sábado, agosto 31, 2013

O argumento cosmológico.

O Bernardo Motta gosta muito deste argumento que, alegadamente, demonstra a existência do deus preferido do Bernardo Motta. A parte explícita deste argumento é assim (1):

«Premissa 1. Tudo o que começou a existir tem uma causa
Premissa 2. O Universo começou a existir
Conclusão: Por "modus ponens" das premissas 1 e 2, o Universo tem uma causa.»


A parte implícita é que essa causa é Deus, Pai todo-poderoso, e Jesus Cristo, seu único Filho, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, que nasceu da Virgem Maria, morreu e ressuscitou, e mais uma data de coisas cuja inferência destas premissas não se consegue justificar. Mesmo que este argumento fosse sólido, não se podia concluir que o Universo teve sequer um criador inteligente e, na verdade, o argumento não é sólido porque as premissas não são aceitáveis na forma que suportaria a conclusão.

Segundo o que sabemos da física moderna, há coisas que começam a existir e que não têm causa. O Bernardo diz que é um erro «tomar a materialização de partículas subatómicas a partir do vácuo quântico como um exemplo de algo surgir do nada» porque «o vácuo quântico não é "nada"». Mas o que está em causa não é a semântica do termo “nada”. O facto é que há coisas que começam a existir e que não têm causa. Logo, a primeira premissa é falsa. Mais do que isso, para que a primeira premissa suporte a conclusão que o Bernardo deseja, não pode afirmar apenas que cada coisa que começa tem a sua causa. Precisa que tudo – todo o universo – tenha, em conjunto, uma só causa. Mas mesmo que todas as coisas tivessem causas, não se poderia assumir que o conjunto de todas as coisas teria uma causa. É a diferença entre as árvores surgirem de sementes e toda a floresta surgir da mesma semente. O Bernardo menciona esta falácia da composição mas, pelo que escreve, não parece ter percebido o problema. Limita-se a afirmar que «É simplesmente absurdo defender que algo pode surgir absolutamente do nada», o que é irrelevante. Para mim, também me parece absurdo que a Terra distorça o espaço-tempo porque nem consigo imaginar como é que o espaço-tempo pode ser distorcido. No entanto, seria presunçoso assumir que nada no Universo pode estar além da minha capacidade de o compreender. Se é absurdo, azar nosso.

A segunda premissa também é falsa. É verdade que o Universo – pelo menos esta bolha de espaço-tempo em que vivemos – dura há tempo finito. Pouco mais de treze mil milhões de anos. Mas o Bernardo precisa que o Universo tenha tido um começo no sentido de haver um instante antes do Universo surgir, depois o instante em que o Universo surge e, a partir daí, Universo até hoje. Só nessas condições é que podemos falar de causalidade porque a causa tem de preceder o seu efeito. Mas como o Universo inclui o espaço-tempo, é evidente que não podia haver um “antes do Universo”. Pode nem sequer ter havido um começo para o Universo. Segundo Hartle e Hawking, por exemplo, o tempo só se separou do espaço com o Universo já formado, pelo que o Universo tem uma duração finita mas não um começo no tempo. Matematicamente, o tempo em que o Universo existe é um intervalo aberto no limite inferior (2). Seja como for, não há aqui um começo ao qual se possa aplicar o conceito de causa.

O Bernardo defende que há algo eterno, fora do espaço e do tempo, do qual o Universo surgiu. Isso é também o que a física moderna defende. O tal “vácuo quântico” é eterno e está fora do espaço e do tempo. Não teve início nem terá fim. E foi daí que o Universo surgiu. O problema do Bernardo é que, não fazendo sentido rezar ao vácuo quântico, pedir-lhe favores, louvar o seu nome ou assumir que ele guia o Papa de forma infalível, precisa de inventar uma causa para o Universo. Que nem pode ser uma causa qualquer. Tem de ser uma pessoa inteligente que não só ama o Bernardo mas que também se preocupa com as nossas crenças, a nossa vida pessoal e até o que fazemos na cama. Como as próprias noções de causalidade, tempo e começo que aplicamos ao que acontece dentro do Universo não se podem aplicar ao Universo como um todo, o argumento cosmológico nem sequer este primeiro passo consegue justificar. Quanto ao resto, já nem sequer é equívoco. É pura fantasia.

1- Bernardo Motta, Objecções ao Argumento Cosmológico "Kalam"
2- Wikipedia, Hartle-Hawking state

41 comentários:

  1. O problema de encher nada com deus para ter um universo que não vem do nada é este:

    É que em vez de explicar o universo com as coisas mais simples que podemos demonstrar, optamos por explicar com a coisa mais incrivel que podemos imaginar, desde que nos faça felizes por isso.

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  2. Isto no fundo é uma questão semântica.

    Se o Universo for definido como o conjunto de tudo o que existe então Deus, se existir, é parte do Universo.

    Podemos é definir o Universo como tudo o que existe, excepto isto, aquilo e aqueloutro.

    Podemos definir o Universo como o conjunto de tudo o que existe excepto Deus.

    Depois definimos Deus como não causado e ás pintinhas cor de rosa.

    E fica tudo bem.

    Deus é exterior ao Universo por definição, é não causado por definição e tem pintinhas cor de rosa igualmente por definição.

    No fim coloca-se o q.e.d. e fica provado.

    A mim, com excepção das pintinhas cor de rosa, não me convence por aí além.

    Parece-me mais um jogo de palavras.

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  3. «Mas o que está em causa não é a semântica do termo “nada”.» Pois. Mas de qualquer maneira, o nada "vácuo quântico" parece ser o nada que se adequa à realidade que os físicos tentam descrever e o nada filosófico parece ser o nada inventado pelas pessoas porque não dão para mais.

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  4. Ludwig Krippahl,

    «Segundo o que sabemos da física moderna, há coisas que começam a existir e que não têm causa.» Presumo que esteja a referir-se ás partículas virtuais?

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  5. PROBLEMAS COM A TEORIA DE FLUTUAÇÃO QUÂNTICA DO LUDWIG

    O Ludwig tem fé na origem de todo o Universo a partir de uma espuma instável de energia e partículas potenciais, sem causa.

    No entanto, esta “teoria” tem demasiados problemas para ser levada a sério.

    1) É impossível testar a origem do Universo por esse modo em laboratório ou no terreno porque quer o laboratório quer o terreno são parte do Universo existente.

    2) Tendo em conta a lei da conservação da energia, toda a energia do Universo teria já que estar presente no início, porque a energia não se cria a ela própria do nada, o que mostra que a teoria não explica a origem do Universo.

    3) Uma flutuação quântica nunca produz algo a partir do nada sem causa, limitando-se apenas a converter energia em massa e massa em energia, sem violar a lei da conservação da energia.

    4) Uma flutuação quântica supõe a existência de energia com potencial matéria/anti-matéria, devendo conter a energia equivalente às cerca de 200 mil milhões de galáxias conhecidas no Universo, cada uma contendo cerca de 100 mil milhões de estrelas. Como e de onde surgiu essa energia toda?

    5) Tendo em conta a lei da entropia, essa espuma instável deveria ter mais ordem do que a existente actualmente, não se compreendendo como poderia ir da desordem para a ordem em todo o Universo.

    6) Os vácuos não são vazios. Eles são campos energéticos cheios de pares de partículas reais (v.g. eletrões e positrões, quarks e anti-quarks) continuamente a aparecerem e a desaparecerem, com longevidades curtíssimas.

    7) Os campos energéticos e as partículas subatómicas (actuais e potenciais) já existem no Universo em que existimos, e mesmo o vácuo tem que ser circunscrito no Universo existente.

    8) No nada absoluto e primordial não existia sequer espaço, vácuo, energia e partículas actuais e potenciais.

    9) Nas experiências de colisão de partículas, as partículas de matéria e anti-matéria tendem a surgir em quantidades iguais, aniquilando-se umas às outras, revertendo para energia, pelo que a origem do Universo por esse processo seria fisicamente impossível.

    10) A duração dos eventos quânticos é inversamente proporcional à massa do objecto, o que torna inviável a ocorrência de um evento cosmológico quântico dessa magnitude.

    11) A duração de um evento quântico da dimensão do Universo seria de 10^-103 segundos. Ou seja, ninguém iria ter tempo para reparar!

    12) Para o Universo expandir, a partir de uma singularidade nascida de uma hipotética “espuma instável” (como diz o Ludwig) e conseguir manter-se estável durante os supostos 13,5 mil milhões de anos da sua existência, seria necessário garantir um equilíbrio entre as diferentes forças (v.g. gravidade/expansão) com uma sintonia precisa estimada, pelo astrofísico Alan Guth, em 1 em 10^55.


    Ou seja, o Ludwig quer que os criacionistas deixem a sua fé, corroborada pela revelação através da Bíblia, do povo de Israel e de Jesus Cristo, realidades historicamente incontornáveis, e adoptem em vez dela a fé do Ludwig numa fantasiosa e hipotética “espuma instável” da qual, milagrosamente, e sem causa, todas as coisas teriam resultado!!


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  7. A CIÊNCIA DOS VÁCUOS QUÂNTICOS E A CRIAÇÃO RACIONAL DO UNIVERSO

    O Ludwig diz, sem poder testar isso (!), que os vácuos quânticos são eternos e deles tudo resultou.

    Um dos problemas desta afirmação é que a mesma não explica a origem do Universo, na medida em que os vácuos quânticos são partes integrantes do Universo que existe!

    Eles não explicam como é que do nada surgiu alguma coisa, porque eles são alguma coisa (cuja origem é necessário explicar).

    Longe de serem “nada”, os vácuos quânticos, feitos de energia, contém pares virtuais de partículas com valores energéticos, aparecendo e desaparecendo, de maneira efémera, que podem ser convertidas em partículas de luz detectáveis (fotões).


    Ou seja, os vácuos quânticos existentes no Universo não explicam a origem da energia, na medida em que eles são já energia.

    Na verdade, eles são estados complexos de campos quânticos plenos energia dotados de propriedades físicas

    Longe de serem eternos e infinitos, tudo indica que os vácuos quânticos, contêm um número limitado de partículas efémeras

    Longe de serem os responsáveis pela criação, eles são partes da natureza criada!

    Eles podem até indiciar que a velocidade da luz não é constante, o que não deixa der ser potencialmente interessante do ponto de vista das cosmologias criacionistas.

    De resto, estudos recentes mostram as afinidades entre a física quântica e a teoria dos jogos, apontando para a racionalidade global, não local, que permeia o universo micro-físico que permeia o universo micro-físico mas que o transcende, corroborando a criação racional do Universo.

    Também esta observação é muito interessante!

    Se o Universo teve um princípio e se a energia não se cria a si própria, permanecendo constante, então quem criou essa energia?


    E de onde veio a racionalidade global de que participa o mundo quântico?


    Génesis 1:2-3 tem a resposta:

    “ E disse Deus: haja luz! E Houve luz!”

    Luz é energia! Deus é Razão!

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  8. Descobri há algum tempo uma wiki com uma análise detalhada dos argumentos a favor da existência de deus preferidos dos apologistas profissionais (ontológico, cosmológico e transcendente):

    http://wiki.ironchariots.org/index.php?title=Arguments_for_the_existence_of_god

    As objecções ao argumento cosmológico estão aqui:

    http://wiki.ironchariots.org/index.php?title=Kalam

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  9. A Bíblia não procura provar a existência de Deus através do Kalam. Ela refere-se à atuação concreta de Deus na história, através da criação inteligente, da queda e da corrupção, do dilúvio global, da dispersão pós-diluviana, da escolha de Israel e da vida, milagres morte e ressurreição de Jesus Cristo.

    Deus manifesta-se na história humana através de actos concretos, relatados detalhadamente por testemunhas oculares, sendo passíveis de investigação histórica e arqueológica.


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  10. A CIÊNCIA DO CATASTROFISMO E O DILÚVIO GLOBAL

    A Bíblia fala de um dilúvio global catastrófico, sem precedentes nem paralelo. Mais uma vez os factos corroboram isso.

    Um canyon agora descoberto na Gronelândia, anterior às calotes de gelo, corrobora a catástrofe, é facilmente interpretável como o resultado de muita água em pouco tempo.

    Apesar de os cientistas se apegarem à cronologia uniformitarista, que explica o fenómeno como o resultado de pouco água ao longo de milhões de anos, a verdade é que eles reconhecem a sua ignorância sobre os factos e processos em presença.

    Este é agora considerado o maior canyon do mundo, superando o grand-canyon mostrando que ainda há muito que os cientistas desconhecem sobre a verdadeira história da Terra.


    Os cientistas estão surpreendidos, porque não esperavam encontrar este canyon nem sabem como ele pode ter resistido às supostas glaciações sucessivas durante hipotéticos milhões de anos.


    Trata-se de uma descoberta totalmente inesperada e surpreendente para a geologia naturalista e uniformitarista.

    Mais uma vez, ela adequa-se bem ao livro de Génesis (cap.7), quando fala do dilúvio global.

    Aí se diz, entre outras coisas:

    “…nesse mesmo dia todas as fontes das grandes profundezas jorraram, e as comportas do céu se abriram.”

    “…As águas prevaleceram, aumentando muito sobre a terra…”

    “As águas dominavam cada vez mais a terra, e foram cobertas todas as altas montanhas debaixo do céu”

    O canyon, surpreendente e inesperado para naturalistas uniformitaristas, é o resultado previsível de muita água em (e há) pouco tempo, tal como narrado na Bíblia.

    Daí o seu estado de preservação e a sua resistência à glaciação pós-diluviana.

    Como se vê, os criacionistas não precisam do argumento Kalam para nada.

    As próprias rochas argumentam a favor da Bíblia.

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  11. Criacionismo Bíblico:

    Isso das testemunhas oculares é que não é tão claro assim.

    Segundo os YEC´s, ao arremedo de muitos estudiosos do VT, os VT foi escrito por Moisés. Que convenhamos não foi uma testemunha ocular por excelência da criação e do dilúvio.

    Assim , dum ponto de ista racional, há diversas hipóteses para as fontes que utilizou:

    1) Inventou a estória.

    2) baseou-se em relatos.

    3) Foi inspirado pelo Deus dos cristão, por um demônio malvado e mentiroso, por extra-terrestres ou algo similar

    4) Houve uma mistura de pelo menos duas hipóteses anteriores.

    Só depois de resolver esta questão é que sabemos se o relato, do qual não foi testemunha nem de perto nem de longe, tem alguma validade.

    Quanto ao NT temos um problema similar. Paulo claramente não assistiu a nada. Ele afirma que foi mandatado ou inspirado por Cristo.

    Pode ser que sim. Não é caso virgem afirmar que se é inspirado. Maomé, a santa da Ladeira, a Alexandra Solnado e Jonh Smith afirmam o mesmo.

    Quanto aos Evangelhos temos o mesmo problema.

    Cristo não consta que tivesse biblioteca ou tivesse escrito o que quer que fosse.

    O que sabemos é através de textos que dizem que são relatos verídicos. Menos não afirma o livro de Mórmon, o da cientologia e os textos da irmã Lúcia.

    O que mais se pode aproximar de testemunho ocular são os Evangelhos.

    Quanto a Adãe e Eva, diluvio, fundação do Egito por Miszraim estamos falados.

    Temos de acreditar na palavra de Moisés.

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    1. Existe evidência forte que sugere que Moisés se baseou em relatos transmitidos desde Adão até Noé. Podemos falar disso.

      Paulo teve um encontro pessoal com Cristo. Além disso, ele estava em Jerusalém, onde o Cristianismo florescia com base na ressurreição de Cristo e onde seria fácil refutar as afirmações cristãs.

      O seu testemunho é especialmente importante, porque começou por perseguir e matar cristãos.

      Maomé estava sozinho no deserto com um anjo. Joseph Smith (e não John)estava sozinho também. Ambos pretendem "atualizar" a Bíblia, fazendo imitações de má qualidade.

      Do dilúvio, falam-nos mais de 200 relatos das culturas da antiguidade.

      Não é só a Bíblia! Embora o relato bíblico seja o mais razoável e consistente.

      Os antigos judeus sempre se referiam ao Egipto como Mizraim, designação usada por outros povos antigos o que corrobora o relato bíblico sobre o neto de Noé Mizraim.

      As descobertas arqueológicas ao longo dos séculos têm vindo a corroborar os relatos de Moisés.

      Podemos confiar nele. Não podemos confiar no Sousa Ponte.

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    2. A cronologia egípcia tem sido feita de forma imprecisa, na medida em que os relatos escritos mais antigos têm cerca de 2500 anos.

      Por isso ela não é de confiança. Só de uma assentada os cientistas tiraram recentemente quase 1000 anos à antiguidade da civilização egípcia.

      Neste momento, a sua origem é datada em 3100 a.C.

      É um passo na direcção certa, há muito reclamado pelos criacionistas.

      Mas mesmo esta data é duvidosa, na medida em que se baseia em datações com base em C-14, sendo que o dilúvio terá alterado significativamente as ratios C-12/C-14/N-14 tornando erróneas datações uniformitaristas.

      O relato bíblico fornece as pistas mais confiáveis para a datação do antigo Egipto, a partir de Noé e do seu neto Mizraim.

      Mas os cientistas naturalistas são teimosos e só a muito custo é que vão abandonando os seus erros.

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. O interessante é que replicas como o do Criacionismo Bíblico não passam de um belo tiro no pé. As respostas para objeção da mecânica quântica tornam o Kalam um argumento circular, falácia de equivoco, a premissa 1 se torna inverificável e mostra a confusão dos apologéticos em definir o " nada ":

    Para entender o porquê disso, recomendo esse artigo traduzido toscamente por minha pessoa:

    http://tratadonaturalista.blogspot.com.br/2013/06/craig-kalam-e-mecanica-quantica.html

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  14. Para os literalistas bíblicos, que adoram defender que suas crenças são "cientificas"

    “…nesse mesmo dia todas as fontes das grandes profundezas jorraram, e as comportas do céu se abriram.”

    “…As águas prevaleceram, aumentando muito sobre a terra…”

    E que águas seriam essas ? De onde elas vierem? Se os criacionistas não precisam do Kalam para "provar " que estão certos, os ateus não precisam senão da própria bíblia para ver que ela não passa de um absurdo. Toda essa água apenas revela um caos aquático totalmente anti-cientifico.

    http://www.evo.bio.br/LAYOUT/CAOS.html

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  15. Quanto à origem das águas do dilúvio, não se vê como é que isso possa ser um problema.

    O livro de Génesis dá uma pista:

    "...nesse mesmo dia todas as fontes das grandes profundezas jor­raram, e as compor­tas do céu se abriram."

    Ou seja, num primeiro momento a água começou por vir do centro da Terra, onde ainda existe muita, certamente rodeada de muito vulcanismo e catastrofismo.

    Isso conduziu ao aquecimento da água e à elevação do nível do mar, para além da deriva catastrófica dos continentes e da elevação das montanhas.

    Existe ampla evidência de que o nível das águas subiu dramaticamente no passado.

    Um dilúvio global continua a ser uma boa explicação para a subida dramática e abrupta do nível do mar...

    Depois, num segundo momento, graças à evaporação e posterior condensação, vieram as chuvas torrenciais e a neve (daí a Idade do Gelo).

    Não vemos qualquer dificuldade nisso.

    Tudo isto aconteceu no passado recente (daí os tecidos moles de dinossauro várias vezes encontrados) e não há milhões de anos, como erroneamente se pensa (de resto impossíveis de confirmar, já que ninguém estava lá para ver).


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  16. O United States Geological Survey corrobora a nossa resposta ao X. Henrique, ajudando-o a compreender a origem da água do dilúvio e a interpretar a referência bíblica às "fontes das profundezas":


    Aí se diz:

    "They (and maybe you) may not realize that there is an immense amount of water in aquifers below the earth's surface.

    In fact, there is a hundred times more water in the ground than is in all the world's rivers and lakes"

    A Bíblia é clara, os dados geológicos também. A água veio de baixo e só depois é que veio de cima.



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  17. Maria Madalena Teodosio

    «Presumo que esteja a referir-se ás partículas virtuais?»

    Esse é um exemplo clássico. Mas, na verdade, podemos aplicar o mesmo a muitos outros casos. Por exemplo, quando dois protões colidem num acelerador de partículas, criam-se muitas partículas (não virtuais) a partir da energia da colisão. Quais partículas se formam e em que estado surgem não é determinado por nenhuma causa. Há uma distribuição de probabilidades que depende da energia da colisão mas que não determina em detalhe que tralha dali resulta.

    Mesmo nas reacções químicas temos esse efeito. Se um ião de O- e um átomo de H se aproximam, a formação ou não de um ião OH- vai depender de um processo quântico probabilístico e não há causa no sentido determinístico que o argumento de Kalam exige.

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  18. Ludwig,

    A certa altura, vou ter que despender algum tempo para escrever um "post". Esse "post" vai consistir na exposição de cerca de meia dúzia de mal-entendidos da tua parte. Isso seria evitável se tivesses lido o meu "post" com algum vagar. E se o tivesses lido com algum cuidado. Falo do cuidado do estilo "deixa cá ver se eu entendo o que o Bernardo aqui está a dizer". E repetires esse cuidado para todas as frases. Leituras apressadas e precipitadas dão em asneira. E dá muito mais trabalho corrigir asneiras derivadas da pressa precipitada, do que daria tu fazeres uma leitura mais cuidada.

    Seja como for, agradeço o tempo (suspeito que muito pouco) que dedicaste ao meu "post"!

    Um abraço

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  19. Vejamos o que o Ludwig diz:

    "Por exemplo, quando dois protões colidem num acelerador de partículas, criam-se muitas partículas (não virtuais) a partir da energia da colisão. Quais partículas se formam e em que estado surgem não é determinado por nenhuma causa."

    Dois problemas:

    o primeiro é que estamos apenas perante a transformação de energía em matéria, mantendo-se a totalidade da energia constante. O problema é explicar a origem de toda essa energia e das suas propriedades. O Ludwig nada diz sobre isso.

    o segundo, é que o facto de as causas não serem determináveis pelos cientistas não significa que não existam causas determinadas.


    "Há uma distribuição de probabilidades que depende da energia da colisão mas que não determina em detalhe que tralha dali resulta."

    O problema é que a vida não é mera tralha. É extremamente complexa e depende de códigos e informação codificada, marcas por excelência de inteligência, racionalidade e linguagem.

    "Mesmo nas reacções químicas temos esse efeito. Se um ião de O- e um átomo de H se aproximam, a formação ou não de um ião OH- vai depender de um processo quântico probabilístico e não há causa no sentido determinístico que o argumento de Kalam exige"

    O problema, mais uma vez, é que a vida depende de códigos e informação codificada que especificam as reacções químicas que devem ocorrer para que seres humanos se reproduzam em seres humanos e cães em cães.

    Aqui, a probabilidade de dois seres humanos se reproduzirem num cão é zero.

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  20. O MUNDO QUÂNTICO E A CRIAÇÃO RACIONAL DO UNIVERSO

    O Ludwig diz, sem poder testar isso (!), que os vácuos quânticos são eternos e deles tudo resultou.

    Além disso, diz, de forma irracional e contraditória, que o "nada quântico" já é alguma coisa.

    Um dos problemas desta afirmação é que a mesma não explica a origem do Universo, na medida em que os vácuos quânticos são partes integrantes do Universo que existe!

    Eles não explicam como é que do nada surgiu alguma coisa, porque eles são alguma coisa (cuja origem é necessário explicar).

    Longe de serem “nada”, os vácuos quânticos, feitos de energia, contém pares virtuais de partículas com valores energéticos, aparecendo e desaparecendo, de maneira efémera, que podem ser convertidas em partículas de luz detetáveis (fotões).

    Ou seja, os vácuos quânticos existentes no Universo não explicam a origem da energia, na medida em que eles são já energia.

    Na verdade, os vácuos quânticos são descritos como estados complexos de campos quânticos plenos energia e dotados de propriedades físicas.

    Longe de serem eternos e infinitos, tudo indica que os vácuos quânticos, contêm um número limitado de partículas efémeras.

    Eles podem até indiciar que a velocidade da luz não é constante, o que não deixa der ser potencialmente interessante do ponto de vista das cosmologias criacionistas.

    De resto, estudos recentes mostram as afinidades entre a física quântica e a teoria dos jogos, apontando para a racionalidade global, não local, que permeia o universo micro-físico mas que o transcende, corroborando a criação racional do Universo.

    Ou seja, mesmo o mundo quântico têm marcas de inteligência e design.

    Ora, se o Universo teve um princípio e se a energia não se cria a si própria, permanecendo constante, então quem criou essa energia?

    E de onde vem a racionalidade global de que participa o mundo quântico?

    Génesis 1:2 tem a resposta:

    “ E disse Deus: haja luz! E Houve luz!”

    Deus é razão! Luz é energia!

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  21. Bernardo,

    Eu li o teu post. Mas o meu post, à parte de um ou dois detalhes, praticamente não é acerca do teu. É acerca do argumento cosmológico.

    1. Há coisas que surgem sem causa do vácuo quântico
    2. O vácuo quântico não é limitado no tempo, e existe além do tempo e do espaço e desta bolha de espaço-tempo que é o Universo.
    3. Logo, não se pode concluir que é impossível o Universo ter surgido sem causa do vácuo quântico.

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    1. O vácuo quântico é parte do Universo e é circunscrito dentro dele...

      Além disso, ele é energia e potência, cuja origem não é explicada...

      Ele é, além disso, marcado pela finitude e pela efemeridade...

      Do mesmo modo, as afinidades entre o vácuo quântico e a teoria dos jogos sugerem a obediência a uma racionalidade...

      O Ludwig bem tenta, mas não consegue...

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  22. A CIÊNCIA DO CRIADOR COMUM EM VEZ DO ARGUMENTO KALAM

    A Bíblia revela o Criador e identifica-o com o próprio Jesus Cristo, quando diz:

    “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.” (Colossenses 1:15-16)

    As observações científicas corroboram essa afirmação.

    Os evolucionistas inferem o hipotético antepassado comum a partir das suas premissas naturalistas, sem qualquer fundamento.

    Porém, nem sequer conseguem apresentar o "presumível culpado".

    As semelhanças genéticas e anatómicas entre humanos e chimpanzés coexistem com grandes diferenças nos respectivos códigos epigenéticos que regulam a expressão do código genético sendo os códigos a expressão por excelência de criação inteligente).


    Então com que fundamento se invoca um antepassado comum?

    Com base nas semelhanças?

    Mas existem exemplos de semelhanças sem que se possa falar em antepassado comum, como sucede com , o sistema auditivo dos seres humanos e das moscas da fruta.

    Então em que ficamos?

    Semelhanças e diferenças entre seres vivos de diferentes géneros, corroboram um Criador comum que adoptou princípios e técnicas de programação e codificação semelhantes em seres vivos completamente diferentes e diferentes em seres vivos semelhantes, como lhe aprove.

    Isso torna totalmente arbitrária a invocação de um antepassado comum.

    Tanto mais que códigos e informação codificada são uma clara evidência de inteligência, na medida em que não se conhece qualquer processo físico ou lei natural que crie códigos e informação.

    Mas o antepassado comum surge apenas quando a sua "presença" interessa...

    Ele não é convocado nos casos de "evolução convergente", de que é exemplo o
    bio-sonar das baleias e o dos morcegos em que se observam semelhanças anatómicas e funcionais entre baleias e morcegos porque aí o antepassado comum não é explicação plausível.


    O mesmo sucede, noutro exemplo, quando o mesmo gene do relógio circadiano desempenha a mesma função em plantas, fungos, animais e seres humanos, sem qualquer proximidade evolutiva que permita falar num antepassado comum como explicação.


    O antepassado comum também não é invocado para explicar as semelhanças que existem nos genes que activam a fala dos humanos e o canto nas aves.

    Verificamos a mesma coisa no que toca aos canais de circulação de iões nas redes nervosas, que obedecem a princípios comuns de funcionamento em seres vivos muito diferentes e distantes, sem que se possa falar de um antepassado comum.

    O antepassado comum também não é chamado a explicar as enormes semelhanças morfológicas nas flores mesmo quando não há correspondência em qualquer proximidade filogenética.

    Inúmeros outros exemplos podiam ser mobilizados.

    Então, se não é possível convocar um antepassado comum para explicar muitas estruturas semelhantes em seres vivos diferentes, não é necessário fazê-lo.

    E porquê?

    A resposta está em Génesis: porque um Criador comum decidiu codificar estruturas e funções muito diferentes em seres vivos muito semelhantes e codificar estruturas muito semelhantes em seres vivos muito diferentes.

    Fez isso precisamente para nos mostrar que Ele, e não um hipotético antepassado comum, é o único responsável pelas semelhanças e diferenças que existem entre todos os seres vivos.

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  23. O Ludwig diz:

    "O vácuo quântico não é limitado no tempo, e existe além do tempo e do espaço e desta bolha de espaço-tempo que é o Universo."

    As experiências científicas mostram que o vácuo quântico não existe fora do tempo, observando-se que o tempo já existe no mundo quântico


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  24. O Ludwig diz:

    "O tal “vácuo quântico” é eterno... não teve início nem terá fim."

    No entanto, também ele vai da ordem para a desordem...

    Ora, se ele não teve início, de onde veio a ordem inicial?

    Se ele existe infinitamente, porque é que ainda não se tornou desordem total?

    Como é possível um estado quântico ser eterno quando se move da ordem para a desordem?

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  25. Os evolucionistas têm usado a ideia de evolução a partir de um antepassado comum para explicar as semelhanças que se observam entre seres vivos.

    Porém, este argumento entra em crise quando confrontado com semelhanças anatómicas e genéticas muito fortes em seres vivos tão diferentes entre si que não podem ter evoluído a partir de um antepassado comum.

    Um exemplo disso é o sistema de ecolozalização e de bio-sonar das baleias e o dos morcegos, em que se observam semelhanças anatómicas e funcionais, inexplicáveis com base num antepassado comum.


    No caso dos golfinhos e dos morcegos há inclusivamente semelhanças genéticas sem um antepassado comum.

    Ou seja, podemos ter estruturas e funções anatómica, fisiológica e até geneticamente semelhantes entre seres vivos muito diferentes, sem que isso seja o resultado de um antepassado comum.

    Mas então isso é resultado de quê?

    Os evolucionistas têm que falar em "evolução convergente" e abandonar o seu modelo clássico de antepassado comum.

    Isso força-os a acreditar que a natureza, apesar de operar por processos aleatórios, cegos e irracionais, sem qualquer inteligência e planeamento ou capacidade de imitação, "evoluiu" sistemas extremamente complexos, integrados e precisos, muito idênticos, em seres vivos completamente diferentes.

    Em termos de probabilísticos, isso é um absurdo. Já Charles Darwin confessava que lhe dava náuseas o pensamento de que diferentes tipos de olhos poderiam ter evoluído aleatoriamente de forma independente.

    Mas como naturalista que era, rejeitando a priori um Criador, Darwin não tinha outra alternativa se não acreditar nisso, por mais improvável e absurdo que fosse.


    Os criacionistas, diferentemente, consideram que tudo isso corrobora inteiramente a existência de um Criador comum que usou os mesmos princípios na codificação da instruções necessárias a criar essas estruturas.

    Se esta explicação se adequa a estes casos, ela adequa-se a todos os outros.

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  26. A mim o que me mete mais engulhos é o conceito de universo.

    O universo é o conjunto de todas as coisas que existem. Portanto podemos definir dois conjuntos:

    O conjunto A (o universo) que é o conjunto de todas as coisas que existem

    O conjunto B que é o conjunto de todas as coisas que não existem.

    Portanto para sabermos se a coisa x está contida num ou noutro conjunto basta saber se existe ou não.

    Se existe faz parte do universo não existindo não faz parte do universo.

    O universo como um todo está contido no conjunto A porque existe.

    Se eu quiser saber se o pai natal, uma cadeira, a representação gráfica do homem-aranha, o Clark-Kent, Thor ou Odin estão no conjunto A ou B basta-me saber se existem ou não.

    Quando afirmo que o conjunto A na sua totalidade teve de ter uma causa (e nem me vou preocupar se foi esta ou aquela) isto implica que todos os seus membros tiveram de ter uma causa.

    Não me vou preocupar a definir se o conjunto das coisas não existentes e as suas partes tem ou não causa.Penso que sendo construções mentais humanas é fácil admitir que tenham uma causa.

    Assim para saber se X tem ou não uma causa basta-me saber em que conjunto se insere.

    O Deus dos Cristãos a que conjunto pertence ?

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    1. Essa dos conjuntos está muito mal amanhada. O que é um conjunto? O infinito, por exemplo, não é um conjunto. Mas experimente equacionar um conjunto infinito de conjuntos, ou, por outra, em subtrair ao conjunto infinito de conjuntos um infinito.

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    2. Carlos :

      o zero e o infinito são conceitos matemáticos porreiros para resolver problemas mas que não existem no mundo real.

      Claramente pertencem ao conjunto das coisas que não existem.

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    3. Não falei de números, falei de coisas.

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  27. O Deus dos Cristãos é o Criador do Universo!


    Uma coisa é o Criador (eterno e espiritual) outra é o Universo (com princípio, existência material e sujeito a entropia).

    O Universo não se criou a ele próprio do nada (isso violaria as leis da inércia e da conservação da energia) nem é eterno (pois está sujeito a entropia).

    Logo, ele teve uma causa que não é ele próprio.

    Génesis tem a resposta!

    Mas pode assistir a um programa recentemente produzido nos Estados Unidos que atesta bem a falta de consistência do naturalismo evolucionista.

    Pode recomendar aos seus amigos.



    um recente e interessante programa sobre evolução e Deus.


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    1. O Deus dos cristãos não está sujeito a entropia porque eles o definiram assim.

      No fundo é tudo uma questão de definições.



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    2. Criacionismo Bíblico,

      a Verdade é indestrutível e nada deve preocupar-nos que alguém siga outros caminhos. A Verdade defende-se a si própria. Nós precisamos da Verdade para nos defendermos e não o contrário. Se os ateus pensam que estão na Verdade, se nela morrerem, pois que morram nela. se os cristãos pensam que estão na Verdade, idem. Mas que haja paz e tolerância e honestidade. A Verdade não nos faz a vontade, mas nunca nos trai, nunca nos abandona, nunca nos despreza, sejamos cristãos ou ateus. A ciência tem andado muito mal por causa de (querer) ser a única religião cujo deus ignora e nega. No ignorar, não iria grande mal. Mas no negar, é inadmissível. A ciência, enquanto tal, não nega nem pode nem quer negar Deus. Mas aqueles que o fazem, sobretudo se o fizerem em nome da ciência, negam a própria ciência, de que pouco sabem e estão-se nas tintas para a Verdade. A estes «religiosos» atordoados por ódios estranhos e irracionais, faria bem conhecer um pouco de ciência e um pouco de Evangelhos. Alguém que se diz ateu, não é (porque não pode ser) cientista e tem a ciência em consideração apenas das imediatas e ideológicas conveniências. A ciência está «condenada» a trabalhar para Deus.
      Obrigado pela sugestão do link.

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  28. Este comentário foi removido pelo autor.

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  29. Criacionista Bíblico diz:

    "Ou seja, num primeiro momento a água começou por vir do centro da Terra, onde ainda existe muita, certamente rodeada de muito vulcanismo e catastrofismo. "

    Ora, essa ideia já foi refutada:
    http://www.talkorigins.org/faqs/knee-joint/brown.html
    http://www.talkorigins.org/faqs/homs/wbrown2.html

    E, Pasmem, até pelo Answer in genesis !
    http://www.oldearth.org/walter_brown_hydroplate_theory.htm

    Sobre os tecidos moles de dinossauros:
    http://www.talkorigins.org/indexcc/CC/CC371_1.html

    Sobre o diluvio:
    http://www.talkorigins.org/origins/faqs-flood.html

    Criacionista bíblico diz:

    "Não vemos qualquer dificuldade nisso."

    Ignorando a veracidade das águas subterrâneas, acho que vc n percebeu que minha critica não se tratava das águas de baixo, mas as de cima, por isso não viu qualquer dificuldade nisso.
    Lendo isso aqui vc vai entender o porquê:
    http://www.evo.bio.br/LAYOUT/CAOS.html

    Abraços ateístas.

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