terça-feira, janeiro 12, 2016

Treta da semana (atrasada): diz que é uma espécie de igualdade.

Na passagem de ano, cerca de mil meliantes em Colónia molestaram e assaltaram dezenas de pessoas, violando pelo menos duas. Esta criminalidade violenta, pública e colectiva é uma novidade alarmante na Europa que justificaria uma resposta rápida das autoridades e a atenção imediata da comunicação social. Mas se, por um lado, as vítimas terem sido todas mulheres torna o crime ainda mais indigno para alguns, por outro lado, os atacantes virem de África e do Médio Oriente, incluindo muitos refugiados, dificulta a crítica politicamente correcta. Daí a lenta cobertura mediática e as estranhas reacções de quem, dizendo lutar pela igualdade, na prática parece mais preocupado com o crime de ser homem e ter pele clara. A dissonância cognitiva resultante obrigou a soluções engenhosas, das quais saliento uma pelo primor e artifício.

Patrícia Motta Veiga denuncia que «Na Europa, violar uma mulher é quase legal»(1), começando por defender que «Seja qual for a nacionalidade dos homens que naquela noite de 31 de Dezembro abusaram de mulheres, têm que ser punidos, exemplarmente, e muito melhor do que por aqui costuma acontecer.» À parte da nacionalidade, que importa se o castigo for a deportação, concordo que a lei ignore raça, credo, cor de pele e esses outros factores. Mas também o sexo. Aos olhos da lei, o crime é o de pessoas abusarem de outras pessoas. Se queremos igualdade de direitos e deveres, então o resto não conta. Infelizmente, Veiga parece defender a igualdade perante a lei em tudo menos no sexo.

Apesar de admitir que «nos países do Norte de África o respeito pelas mulheres está a anos-luz do desejável», Veiga afirma, sem justificar, que «As pessoas comportam-se segundo os usos e costumes do local onde estão». Ou seja, não importa que estes agressores tenham crescido numa cultura que trata as mulheres como gado. Tornaram-se abusadores e violadores porque «nós, evoluídos europeus, não somos lá grande coisa a defender as nossas mulheres». Veiga demonstra então a culpa dos homens brancos com o rigor imparcial dos números. Por um lado, «Em 2009, segundo o relatório da ONU Mulheres, apenas 14% das queixas sobre violações resultou em condenação efectiva». E, por outro, «Num universo de mais de um milhão de pessoas (refugiados na Europa), mil delas, ou seja 0,00001% cometeu actos absolutamente hediondos e condenáveis. 0,00001%! Se em Portugal a média de violações por ano ronda o horroroso número de 500, isso faz com que 0,000005% dos portugueses sejam exactamente iguais ao grupo de homens de Colónia. Metade!»

Mil é 0,1% de um milhão e, mesmo só contando com os portugueses do sexo masculino, 500 é 0,01% de cinco milhões, o que dá um décimo e não metade. Mas zeros a mais é o menor dos erros que Veiga comete. Mais significativo é comparar o que aconteceu numa noite numa cidade com o total anual de um país inteiro. É exagero concluir desta comparação que os homens portugueses tratam as mulheres tão mal quanto os homens sírios, iraquianos ou do norte de África. Mas o pior é que Veiga descura a enorme diferença no tipo de crime. Se um grupo de homens violar uma mulher na rua em Portugal, ou na Alemanha, a probabilidade de condenação não é só 14%. Nesses casos, não há dúvidas acerca do crime (2). No entanto, este tipo de crime é raro por cá. Na grande maioria das queixas por violação, o alegado violador é alguém próximo da vítima. Nesses casos, se não houver indícios claros de violência, não há como provar que o acto não foi consentido. Até é fácil de perceber que, quanto melhor a educação e o civismo prevenirem a violência contra as mulheres, menor será a proporção de crimes de violação fáceis de provar em tribunal e menor será a taxa de condenação por ser maior a proporção de casos em que é apenas a palavra de um contra a palavra do outro

Mas mais preocupante do que as estatísticas de Veiga é o que ela exige: «Vamos transformar a ligeireza em condenações duras e eficazes! O nosso país, toda a Europa, deve ser inflexível com qualquer acto de violência contra as mulheres [e condenar] todos os homens que ofendem física e emocionalmente, de forma irreversível, as nossas mulheres». Se Veiga exigisse o mesmo para qualquer outro grupo, fosse africanos, estrangeiros ou muçulmanos, seria imediatamente acusada de racismo e intolerância e o que mais viesse à mão. E com razão. Qualquer pessoa é inocente até se provar o contrário, qualquer que seja a sua raça ou credo. Excepto, parece, se for homem.

Em teoria, o feminismo luta pela igualdade de direitos. Em teoria, homens refugiados estrangeiros africanos muçulmanos cometerem crimes não justificaria condenar qualquer desses grupos. Isso seria mais uma discriminação a combater. É por isso que, em teoria, eu sou feminista. Infelizmente, na prática, o feminismo tende a guiar-se mais pela premissa de que os homens são maus e as mulheres são vítimas do que por qualquer ideal de igualdade. Não é o desejo de igualdade que faz gritar “discriminação!” quando se conta poucas mulheres em cargos de poder e não se liga a igual discrepância em trabalhos perigosos ou acidentes de trabalho (3). Também não é pela igualdade que se criminaliza propostas de teor sexual justificando que as mulheres têm medo dos homens. Ou que se enfatiza a violência contra mulheres quando dois terços das vítimas de crimes violentos são homens e o verdadeiro problema é a violência em si, seja qual for o sexo da vítima.

Eu sou feminista em teoria porque concordo inteiramente com o ideal da igualdade de direitos. Mas quero uma igualdade de iguais e não esta pseudo-igualdade desigual, discriminatória, injusta e até desonesta de feministas como a Patrícia Motta Veiga.

1- Capazes, Na Europa, violar uma mulher é quase legal
2- Um caso muito citado, com mais de 25 anos, foi o de duas turistas violadas no Algarve. Apesar dos juízes imbecis alegarem como atenuante o crime ter ocorrido “em plena coutada do chamado macho ibérico”, ninguém teve dúvidas acerca do crime e o violador foi condenado a quatro anos de prisão. Na coutada do macho ibérico, 25 anos depois.
3- Como nas forças de segurança, construção civil e afins. Três quartos das vítimas de acidentes de trabalho são homens. O site Mulher não entra, ironicamente criado por «três homens assumidamente "feministas" - a quem se juntou uma mulher», é outro exemplo deste “cherry picking”. Ou o alarido que houve há tempos por uma barbearia não admitir mulheres quando há anos que muitos ginásios não permitem a entrada de homens.

39 comentários:

  1. A CIÊNCIA DA SELECÇÃO ARTIFICIAL E A DOUTRINA DA CRIAÇÃO

    Os evolucionistas especulam sobre os efeitos criativos e construtivos das mutações aleatórias e da selecção natural.

    Para ilustrar este ponto, já Charles Darwin comparava a selecção natural com a selecção artificial.

    A verdade, porém, é que a evidência efectivamente colhida da selecção artificial dos cavalos, através do processo de domesticação, longe de ter efeitos evolutivos, tem um custo em acumulação de mutações deletérias que, longe de serem eliminadas por seleção natural, aumentam a sua frequência nas populações mais reduzidas.

    Isso sucedeu nos últimos milhares de anos, pelo que não seria de esperar melhores resultados ao longo de milhões de anos.

    Também a selecção artificial dos cães, ocorrendo dentro do mesmo género, não transforma cães noutro género diferente e mais complexo, tendendo a degradar e a eliminar a informação genética existente.

    A evidência realmente observada corrobora o modelo bíblico de criação recente seguido pela corrupção e dispersão pós-diluviana em que, dentro do mesmo género e a partir do mesmo potencial genómico, existe especiação, diversificação e adaptação, especializando, degradando e destruindo informação genética pré-existente.

    Ou seja, quando Darwin usa a selecção artificial como exemplo de evolução, ele está absolutamente errado. A seleção natural e artificial não cria informação genética nova, mas degrada e reduz a informação genética existente.

    Não é desse modo que se transforma partículas em pessoas mas sim, quando muito, pessoas em partículas.

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    1. Criacionista,

      Lá está outra vez com o vício de escrever sobre temas que nada têm a ver com o post. Há lá vícios do diabo... Deve ser efeito da tal corrupção e da degradação & tal... Nada que uma boa dose de calcitreta não resolva!

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    2. O ponto é sempre o mesmo: a corrupção do genoma é evidente em toda a parte. A evolução de um género para outro diferente e mais complexo tem sempre que ser imaginada..

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    3. Mas qual corrupção qual carapuça! A maior parte das mutações calha no lixo genético. Já chega, criacionista, não vê que já virou piada?

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  2. Uma notícia científica interessante mostrando que a única coisa que os cientistas observam é a degradação do genoma através da acumulação de mutações deletérias e não a evolução de novas e mais complexas estruturas e funções.

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  3. Um artigo científico recente mostra que os cientistas, no fundo, reconhecem que o genoma é um sistema inteligentemente programado e programável para codificar, armazenar e permitir a execução de informação biológica, corroborando a Bíblia quando afirma que a vida foi criada pela Palavra.

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  4. Os naturalistas, evolucionistas atribuem tudo ao nada, ao acaso, ao tempo e à irracionalidade,negando a priori a criação inteligente do Universo e da vida.

    No entanto, quando confrontam a realidade, são obrigados a reconhecer a existência de designs engenhosos, eficientes e surpreendentes na natureza, os quais, longe de refutarem a doutrina da criação, corroboram-na inteiramente.

    Depois dispõem-se a aprender com esses designs, acabando inadvertidamente por reconhecer (sem crer e sem querer) a elevada inteligência e competência do designer.

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  5. A CRIAÇÃO E A IGUAL DIGNIDADE DO HOMEM E DA MULHER

    A Bíblia afirma que o homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus, tendo por isso igual dignidade. Foi o primeiro texto na história universal a fazer semelhante afirmação.

    Platão e Aristóteles afirmavam que a mulher era um “macho imperfeito”, espiritual e racionalmente incompetente.

    Bem mais próximo de nós, Charles Darwin considerava que as mulheres, pelo seu cérebro mais pequeno, estavam mais próximas do macaco.

    Para ele, as mulheres constituíam um perigo para o progresso da civilização. Seria necessário esperar muito tempo para elas evoluírem para seres humanos completos e perfeitos.

    Charles Darwin admirava-se mesmo como é que homem e mulher, sendo tão diferentes, ainda podiam ser considerados da mesma espécie.

    Diferentemente da Bíblia, alguns dos primeiros darwinistas diziam que o homem e a mulher eram, respetivamente, "homo frontalis" e "homo parietalis", sustentando também eles que as mulheres estão mais próximas dos macacos.

    A verdade é que homem e mulher não se criaram a eles próprios nem criaram as suas próprias características.

    Nem tão pouco surgiram a partir de um imaginado e não observável processo de evolução de partículas para pessoas.

    Eles não são feitos à imagem dos macacos, mas sim à imagem de Deus, com pensamento abstrato, linguagem e criatividade.

    Eles coexistem com os “pithecus”, mas não são “macacos tagarelas”, como os evolucionistas se definem.

    Um homem é plenamente homem e a mulher é plenamente mulher. Mas o género humano é representado na sua plenitude por um homem e uma mulher.

    Esta afirmação teológica e antropológica coincide com os dados biológicos no terreno.

    Todos nós, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, condição social ou “orientação sexual”, recebemos 23 cromossomas de um homem e de uma mulher. Todos somos o fruto de um espermatozóide e de um óvulo.

    Todos somos o produto de um homem e de uma mulher.

    Daí a primazia que deve ser dada a esta relação, na igual dignidade e complementaridade que a caracteriza.

    É totalmente (bio-)lógico!

    Dignificar cada indivíduo, é dignificar os dois polos (masculino e feminino), da relação que está na base de cada um deles.

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  6. «[...]Charles Darwin considerava que as mulheres, pelo seu cérebro mais pequeno, estavam mais próximas do macaco.
    Para ele, as mulheres constituíam um perigo para o progresso da civilização[...]»

    Agradeço que indique a citação para tal afirmação. Se a não tem, agradeço que se retrate.

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    1. E se sim, isso não invalida a teoria da evolução em si, sendo apenas mais um momento infeliz da ciência e deste cientista em particular.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Daí não ver a pertinência dessa afirmação nem sequer neste contexto - isso são coisas do passado - nenhum cientista "evolucionista" pensa isso actualmente que se saiba

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  7. «[...]Dignificar cada indivíduo, é dignificar os dois polos (masculino e feminino), da relação que está na base de cada um deles.[...]»

    Que sorte a sua não ser uma das muitas espécies hermafroditas! Com a variedade que existe na Natureza, até pode escolher se prefere hermafroditas com autofecundação, hermafroditas com troca de gâmetas, ou ainda, hermafroditas ocasionais, assim como dizem os brasileiros tipo "gilete", dá para os dois lados!

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Já estou a ver que o criacionista não sabe ler! Em que parte do meu texto digo tal afirmação? Ou também obteve tal informação da Bíblia?

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  8. Sobre as alegadas capacidades superiores do homem relativamente à mulher, e os seus contributos para o progresso da civilização, Charles Darwin diz que os homens possuem...

    ". . . a higher eminence, in whatever he takes up, than can women—whether requiring deep thought, reason, or imagination, or merely the use of the senses and hands.

    If two lists were made of the most eminent men and women in poetry, painting, sculpture, music (inclusive of both composition and performance), history, science, and philosophy, with half-a-dozen names under each subject, the two lists would not bear comparison. We may also infer, from the law of the deviation from averages, so well illustrated by Mr. Galton, in his work on "Hereditary Genius" that . . . the average of mental power in man must be above that of women"

    Charles Darwin, The Descent of Man and Selection in Relation to Sex, New York: D. Appleton and Company.1896, p. 564.

    Nota: os criacionistas são anti-darwinistas porque se deram ao trabalho de ler e analisar criticamente Charles Darwin, coisa rara nos nossos dias.

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    1. Ainda não é a citação que como escreveu «[...]Charles Darwin considerava que as mulheres, pelo seu cérebro mais pequeno, estavam mais próximas do macaco.
      Para ele, as mulheres constituíam um perigo para o progresso da civilização[...]».

      Por essa vou calmamente aguardar.

      Quanto a esta nova citação, é o que se chama um ataque "ad hominem": ataca-se o homem e dessa forma, tenta-se minar a ideia que ele defende, i.é., a evolução.
      Além de ser uma falácia reles, é um principio básico que pelos vistos a moral criacionista não consegue deixar de repetir - é triste que depois destes comportamentos ainda se considerem donos e exemplos da moral.

      Mesmo que Darwin fosse um homem reles, mesquinho e pestilento (como muitos o são apesar de não serem biólogos!), ainda assim, a ideia da evolução valia por si só.
      De resto, concordo com a MissAtheist32: "Só um criacionista se lembraria de fazer uma afirmação tão irrelevante para os dias de hoje e para o legado de Darwin".

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    2. Referindo-se às mulheres, Darwin chegou a dizer, na sua autobiografia, que "uma esposa sempre seria melhor do que um cão".

      O problema é que o "legado de Darwin" é simplesmente que tentilhões continuam a dar tentilhões e iguanas continuam a dar iguanas nas ilhas Galápagos.

      Esse é, em rigor, o legado de Darwin que ainda pode ser observado.

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    3. Mais irrelevâncias e mentiras... Estes criacionistas são terríveis!

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    4. «Esse é, em rigor, o legado de Darwin que ainda pode ser observado.»

      Creio que está enganado. O legado, é o seguinte: passados mais de 150 da proposta da evolução, os "velhos do Restelo" ainda estrebucham e persistem com os mesmos e ainda mais "velhos" e ultrapassados argumentos.
      Nem com 150 anos de evolução os criacionistas evoluem. Permanecem no obscurantismo do séx. XII A.C. Ainda estão na idade do bronze, embora pelos vistos, apreciem as ferramentas da Ciência e da Tecnologia!

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  9. Não, os criacionistas são anti-darwinistas pois aquilo que ainda hoje os cientistas consideram como correcto a respeito das teorias de Darwin vai contra as crenças religiosas deles. Não precisa de dizer sequer que é anti-darwinista nesse aspecto, pois cientista ou leigo informado que se preze vai-se opor a isso. Só um criacionista se lembraria de fazer uma afirmação tão irrelevante para os dias de hoje e para o legado de Darwin.

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    1. Os criacionistas apenas lembram que Darwin nunca viu um chimpanzé e um ser humano a evoluir de um antepassado comum, tendo apenas imaginado isso.

      O que ele viu foi tentilhões a darem tentilhões..-.

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    2. Além disso, Darwin era racista, consisiderando que algumas "raças" estavam mais próximas dos macacos:

      "We have seen that with the lowest savages the people of each tribe admire their own characteristic qualities"

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    3. Sobre o "legado de Darwin", vale a pena citar o próprio Darwin no seu The Descent of Man, quando fala da seleção sexual.

      "The main conclusion arrived at in this work, and now held by many naturalists who are well competent to form a sound judgment, is that man is descended from some less highly organised form."

      Trata-se de pura especulação, já que o que observamos é que macacos e seres humanos são contemporâneos... ...além disso, encontramos fósseis de seres humanos e macacos..., como seria de esperar.

      "The grounds upon which this conclusion rests will never be shaken, for the close similarity between man and the lower animals in embryonic development, as well as in innumerable points of structure and constitution, both of high and of the most trifling importance,—the rudiments which he retains, and the abnormal reversions to which he is occasionally liable,—are facts which cannot be disputed. They have long been known, but until recently they told us nothing with respect to the origin of man."

      Darwin deduz a sua teoria de evolução a partir de um antepassado comum daquilo que designa como semelhanças entre seres humanos e macacos.

      Mas essas semelhanças por si só também corroboram um Criador comum, que criou macacos e homens, além de tudo o mais, para viverem na mesma Terra, respirarem o mesmo ar e alimentarem-se do mesmo alimento.

      Acresce que os macacos são muito diferentes do ser humano. Para além de andarem de quatro, nunca na FNAC encontraremos livros, instrumentos musicais, electrodomésticos, computadores, telemóveis, jogos, DVD's, consolas, etc., etc., produzidos por macacos...

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    4. Criacionista,

      «[...]já que o que observamos é que macacos e seres humanos são contemporâneos[...]além disso, encontramos fósseis de seres humanos e macacos[...]»

      Isto só é verdade para humanos modernos e macacos modernos; nunca foram encontrados fósseis de humanos modernos com macacos primitivos, ou macacos modernos com humanos primitivos.
      Sobre a classificação de fósseis humanos primitivos, os criacionistas são uma desgraça, e nem sequer se entendem entre eles, basta ver a lista de resultados em http://www.talkorigins.org/faqs/homs/compare.html

      «Mas essas semelhanças por si só também corroboram um Criador comum[...]»

      Por um lado sim; a questão é: tendo duas alternativas como saber a mais correta? O que propõe é ler um livro escrito com base em histórias pelo menos da idade do bronze, passadas oralmente de geração em geração.
      A alternativa da Ciência, é partir de uma base sem intervenção divina. Só forças e processos naturais.
      A navalha de Occam diz «[...]que a explicação para qualquer fenómeno deve assumir apenas as premissas estritamente necessárias à explicação do mesmo e eliminar todas as que não causariam qualquer diferença aparente nas predições da hipótese ou teoria.» (Wikipedia.
      No caso de uma criação divina, seria sempre necessário que existisse uma força sobrenatural, força essa que não podemos provar, nem sabemos como a demontrar: atrevo-me a afirmar que seria necessário um ser sobrenatural para provar que o sobrenatural existe! Para todos os efeitos, a evolução bate aos pontos a criação divina, ao não necessitar de qualquer demonstração do género.
      E é este o problema dos criacionistas, que mesmo depois de 150 anos, continuam com os mesmos velhos e caducos argumentos.
      Quando é que evoluem?

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    5. E não só, há também um padrão genealógico de semelhanças e diferenças - não apenas um conjunto de semelhanças e diferenças.

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  10. A FÉ AUTORREFURTANTE DO NATURALISMO

    O naturalismo é a crença filosófica segundo a qual o Universo e as suas leis físicas e químicas são tudo o que existe. Esta crença tem vários problemas.

    Em primeiro lugar, ela é impossível de validar intelectualmente.

    Se tudo o que existe é o resultado de leis físicas e químicas, então também a crença naturalista é o resultado de leis físicas e químicas, sendo impossível verificar a verdade dessa crença porque qualquer critério de verdade que pudéssemos pensar seria também o resultado de leis físicas e químicas.

    Seria um paradoxo idêntico ao famoso paradoxo do poeta cretense que afirmava que todos os cretenses são mentirosos.

    Daqui decorre que a crença no naturalismo é incompatível com a crença na razão, na medida em que esta postula a existência de um sujeito espiritual, mental e imaterial, não determinado pelas leis da física e da química, capaz de dirigir de forma intencional os próprios processos cerebrais de pensamento, gerando os seus próprios conceitos e ideias. Na verdade, se o naturalismo fosse verdade, nenhuma teoria científica faria sentido, porque todas elas eram o resultado de processos físicos e químicos.

    Qualquer critério de avaliação proposto seria também resultado dos mesmos processos.

    Em segundo lugar, a crença naturalista é impossível de validar empiricamente.

    Por um lado, não existe qualquer experiência científica que, no laboratório ou no terreno, prove que o Universo é tudo o que existe.

    Por outro lado, se o Universo e as leis da física e da química são tudo o que existe de onde é que eles surgiram? A lei da conservação da energia não admite o surgimento do Universo a partir do nada.

    Não havia processos físicos e químicos antes e para além do surgimento do Universo que pudessem ser causalmente responsáveis pela sua origem.

    Acresce que é impossível testar empiricamente se o Universo sempre existiu, ou se surgiu sem causa, sendo que as leis físicas da entropia, da conservação da energia e da causalidade militam contra essa possibilidade. Não faz sentido dizer que tudo o que existe é determinado pelas leis da física e da química e depois isentar desse processo o próprio Universo (que é tudo o que existe).

    Também aqui impera uma fé irracional e impossível de testar empiricamente.

    Em terceiro lugar, a crença no naturalismo viola absolutamente algumas propriedades observáveis do Universo.

    Desde logo, a vida depende de elevada quantidade e qualidade de códigos e Informação codificada e estes são sempre o produto de uma inteligência, sendo irredutíveis às leis da física e da química. As leis da física e da química não criam sequências de símbolos com significado operacional.

    Por outro lado, a estrutura do Universo e o método para a sua compreensão intelectual obedecem a princípios lógicos e matemáticos universais e intemporais que não estão dependentes das leis da física e da química.

    Diferentemente, a crença num Deus espiritual e racional, criador do Universo, do Homem e da vida, é inteiramente consistente com a regularidade do Universo, com a racionalidade do Homem criado à Sua imagem, com os códigos e a Informação de que a vida depende e com a viabilidade e racionalidade do conhecimento científico. Ela é plenamente racional e autoconsistente.

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  11. Os estudos científicos mais recentes mostram que as zonas consideradas não funcionais do genoma, e explicadas como vestígios da evolução, constituem afinal elementos funcionais essenciais à regulação da expressão genética, o que corrobora inteiramente a crença na sua criação intencional e (hiper-)inteligente.

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    1. Onde é que nesse artigo fala de «[...]zonas consideradas não funcionais do genoma, e explicadas como vestígios da evolução [..]»? O artigo nem sequer é sobre evolução...

      E onde é que o artigo conclui que "[...]corrobora inteiramente a crença na sua criação intencional e (hiper-)inteligente.»? É um caso flagrante de falácia do tipo "non sequitur", tira uma conclusão que nada tem a ver com o argumento apresentado!

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    2. Mas isso já é costume nele...

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    3. Se pesquisar o que está para trás verá que este comentador se chamava a si próprio perspectiva e era uma completa anedota. Certa vez, farta das tretas dele do "código inteligente" e da "informação codificada tem que vir de deus" mandei-o representar uma molécula de DNA - ligações químicas duplas cada uma no seu lugar correcto, ligações fosfodiéster, tudo bem feito para ele ver que são moléculas e que vão reagir com outras moléculas, pois o que ele chama de código aqui pode ser considerado um "código", mas num sentido mais lato e esse tipo de código não necessita de inteligência para existir (não é uma correspondência arbitrária como 1 corresponde a "um" ou um código como o código Morse). Sabe o que é que ele fez? Apresentou um vídeo (do discovery institute se não me engano) em que as bases do DNA eram representadas por letrinhas... para demonstrar que aquilo era um verdadeiro código...

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    4. Hoje todos reconhecem a existência de uma rede de comunicação dependente de informação codificada no DNA, o que corrobora inteiramente um Criador (hiper-)inteligente!


      O que eles dizem:

      "One of the big questions for which there is still no clear answer in biology is how, based on the four universal LETTERS that make up DNA, it is possible to generate such different organisms as a fly or a human, or the different organs and tissues they comprise.

      In recent years, researchers have discovered that the SYSTEM is much more complicated than was originally thought.

      The LETTERS are important, but histones and nucleotide chemical modifications can make up GENETIC INSTRUCTIONS to reinterpret the INFORMATION CONTAINED IN THE DNA. Reinterpretation of GENETIC INSTRUCTIONS can lead to the development, for example, of an eye or the pancreas in the embryo. Alterations of this make up of the DNA CODE can also be linked to pathological processes and to the appearance of diseases, such as cancer."

      Os evolucionistas bem tentam negar o código e a informação codificada, porque são evidência clara de design inteligente.

      Mas eles estão à vista de toda a gente e não se deixam ignorar.



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    5. Eu não disse?
      Aqui está a prova, nem precisa de ir lá atrás.
      Lol

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  12. Bem sei que o tema já é velho, mas deu-me uma súbita inspiração: http://allthatmattersmaddy32b.blogspot.pt/2016/01/a-perspectiva-do-codigo.html

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    1. Onde está o botão do like? Hummm... lá se foi o design inteligente :P

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  13. Ludwig,

    Plenamente de acordo com o post. Não discordamos em tudo. Também me considero nessa medida um feminista.

    Defendo a dignidade das mulheres e o reconhecimento das igualdades e diferenças. Sou contra a teoria rebaixadora que faz das mulheres as vítimas coletivas de um mundo que as oprime ao longo da história. Mas reconheço obviamente os episódios de opressão e os casos presentes de opressão e/ou descriminação (negativa).

    As mulheres não são uns fantoches dos homens. O mundo que temos hoje foi tão construído por mulheres como o foi por homens, nas coisas boas e nas coisas más (com casos pontuais de maior ou menor influência da parte de uns e de outros).

    Aquele ditado é bem verdade: por trás de um grande homem há sempre uma grande mulher. Eu acrescento: Para o bem e para o mal.

    Menos do que isso é inferiorizar as mulheres, vitimizá-las, não reconhecer que são tão influentes como os homens na Humanidade.

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  14. Mais uma notícia interessante sobre o código, a informação e a linguagem da vida.

    O que eles dizem:

    "Local modifications in histone proteins alter DNA PACKING DENSITY in the cell nucleus to REGULATE gene activity. They also form the basis of a CODE in which the significance of a given PATTERN or MOTIF depends on its broader CONTEXT."

    "We therefore assume that not only the individual acetylated site but also the PADRÃO of acetylations is of functional SIGNIFICANCE,"

    Os evolucionistas bem tentam desvalorizar a presença de códigos e informação codificada no genoma, mas eles não se escondem.

    Nas descrições do DNA encontramos termos como:

    CÓDIGO, INFORMAÇÃO, LETRAS, PADRÕES, MOTIVOS, CONTEXTO, REGULAÇÃO, FUNÇÃO, SIGNIFICADO, etc.

    Ou seja, tudo termos que corroboram o que a Bíblia diz: a vida foi criada pela RAZÃO e pela PALAVRA.

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    1. Criacionista,

      «[...]Os evolucionistas bem tentam desvalorizar a presença de códigos e informação codificada no genoma, mas eles não se escondem.[...]»

      Quando faz acusações, convinha que incluísse referências. Eu nunca ouvi falar de um Biólogo que não reconheça que existe informação no ADN.
      Também sempre vi defender a ideia de que o ADN não um código como por exemplo o programa de um computador ou algo do género. Essa analogia usa-se para ser perceptível para a maior parte das pessoas, mas desenganem-se quem achar que são similares: não o são de base, nem na estrutura, nem na função. Só quem não perceber de um (ADN) ou de outro (código informático) é que pode fazer tal confusão!

      Finalmente, onde é que a Bíblia tem alguma referência a código genético? Ou sequer como é que funciona?
      Mais uma vez, é o mesmo erro de sempre: tira conclusões sem que tenha base para tal.
      Quando é que vai aprender?

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