP“Já vão duas, a porteira e a vizinha”errado!... ...JP<BR/><BR/>“Já vão duas, a porteira e a vizinha”<BR/>errado!... no mínimo 2 vizinhas e 1 vizinho. Eu fui um dos vizinhos que durante um largo período de tempo aturou os sete irmãos Krippa. :)<BR/>O que poderá explicar algumas coisas, pelo menos tenso em conta o exemplar dos irmão que eu conheço pessoalmente ;).Joaninhahttps://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-88929222568490079572008-02-19T17:52:00.000+00:002008-02-19T17:52:00.000+00:00jpvale:Não faz sentido cobrar mais a um restaurant...jpvale:<BR/><BR/>Não faz sentido cobrar mais a um restaurante porque ele tem melhores condições higiénico-sanitárias, nem nunca eu proporia tal coisa. Espanta-me que tal disparate tenha acontecido.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-50919290262441903172008-02-19T17:45:00.000+00:002008-02-19T17:45:00.000+00:00LudwigJulgava que falácia ou fálico seria a mesma ...Ludwig<BR/>Julgava que falácia ou fálico seria a mesma coisa, o que um gajo aprende. ;)<BR/>A Rita tratou-te por fundamentalista (1. relativo a fundamentalismo ou aquele que milita nesse movimento religioso; 2. Diz-se de ou cientista que se ocupa da ciência ou da pesquisa fundamental), que no fundo está correcto. Não a podes levar a mal. A maioria do pessoal é uma cambada de fundamentalistas que não se rege por fundamentalismos. :)<BR/><BR/><BR/>Joaninha<BR/>“Já vão duas, a porteira e a vizinha”<BR/>errado!... no mínimo 2 vizinhas e 1 vizinho. Eu fui um dos vizinhos que durante um largo período de tempo aturou os sete irmãos Krippa. :)<BR/><BR/><BR/>Vasco<BR/>"...creio que o estado deveria fiscalizar e depois dar uma classificação. Essa classificação (de 1 a 5, por exemplo) deveria estar visível..."<BR/>Essa classificação já existiu e era da competência da Câmara Municipal. Quanto mais baixa a classificação melhor qualidade possuía.<BR/>Por lei o proprietário era obrigado a afixar à entrada do estabelecimento um pequeno placar com a classificação e o tipo de negócio (restaurante, bar, cafetaria, et cetera).<BR/>As Câmaras estavam interessadas em entregar boas classificações, não por causa da higiene ou do alto interesse dos clientes mas antes pela taxa que isso implicava.<BR/>Foi abolida e bem abolida.JPhttps://www.blogger.com/profile/02845918500210974796noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-14978377164281310932008-02-19T16:52:00.000+00:002008-02-19T16:52:00.000+00:00"O irmão mais novo não traumatizou ninguém (talvez..."O irmão mais novo não traumatizou ninguém (talvez só a porteira lá do prédio)."<BR/>"A vizinha do primeiro ainda vai a correr para a janela cada vez que ouve um barulho..."<BR/>Já vão duas, a porteira e a vizinha ;)Joaninhahttps://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-61133219250622823952008-02-19T16:04:00.000+00:002008-02-19T16:04:00.000+00:00"A vizinha do primeiro ainda vai a correr para a j..."A vizinha do primeiro ainda vai a correr para a janela cada vez que ouve um barulho..."<BR/>Qual delas? Direito ou esquerdo?<BR/>Se te referes há do andar direito, não, não vai, vocês conseguiram correr com ela. :)JPhttps://www.blogger.com/profile/02845918500210974796noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-49913726969805443492008-02-19T15:13:00.000+00:002008-02-19T15:13:00.000+00:00Ludwig:No que respeita às condições higiénico-sani...Ludwig:<BR/><BR/>No que respeita às condições higiénico-sanitárias de um restaurante - e não penso isto para ser coerente com a questão do tabaco, mas sim por mim - creio que o estado deveria fiscalizar e depois dar uma classificação. Essa classificação (de 1 a 5, por exemplo) deveria estar visível. As pessoas conheceriam o significado (e possivelmente evitariam) os restaurantes com classificação abaixo de 2.<BR/>Mas quem quisesse, poderia correr o risco. <BR/><BR/>Sou a favor de um sistema nacional de saúde, porque há pessoas mais afortunadas que outras, e algumas nascem ou contraem - por puro azar - doenças que são muito caras de tratar. É uma solidariedade não só com os mais pobres, mas também com os menos afortunados.<BR/>Mas que a existência desse sistema não sirva para vir impedir certos actos, ou penalizar outros. Quando muito que os cigarros continuem a pagar uma batolada de dinheiro em impostos por essa razão. And so on..<BR/><BR/>Nisto de restaurantes, realmente eu prefiro ter um galheteiro (e correr o risco que o azeite não seja da marca X) do que aquelas embalagens irritantes. Mas isto sou eu, outros podem preferir o oposto. O importante é que o dono do restaurante decida o que quer (e até pode querer dar essa escolha ao cliente) e o cliente conhecendo as regras, alinha ou não.<BR/><BR/>Por outro lado acredito que certas regulamentações podem evitar assimetrias de informação que preejudiquem todas as partes. <BR/><BR/>O que eu NÃO acredito é em regulamentação que tem como único objectivo proteger o cliente informado de tomar decisões que o prejudiquem. Isto acho mesmo errado.<BR/><BR/>Todos estão informados a respeito dos perigos do tabaco - mesmo que alguns não-fumadores exagerem brutalmente os efeitos. Quem não está é porque não quer.<BR/><BR/>Por isso, ao protegeres as pessoas da possibilidade de entrar num café para fumadores estás a ser paternalista. Isso parece-me realmente uma espiral sem fim.<BR/><BR/>Tu pões no mesmo saco esta regulamentação e uma série de outras. Mas sabes bem que o caso é bem diferente. Não é uma questão de informação, não é uma questão de ter tantos símbolos à porta do restaurante que o cliente tem de considerar 50 factores antes de entrar. É um símbolo. Visível. <BR/><BR/>Ou bem que queres regulamentar regras práticas das quais muito poucos discordariam para evitar assimetrias de informação - mesmo assim acho quem muitos casos a proposta da classificação seria melhor - ou bem que queres proteger as pessoas das suas decisões voluntárias.<BR/><BR/>Posso concordar pontualemente contigo no primeiro caso, mas discordarei de ti no segundo. E é neste que o tabaco se encaixa.<BR/><BR/><BR/>PS- a pergunta que ficou por responder foi a respeito de qual a versão da lei que acharias melhor. A actual, após algumas cedências aos estabelecimentos, ou a original - em que todos os estabelecimentos pequenos eram proibidos de permitir o fumo, independemente da ventilação.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-31113050518165739602008-02-19T14:33:00.000+00:002008-02-19T14:33:00.000+00:00Chaval,A vizinha do primeiro ainda vai a correr pa...Chaval,<BR/><BR/>A vizinha do primeiro ainda vai a correr para a janela cada vez que ouve um barulho...Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-10280207070820934142008-02-19T14:26:00.000+00:002008-02-19T14:26:00.000+00:00O irmão mais novo não traumatizou ninguém (talvez ...O irmão mais novo não traumatizou ninguém (talvez só a porteira lá do prédio).<BR/><BR/>Eu concordo com a Rita! Esses animais que tentam impedir que o cancro seja espalhado por toda a gente de forma confortável deviam ser fuzilados!Krippmeisterhttps://www.blogger.com/profile/17371351506941321467noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-30875772903086432742008-02-19T14:24:00.000+00:002008-02-19T14:24:00.000+00:00Joaninha,Eu não ostracizo quem fuma, como não ostr...Joaninha,<BR/><BR/>Eu não ostracizo quem fuma, como não ostracizo quem defeca. Só me oponho a que o façam para cima de mim.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-14099358595280397972008-02-19T14:01:00.000+00:002008-02-19T14:01:00.000+00:00Por acaso estava a falar do teu irmão mais novo e ...Por acaso estava a falar do teu irmão mais novo e de outro tipo de trauma;) <BR/><BR/>Eu por exemplo não gosto nada do cheiro do cachimbo do meu pai e, como sabes, sou fumadora (Quuuuase ex fumadora, já são só 3 ou 4 mas ainda são).<BR/>Não gosto, mas não corro com o meu pai de minha casa por causa disso.<BR/>Nem acho que deva ostracizar quem fuma.Joaninhahttps://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-35156566482358027892008-02-19T13:50:00.000+00:002008-02-19T13:50:00.000+00:00Joaninha,Na verdade, o meu "trauma" de infância co...Joaninha,<BR/><BR/>Na verdade, o meu "trauma" de infância com o tabaco deve-se mais aos irmãos mais velhos que aos pais (nem me lembro de ter visto o meu pai fumar).<BR/><BR/>(Rita: atenção às aspas. Não estou a admitir estar traumatizado, OK?) <BR/><BR/>Mas penso que esta atitude anti-tabaco que se vê agora é principalmente pelos muitos milhões de pessoas que cresceram sabendo que o tabaco faz mal, depois do tabaco ter perdido aquela imagem de grande estilo, e levando com a falta de consideração dos fumadores que não se importavam de incomodar os outros. Não lhe chamava trauma, a não ser que fosse de demagogias e não tivesse outra forma de argumentar, mas parece-me que experiências como a minha, repetidas milhões de vezes pelos paises mais industrializados, levaram a este movimento de já chega, parem lá com essa nojice que a malta já está farta.<BR/><BR/>No bom sentido, claro ;)<BR/><BR/>PS: peço desculpa pelos lençois, mas hoje estou com pouco tempo por isso isto vai conforme sai, sem edição, correcção, nem pensamento coerente...Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-9878942951259637302008-02-19T13:41:00.000+00:002008-02-19T13:41:00.000+00:00João,Não respondi à primeira (a do sapateiro) porq...João,<BR/><BR/>Não respondi à primeira (a do sapateiro) porque me pareceu retórica. Se há profissões em que os trabalhadores estão expostos a produtos perigosos para a sua saúde, penso que ninguém aqui será contra uma lei que obrigue os empregadores a proteger os trabalhadores. Alguém se opõe? Se não, não vale a pena discutir isto, que já temos o prato cheio :)<BR/><BR/><BR/><I>«Mas acho fundamentalmente que a tua perspectiva é uma perspectiva de desresponsabilizar as pessoas. <BR/>Eu acho que se alguém quer entrar num estabelecimento ele deve respeitar as regras do estabelecimento e pode decidir livremente não entrar. Ele não deve ser protegido.»</I><BR/><BR/>Considera a situação limite na qual a responsabilidade está toda na parte do cliente. O dono do estabelecimento pode fazer o que quer. Tens restaurantes com e sem casas de banho. Uns reutilizam o óleo das frituras centenas de vezes, outros têm os croquetes no expositor durante duas semanas. Outros ainda vendem latas de tinta e automóveis usados no restaurante.<BR/><BR/>Como o cliente tem que decidir se quer ou não entrar, tem que haver informação à porta. Cada estabelecimento tem milhares de dísticos colados a especificar as condições de higiene, os produtos que vende, se tem saídas de emergência ou extintores, qual a ocupação máxima, se usa produtos de limpeza tóxicos ou cancerígenos, se tem amianto, tintas com chumbo. Enfim, já deves ter percebido a ideia...<BR/><BR/>Isto é imprático. Quem quiser uma aspirina vai ter que ir de porta em porta porque nunca se sabe o que se vende em cada sítio. Quem entrar tem que ler tudo com cuidado a ver se é mesmo aquilo. E se bem que isto responsabiliza inteiramente o cliente desresponsabiliza por completo o dono do estabelecimento, que pode fazer o que quer.<BR/><BR/>Eu prefiro desviar o equilíbrio para o outro lado. Quem monta um estaminé escolhe o ramo do negócio e é responsabilizado por aderir às normas estabelecidas para segurança e conveniência de todos. Se quer vender tintas e escadotes abre uma drogaria. Se quer vender refeições monta um restaurante, e tem que ter casas de banho, saida de emergência, respeitar normas de higiéne, limites de ocupação, etc.<BR/><BR/>Assim cada pessoa sabe logo ao que vai e com o que pode contar.<BR/><BR/>Isto não tem directamente a ver com a questão do tabaco, mas é essa a ideia. Não se trata aqui de alguma discussão fundamental acerca de responsabilidade e assim. Penso que estamos de acordo que a responsabilidade tem que ser partilhada. O cliente tem que se comportar de certa maneira e sabe que não pode exigir antibióticos no café, e o dono do estabelecimento tem que respeitar certas regras que visam a conveniencia, conforto e segurança dos clientes. Assim o pessoal entende-se melhor.<BR/><BR/><I>«O que eu acho mal é proteger as pessoas das suas próprias decisões, à custa da liberdade das outras.»</I><BR/><BR/>Não me parece. Acho que se pensares bem no assunto não achas nada mal. Isto porque as tais outras também escolheram a situação em que se meteram. Se partes uma perna os médicos do serviço de urgência têm a obrigação de te proteger de certas consequências da tua escolha de andar de skate. É justo. Eles escolheram ser médicos e trabalhar ali. Se vais tomar um café, o dono do café tem o dever de te proteger do pessoal que te quer causar cancro. Faz parte das regras que ele tem que aceitar para ser dono de um café.<BR/><BR/>Podes discordar deste caso em particular mas não faz sentido alegares um principio geral que, na verdade, não se aplica em geral.<BR/><BR/>A questão é de custos e benefícios, de onde está o mal menor, de quem vamos favorecer. Se a liberdade de mandar fumo para o ar quando incomoda os outros ou a liberdade de não levar com fumo mesmo que os outros queiram.<BR/><BR/>O que me parece estarmos a discutir é se esta decisão deve ser standardizada, para que todos saibam como as coisas funcionam em todos os cafés e restaurantes, ou se deve ser cada um por si. Eu acho que pelos efeitos de concorrência de mercado, pelos maleficios aos trabalhadores e pelas vantagens de ter um sistema uniforme para que as pessoas saibam com o que podem contar, a decisão, que concordamos favorecer o direito de não fumar, deve ser aplicada uniformemente.<BR/><BR/>Quem quer ter um estaminé destes, segue esta regra. Quem não gosta da regra, mude de ramo.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-5837724659300130242008-02-19T12:40:00.000+00:002008-02-19T12:40:00.000+00:00:):)João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-26413461246674039482008-02-19T12:36:00.000+00:002008-02-19T12:36:00.000+00:00Ludwig,"O Ludwig já se percebe: é um trauma de inf...Ludwig,<BR/><BR/>"O Ludwig já se percebe: é um trauma de infância." <BR/>Jura? Eu bem me queria parecer que com o irmão que tens tinhas d ter ficado com algum trauma :)))<BR/>(estava a brincar não começes a refilar comigo)<BR/><BR/>João,<BR/><BR/>Quase nunca concordamos em nada mas é refrescante este nosso total entendimento sobre esta lei ;) <BR/>Por isso e porque já me cansei de escrever as mesmas coisas digo só, apoiadoJoaninhahttps://www.blogger.com/profile/04088502330286344333noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-12587530453766548502008-02-19T12:30:00.000+00:002008-02-19T12:30:00.000+00:00Nota: Acho que isso não tem nada a ver com diminui...Nota: Acho que isso não tem nada a ver com diminuir as emissões de CO2, visto que tais emissões prejudicam os outros e não apenas os próprios - aí não é uma questão de auto-responsabilização. É uma questão de tragédia dos comuns se não se fizer nada.<BR/><BR/>Ainda assim prefiro medidas que encorajem a diminuição de emissões através do seu taxamento, do que proibições a vulso que muitas vezes podem ser contornadas de forma ainda mais ineficiente.<BR/><BR/>Mas no caso dos aquecedores de rua em particular, a proibição parece-me razoável.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-77195725207208349072008-02-19T12:25:00.000+00:002008-02-19T12:25:00.000+00:00Ludwig:Li a tua resposta às questões que coloquei...Ludwig:<BR/><BR/>Li a tua resposta às questões que coloquei.<BR/><BR/>O que escreveste responde mais ou menos à segunda, mas não responde à primeira. Porque partindo daqueles pressupostos eles podem ser interpretados para ser favorável à versão actual ou anterior da lei, <BR/><BR/><BR/>Mas acho fundamentalmente que a tua perspectiva é uma perspectiva de desresponsabilizar as pessoas. <BR/>Eu acho que se alguém quer entrar num estabelecimento ele deve respeitar as regras do estabelecimento e pode decidir livremente não entrar. Ele não deve ser protegido.<BR/>Se o cheiro a fritos te incomoda, não entras naquela tasca. Se o filme é inapropriado para cardíacos e sofres do coração, não vais à sala de cinema. Se estares numa sala atulhada de gente te faz mal aos nervos, não entras na discoteca. Se tens uns ouvidos particularmente frágeis e o médico te disse para evitares discotecas, tu podes fazê-lo ou não. A decisão é tua. Nas cofee-shops de Amsterdão certamente o ar pode não fazer muito bem à saúde, mas entra lá quem quer.<BR/><BR/>O que eu acho mal é proteger as pessoas das suas próprias decisões, à custa da liberdade das outras. Vamos garantir que ninguém que entre numa cofee-shop tem de apanhar com o fumo. Vamos impedir que os filmes sejam impróprios para cardíacos, ou que tais filmes possam ser exibidos publicamente. Vamos baixar a lotação das discotecas para proteger quem tiver problemas nervosos com espaços apertados. E exigir uma lotação mínima para que os que tiverem o problema nervoso oposto possam entrar sem problemas.<BR/><BR/>As pessoas ficam assim sempre protegidas da sua decisão de entrar onde não querem. <BR/>Mas isso parece tão arbitrário: se as vais proteger da sua decisão de entrar, porque não proteger da sua decisão de consumir?<BR/>Se proibes os donos dos estabelecimentos de permitirem o fumo, para que todos possam entrar, porque não proibes os donos dos estabeleciemntos de venderem apenas junk-food para que todos possam comer?<BR/>Se entras na espiral de proteger as pessoas delas próprias, onde é que isso vai parar?<BR/><BR/>Percebes o meu medo?João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-45095528607313613362008-02-19T09:39:00.000+00:002008-02-19T09:39:00.000+00:00Caro JC,O seu comentário revela várias das confusõ...Caro JC,<BR/><BR/>O seu comentário revela várias das confusões que dificultam este diálogo.<BR/><BR/><I>«Neste blog, os louvores à lei abarcaram desde os efeitos cancerígenos do fumo do tabaco, até ao seu mau cheiro. A perspectiva foi sempre a defesa dos direitos dos não fumadores. Parece ter sido esquecido o direito dos fumadores a fumarem em sítios onde não incomodassem os não fumadores.»</I><BR/><BR/>Note a contradição entre a primeira e a última frase. A lei é justificada porque o fumo incomoda os outros e lhes prejudica a saúde. É fácil inferir daí que em situações nas quais isto não se verifique a lei não se aplique. E é esse o caso.<BR/><BR/>Mas uma confusão mais importante é essa de distinguir fumadores de não fumadores. A lei não é acerca dos hábitos das pessoas, se fumam n cigarros por dia ou se n=0. A lei é acerca de situações específicas onde não se pode fumar, independentemente do rótulo com que a pessoa se quer identificar. Somos todos defecadores e urinadores, mas daqui não se infere o direito de defecar ou urinar onde e quando queremos.<BR/><BR/>Corrigindo o seu comentário, será: todos podem ser fumadores, não devem é incomodar os outros com o fumo do tabaco.<BR/><BR/>O que nos traz aos detalhes de implementação. O problema de decidir exactamente como criar um espaço com àrea onde se fuma e àrea para quem não quer fumar não é um problema técnico. Temos dados suficientes para estimar o aumento na incidência de cancro, doenças pulmonares e cardíacas em função da concentração do fumo no ar. O problema é decidir que aumento é aceitável. 20%? 5%? 1%? 0%? Esse problema é difícil.<BR/><BR/>É uma ideia correcta que se permita o fumo desde que se assegure que ninguém é exposto sem consentimento expresso e informado. A implementação é que é difícil. Por exemplo, neste espírito não devia ser permitida a presença de menores no espaço onde é permitido fumar. Afinal, também é proibido vender-lhes tabaco.<BR/><BR/>Quanto aos aquecedores, o problema não é o aquecedor, mas é tê-lo ligado na rua. A industria de restauração e hotelaria no reino unoido comprometeu-se a reduzir em 10% (se me recordo bem) as emissões de CO2 nos próximos anos, e estes aquecedores estima-se que aumentem as emissões desta indústria entre 1.5% e 3%. Não é um contributo insignificante neste contexto.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-90880555731191999542008-02-19T03:14:00.000+00:002008-02-19T03:14:00.000+00:00Acerca da proibição de fumar tabaco em recintos fe...Acerca da proibição de fumar tabaco em recintos fechados recebendo público, os argumentos expendidos a favor da lei não deixam de ser engraçados. Como súmula, a lei é razoável porque o seu principal objectivo, dizem os seus defensores, é a protecção da saúde dos não fumadores, obrigados a inalar o fumo tóxico e cancerígeno expelido pelos cigarros. Com base num tal princípio pareceria razoável a proibição de fumar em tais recintos; e a razoabilidade da lei parece sair reforçada com a permissão de fumar em estabelecimentos que optem por essa permissão. Neste caso, fumadores e não fumadores optariam por frequentar os estabelecimentos que garantissem a sua liberdade de se matarem precocemente ou de não serem incomodados nem de morrerem precocemente por acção do fumo dos cigarros dos outros.<BR/><BR/>Sendo fumador inveterado, não ponho em causa que a lei proíba o fumo do tabaco em estabelecimentos cujos proprietários assim o desejem, nem que proíba o fumo nos locais de trabalho. Neste caso, os estabelecimentos onde fosse permitido fumar ficariam restritos àqueles que não empregassem trabalhadores por conta de outrem, portanto, de exploração familiar. Isto numa interpretação benévola da lei, porque neste caso até os proprietários que neles trabalhassem poderiam ser considerados trabalhadores. Levando a interpretação da lei à letra, fumar tabaco tornar-se-ia impossível nos recintos fechados de estabelecimentos recebendo público, e é este aspecto autoritário da lei, assim como dos raciocínios dos que a aplaudem, que me preocupa. <BR/><BR/>Mesmo com aquela interpretação benévola, porém, devido a outras condicionantes a lei torna praticamente impossível que nos estabelecimentos de área inferior a cem metros quadrados, que serão a esmagadora maioria dos estabelecimentos de restauração e de bebidas, os seus proprietários possam fazer uma opção livre entre a proibição ou a permissão do fumo. Nestes estabelecimentos, a lei impõe que a qualidade do ar tenha de ser saudável. Desconhecem-se os métodos e as técnicas de exaustão que possam garantir tais parâmetros de salubridade, que além do mais ainda não foram definidos nem fixados. Pelos vistos, parece não ter existido qualquer cuidado em defini-los na lei e também parecer não existir grande pressa em fixá-los, e esta é mais uma lacuna intencional para que os objectivos não declarados da lei acabem por ser atingidos.<BR/><BR/>Estas limitações práticas, que acabarão por tornar inexequível a liberdade de opção que a lei parecia garantir aos proprietários dos estabelecimentos, permitem também duvidar dos objectivos expressos da lei. Se ela visa, como é afirmado, defender a saúde dos não fumadores, porque razão pretende impor a salubridade do ar dos locais frequentados pelos fumadores (cuja saúde não é suposto visar defender, porque não a quererem defendida é um direito dos fumadores)? E porque razão impõe a salubridade do ar quanto a parâmetros que não definiu nem fixou, e sabendo o legislador, de antemão, que os custos com a adaptação de tais estabelecimentos e com os equipamentos mais adequados tornarão as alterações incomportáveis? Torna-se mais claro, portanto, que o objectivo da lei não é proteger a saúde dos não fumadores, mas proibir o fumo do tabaco em recintos fechados recebendo público. Ainda que tal proibição não apareça expressa, as alternativas para que a permissão seja possível tornam-na inexequível.<BR/><BR/>Trata-se, portanto, duma forma camuflada de impor a proibição de fumar mesmo em locais que os não fumadores se absteriam de frequentar. Para além de proibir os efeitos do fumar passivo, a lei pretende também limitar os locais onde se pode fumar, neste caso, mesmo sem incomodar ou prejudicar terceiros (que, repete-se, têm todo o direito de não serem prejudicados pelo fumar dos outros). Mas a coisa não fica por aqui, porque nem todos os não fumadores pretenderão ter a sua saúde tutelada pelo estado, pelo que existirão também não fumadores que não se importariam de frequentar estabelecimentos para fumadores, não porque sejam masoquistas, mas porque comungam dos mesmos princípios quanto à sua liberdade individual para decidir acerca da sua saúde.<BR/><BR/>O fumar passivamente e a exposição ao fumo do tabaco têm certamente implicações na saúde dos não fumadores; estas implicações serão eventualmente menores do que as resultantes do fumar activa e continuamente durante períodos prolongados, e provavelmente não serão muito maiores do que a exposição a outros fumos e gases expelidos pelas mais diversas fontes e com as quais todos somos confrontados quotidianamente. Dando de barato que estas implicações estejam bem estabelecidas e sejam um mal a evitar, estou persuadido que haveria outras formas de proteger o direito dos não fumadores a não serem prejudicados sem atentar contra a liberdade dos fumadores poderem fumar em estabelecimentos a eles destinados (e dos não fumadores que prezam a sua liberdade a não serem impedidos da sua companhia).<BR/><BR/>O aspecto mais relevante da lei da proibição do fumar tabaco não parece ser a protecção do direito dos não fumadores. Por um lado, a lei intromete-se na tutela de um direito que alguns não fumadores não pretendem ver tutelado pelo estado; por outro lado, cerceia o direito dos fumadores a fumarem em estabelecimentos devidamente sinalizados onde não prejudicariam os não fumadores. O que a lei acaba por fazer é cercear os direitos duma parte da população poder manter determinados hábitos de vida sem ferir o direito dos outros. Hoje, esta intromissão na liberdade individual é feita em nome duma pretensamente louvável intenção sanitarista (tanto mais louvável quanto ao fumo está associada a doença e a morte precoce), esquecendo que o exercício deste direito é uma opção individual; amanhã poderá ser em nome doutra boa intenção qualquer, que os burocratas do momento entendam dever impor às gentes.<BR/><BR/>Neste blog, os louvores à lei abarcaram desde os efeitos cancerígenos do fumo do tabaco, até ao seu mau cheiro. A perspectiva foi sempre a defesa dos direitos dos não fumadores. Parece ter sido esquecido o direito dos fumadores a fumarem em sítios onde não incomodassem os não fumadores. Pelo que deu para ler nalguns comentários, na melhor das hipóteses, esses sítios ficariam limitados ao ar livre ou ao domicilio, mas mesmo nesses segundo certas condições. A existência de estabelecimentos para fumadores não parece ter sido bem acolhida, porque os não fumadores teriam o direito de frequentarem todos os estabelecimentos, quando nós sabemos que só nos interessa frequentar os estabelecimentos que nos são agradáveis. Chegou-se ao ponto de aplaudir ou de compreender a proibição do uso de aquecedores externos, destinados a aquecer fumadores em caso de baixas temperaturas; neste caso, não pelos seus malefícios para a saúde, mas porque tais aquecedores contribuiriam para as emissões de CO2. <BR/><BR/>Do aplauso da proibição de fumar tabaco em nome da saúde, passou-se ao aplauso da proibição de usar aquecedores, neste caso, em nome da sua pouca eficiência energética. Um dia destes, se não medirem bem onde os poderão conduzir os seus raciocínios, poderão estar na mira destes iluminados sobre o bem comum os reclames luminosos que enchem de colorido algumas metrópoles, os dois ou três televisores que possamos ter em casa, o adormecer de luz ligada ou, quem sabe, a garantia do direito à existência de tanta gente, cujo contributo para as emissões de CO2 é cada vez maior. <BR/><BR/>Ah, estes iluminados têm a verdade e a razão do seu lado (são indiscutíveis os malefícios do fumo do tabaco para a saúde, são inegáveis os efeitos das emissões de CO2 para o aquecimento global e é inquestionável o uso imponderado das energias fósseis para a crise energética que estamos vivendo e para o seu agravamento) e é quanto parece bastar-lhes; ninguém ainda lhes terá explicado que não são apenas a verdade e a razão que determinam muitas das nossas opções de vida e que é isso que nos torna humanos e nos distingue de meras máquinas programadas. Estes estranhos raciocínios são preocupantes. Em nome duma verdade, os seus defensores acham natural o cerceamento dos direitos dos outros, mesmo quando do seu exercício não resulta prejuízo para terceiros. Será que os detentores da verdade têm o direito de decidir o que é A Bem da Nação?<BR/><BR/>JC (o tal que não é o Cristo, nem tem crista e embirra com cristalizados, mas que por restrição do número de caracteres teve de assinar abreviado).JC(que não é o Cristo e embirra com cristalizados)https://www.blogger.com/profile/10522963335566405783noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-21758775842059000452008-02-18T23:33:00.001+00:002008-02-18T23:33:00.001+00:00A sobrancelha única dá-te um ar exótico.A sobrancelha única dá-te um ar exótico.Abobrinhahttps://www.blogger.com/profile/10785046712147490698noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-30457018368618575122008-02-18T23:33:00.000+00:002008-02-18T23:33:00.000+00:00Herr KQuem dera aos Backstreet boys terem a tua vo...Herr K<BR/><BR/>Quem dera aos Backstreet boys terem a tua voz e o teu talento para alguma coisa (não sei se cantas, mas lá que tens uma voz sexy tens).Abobrinhahttps://www.blogger.com/profile/10785046712147490698noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-12925689693792612492008-02-18T23:17:00.000+00:002008-02-18T23:17:00.000+00:00Abobrinha"Pode ter ficado com cara de parva para o...Abobrinha<BR/><BR/>"Pode ter ficado com cara de parva para os teus olhos de gato. Acontece-me às vezes."<BR/><BR/>Foi com certeza isso. O facto de só ter uma sobrancelha dá-me aquele charme irresistível de Backstreet Boy da damaia.Krippmeisterhttps://www.blogger.com/profile/17371351506941321467noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-58318658587908997432008-02-18T23:06:00.000+00:002008-02-18T23:06:00.000+00:00JoãoObrigada por concordares. Obrigada porque não ...João<BR/><BR/>Obrigada por concordares. Obrigada porque não tomo isso por garantido: já perdi amigos porque a dada altura acharam que discordar de mim (coisa que nunca tinha sido um problema) implicava cortarem relações comigo ou assumirem uma postura de superioridade. Claro que há sempre os outros.Abobrinhahttps://www.blogger.com/profile/10785046712147490698noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-78292064474038003062008-02-18T23:04:00.000+00:002008-02-18T23:04:00.000+00:00LudwigFaz parte do meu encanto. Estás com sorte qu...Ludwig<BR/><BR/>Faz parte do meu encanto. Estás com sorte que aqui também não me vês gesticular.Abobrinhahttps://www.blogger.com/profile/10785046712147490698noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-47931051316047462852008-02-18T23:02:00.000+00:002008-02-18T23:02:00.000+00:00«Podemos não ser sensíveis aos argumentos um do ou...«Podemos não ser sensíveis aos argumentos um do outro, mas não saímos mais burros nem mais intolerantes da discussão, não achas?»<BR/><BR/>Acho :)João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.com