tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post1041772592731129644..comments2024-03-23T14:41:42.801+00:00Comments on Que Treta!: Treta da semana (passada): curso “Ciência e Fé”.Ludwig Krippahlhttp://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.comBlogger67125tag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-6781072785894212202012-07-11T12:47:49.404+01:002012-07-11T12:47:49.404+01:00Ludwig mais perto de ser encontrado a rezar de joe...Ludwig mais perto de ser encontrado a rezar de joelhos numa igreja. Compreender que a objectividade e a racionalidade não alcançam todos os aspectos da realidade e que o que há para conhecer ultrapassa os limites humanos são primeiros passos.NGhttps://www.blogger.com/profile/13322893969250802891noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-59278240194388412902012-07-07T16:29:55.611+01:002012-07-07T16:29:55.611+01:00Parabéns atrasados Ludwig! :)
Abraço.Parabéns atrasados Ludwig! :)<br /><br />Abraço.Ilídio Barroshttps://www.blogger.com/profile/02654846427352843017noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-16126682657154729732012-07-06T21:42:22.586+01:002012-07-06T21:42:22.586+01:00Por favor, abandona a tese do conflito e começa a ...Por favor, abandona a tese do conflito e começa a ler, urgentemente (em krippahlismo significa lá para os 50 ou depois do dilúvio), literatura CONTEMPORÂNEA (do século XX ou mesmo do XIXº)de história da Ciência. <br />Nem mesmo o Carl Sagan serve, porque já no tempo dele, ele estava desligado do "mainstream" de História da Ciência, e ainda a veicular as tretas do Draper e do White....e diga-se que a história da ditta deu a comer a muita motta e institutos associados<br />Valha-nos a Fundação da Faculdade das....good churrasco ó auto de café....https://www.blogger.com/profile/03627749496813285857noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-80495124711619999592012-07-06T17:25:37.103+01:002012-07-06T17:25:37.103+01:00Pois, pois, percebo a lógica. Se o universo é simp...Pois, pois, percebo a lógica. Se o universo é simples e regular, só pode ter sido feito por Deus, se é complexo e irregular, só pode ter sido feito por Deus. Se a Terra está ao centro, só pode ter sido feito por Deus, se é um cantinho discreto numa imensidão vazia, só pode ter sido feito por Deus. Se o Universo é infinito no tempo e no espaço, só pode ter sido feito por Deus, se afinal é finito e teve um começo, só pode ter sido feito por Deus. <br />Os físicos e astrónomos podem descobrir tudo e o seu contrário, que o Perspectiva vai sempre acreditar que corrobora a Bíblia. A menos que descubram que o Universo tem mais de 6000 anos - aí podia sempre dizer que ele é ainda mais imenso e só pode ter sido feito por Deus, mas prefere rejeitar a ciência. <br />Enfim, só mais uma de muitas inconsistências.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-83213485314488575682012-07-06T17:18:43.927+01:002012-07-06T17:18:43.927+01:00«Um Deus eterno, por definição, não tem causa.»
...«<i>Um Deus eterno, por definição, não tem causa.</i>»<br /><br /><br />Perspectiva,<br /><br />Um calhau eterno, por definição, também não. E sempre era mais plausível como solução para o problema da regressão infinita... ou está a dizer-me que o Espírito Santo é menos complexo que um calhau? Nesse caso antecipo-me a congratulá-Lo.<br /><br />«<i>Se rejeitamos Deus, ficamos com nada.</i>»<br /><br />Calma, Perspectiva. Isso era no tempo do Estado religioso.Bruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-74589692209276378262012-07-06T17:17:59.114+01:002012-07-06T17:17:59.114+01:00Este comentário foi removido pelo autor.Bruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-33214502719806881512012-07-06T17:03:53.096+01:002012-07-06T17:03:53.096+01:00A mecânica quântica diz-nos apenas que o Universo ...A mecânica quântica diz-nos apenas que o Universo é mais complexo e miniaturizado do que pensamos, o que, quando combinado com os triliões de galáxias de dimensão macro, corrobora a omnisciência e a omnipotência de Deus...perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-70594097415001484222012-07-06T16:55:07.996+01:002012-07-06T16:55:07.996+01:00Um artigo interessante sobre os sistemas de emergê...Um artigo interessante sobre <a href="http://www.sciencedaily.com/releases/2012/07/120703161707.htm" rel="nofollow">os sistemas de emergência e protecção das células</a> especialmente adequado para os tolos que pensam que o DNA não codifica nada...perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-87640715296124201822012-07-06T16:49:06.425+01:002012-07-06T16:49:06.425+01:00Os evolucionistas, em virtude da sua tolice, dizem...Os evolucionistas, em virtude da sua tolice, dizem (sem qualquer fundamento) que o corpo humano evoluiu por processos aleatórios. <br /><br />Os engenheiros, com toda a sua tecnologia, <a href="http://www.sciencedaily.com/releases/2012/07/120706013718.htm" rel="nofollow">tentam construir robôs que consigam imitar os movimentos humanos </a>mas ficam muito aquém do respectivo design, que concluem ser demasiado inteligente para eles.perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-79494786877178973542012-07-06T16:43:48.325+01:002012-07-06T16:43:48.325+01:00Um Deus eterno, por definição, não tem causa. Ele ...Um Deus eterno, por definição, não tem causa. Ele simplesmente existe. Na Bíblia Deus revela-se como "Eu sou". <br /><br />Como Deus é espírito, e não matéria e energia, ele não é complexo no sentido de que não resulta de uma combinação improvável de matéria e energia pré-existente, como sucede com a vida. <br /><br />A Bíblia diz que Jesus Cristo é o Alfa e o Ómega. Ou aceitamos, ou rejeitamos. <br /><br />Se rejeitamos Deus, ficamos com nada.perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-21316051459282186852012-07-06T16:26:19.277+01:002012-07-06T16:26:19.277+01:00« a resposta à sua pergnta é porque a consciẽnci...«<i> a resposta à sua pergnta é porque a consciẽncia humana não consegue lidar com realidades que se situam fora do tempo e do espaço.</i>»<br /><br />Sofrologista,<br /><br />Chamo a atenção para o facto de que as «<i>realidades que se situam fora do tempo e do espaço</i>» não desafiam os limites da consciência humana mas, quando muito, da nossa vibrante imaginação. Até porque não existe plural para realidade. Terá sido apenas a imaginação que conduziu o pensamento dos que desde sempre acreditam que essas realidades para além do tempo e do espaço possuem «<i>determinados atributos</i>».<br /><br />São livres de o fazer e há atributos para todos os gostos, de qualquer forma o que eu pretendia com o meu comentário a propósito de causas e efeitos era confrontá-lo com a evidência de que o argumento ontológico não passa sequer no teste do garfo. <br /><br />«<i>Nos termos da fé católica, essa realidade é o Amor (Derus Caritas Est, na definição do Papa Bento XVI).</i>»<br /><br />Por acaso na minha experiência pessoal o amor faz parte da realidade inteligível, mas não vou gabar-me disso :) Quero só notar que o papa Bento XVI é apenas o mais recente pontífice da religião católica, muitos dos anteriores parecem ter apontado para «<i>realidades</i>» diferentes dessa... <br /><br />É o problema de confundir fé (efluente legítimo do pensamento humano) com religião (imposição normativa juncada de alegações lunáticas).Bruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-70637983591976938302012-07-06T14:53:47.444+01:002012-07-06T14:53:47.444+01:00Bruce Lóse
No meu entender, a resposta à sua perg...Bruce Lóse<br /><br />No meu entender, a resposta à sua pergnta é porque a consciẽncia humana não consegue lidar com realidades que se situam fora do tempo e do espaço.<br /><br />Com base na história da humanidade e num conjunto de indícios emergente dessa história, da humanidade no seu conjunto e da própria lógica da existência humana, alguns acreditam que essa realidade para além do tempo e do espaço possui determinados atributos.<br /><br />Nos termos da fé católica, essa realidade é o Amor (Derus Caritas Est, na definição do Papa Bento XVI).<br /><br />Escusado será dizer que não possuo nenhuma prova final, decisiva e irrefutável que isto é a verdade.fechttps://www.blogger.com/profile/05271958924563713953noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-13207229291127267992012-07-06T13:48:02.819+01:002012-07-06T13:48:02.819+01:00«Se o universo é regular apenas porque o vemos ass...«Se o universo é regular apenas porque o vemos assim (com padrões e relações causais) isso é, de um certo modo defender uma concepção filosófica idealista nos termos da qual nunca podemos conhecer de facto a realidade exterior ao nosso cérebro.»<br /><br />Bom, houve realmente aqui um problema de comunicação.<br /><br />Nós nunca podemos ter conhecimento «certo»: é sempre possível que seja tudo um equivoco. Mas podemos ter conhecimento. Se acreditamos que existe um padrão e:<br /><br />A- existem boas razões (do ponto de vista epistemológico) para essa crença<br />B- esse padrão existe<br /><br />então a crença na existência desse padrão é conhecimento. Claro que como não temos acesso directo aos factos, nunca podemos dar esse conhecimento como certo. Mas podemos conhecer. Muito provavelmente conhecemos muito (ou pouco, se compararmos com o que há a conhecer, mas enfim...).<br /><br />--<br /><br />Posto isto, creio que talvez o mal entendido tenha vindo do facto de eu dizer que nós temos uma tendência para ver padrões onde não existem. Mas o rigor dos métodos científicos também serve para que a nossa percepção colectiva do funcionamento do universo esteja menos dependente dos nossos enviesamentos cognitivos instintivos. Ou seja: podemos ter uma tendência para ver padrões onde não existem, mas podemos superá-la colectivamente quando construímos o corpo do conhecimento, fazendo depender os padrões que identificamos daqueles que existem no Universo.<br /><br />---<br /><br />«De um ponto de vista lógico em evento aleatório apenas pode ser encarado como o resultado de variáveis que ainda não conhecemos (teoria das variáveis ocultas) ou como algo que ocorre sem nenhuma etapa anterior localizada no tempo e no espaço. »<br /><br />Sim. <br /><br />Eu gosto de imaginar um universo com 10 posições discretas, e um tempo também discreto a começar no 0, e uma partícula que ocupa uma das posições - a sua única característica é essa: ocupar uma das posições.<br /><br />Agora temos uma infinidade de universos possíveis com estas características. Num, a partícula está na posição 1 e aí fica sempre. Noutro está na posição 9 e aí fica sempre. <br />Noutro está na posição 1 no primeiro instante, depois vai para a posição 2, depois para a posição 3, e por aí fora, quando chega à posição 10 vai para a posição 1 no instante seguinte.<br />E agora podemos imaginar regras sem parar. todos estes universos são altamente regulares na medida em que um conjunto de regras finito descreve o comportamento do universo completamente (e lembremo-nos que o tempo neste universo tem começo mas não tem fim...)<br /><br />Mas podemos conceber uma série de outros universos diferentes. Podemos imaginar um cuja forma mais simples de o descrever é simplesmente enumerar uma lista das posições da partícula, e essa lista será infinita. Nenhum padrão pode ser encontrado nessa lista que permita comprimir a informação. <br />Este universo é altamente irregular. Saber onde é que a partícula está num determinado instante não nos diz nada sobre a probabilidade dela estar noutro ponto no instante seguinte a menos que tenhamos acesso à lista de posições. Nenhuma regra foi dela abstraída. <br />Neste universo 100% irregular, tão raro entre os universos (com as tais 10 posições, etc..) concebíveis como os 100% regulares a que me referi acima, não existe nada de metafísico quando dizemos que saber onde a partícula está agora não nos diz nada sobre a posição que ela vai ter a seguir. Simplesmente não há nada para saber.<br /><br />A maioria dos universos concebíveis estarão numa categoria intermédia: nenhuma lista de regras finita permite descrever tudo, mas é possível comprimir informação de tal forma que a partir de uma lista de regras finitas sabendo a posição e o instante onde a partícula se encontra se saiba quais são as posições mais prováveis onde ela se vai encontrar.<br /><br />Isto tem o seu quê de «metafísico»? Talvez, mas sem qualquer conotação sobrenatural. Nada aqui teve de pressupor uma consciência criadora que conduz ou interfere com o comportamento da partícula.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-66060367546933079962012-07-06T13:16:52.201+01:002012-07-06T13:16:52.201+01:00Perspectiva:
Claro que não é ciência.
É uma «es...Perspectiva: <br /><br />Claro que não é ciência.<br /><br />É uma «especulação» (se assim lhe quer chamar) filosófica na qual o Perspectiva me acompanha.<br /><br />Como é que eu sei que me acompanha: o Perspectiva defende o seguinte:<br /><br />A- O universo é regular<br />B- Logo Deus existe<br /><br />Se defende isto, isso quer dizer que se Deus não existisse não seria esperável que o universo não fosse regular (ou cairia na petição de princípio: se assume a existência de Deus como mais provável independentemente da regularidade do universo, o argumento que apela à regularidade deixa de fazer sentido). Mas isso é precisamente aquilo que afirmei.<br /><br />Portanto, nas «especulações» filosóficas estamos de acordo. <br /><br />É na ciência que divergimos. A Mecânica Quântica dá-nos boas razões para concluir que o universo não é completamente regular. O Perspectiva é que ainda não tirou as devidas ilações.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-63579256080521348662012-07-06T11:20:07.847+01:002012-07-06T11:20:07.847+01:00P.S. - Estendo a minha pergunta ao Sofrologista ca...P.S. - Estendo a minha pergunta ao Sofrologista catatólicoBruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-64698437115679289422012-07-06T11:11:40.843+01:002012-07-06T11:11:40.843+01:00Inestimável Perspectiva,
Já que está tão preocupa...Inestimável Perspectiva,<br /><br />Já que está tão preocupado com as causas dos efeitos, por ser evidente que mesmo as ocorrências mais simples têm necessariamente uma origem, experimente lá explicar porque é que Deus (a causa primordial e por azar a mais complexa de todas) fica aquém da sua preocupação.Bruce Lósehttps://www.blogger.com/profile/07121889922073184606noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-28385096742643243842012-07-06T11:02:07.976+01:002012-07-06T11:02:07.976+01:00Ludwig diz:
"Não me custa aceitar que a ocor...Ludwig diz:<br /><br />"Não me custa aceitar que a ocorrência de acontecimentos sem causa seja classificada de "não materialista".<br /><br />Vá lá, o Ludwig já admite que existe algo para além da energia e da matéria. É um passo na direcção certa. <br /><br />Códigos e informação codificadas são grandezas não materialistas. A vida depende de ambos. Mas isso não significa que não tenham causa.<br /><br />Códigos e informação codificada têm causas imateriais porque resultam da criatividade de uma mente, de um ser inteligente.<br /><br />É absurdo pensar que uma ideia, um pensamento, um poema, um romance ou o software de um computador, por serem entidades imateriais e intelectuais, são um efeitos sem causa...<br /><br />Um tal pensamento não seria ele mesmo um efeito sem causa, seria o efeito de uma grande idiotice...perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-14585952633872412262012-07-06T10:57:30.519+01:002012-07-06T10:57:30.519+01:00Este comentário foi removido pelo autor.perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-85804852135827360892012-07-06T10:40:10.364+01:002012-07-06T10:40:10.364+01:00Um exame de final de época para o Ludwig:
Não e...Um exame de final de época para o Ludwig: <br /><br /><br />Não existe nenhuma sequência de eventos, nenhum processo físico e nenhuma lei natural conhecidos que crie códigos e informação codificada. <br /><br />Códigos e informação codificada são sempre produtos de inteligência. <br /><br />Será que <a href="http://www.youtube.com/watch?v=RpXs8uShFMo" rel="nofollow">os códigos genético e epigenético e as quantidades inabarcáveis de informação genética e epigenética de que a vida depende</a> são um "efeito sem causa", como o Ludwig acredita, ou um "efeito causado por um Deus omnisciente e omnipotente? <br /><br />Fundamente a sua resposta.perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-31414205013302231382012-07-06T10:31:57.140+01:002012-07-06T10:31:57.140+01:00João Vasco
"Na esmagadora maioria dos univer...João Vasco<br /><br />"Na esmagadora maioria dos universos concebíveis poderíamos esperar alguma regularidade e alguma irregularidade." <br /><br />Atenção que isto não é ciência. Isto é especulação. É inteiramente legítima, mas não pode ser confundida com ciência.perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-64093109778509234272012-07-06T10:29:18.793+01:002012-07-06T10:29:18.793+01:00O Ludwig confunde "efeitos sem causa" co...O Ludwig confunde "efeitos sem causa" com "efeitos de causa desconhecida ou com causa indeterminada". <br /><br />No dia em que os cientistas acharem que no Universo existem efeitos sem causa, acaba a ciência, porque eles não estão lá a fazer nada... <br /><br /><br />Foram descobertas <a href="http://www.sciencedaily.com/releases/2012/07/120705133718.htm" rel="nofollow">estrelas binárias impossíveis à luz dos modelos existentes de evolução cósmica</a><br /><br />Será um exemplo dos "efeitos sem causa" de que fala o Ludwig? <br /><br />Ou será que são os modelos de evolução cósmica que estão errados?perspectivahttps://www.blogger.com/profile/15106683033593813714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-76381810617871529902012-07-06T09:17:12.722+01:002012-07-06T09:17:12.722+01:00João Vasco
Não me parece que o conceito de "...João Vasco<br /><br />Não me parece que o conceito de "irregularidade" nos permita avançar muito. Avançar com esse conceito é designar por um outro nome o conceito de não-causalidade sem que obtenhamos qualquer explicação adicional.<br /><br />De um ponto de vista lógico em evento aleatório apenas pode ser encarado como o resultado de variáveis que ainda não conhecemos (teoria das variáveis ocultas) ou como algo que ocorre sem nenhuma etapa anterior localizada no tempo e no espaço. Repara que certos conceitos aparentemente não materialistas como refere o Ludwig, como por exemplo a gravidade, o movimento, a frequência, a conservação de carga, etc, são de facto materialistas pois têm dimensões espacio-temporais que permitem estabelecer causalidades. Ora não é isso que ocorre num acaso ontológico em que o evento não tem causas. No caso de um evento sem causas, ou ele de facto tem causas mas nós não as conhecemos (teoria das vaiáveis ocultas ou teoria do superdeterminismo) ou não as tem e estamos fora das dimensões tempo e espaço (e é essa neste momento a corrente dominante na física quântica).<br /><br />No teu último parágrafo, parece-me defenderes uma visão que conduz à impossibilidade do conhecimento. Se o universo é regular apenas porque o vemos assim (com padrões e relações causais) isso é, de um certo modo defender uma concepção filosófica idealista nos termos da qual nunca podemos conhecer de facto a realidade exterior ao nosso cérebro.<br /><br />Eu, como o Papa Bento XVI, e como as correntes dominantes na ciência a ena filosofia, acredito que a realidade existe independemente de nós, que os seus padrões, as suas relações de causalidade (a sua regularidade) é objectiva e que a sua compreensão é útil para a nossa sobrevivência. O nosso cérebro comprende a realidade com uma sequência de variáveis localizadas no espaço e no tempo porque elas existem e porque a sua compreensão é útil para a sobrevivência. Contudo, para mim enquanto católico, a realidade é mais do que isso. É mais do que a matéria, é mais do que as dimensões espacio-temporais e as suas relações de causalidade.<br /><br />A chamada componente irregular do nosso universo (que existe conforme o modelo científico dominante - não se trata portanto apenas da minha fé) é outro nome para a metafísica e o transcendente. Uma realidade que está para além do tempo e do espaço.fechttps://www.blogger.com/profile/05271958924563713953noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-5705989360678919572012-07-05T23:08:22.068+01:002012-07-05T23:08:22.068+01:00Sofrologista,
Concordo que existe um apelo estéti...Sofrologista,<br /><br />Concordo que existe um apelo estético quase instintivo à ideia de que «tudo tem causa». Era algo que acreditava com muita convicção até aos 19 anos, e a minha vontade de estudar física também era alimentada pelo sonho de contribuir para desvendar aquilo que a meu ver era «conhecimento incompleto» - o tal acaso da MQ. Eu era 100% determinista.<br /><br />No entanto, além de ter aprendido mais física e ter percebido que as coisas eram diferentes daquilo que pensava, também fiz algumas reflexões filosóficas sobre a questão do acaso, que quero partilhar pois vêm a propósito.<br /><br />O Perpectiva já tem aparecido a dizer que um universo tão regular como o nosso só pode ter sido criado por Deus. Se não fosse Deus a criar o universo, como é que raio é que a sua regularidade seria tão absoluta?<br />Esta é uma pergunta muito interessante.<br /><br />Aquilo que me apercebi, é que tudo aquilo que a ciência faz é mapear as regularidades no mundo natural. Mas entre a infinidade de mundos naturais diferentes que são concebíveis, apenas uma fracção ínfima é completamente regular. <br />Pensemos nos universos possíveis como pinturas possíveis. Só numa fracção ínfima poderíamos encontrar a total ausência de padrões, mas só numa fracção ínfima poderíamos encontrar a total ausência de algo que fuja à regularidade e aos padrões identificáveis. Na esmagadora maioria dos universos concebíveis poderíamos esperar alguma regularidade e alguma irregularidade. <br />A regularidade é a componente causal do nosso universo, e a irregularidade é a componente acasual do nosso universo. «"«A priori»"» seria de esperar que o nosso universo tivesse ambas.<br /><br />Assim, não é desconcertante que tudo indique que assim é. Tal como não tem nada de estranho estarmos num canto banal de uma galáxia típica, não deveria ser desconcertante que exista uma componente causal (regular) e acausal (irregular) no nosso universo. Seria o cenário mais provável.<br /><br />Quanto ao apelo instintivo para ver as coisas de forma completamente causal (discordo que seja uma incapacidade para as ver de outra forma - eu pelo menos consigo neste momento encarar o acaso com naturalidade), ele é explicado pela forma como a selecção natural moldou o nosso cérebro. Muitas vezes, mais valia ver um padrão onde não existe (usei a pedra da sorte, logo choveu) do que correr o risco de não o ver onde existe (fui para a planície X e encontrei um tigre, mas foi acaso, podia te-lo igualmente encontrado se tivesse ido para o bosque Y), e por isso até os animais têm um comportamento supersticioso (disposição para encontrar padrões, mesmo encontrando aqueles que não existem) e muito mais nós. Novamente, a relação entre a regularidade, o padrão e a causa-efeito.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-68482169193783068182012-07-05T22:34:25.083+01:002012-07-05T22:34:25.083+01:00Ludwig,
«Quando eu sei uma coisa, o que fiz foi a...Ludwig,<br /><br />«Quando eu sei uma coisa, o que fiz foi ajustar os meus modelos mentais àquilo que a coisa é. Por exemplo, conto as bolachas do pacote e passo a saber quantas são. Não porque ajustei o número de bolachas mas porque ajustei o que eu pensava acerca disso. Quando faço algo a direcção do ajuste é diferente. Ao escolher comer esta bolacha eu vou alterar a realidade de forma a conformar-se àquilo que eu decidi.»<br /><br />Tudo isso está muito certo quando a aplicas ao criador de tudo, incluindo os outros criadores, como é o caso do catolicismo. <br /><br />Mas eu estava a propor uma excepção a esse princípio, para a qual tens de assumir a existência de outra criação/criador. Imagina o seguinte: existem dois deuses. Um pode criar planetas, estrelas e até pacotes de bolacha. O outro é omnipotente e omnisciente.<br />Para que a «omnisciência» faça sentido, temos de assumir que ele pode ter vontade de não interferir. Ou seja: supõe o primeiro deus criou um pacote com 5 bolachas. É evidente que o número de bolachas depende da vontade do segundo deus, o omnipotente, basta ele querer que sejam 9 e passam a ser nove. Mas se assumes que ele tem vontade de que sejam tantas quantas seriam sem ele agir - 5 neste caso, mas 6 se o outro deus tivesse criado 6 - então a omnisciência já faz sentido. Ele podia escolher não só não alterar o número de bolachas, fosse ele qual fosse - como também podia escolher não saber sequer o número de bolachas. Mas ao dizermos que é omnisciente estamos a mostrar que a sua vontade é saber: neste caso ele sabe que são 5. O número depende da sua vontade - de não interferir - mas não não só: também dependeu da vontade prévia do outro deus (vamos assumir que é anterior, para simplificar).<br /><br />Ou seja: creio que o teu argumento é bom, pois a única situação em que não se aplica não é uma que qualquer fé religiosa que conheço proponha.<br />Espero ter explicado agora melhor a minha posição.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-29251019.post-30698460069942928562012-07-05T22:06:24.260+01:002012-07-05T22:06:24.260+01:00Sofrologista,
«"Muita coisa que simplesmente...Sofrologista,<br /><br /><i>«"Muita coisa que simplesmente ocorre sem qualquer causa", como dizes, é algo extremamente significativo.»</i><br /><br />Sim, de acordo.<br /><br /><i>«Dizer que algo ocorre sem ser determinado por outro algo que ocorra em termos de tempo e espaço é reconhecer científicamente uma dimensão não materialista da realidade.»</i><br /><br />Não tenho problemas quanto a isso. A gravidade, o movimento, a frequência, a conservação de carga, e muitas outras coisas têm uma "dimensão não materialista". Não me custa aceitar que a ocorrência de acontecimentos sem causa seja classificada de "não materialista". Tanto me faz.<br /><br />Só há problema se começarem a ver deuses, fantasmas, fadas ou duendes nisso.Ludwig Krippahlhttps://www.blogger.com/profile/12465901742919427145noreply@blogger.com