sexta-feira, novembro 22, 2013

O caso Pepsi.

A Pepsi sueca fez um anúncio com um boneco do Ronaldo amarrado à linha do comboio, o que gerou uma onda de protestos nas internets portuguesas. Em resposta, surgiu também um número considerável de críticas a esses protestos por darem demasiada atenção a insignificâncias na Suécia em detrimento do que se passa por cá. O diagnóstico consensual foi de que os portugueses não prestam atenção ao que importa porque, como escreveu o Raúl Santos, andam com «a cabeça [...] dentro do cú»(1). A página contra a Pepsi consegue 140 mil “likes” nos primeiros dias (2) quando «uma petição [da DECO para] acabar com as taxas injustas e imorais que os bancos cobram» teve apenas 81 mil assinaturas. «Hoje soube-se que o governo vai arcar com uma dívida de 17 milhões de Euros, que era do Luís Filipe Vieira ao BPN» e não há protestos. O diagnóstico do Raúl, como vários outros que tenho lido, é que as pessoas estão alheadas da realidade, que «não damos valor absolutamente NENHUM ao que é nosso» e que «queremos é futebol, imperial e tremoços.»(3)

Concordo que há aqui um problema e, quando comecei a ver várias pessoas a defender que a causa deste problema é a indiferença, insensatez ou mesmo cegueira generalizada do nosso povo até me pareceu que poderia ser essa a explicação certa. Afinal, entre os que votaram enganados e os que nem votaram, foi a maioria que contribuiu para termos este governo. Mas alguma experiência a lidar com pessoas iludidas fez-me estranhar a ausência de contraditório. Não vi ninguém a tentar justificar preocupar-se mais com o Ronaldo do que com a corrupção ou o estado em que o país está. Talvez porque não é essa a causa.

Há outra diferença entre a Pepsi e os 17 milhões de dívida do Luís Filipe Vieira, as comissões dos bancos ou o estado da nação. Castigar a Pepsi é fácil. Basta não beber mais desse refrigerante, um sacrifício modesto, e os accionistas recebem menos dividendos. Os outros problemas são mais graves mas é mais difícil cada um de nós agir contra os responsáveis. Podemos protestar, mas muita gente já começou a ver que ir para a rua fazer barulho preenche tempo no noticiário mas não tem grandes efeitos. Os 140 mil “likes” na página contra a Pepsi não são um protesto vazio como seriam 140 mil “likes” contra as comissões bancárias ou o Luís Filipe Vieira. No caso da Pepsi, a página é apenas um sinal visível de 140 mil pessoas a deixar de beber Pepsi. É esse protesto que é eficaz.

Também seria possível protestar contra a corrupção, o governo ou as comissões dos bancos de forma tão eficaz como este protesto contra a Pepsi. Só que, nesses casos, um protesto que os visados não pudessem ignorar exigiria medidas muito mais drásticas do que deixar de comprar refrigerantes de certa marca. Por exemplo, se cada pessoa pegasse num tijolo e partisse os vidros à agência bancária mais próxima os bancos certamente prestariam mais atenção do que a uma página com não sei quantos “likes”. Mas, naturalmente e ainda bem, há uma grande relutância da parte de qualquer pessoa normal em tomar este tipo de medidas. Esta parece-me ser a explicação mais plausível. O que leva mais pessoas a protestar em defesa do Ronaldo do que em defesa da justiça ou da decência nas contas públicas não é burrice nem apatia. É a natureza do protesto. No primeiro caso o protesto eficaz é fácil e, por isso, facilmente um grande número de pessoas alinha. Nos outros casos ou se protesta de forma socialmente aceitável e de nada serve ou, para ser um protesto eficaz, é preciso tomar medidas demasiado drásticas que não se justificam a não ser em situações extremas.

O que é preocupante é que, em Portugal e pela Europa, os políticos, a mando dos banqueiros, têm esticado cada vez mais a corda. Talvez muitos julguem que o povo anda iludido, desinteressado ou apático. Mas casos como este da Pepsi sugerem uma possibilidade diferente. As pessoas percebem o que se passa e estão dispostas a agir mas percebem também que, em muitos casos, as medidas eficazes terão de ser violentamente drásticas. Por isso, nesses casos, não agem. Não querem protestar em vão mas também não querem desatar a partir tudo. Por enquanto. Essa é a parte mais preocupante. Se a situação continuar a degradar-se e a pressão sobre as pessoas não deixar de aumentar, eventualmente o desespero será mais forte do que a relutância. Se quem está no poder assumir que a passividade se deve a falta de inteligência ou de percepção estará à espera de um lento acordar que talvez possa ser manipulado pela propaganda do costume. Por isso, não andará muito preocupado com os efeitos sociais da austeridade e de outras roubalheiras. Mas se esse modelo estiver errado a resposta não será gradual. Será súbita e explosiva. E, quando ocorrer, como aconteceu à Pepsi, será tarde demais para resolver o problema pedindo desculpas e prometendo mudar de rumo.

1- Raúl Santos, Pepsi, Cristiano Ronaldo e os Portugueses
2- Facebook, Nunca mais vou beber Pepsi
2- Raúl Santos, (Facebook)

13 comentários:

  1. Óptima leitura, como sempre, e faz sentido. Espero sinceramente que seja esse o motivo para a aparente apatia, ainda que venha com o aviso de perigo do que pode vir a passar-se quando o povo explodir de vez.

    Deixo apenas uma nota, que já referi noutros comentários no Facebook: eu não preferia que as pessoas pusessem "likes" em campanhas anti-taxas dos bancos, ou anti-acordo ortográfico, ou anti-qualquer outra coisa. Acho que damos demasiada importância ao Facebook e ao número de "likes" que uma página tem, entre outras coisas. Para bem e para mal, acaba por ter o seu peso mas a verdade é que acções reais têm muito mais efeito do que carregar num botão azul com uma imagem de um polegar - e era isso que eu preferia ver o povo a fazer: acções reais.

    Infelizmente eu não sei que acções poderiam ser essas, para além das pequenas e óbvias, e se calhar a razão é precisamente o ser preciso chegar à violência para que as coisas sejam levadas a sério. Gosto de pensar que não e que ainda dá para dar a volta a isto sem termos que cortar algumas cabeças mas de vez em quando dá vontade de sair à rua de forquilha na mão.

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  2. As reacções desencadeadas pelo anúncio dessa marca confirmam os resultados dos estudos sobre os efeitos da publicidade no desporto.

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    1. Jónatas Machado, neste caso o comentário não é sobre religião nem biologia, mas continua a ser um exemplo de como cometes erros básicos de raciocínio.

      Um único caso, como das publicidades da Pepsi, não confirma nem refuta generalizações - é o 101 de lógica e estatísticas!

      Ainda por cima, neste caso em particular, é especialmente estúpido porque trata-se de uma publicidade claramente antagónica ao grupo opositor: sugestões de agressões a um jogador da equipa opositora. Um outro factor poderia ser a mensagem agressiva dos anúncios. Além disso o artigo não diz nada sobre reacções desse tipo: apenas que a marca fica associada de forma negativa. A reacção não foi de outros publicidades.

      Assim poderia-se confirmar praticamente tudo: o caso de OJ Simpson confirma que todos os negros são criminosos, o facto de eu ter uma mala preta confirma que todas as malas são pretas. Poderia dar um pontapé em pessoas que vissem um copo branco que tenho na mão, concluindo que as pessoas reagem de forma negativa quando vêem o copo. É como a anedota onde se conclui que a aranha fica surda quando lhe são retiradas as patas todas, já que não andam quando é pedido. Assim, não era preciso usar o método científico. Era só encontrar um exemplo para confirmar uma tese.

      Criaste algum personagem para fingires que tens problemas de raciocínio elementar?

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  3. Parece-me é que há gente que está a ver a coisa à distância e está a preparar as leis e os sistemas para que quando as pessoas se quiserem revoltar já seja tarde de mais.

    A Liberdade na internet está sob ataque: já nos invadem a privacidade indevidamente, mas estão a tentar aprovar tratados que, a coberto do ataque à "pirataria" permitem controlar tudo o que é colocado na internet -> https://openmedia.org/censorship?utm_source=131114blast&utm_medium=email&utm_campaign=tppleak

    Nos EUA o uso indiscriminado de "drones" para espiar ou matar, sem julgamento nem escrutínio, mesmo cidadãos norte-americanos vem sendo a regra, enquanto o conceito de «due process» se torna coisa do passado (http://en.wikipedia.org/wiki/National_Defense_Authorization_Act_for_Fiscal_Year_2012). Quem mandou torturar não foi perseguido judicialmente, e portanto o terreno está aberto para quem quiser implementar a tortura em território nacional (em vez de "exportar" prisioneiros como fazem actualmente). Ao invés, persegue-se judicialmente quem denunciou crimes de tortura dos colegas ( http://esquerda-republicana.blogspot.pt/2013/01/preso-por-denunciar-crimes.html ).

    No Reino Unido estão a desenvolver tecnologia lazer para "cegar" temporariamente (certamente não sem danos) os manifestantes -> http://www.youtube.com/watch?v=TmBLfWA73OM

    Na Grécia decidiram ilegalizar críticas à UE e ONU (http://actuwiki.fr/politique/37794/). Na UE decidiram contratar milhares de pessoas para influenciarem a opinião "internética" nos fóruns a favor da UE -> http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/eu/9845442/EU-to-set-up-euro-election-troll-patrol-to-tackle-Eurosceptic-surge.html

    Em Espanha - agora mesmo - vão aprovar multas para quem tentar convocar protestos via twitter em frente ao parlamento (http://www.eldiario.es/politica/multa-convocar-protesta-Twitter-Congreso_0_198430170.html), e para quem filmar a actuação da polícia (boa maneira de suprir formas caso esta reprima os manifestantes de forma ilegal) -> http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=3540360

    Em Portugal os ataques à liberdade continuam em ritmo acelerado:

    http://esquerda-republicana.blogspot.pt/2012/12/compilacao-incompleta-de-ataques.html

    Mais recentemente, decidiram reforçar os poderes e privilégios da polícia política, em prejuízo dos tribunais ( http://www.publico.pt/politica/noticia/psdcds-querem-maior-fiscalizacao-no-segredo-de-estado-1613142 http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=92843 http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=92869 )

    Notem que isto não são teorias da conspiração: são tudo notícias de jornais/televisões de referência (ou posts com links para notícias de jornais/televisões de referência).

    Ou ACORDAMOS antes que seja tarde, ou estamos lixados.

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  4. Ludwig

    Podemos também esperar de ti uma súbita e explosiva reacção às medidas de austeridade, começando tu a partir tudo, ou ficarás na bancada aplaudindo e gritando "parte! parte!"? Ou não te consideras parte do povo?

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  5. Nós estamos globalmente metidos num buraco do canudo.

    As seguranças sociais foram pensadas para famílias com muitos filhos e esperança média de vida.

    Os cuidados de saúde cada vez são mais caros e eficazes. Disseram-me que a sobre-vida média no IPO quando abriu nos anos setenta era de seis meses e agora vai em 12 anos.

    As novas tecnologias extinguiram imensos postos de trabalho intermédios.

    As condições de vida e as estruturas necessárias ( auto-estradas, hospitais, electricidade e internet na aldeia mais remota, etc e etc) são cada vez mais caras.

    Os ordenados tiveram de sofrer aumentos para aguentarem o estilo de vida a que as pessoas se habituaram.

    Que for mais antigo, como eu, lembra-se do Porto e Lisboa estarem pejadas de barracas e de casas de habitação em estado tal que agora eram abertura de telejornal, hospitais só no Porto e Lisboa, eram as sopeiras de 10 anos vindas da província. Província onde se trabalha regra geral pela comida.

    Durante os anos os países mais ricos foram injectando aqui dinheiro. Agora por muitas e variadas razões deixaram de o fazer.

    Podemos chamar nomes aos políticos, dizer mal da Merkel e até partir umas montras e virar uns carros.

    A verdade é que a festa acabou e vamos ter que recuar um grande pedaço.

    Não voltaremos certamente aos anos sessenta mas temos de voltar um bom bocado para trás.

    Até porque contra factos não há argumentos:

    Quem não tem dinheiro não tem vícios.

    Este é o problema de fundo. O resto são cantigas.

    Claro que os credores vão ter de ter paciência porque nós no fundo não temos bens que possam ser levados. Não vão por rodas na Vasco da Gama e levá-la.

    Mais ou menos não vamos ficar assim tão mal. As estruturas estão feitas. Melhor que os do Leste da Europa que nem à fase das estruturas chegaram.

    O que eu acho é que se calhar isto ainda acaba mal porque quando povos recuam muito a coisa acaba sempre em guerra ou ditadura.

    Nenhuma das perspectivas me parece muito agradável.

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    1. Sousa da Ponte,

      Portugal levou com a austeridade e tal, mas mais não é do que um caso extremo daquilo que se passa nos países ricos, como podes ver pelas hiperligações que coloco acima sobre os ataques à liberdade em todo o mundo desenvolvido, desde os EUA (onde o que está a acontecer rivaliza com (supera?) a caça às bruxas do Mccartismo), passando pelo Reino Unido, Grécia, Espanha, e poderia pôr hiperligações piores sobre a Hungria e por aí fora.

      A "festa" que acabou não é porque não há dinheiro. Hoje há muito mais dinheiro, muito mais riqueza, do que aquela que existia. O estado social era mais que sustentável há uns anos atrás quando a ameça comunista era uma realidade e a extrema direita na figura do eixo (nazis alemães, fascistas italianos, imperialistas japoneses) tinha levado uma traulitada que pôs essas ideologias umas boas décadas debilitadas - não por acaso as décadas nas quais a prosperidade das pessoas comuns mais aumentou.

      Warren Buffet diz que existe uma guerra de classes e a classe dele está a ganhá-la. E tem razão, desde os anos 80, com Reagan e Tatcher, que as pessoas comuns são roubadas para que os poderosos fiquem mais poderosos.
      (http://1.bp.blogspot.com/-d-21MI9Engs/TmttTW9Gw1I/AAAAAAAAAVo/aRlK14cf6WE/s1600/04reich-graphic-popup.jpg)
      O sector financeiro ganha durante anos e anos, e quando rebenta com a economia acaba por ficar a rir-se e fortalecer o seu poder. A compra de políticos (via contribuições de campanha, etc..) está cada vez mais fácil, há menos obstáculos à concentração de meios de comunicação social, e mais dinheiro para pagar a "think tanks" da "sociedade civil" e outras campanhas de propaganda, e assim usar os estados como ferramentas contrárias ao bem comum, contrárias à vontade popular, contrárias à liberdade das pessoas.
      Como explicas que os combustíveis fósseis sejam subsidiados em 523 mil milhões de dolares? Estes subsídios, que recolhem um repúdio transversal ao espectro político ideológico (a direita que não gosta de distorções ao funcionamento dos mercados; a esquerda que não simpatiza com subsídios à petrolíferas quando falta ao estado social - 80%-90% dos eleitores contra estes subsídios de acordo com as sondagens) equivalem a quase 7 (sete!!) resgates a Portugal, sendo que o resgate foi um programa a vários anos, e estes subsídios acontecem todos os anos. Sendo que o dinheiro do resgate é devolvido com juros generosos que estão a destruir a nossa economia, e o dinheiro destes subsídios é perdido.
      A UE não nos faz favor nenhum com o resgate da Troika. Países que se financiam a cerca de 0% emprestarem a juros simpáticos com um risco muito menor que o dos instrumentos típicos do mercado (em caso de default a dívida à troika tem prioridade sobre os outros credores) é um excelente negócio, não é caridade.
      Favor é o que é feito às petrolíferas, aos bancos, aos poderosos deste mundo, numa base diária.

      A dúvida é se a festa destes vai continuar, ou vai haver resistência.

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  6. Caro Sousa da Ponte,

    Para complementar o que disse o João Vasco, acrescento que o argumento de que vivemos acima das nossas possibilidades e que por isso é necessário recuar, tenha ele maior ou menor fundamentação económica e suporte empírico, está a servir para alavancar um objectivo claro: reajustar a sociedade portuguesa e habituá-la a um Estado mais autoritário e menos garantista.

    Senão vejamos. Tudo o que este Governo fez baseou-se na necessidade de baixar a despesa. Tudo. Aparentemente não há visão de Estado, estratégia, ideias políticas que não a de arrumar as contas por causa da "pesada herança" da dívida e da reputação perante os "mercados financeiros". Digo aparentemente porque, pelo menos para mim, há uma que não se quer mostrar.

    Isso vê-se na forma como têm sido privatizadas empresas públicas sem que o devido processo fosse acautelado. Como os apoios sociais e a regulaçºao têm sido sucessivamente caracterizados como um problema de despesa, insustentabilidade e inércia, e nunca, nunca como uma das atribuições de um Estado moderno.

    Vê-se também na forma como se tem insistido em propostas de lei ou orçamento à partida claramente inconstitucionais. Se o objectivo não é meter a cunha de uma revisão constitucional, então o nosso Governo não é só incompetente como terrivelmente ingénuo. E se é possível acreditar na primeira hipótese, na segunda não tanto.

    Uma crise económica e financeira foi o pretexto ideal para muitas ideias da direita poderem ser finalmente postas em prática.

    E o que vem aí não me parece nada bom. Desde que os nossos pensadores se aperceberam da morte do nacionalismo nos finais do século XIX (entendido como factor de identidade nacional e não como uma ideologia autoritarista a que essa crise deu origem, já em inícios do século XX) que andamos às aranhas sobre o que fazer com o Estado.

    O último fôlego foi o Estado Social. Daqui para a frente, já nada sobra para os Estados. Se tudo correr bem para a direita, em breve viveremos numa espécie de feudalismo corporativista onde quem quer, não só pode como manda.

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  7. Raúl,

    «Infelizmente eu não sei que acções poderiam ser essas»

    Penso que isso resume bem o problema de muita gente. No caso da Pepsi, excepcionalmente, a resposta é fácil.

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  8. António,

    «Podemos também esperar de ti uma súbita e explosiva reacção às medidas de austeridade, começando tu a partir tudo, ou ficarás na bancada aplaudindo e gritando "parte! Parte!"?»

    Depende. Como qualquer outro, algures tenho o tal limite que leva a medidas extremas se for ultrapassado.

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  9. Sousa,

    O “mais caro” não é apenas um gasto. Do outro lado é um rendimento. O problema não é o dinheiro faltar mas o dinheiro estar a acumular-se nos muito ricos pela forma como controlam o governo. Nota o efeito que a austeridade teve nos milionários portugueses...

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  10. Ludwig,

    Espero que ainda estejas longe dos teus limites. Para teu bem e dos outros, dado que como és judoca antes de te partirem a cabeça, partirias umas quantas.

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