quarta-feira, abril 13, 2011

Gramm–Leach–Bliley.

Desde que me atrevi a escrever sobre política e economia que me têm criticado por não perceber nada do assunto. O que não é tão inovador como julgam os autores destas críticas. Porque sempre fui criticado, e exactamente da mesma forma, por não perceber de teologia, de astrologia, de reiki, de crianças índigo e uma data de outras coisas. Mas como a economia e a política sempre abordam algo que existe, gostava de descobrir se, e onde, estou enganado. Infelizmente, outro ponto comum a todas estas críticas é a falta de explicações que revelem os erros concretos. Como só dizer “está errado” ajuda pouco, vou tentar dar alvos mais específicos às críticas a ver se me servem de alguma coisa.

Em 1933 os EUA legislaram a separação de negócios entre bancos comerciais, aqueles que guardam as nossas poupanças e emprestam dinheiro para comprar casa, e os bancos de investimento, que arriscam fortunas em valores mobiliários. Esta legislação, o Glass–Steagall Act de 1933, visava proteger o cidadão comum da especulação desregrada que levou tanta gente à ruína na Grande Depressão (1). Assim, nenhuma companhia detentora de bancos podia dedicar-se à alta especulação financeira, e vice-versa. As pessoas sabiam que quando punham o seu dinheiro em poupanças este teria de ser aplicado em investimentos seguros.

O Citigroup formou-se em 1998, quando o Citicorp, um conglomerado de bancos, se fundiu com o grupo Travelers. Como este último incluía companhias de seguros e de investimento, esta fusão violava a lei vigente. Só que Alan Greenspan, director da Reserva Federal, isentou temporariamente o Citigroup do cumprimento da lei até que conseguissem aprovar o Gramm–Leach–Bliley Act, no final de 1999, que revogou a cláusula de separação do Glass–Steagall Act de 1933. A partir daí, a empresa que guardava as poupanças das pessoas também podia ser seguradora, banco de investimento ou qualquer coisa dessas.

Esta legislação facilitou a fusão de instituições financeiras em enormes barris de implosivos e contribuiu para a desgraça de muita gente que julgava o seu dinheiro seguro. Mas, por si só, nem foi das asneiras piores. Seguiram-se aberrações muito mais escandalosas (3). Mas decidi começar por aqui porque foi uma medida emblemática de dois factores importantes.

O primeiro é a influência excessiva – diria mesmo criminosa – que o sector financeiro tem na legislação. O Citigroup violou impunemente a lei durante quase dois anos e acabou por ter a lei que queria. Julgo que não me vão acusar de ignorância por me parecer que cinco mil milhões de dólares por ano em lobbying é uma pressão indevida na regulação da principal potência financeira. Mas este factor é importante para as questões morais de quem deve pagar esta crise. Em grande parte, o que se passou não foi culpa dos contribuintes, nem em benefício destes, e nem sequer resultou de qualquer processo que se pareça com democracia representativa.

O outro factor deve ser mais polémico. Este movimento de liberalização e desregulação, do qual o Gramm–Leach–Bliley é apenas um exemplo, tem-se apoiado na autoridade académica de economistas cujos rendimentos principais vêm de instituições financeiras. E como estes rendimentos, alguns multi-milionários, são directamente proporcionais à veemência com que defendem a desregulação do sector, justifica-se um cepticismo acrescido acerca das suas alegações.

Isto não quer dizer que rejeite tudo. Por exemplo, estou a ler o Economics of Money, Banking, and Financial Markets. Foi escrito pelo Frederic Mishkin, que ganhou dezenas de milhões de dólares das agências financeiras e fechou os olhos a muitos disparates quando esteve no Federal Reserve Bank of New York(4). Mas alguma coisa de economia o homem deve perceber, e não vai aldrabar os conceitos base, as equações e afins. No entanto, o relatório que ele escreveu dois anos antes da banca islandesa desmoronar, Financial Stability in Iceland, afirmando que «the likelyhood of a financial meltdown is very low», foi provavelmente mais influenciado pelos 125 mil dólares que a câmara de comércio islandesa lhe pagou do que por uma análise objectiva dos factos (5).

É por isto que não acredito quando me dizem que taxar menos os ricos e isentar os bancos de impostos, mesmo cortando na educação e saúde, é muito bom para todos só que é complicado demais para explicar porquê. Não é plausível, carece de justificação e é exactamente o tipo de coisas pelas quais os economistas recebem milhões das empresas do ramo. A minha posição é que estas opiniões merecem o mesmo escrutínio que merece o médico que vende os medicamentos que receita ou o aluno que avalia o seu próprio exame.

1- Wikipedia, Glass-Steagall Act
2- Wikipedia, Gramm–Leach–Bliley Act
3- Incluindo um “bailout” à mulher do John Mack, presidente da Morgan Stanley, e a uma amiga dela: The Real Housewives of Wall Street. Já agora, se não leram o livro do Matt Taibbi, “Griftopia: Bubble Machines, Vampire Squids, and the Long Con That Is Breaking America”, leiam.
4- E se ainda não viram o Inside Job, vejam.
5- Mas leiam também a resposta do Mishkin ao documentário. Se bem que seja um pouco fraquinha, tem a ligação para o tal relatório (pdf).

81 comentários:

  1. E já agora isto:
    http://www.economist.com/blogs/freeexchange/2011/04/financial_markets_0?fsrc=scn/fb/wl/bl/toobigtofail

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  2. Salada russa, Ludwig.

    Uma coisa é a transferência de renda de actividades produtivas para actividades especulativas que deve ser (tem mesmo quer) combatida. Outra coisa é gastar continuamente mais do que se ganha, que é a principal causa dos nossos males. Misturar tudo, como gostas muito de fazer noutros temas, não ajuda.

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  3. taxar mais a banca e os ricos representaria quanto na receita do estado? "pela pinta" parece-me que mesmo que todo o somatório de riqueza dos mais ricos, a distribuir pela população, daria algo como um iphone para cada português. Moralmente, sem dúvida.
    Mas como a moral raramente entra em jogo e como eu também gosto de mandar uns palpites sobre o que pouco conheço (o que há de errado nisto?!):

    Porque motivo a banca paga menos IRC do que a indústria?
    Parece-me que terá algo a ver com o proteccionismo que o estado precisa de dar à banca nacional, ou seja, com a diminuição de lucros dos principais accionistas, a tendência para estes venderem a empresas estrangeiras será maior.

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  4. Vejamos
    não é por de tudo saber

    ka gente cá o acusa

    a gente tem de viver

    dum modo que nã se usa

    vestindo mantilha preta

    e sonhos de cor violeta

    num país que é de treta

    desliza o douto poeta

    que em tudo se mistura

    pra servir su facção

    dura lex é lei qué dura

    e não a bem da nação

    e se limpa o citygroupe

    todo o valor subjectivo

    tanto faz que eu o poupe

    como gaste o tal activo...

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  5. É por isto que não acredito quando me dizem que taxar menos os ricos e isentar os bancos de impostos

    deslocalização das operações financeiras
    os bancos tal como o Pingo Doce ganham lucros fabulosos (ultimamente nem tanto)
    e pagam impostos em zlotys
    (BCP-mil enium BIELODRONKA-Pinga DOce
    quando começarem a ter prejuizos no Brasil
    como o Pingo doce o estado dava-lhes o $ de volta?

    a educação anda mal por causa de simplificações

    taxar que ricos e como

    ao kadahfi ainda nem lhe conseguiram apanhar as contas todas

    quanto mais ao Vale e Azevedo

    ó ó Soarismo e cavaquismo em peso

    aqui a câmara do burgo

    vai gastar 4 milhões para restaurar um cinema

    e 7 milhões para um hotel

    mesmo se derrapar menos do que o fluviário de Mora

    o $ não vai todo para a campanha do PCP

    nem prás bandeirolas a 2 euros cada
    para os 90 anos do partei

    os 200mil euros em programas informáticos

    pagam quanto de imposto?

    ou o pessoal que cobra 300mil por custos de manutenção de equipamentos e tem prejuízos crónicos
    e por acaso é dum cônjuge dum alto funcionário de uma câmara inexistente

    se nem apanham estes principiantes que começaram há 36 anos

    iam apanhar os Champalimaud's e tipos que compravam e vendiam sportings e cervezas Cintra?

    tenha dó..

    tenha fá dó...

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  6. Não é a questão de o sistema permitir acumulações
    mafiosas
    O problema é cobrá-lo parcialmente sem induzir
    fenómenos do tempo da lei seca
    Necessário criar consciência social
    Num país que vive sem pensar no amanhã?
    A vida é incerta
    Em 1991 1 milhão de somalis tinha fossas sépticas e água potável

    em 2011 têm balas e AK47
    não se pode ter tudo

    300mil haitianos com internet
    deixaram de ter casa
    usarão agora wireless?

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  7. em contrapartida 150 milhões de chinocas
    têm problemas de obesidade
    filhos duma grande chinoca
    queixam-se de ter fome
    queixam-se de comida a mais

    10 milhões saem por ano dos campos e engrossam o tecido urbano

    120 milhões desde 1999
    é muita gente

    podemos destruir o perigo amarelo
    se o Kaiser Krippahlista pilhar Pequim
    na próxima revota dos Boxers

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  8. "Parece-me que terá algo a ver com o proteccionismo que o estado precisa de dar à banca nacional, ou seja, com a diminuição de lucros dos principais accionistas, a tendência para estes venderem a empresas estrangeiras será maior."

    E também não se pode taxar mais os ricos porque eles vão-se embora todos para Galt's Gulch e tal...

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  9. «Desde que me atrevi a escrever sobre política e economia que me têm criticado por não perceber nada do assunto.»

    Se te referes às do outro post, não li nenhuma que merecesse resposta...

    «É por isto que não acredito quando me dizem que taxar menos os ricos e isentar os bancos de impostos, mesmo cortando na educação e saúde, é muito bom para todos só que é complicado demais para explicar porquê.»

    O inside job da desregulação foi um caso da corporate America. Mas na nossa realidade, como vês, apesar da exposição ao sistema bancário internacional, os casos deveram-se fundamentalmente ao inside blowjob. Até os especialistas como o Nuno Gaspar ajoelham.

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  10. Ludwig:

    Tens de ter cuidado com uma coisa.

    Muitos têm a sensação que a maioria dos economistas defende mais desregulação, menos interferência do estado na economia, etc. Depois desconfiam da ciência económica porque desconfiam dos economistas, tolos ou "vendidos ao capital".

    Mas essa visão é enviesada. Para dar um exemplo, nos EUA mais de metade dos académicos que estudam economia votaria no partido democrata e não no partido republicano. Existem economistas marxistas, economistas keynesianos, economistas de uma série de escolas além da austríaca e da de Chicago.

    O que acontece é que os meios de comunicação social - principalmente as televisões - dão mais voz a uma determinada visão da economia, e depois passa-se a imagem de que os economistas em geral defendem essa visão.
    É engraçado porque podem ser convidados nos debates e entrevistas pessoas com ideias de esquerda, mas quando convidam economistas são (quase) sempre economistas de direita. A razão mais inocente para esta escolha é que as pessoas de esquerda têm à partida menos interesse em ouvir a posição dos economistas - o que me parece um enorme erro por parte de muita gente de esquerda - e assim eles ajustam a escolha dos economistas ao público alvo. Outra razão inocente é que os decisores (editores, etc.) estejam tão convictos da sua ideologia de direita que considerem qualquer economista de esquerda é um profissional "pouco sério" a quem não querem dar voz. Todas as outras explicações que me ocorrem deste facto me parecem menos inocentes.

    De qualquer das formas, passa-se uma imagem muito distorcida daquilo que é o pensamento económico. A quantidade de Nobeis da economia que assinou um manifesto para que Bush não mantivesse os cortes fiscais aos milionários - agora mantidos por Obama - ou que se pronunciou contra a desregulamentação financeira excessiva, é mais que suficiente para percebermos que a imagem que passa nas televisões não corresponde bem ao pensamento económico dominante.

    Assim sendo, fazes bem em não aceitar o argumento de autoridade nos casos em que essa autoridade é parte interessada no julgamento que faz, e há vários casos desses.
    Mas não passes a imagem de que o pensamento económico dominante é aquele que as televisões dão a entender que é. Aposto que uma grande quantidade de economistas considerou o caminho trilhado pela Islândia uma boa forma de fazerem face aos seus problemas, mas não conseguiram o mesmo tempo de antena do que aqueles que vão à televisão repetir os enunciados da escola de Chicago...

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  11. Este é mais um belo exemplo das palas nos olhos voluntárias que muitos enfiam para proteger o seu queijo...

    Por outras palavras: nunca conheci um neo-liberal pobre.

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  12. Ludwig:

    Saber se uma coisa corresponde a realidade ou é só conceito em termos fundamentais é algo em que tens capacidade.

    Na realidade é suposto qualquer pessoa ser capaz de avalair o fundamento de qualquer outra coisa.

    Há é coisas que são para lá do fundamento, das bases. São matéria para especialistas. Coisas que tens de ler muito e durante muitos anos para avaliar correctamente. Há coisas que têm mesmo de ser avaliadas pelos pares.

    É uma questão de minimizar o erro.

    Começa logo por saber ir às fontes mais relevantes para cada caso. É que hoje em dia há publicações que se dizem cientificas e com peer-review para tudo. Quanto mais na economia e politica onde há coisas que não são materia de facto.

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  13. Wyrm:

    "Por outras palavras: nunca conheci um neo-liberal pobre"

    É verdade. E depois são a favor da caridade mas apenas na que cada um dá o qeu quer e não o que faz falta.

    É só por isso que eu não sou totalmente liberal. É porque há um limite minimo para a tua responsabilidade para com o nosso semelhante, a que ninguem devia poder fugir.

    Parece que o neo-liberalismo pressupõe que a pobreza, a falta de inteligencia e a doença são escolhas livres do individuo. Não sendo, isto é uma "excepção fatal" na ideologia.

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  14. nmhdias,

    Faz as contas. Por exemplo, pega nos dados das declarações de IRS de 2009. Nota que isto é só o declarado e só o IRS. Os pobres só ganham assim e têm de declarar, enquanto os ricos têm outras fontes de rendimento, como valorização de acções, que não entram para o IRS. E acho que nem sempre declaram tudo. Mas é um ponto de partida.

    Aqui podes ver as assimetrias. Imagina que tens 100 pessoas representativas dos trabalhadores portugueses, e queres pagar-lhes o ordenado de um mês. Os ordenados são estes:

    Pessoas -> Salário (€)
    13 -> 240
    29 -> 620
    14 -> 970
    14 -> 1330
    12 -> 1890
    4 -> 2490
    4 -> 3000
    3 -> 3710
    5 -> 5580
    1 -> 11330

    E falta aqui um tipo que ganha 36000 por mês, mas esse é só um em cada mil. Esse ganha mais do que a soma das 56 pessoas das primeiras 3 categorias.

    Quanto aos efeitos de taxar os ricos, aquele que ganha 11330 brutos paga 26% de IRS. Se pagasse 50%, ou seja se passasse a viver com 5600€ em vez de 8400€ por mês depois do IRS, podíamos duplicar o rendimento dos 12 que ganham menos. E parece-me que há uma diferença muito maior, na qualidade de vida e oportunidades, entre viver com 580€ em vez de 290€, do que entre os 8400€ e os 5600€. É verdade que a diferença se calhar nem chega a um iPhone, mas há muita gente a viver com menos que um iPhone por mês...

    Agora vão dizer que aumentar as taxas nos ricos fazem com que eles fujam ao fisco. Mas essa é uma situação ideal para usar as cadeias. Porque basta o risco real de umas semanas na prisão para dissuadir este tipo de crimes. Ao contrário do que acontece quando ameaçamos de prisão pessoas que ganham menos de 300€ por mês. Essas, lá dentro, sempre têm duas refeições garantidas por dia.

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  15. Nuno Gaspar,

    Parece-me que esse teu comentário não tem nada que ver com este post. Mas OK, aproveito e peço que me expliques duas coisas que me intrigam:

    Por que raio a banca portuguesa foi pedir 190 mil milhões ao estrangeiro só para o povinho comprar carros, jantar fora, e assim. É que nem as casas chegam para isso. É metade, e só 2% disso em crédito malparado.

    Mais intrigante ainda, como é que gastar muito não fez aumentar o PIB? Se toda a gente começa a consumir mais, não devia haver um aumentozito na produção também? Ou é tudo na compra de caramelos em Espanha?

    Finalmente, seria engraçado suportares essa tua tese com alguns números. Em que números é que vês o consumismo desmesurado que fez a banca pedir 190 mil milhões de euros emprestado? (a dívida pública também é alta, 100 mil milhões ao estrangeiro, mas está ao nível de muitos outros países da UE).

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  16. João Vasco,

    «O que acontece é que os meios de comunicação social - principalmente as televisões - dão mais voz a uma determinada visão da economia, e depois passa-se a imagem de que os economistas em geral defendem essa visão.»

    E cá passa-me exactamente o mesmo. Raramente vejo na televisão economistas que não sejam pró-PSD...

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  17. CARACTERÍSTICAS DOS "PRIMEIROS FÓSSEIS"

    iinteiramente funcionais, extremamente complexos e bem preservados

    Ou seja, sem qualquer evidência de evolução e com muita evidência de sepultamento e fossilização abrupta recente...

    Por isso os evolucionistas têm que imaginar taxas ultra-rápidas e milagrosas de evolução...

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  18. João Vasco,

    «Muitos têm a sensação que a maioria dos economistas defende mais desregulação»

    Eu não tenho essa sensação. A sensação que tenho é apenas que o rendimento médio daqueles economistas que defendem a desregulação é substancialmente maior do que o rendimento médio dos outros. O que me faz suspeitar uma relação causal... :)

    «Mas não passes a imagem de que o pensamento económico dominante é aquele que as televisões dão a entender que é.»

    Aí discordo. Pode não ser o dominante no contexto meramente académico, mas é certamente o dominante na política e na percepção pública. E a economia explica bem isto: este pensamento é dominante porque é o que tem mais incentivos.

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  19. «"Mas não passes a imagem de que o pensamento económico dominante é aquele que as televisões dão a entender que é."

    Aí discordo. Pode não ser o dominante no contexto meramente académico, mas é certamente o dominante na política e na percepção pública.»

    O meu ponto é que não é o dominante no contexto académico!

    A economia é uma ciência. Pode haver físicos a trabalhar em consultoras e empresas de telecomunicações, mas quando falamos na posição dos físicos sobre um assunto da física deveríamos estar a referir-nos ao contexto académico.


    É verdade que inúmeros economistas podem ter sido a favor da desregulação financeira, mas enquanto gestores, que era a sua profissão.

    No que diz respeito a académicos, o caso é diferente. Muitos académicos foram contra. Quando se fala naquilo que os economistas pensam e afirmam deveria sempre ser referente ao contexto académico, onde mesmo que não aconteça sempre existe um dever maior de imparcialidade no julgamento dos factos.

    Dizes que este não é o pensamento dominante na percepção pública, mas esse foi precisamente o meu comentário. Este enviesamento das televisões (principalmente) e outros orgãos de comunicação social faz com que a percepção pública daquilo que os economistas pensam seja distante daquilo que é o pensamento académico nessa área.

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  20. João Vasco:

    "A economia é uma ciência."

    Sim, é na maioria. Mas não é toda ciência. Tem muita feitiçaria e apoia-se em mais pressupostos que o resto da ciencia. Começa logo a feitiçaria quando tenta adivinhar aquilo que as pessoas vão querer quando isso não é possivel.

    "Pode haver físicos a trabalhar em consultoras e empresas de telecomunicações, mas quando falamos na posição dos físicos sobre um assunto da física deveríamos estar a referir-nos ao contexto académico."

    Aqui estou de acordo. Mas o contexto académico da economia não reune consensos tão fortes como o da fisica. EM matérias correntes e actuais nem sei como é que podes saber o que pensam os académicos como grupo.

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  21. Jota,

    «Este enviesamento das televisões (principalmente) e outros orgãos de comunicação social faz com que a percepção pública daquilo que os economistas pensam seja distante daquilo que é o pensamento académico nessa área.»

    É provável. Mas discordo quanto às causas que apontas, sobretudo esta:

    «Outra razão inocente é que os decisores (editores, etc.) estejam tão convictos da sua ideologia de direita que considerem qualquer economista de esquerda é um profissional "pouco sério" a quem não querem dar voz.»

    Ao contrário do que sugeres, trata-se de um tipo particular de inocência que a própria constituição procura prevenir no art. 38º. A inocência cúmplice.

    Já sei que não posso falar-te em política sem ficares insuflado a segregar espuma urticante... mas não posso deixar de recordar a tua apologia aos “partidos moderados” que, por acaso, fomentaram o lenocínio jornalístico até ao ponto em que nos encontramos. Quando for contabilizável o prejuízo para a democracia de um modelo informativo que dispensa os factos em benefício da mera opinião, como por exemplo a mera opinião de economistas a soldo enxertada entre os golos da jornada, vamos então verificar como foi essa a mais ruinosa e insanável das PPPs.

    Este “enviesamento das televisões” é pior do que inocente (como os economistas em geral) e pior do que inútil (como o pensamento académico nessa área).

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  22. @Ludwig

    podíamos duplicar o rendimento dos 12 que ganham menos[...]aumentar as taxas nos ricos fazem com que eles fujam ao fisco

    Isto vai precisamente contra o que a economia precisa como incentivo ao investimento, criação de postos de trabalho (e indirectamente aumentos salariais). São os ricos quem têm capacidade de investimentos avultados (ou com garantias bancárias) na indústria.
    Encontro alguma analogia dos teus números com o futebol profissional. Não é relevante se a grande maioria dos futebolistas ganham pouco, ganham em proporção com o que sabem fazer. São os "artistas" quem gera dinheiro.

    Não sou insensível à imoralidade que são os ordenados mais baixos mas uma política Robin Hood parece-me ainda mais contraproducente. Existe fuga ao fisco, compra de férias/carros/bens em nome da empresa e deslocalizações de empresas.

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  23. Ludwig,

    "Por que raio a banca portuguesa foi pedir 190 mil milhões ao estrangeiro só para o povinho comprar carros, jantar fora, e assim"

    Porque a entrada no euro assegurou um juro baixo, e um câmbio forte, que fez os portugueses acreditarem que podiam comprar tudo o que quisessem.


    Há, pelo menos, um homem a quem são devidas várias páginas nos manuais de economia: Prof. João Ferreira do Amaral; no tempo certo e contra a corrente, disse exactamente que este era o destino que nos esperava.

    "Mais intrigante ainda, como é que gastar muito não fez aumentar o PIB?"

    Sim, por causa dos caramelos. Porque as importações subtraem na conta do PIB. Porque 80% do que entra nas nossas casas foi "produzido" na Senhora da Boa Hora em Matosinhos ou na Amadora.

    "Em que números é que vês o consumismo desmesurado que fez a banca pedir 190 mil milhões de euros emprestado?"

    Por exemplo, o crédito imobiliário no Brasil representa 11% do PIB(que cresce a 7%). Em Portugal representa 70% do PIB(e está entre o parado e o negativo).

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  24. João Vasco

    "A economia é uma ciência"

    Não é. É como a História. Palpites e interpretações.

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  25. «Porque a entrada no euro assegurou um juro baixo, e um câmbio forte, que fez os portugueses acreditarem que podiam comprar tudo o que quisessem.»

    Nuno Gaspar, não quero corrigi-lo mas parece-me que quem fez os portugueses acreditar nisso foi a banca... De cultura financeira os portugueses só sabem o código do multibanco.

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  26. Foi também a banca (que hoje tem o barco nas rochas do crédito à habitação) a dar provimento ao pato-bravismo arquitectado pelo engenheiro do PS, mas o outro, o dos juros bonificados. Aquele que fugiu do pântano.

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  27. Alguém daqui já passou na Autoestrada Almeirim - Santo Estêvão?

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  28. Os anteriores comentários desviam de o que é o tema inicial.
    O link que o mamaeuquero apresentou é um bom exemplo de o que se tornou a dimensão de algumas empresas e do actual problema.

    A actual crise não se deve às disparidades de salários, é resultado de políticas de investimentos/endividamentos. E como se regula isto?

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  29. Nuno Gaspar,

    «Porque a entrada no euro assegurou um juro baixo, e um câmbio forte, que fez os portugueses acreditarem que podiam comprar tudo o que quisessem.»

    Se queres dizer que os banqueiros portugueses decidiram, no bom espírito de empreendedorismo, alavancar os seus investimentos com crédito barato, de acordo. Mas penso que não é correcto culpar a dona Deolinda do segundo esquerdo por isto.

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  30. nmhdias,

    «A actual crise não se deve às disparidades de salários, é resultado de políticas de investimentos/endividamentos. E como se regula isto?»

    Penso que os problemas estão interligados, se bem que a relação de causalidade não seja simples.

    Com muita assimetria o mercado encolhe, porque a maioria não tem dinheiro para comprar coisas e os poucos que têm dinheiro têm mais do que o que precisam para comprar carros, casas, etc. Isto faz com que o crédito seja mais usado em aplicações financeiras do que na indústria. Principalmente quando algumas empresas financeiras têm garantias dos Estados de que podem fazer burrices à vontade que depois o contribuinte paga.

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  31. Nuno Gaspar:

    A historia também é cientifica. Não é ciencia no sentido completo, mas é ciencia no sentido de que é baseada em pressupostos cientificos.

    Quando não, é fantasia.

    "Porque a entrada no euro assegurou um juro baixo, e um câmbio forte, que fez os portugueses acreditarem que podiam comprar tudo o que quisessem"

    TEns de ver que a produtividade não acompanhou a subida de salários. Isso é algo que raramente é falado e que tem imensa importancia. Basta pensar um pouco.

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  32. Nuno Gaspar:

    " Palpites e interpretações. "

    Não. A história na relidade assenta em apurar factos, cruzar informação, procura de verificação independente,etc.

    Não é uma ciencia completa porque não tenta fazer previsões, apenas descrever o passado.

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  33. Nuno Gaspar,

    Parece-me que o défice da balança de pagamentos hoje é semelhante ao que era em 2000, e o PIB também não subiu muito. Por isso não me parece que o que correu mal nesta última década tenha sido o consumo de bens estrangeiros por parte dos tugas em geral.

    A mim parece-me que o que nos lixou foi a forquilha economista da especulação financeira e os balúrdios para os amigos.

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  34. A todos:


    «Por isso não me parece que o que correu mal nesta última década tenha sido o consumo de bens estrangeiros por parte dos tugas em geral.

    A mim parece-me que o que nos lixou foi a forquilha economista da especulação financeira e os balúrdios para os amigos. »

    Exacto!

    Alguns dados a ter em atenção:

    http://2.bp.blogspot.com/-soPx-_D2D5g/TZBqoxucD8I/AAAAAAAAADM/TpLVM9CPeis/s1600/deficit_debt.

    (vindo daqui: http://krugman.blogs.nytimes.com/2011/03/27/the-euro-straitjacket/)


    http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.advisorperspectives.com%2Fcommentaries%2Fimages%2FSMP-Graphic-Debt-Deficit-450-chart-3_95354.gif&h=cfd6b

    Source: IMF World Economic Outlook, April 2010 Update. * Greece uses 2009 figures.

    Creio que estes dados lançam luz sobre o problema. A dívida pública de Portugal, e o défice orçamental, eram perfeitamente normais no contexto dos países da OCDE.

    Isto sugere que o problema está relacionado com a especulação financeira.
    E digo especulação no significado português do termo (transacção comercial imoral), e não no significado inglês (transacção comercial arriscada e potencialmente muito lucrativa).


    nmhdias:

    Dwight D. Eisenhower (presidente republicano) mantinha uma taxa marginal de 91% sobre os maiores rendimentos dos EUA.
    Hoje Obama mantém taxas inferiores a 35% sobre estes rendimentos.

    O espectro desviou-se tanto para a direita, tanto em Portugal (o Freitas do Amaral, hoje demasiado à esquerda para o PS, mantém os mesmos valores e princípios desde 74, pelo menos) como nos EUA, que nos dizem que um aumento de impostos sobre os mais ricos é o fim do mundo.

    Mas os impostos sobre os mais ricos já foram bem maiores, e a sociedade vivia um sólido aumento na sua prosperidade.
    É agora, quando abandonamos completamente este equilíbrio, privatizamos e desregulamentamos o sector financeiro à disparatada, que os problemas que ocorriam antes da regulamentação - avassaladores e extremamente prejudiciais - se repetem.

    Mas parace que não aprendemos a lição.

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  35. Ludwig,

    "Parece-me que o défice da balança de pagamentos hoje é semelhante ao que era em 2000"

    E acha que pode continuar indefinidamente?

    "A mim parece-me que o que nos lixou foi a forquilha economista da especulação financeira e os balúrdios para os amigos"

    Não é isso que faz os portugueses gastarem mais 10% do que produzem todos os anos.

    Mas onde é que está a dificuldade em compreender isto? Você ganha 1000, gasta 1100, ou muda de vida ou os seus filhos vão ter de pagar os seus luxos.
    Não invalida que haja muita especulação improdutiva e gatunice que agravam o problema.

    ResponderEliminar
  36. João Vasco,

    "Specifically, the reason Greece (and Ireland, and Portugal, and to some extent Spain) are in so much trouble is that by adopting the euro they’ve left themselves with no good way out of the aftereffects of the pre-2008 bubble"

    Isso era o que nós estávamos a dizer.

    ResponderEliminar
  37. João Vasco

    "A dívida pública de Portugal, e o défice orçamental, eram perfeitamente normais no contexto dos países da OCDE."

    Sim. Não quer dizer que os outros países europeus estejam muito melhor que nós. Quer dizer que Brasil, Russia, India e China vão passando ao largo a acenar no avião.

    ResponderEliminar
  38. «Quer dizer que Brasil, Russia, India e China vão passando ao largo a acenar no avião.»

    Que esses países cresçam depressa e bem não me parece nada mau. São milhões de pessoas a saír da pobreza, da miséria.

    O pior é se no processo nós adopatamos um conjunto de políticas que prejudicam a maioria da população para benefício de uma minoria, por oposição ao conjunto de políticas equilibradas que deram origem a décadas de crescimento sustentado nos países ricos, antes de desgulamentar todo o mercado financeiro, e privatizar até não sobrar nada.

    ResponderEliminar
  39. Nuno Gaspar,

    A dívida privada em Portugal é alta. Mas se olhares para o gráfico, vês que, ao contrário dos outros países com dívida privada baixa, a dívida das empresas é a maior fatia, com cerca de 2/3 do total. Ou seja, o dobro da dívida dos particulares.

    E nisso estamos iguaizinhos à Espanha.

    Quanto à balança de pagamentos, isso é uma coisa diferente. A dívida dos particulares é quase toda interna. Quem tem dívida externa por cá são os bancos e as empresas.

    Se calhar um pouco menos de empreendedorismo tinha-nos feito bem...

    ResponderEliminar
  40. "A dívida dos particulares é quase toda interna. Quem tem dívida externa por cá são os bancos e as empresas."

    Ludwig, que se passa contigo? Os bancos são meros comissionistas. É óbvio que os particulares endividaram-se com os bancos de cá que se endividaram com os bancos de lá.

    ResponderEliminar
  41. Nuno Gaspar,

    «Ludwig, que se passa contigo? Os bancos são meros comissionistas. É óbvio que os particulares endividaram-se com os bancos de cá que se endividaram com os bancos de lá.«

    Não é assim tão óbvio que os bancos de cá tenham sido forçados a contrair dívidas sob pressão da dona Deolinda do segundo esquerdo.

    Parece-me mais óbvio que os bancos de cá tenham tentado aproveitar o crédito dos bancos de lá para impingir coisas à dona Deolinda. Por exemplo, nos centros comerciais a perguntar se ela queria um cartão de crédito. Ou em cartazes na paragem do autocarro com anúncios às suas maravilhosas condições de crédito à habitação.

    Isto é importante porque se vires as coisas desta forma verás que a situação não se deveu à gula da dona Deolinda mas sim à ganância dos banqueiros. Que até sabiam o que estavam a fazer, porque mesmo os que são despedidos ganham balúrdios...

    ResponderEliminar
  42. Discurso de Obama, pequeno snippet:

    America’s finances were in great shape by the year 2000. We went from deficit to surplus. America was actually on track to becoming completely debt free, and we were prepared for the retirement of the Baby Boomers.

    But after Democrats and Republicans committed to fiscal discipline during the 1990s, we lost our way in the decade that followed. We increased spending dramatically for two wars and an expensive prescription drug program — but we didn’t pay for any of this new spending. Instead, we made the problem worse with trillions of dollars in unpaid-for tax cuts — tax cuts that went to every millionaire and billionaire in the country; tax cuts that will force us to borrow an average of $500 billion every year over the next decade.

    To give you an idea of how much damage this caused to our nation’s checkbook, consider this: In the last decade, if we had simply found a way to pay for the tax cuts and the prescription drug benefit, our deficit would currently be at low historical levels in the coming years.

    But that’s not what happened. And so, by the time I took office, we once again found ourselves deeply in debt and unprepared for a Baby Boom retirement that is now starting to take place. When I took office, our projected deficit, annually, was more than $1 trillion. On top of that, we faced a terrible financial crisis and a recession that, like most recessions, led us to temporarily borrow even more.


    http://motherjones.com/kevin-drum/2011/04/just-simple-truth

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  43. Pequenas notas:

    Taxar os ricos? Tudo bem. Agora faz as contas e vê lá o que isso poupa...

    Mas por mim...

    Taxar os bancos?

    Mais importante seria criar regras com menos "excepções" e "complicações". Dessa maneira verias a receita fiscal a subir brutalmente.

    Eu cá votava em quem simplificasse a burucracia para algo dez a vinte vezes mais pequeno, de modo a pôr as dezenas de milhares de advogados que trabalham para o governo (e outros contra o governo) no olho da rua. Não é algo pessoal é algo sobre a eficiência. De modo a que um pobre não fosse prejudicado por não perceber de economia e finanças, em relação a alguém mais informado e abastado.

    Todo o tipo de regras, simplex, simplex, simplex, vezes 100.

    Quando tivéssemos um país com regras simples, eficientes, eficazes e sem possibilidades de manobras pelas portas traseiras, talvez isto começasse outra vez a andar.

    ResponderEliminar
  44. Barba,

    Nisso de simplificar estou de acordo. Um imposto único, sobre todos os dividendos, seja salário, acções, mais valias, o que for. E uma prestação social única, um ordenado de cidadão igual para todos.

    Depois acabava-se com o controlo dos preços, seja nos ordenados seja nas rendas da casa e afins, e liberalizava-se os contratos de trabalho.

    E penas de prisão ou serviço comunitário obrigatórias nos casos de evasão fiscal, seja de particulares seja de empresas.

    E nota que não é taxar os bancos ou as empresas. É taxar as pessoas. Se um banco tem um lucro grande, taxa-se toda a gente a quem esse lucro dá dividendos e pronto.

    (melhor ainda seria taxar o dinheiro que se tem em vez do dinheiro que se ganha, mas para isso era preciso um sistema fiscal unificado no mundo todo...)

    ResponderEliminar
  45. Ludwig

    "Parece-me mais óbvio que os bancos de cá tenham tentado aproveitar o crédito dos bancos de lá para impingir coisas à dona Deolinda."

    Coitadinha da Dona Deolinda... tão volúvel...
    Precisa mesmo de ter um juro alto para se controlar.
    É assim, no Brasil; Taxa de Juro 6% acima da inflação. Com a Euribor abaixo da inflação, agora com uma diferença de 3%, ´tá visto que a Dona Deolinda não se segura, só quando no balcão observa um dedo indicador a dizer que não há mais.


    "Eu cá votava em quem simplificasse a burucracia para algo dez a vinte vezes mais pequeno, de modo a pôr as dezenas de milhares de advogados que trabalham para o governo (e outros contra o governo) no olho da rua"

    Avé Barba. 100% de razão.
    Um dos maiores problemas do país é o peso excessivo que os formados em direito têem na vida pública. Se aparecer um partido político interdito a advogados voto nele.

    ResponderEliminar
  46. Nuno Gaspar,

    «Coitadinha da Dona Deolinda... tão volúvel...
    Precisa mesmo de ter um juro alto para se controlar.»


    Parece-me bem mais razoável colocar limites à alavancagem da banca do que responsabilizar o cidadão comum pelo défice externo...

    ResponderEliminar
  47. Avé Barbude os que vão ficar falidos te saludam. 42% de razão.
    Um dos maiores problemas do país é o peso excessivo que os licenciados em qualquer merda têem na vida pública.

    Gastei a manhã a tentar obter umas plantas numa câmara qualquer
    o senhor doutor sociólogo está no all garve numa conferência
    a câmara paga

    como pagou a defesa da Fatinha felgueiras

    quando 2 professores universitários (daqueles que só assistem) a 3000 e qualquer coisa por mês algures no norte do país compram uma casa por 500mil euros e pagam 15mil em juros e 10mil em amortização nos primeiros 5 anos e compram carros novos de 2 em 2 anos
    e têm 2 empregadas a tempo parcial para cuidar das larvas
    e limpar a casa (ambas de importação)

    o qué que acontece se o instituto universitário que se chama agora universidade lhes cortar 7200 euros por ano?

    obviamente vão buscar às poupanças...
    pois esqueceram-se de as fazer

    ResponderEliminar
  48. Qualquer país vive de regras

    se eu ficasse a dever há 100 anos na Inglaterra ia prá cadeia

    Quando se fala de taxar os ricos

    Hoje um indiano (gente simples que vive ali prás bandas do Krippahl
    mas importa aí uns 200milhões de euros por ano estava a fazer piadas de portugueses

    What I can sell to the portuguese
    nothing

    they are dead...

    não tem grande graça....mas o pessoal fingia que achava graça

    abastece o pessoal do Martim Moniz com as sobras que não mete na Europa
    o mercado aqui é residual

    quando está cá vive num apartamento de 2ª
    apesar de ter uma % sobre os 200 milhões que vende

    provavelmente 5% mas mesmo que só ganhasse 3%
    seriam 6 milhões de euros por ano

    paga quanto de IRS ? 0
    não fala puto de português e vive na península há 15 anos
    e tem passaporte português
    e um genuíno
    e não nasceu em Goa....logo essa de irem parar à cadeia umas semanas

    como a fatinha que apanhou 1 ano e meio
    é cá uma ameaça

    ora vão-se catar seus Pá lermas que se habituaram a viver num estado com direitos a mais

    e direitos muito enroladinhos

    ResponderEliminar
  49. Caro Ludi,
    Bravo pelos teus posts recentes sobre a obsessão noticiosa nacional (e internacional) do momento - a crise económica - e que ajudam a desconstruir a verdadeira treta que os média (institucionais) e os políticos nos impingem a toda a hora. Basta ver como ficam incomodados os fundamentalistas da cartilha neo-liberal pelo teor dos comentários que aqui têm deixado.
    Proponho alguns links para blogs, posts ou notícias que desmascaram a verdadeira ‘lavagem ao cérebro’ a que somos submetidos diariamente sobre a inevitabilidade da ‘ajuda externa’ e das medidas de austeridade:
    http://www.attac.es/crimenes-economicos-contra-la-humanidad/
    http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=14470:os-super-ricos-do-mundo&catid=100:outras-vozes&Itemid=21
    http://areiadosdias.blogspot.com/2011/04/estrategia-da-aranha-os-mercados.html
    http://www.democracynow.org/2011/4/7/nobel_economist_joseph_stiglitz_assault_on
    http://theautomaticearth.blogspot.com/

    Isto só vai lá com uma tomada de consciência da verdadeira natureza desta crise - uma profunda crise de valores - e da absoluta necessidade de mudarmos de vida, de modelo de sociedade e de modo de encarar o dinheiro. O crescimento económico é não só insustentável, como o bem-estar que traz é puramente ilusório (ver p. ex. artigo da Nature: doi:10.1038/468370a). A minha esperança está nos movimentos sociais que já estão a acontecer, mesmo em países onde tal não é habitual como os EUA. Por cá já vai mexendo alguma coisa (http://portugaluncut.blogspot.com/ ; http://www.facebook.com/forum.das.geracoes). E ainda bem, porque não serão certamente os actores do sistema a mostrar-nos o caminho, como ficou bem patente no documento divulgado a semana passada promovido por 37 figuras nacionais (ex-presidentes, políticos, empresários, arquitectos, sociólogos e até cientistas!):
    http://aeiou.expresso.pt/exclusivo-expresso-um-compromisso-nacional=f642722
    Abraço,
    Álvaro
    http://transicao_ou_disrupcao.blogs.sapo.pt/

    ResponderEliminar
  50. um sistema económico é mutável

    mas nenhum sistema moderno se pode regionalizar

    ResponderEliminar
  51. temos uma crise demográfica

    e são os excedentes dos chinocas indianos e restantes que nos subsidiam


    pensar doutro modo num sistema em que se trocam bens que não produzimos mas consumimos (entre aspas que eu nem telemóvel nem mercedes nem cartão de crédito)...logo

    ResponderEliminar
  52. "Parece-me bem mais razoável colocar limites à alavancagem da banca do que responsabilizar o cidadão comum pelo défice externo..."

    Também dá p'ra fazer mas é mais complicado. Subir juros é a chave inglesa.

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  53. O Gaspar parece ter dúvidas de que os bancos empurram crédito para cima dos clientes... Será que nunca foi abordado pelas meninas do Citibank, nunca recebeu por correio propostas de cartões, propostas de financiamento disto e daquilo, um fantástico cheque no valor de 35.000€ à ordem do Ex.mo Sr. Nuno António Gaspar Parente daqueles que basta levantar na agência e já está?

    Ainda agora, que se fala em fortes restrições no crédito aos particulares, continuamos a ser aliciados por esse tipo de “austeridade”. Não percebo o que não percebe, Gaspar.

    E esse mecanismo de subir os juros para reduzir o acesso ao crédito é quase exterior à relação entre banco e cliente, em que o banco “oferece” e o cliente aceita. Os juros altos apenas tornam o “leverage” mais difícil, os bancos e os clientes são os mesmíssimos.

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  54. Como não acreditam na Bíblia, quando fala da criação e da história de Babel, os cientistas ainda andam à procura de uma explicação naturalista para o mistério da origem da linguagem e das línguas

    Nas suas palavras:

    "About 6,000 languages are spoken today worldwide. How this wealth of expression developed, however, largely remains a mystery".

    Também aqui a resposta está em Génesis...

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  55. O Big Bang, o mito cosmológico da modernidade, tem os dias contados

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  56. Artigo interessante que mostra que as capacidades físicas, intelectuais e espirituais do ser humano excedem largamente o necessário para a sobrevivência e reprodução e corroboram a dignidade transcendente do ser humano...

    ResponderEliminar
  57. "Artigo interessante que mostra que as capacidades físicas, intelectuais e espirituais do ser humano excedem largamente o necessário para a sobrevivência e reprodução e corroboram a dignidade transcendente do ser humano..."


    As capacidades físicas, intelectuais e espirituais do elefante excedem largamente o necessário para a sobrevivência e reprodução e corroboram a dignidade transcendente do elefante.

    ResponderEliminar
  58. "O Big Bang, o mito cosmológico da modernidade, tem os dias contados"

    Aldrabão. Iliterado.

    ResponderEliminar
  59. "Também aqui a resposta está em Génesis..."

    Outra resposta que de facto está em Genesis é o facto de tu seres um idiota chapado. E, aldrabão, o jesus nunca acabou com as leis antigas, por isso acho bem que amanhã queimes um cabrito em holocausto ou vais ser apedrejado por crime de desobediência ao senhor...

    ResponderEliminar
  60. Os crioulos tb derivam da torre de Babel?

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  61. Gaspar, outra coisa de que me estava a esquecer sobre actividade bancária.

    A dona Deolinda do segundo esquerdo, apesar do analfabetismo financeiro, insistiu imenso junto do seu banco para “depositar” as suas poupanças num produto estruturado. É verdade! O banco, muito contrariado - mesmo muito contrariado - lá deixou e a dona Deolinda entrou nos BRIC.

    Sacana, a dona Deolinda! E nós a culparmos os bancos pelas decisões dos clientes. Que indecentes, nós.

    ResponderEliminar
  62. Em Portugal existe um valor reduzido de crédito ao consumo se compararmos com os outros países da OCDE.
    E mesmo o crédito à habitação não tem um valor anormal.

    Este problema foi mesmo devido à especulação e à falta de regulação do mercado financeiro. Não foi por acaso que a sua origem, tal como em 1929, esteve em Wall Street, em 2008.

    Mas esta crise avassaladora, mesmo com uma bandeirinha a dizer "o capitalismo desregulado dá nisto" tem sido usada para atracar o estado social, e o papel do estado na economia.
    O poder da propaganda é avassalador.

    ResponderEliminar
  63. «Em Portugal existe um valor reduzido de crédito ao consumo se compararmos com os outros países da OCDE.»

    Jota,

    estou apenas a ilucidar o Gaspar, que parece estar convencido de que quem decide a política de endividamento é o cliente do banco.

    ResponderEliminar
  64. Sligthly off topic, mas interessante. É um pouco tudo aquilo que as pessoas pensam sobre a Gestão mas não têm lata de dizer...

    Via Boing Boing.

    ResponderEliminar
  65. (elucidar, gaita)


    Jota,

    Em todo o caso, o malparado na habitação parece que já passou os 2 mil milhões...

    ResponderEliminar
  66. Olá Álvaro,

    Obrigado pelo comentário e pelos links. Eu não ia tão longe como exigir alterações profundas ao modelo da sociedade. Concordo que temos de moderar o consumo – as alternativas não dão para tudo – também acho que a nossa visão do dinheiro vai mudando gradualmente conforme o dinheiro se torna cada vez menos importante na nossa vida, excepto para quem é pobre ou para quem sofre de ganância crónica. Mas de resto penso que este modelo de mercado de um lado e Estado do outro é razoável e pode funcionar bem.

    O que me parece importante corrigir é a relação entre o Estado e os negócios. Neste momento é o mercado que regula os Estados, em vez de ser o contrário. Isso não só destrói a democracia como associa ao dinheiro um enorme poder político, aumentando a ganância. É isso que tem de mudar com urgência.

    ResponderEliminar
  67. Nuno Gaspar,

    «Também dá p'ra fazer mas é mais complicado. Subir juros é a chave inglesa.»

    Parece-me mais simples para o Estado português regular a alavancagem da banca privada portuguesa do que regular as taxas de juro que o BCE impõe...

    ResponderEliminar
  68. Bruce,

    «Em todo o caso, o malparado na habitação parece que já passou os 2 mil milhões...»

    E vai disparar, se implementarem mais medidas de austeridade. Depois dizem que o pessoal foi irresponsável porque se endividou sem contar com despedimentos, aumentos no IVA ou cortes nos salários...

    ResponderEliminar
  69. Francisco,

    É mesmo isso. Uma vez dei uma olhada nuns livros desses, não sei se era "business", se era "management" ou se era "marketing". Pareceu-me que o único bom negócio ali era a venda dos livros...

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  70. Nisso de simplificar estou de acordo. Um imposto único, sobre todos os dividendos, seja salário, acções, mais valias, o que for. E uma prestação social única, um ordenado de cidadão igual para todos.

    Depois acabava-se com o controlo dos preços, seja nos ordenados seja nas rendas da casa e afins, e liberalizava-se os contratos de trabalho.

    E penas de prisão ou serviço comunitário obrigatórias nos casos de evasão fiscal, seja de particulares seja de empresas.

    E nota que não é taxar os bancos ou as empresas. É taxar as pessoas. Se um banco tem um lucro grande, taxa-se toda a gente a quem esse lucro dá dividendos e pronto.


    Ludwig a presidente!

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  71. «E vai disparar, se implementarem mais medidas de austeridade.»

    Seguramente. É curioso que na altura do bailout ao BPN falava-se muito no “efeito sistémico” da falência, no risco monumental que isso significava para todo o tecido da economia. Agora afiam-se as facas para esfolar os cidadãos numa escala incomparável e não há risco de efeito sistémico que nos ampare... há austeridade. Há a necessidade imperiosa e inescapável de nos fazer regressar à sustentabilidade, agora também no discurso do próprio governo. O mesmo do BPN.

    E no meio disto nem uma cabeça rola! Dos nossos míseros representantes nem um responsável estoira de vergonha. Nem um só incompetente abandona a carcaça pelo seu próprio pé... Está bem que as agências de rating tal e coiso, que a desregulação coiso e tal, mas... e os palermas que nos puseram a jeito? Vão todos recandidatar-se? Mais umas eleiçõezinhas? Mais uma fornada de boys a sugar na obesidade mórbida de um orçamento já sem pinga de sangue? Que miséria, agora mesmo. Que vergonha de gente.

    ResponderEliminar
  72. «Ludwig a presidente!»

    Cuidado, Barba. Se elegerem alguém inteligente para nos governar, no dia seguinte acaba-se o futebol na parvónia.

    ResponderEliminar
  73. Bruce,

    Não te preocupes. Presidente é o que discursa no Natal a seguir ao Policarpo. Não manda nada nisso do futebol. Ou seja no que for, ao que parece.

    ResponderEliminar
  74. O que é surpreendente é a falta de capacidade de análise em putos tão esclarecidos e inundados de diplomas

    Há 1200 arquitectos e engenheiros portugueses no Brasil
    alguns acumularam pequenas fortunas
    10 ou 20 milhões de reais
    empregam alguns 50 a 100 pessoas
    investem e não gastam em luxos e jantaradas milionárias
    como câmaras municipais que gastam em papaia e camarão importado e tostas com caviar 20 a 50mil euroks

    Eu não ia tão longe como exigir alterações profundas ao modelo da sociedade....está óptima...


    Concordo que temos de moderar o consumo...mas essa geração de filhos família que teve bens de consumo à fartazana desde spectrum's a outros bens de reciclagem rápida vai reduzir como ?

    também acho que a nossa visão do dinheiro vai mudando gradualmente conforme o dinheiro se torna cada vez menos importante na nossa vida
    o dinheiro significa capacidade de ter opções
    o dinheiro é um meio de troca que permite a 7 milhões de citadinos comerem à custa de pouco mais de um milhão de rurais envelhecidos
    o que em caso de sismo haiti style dá jeito
    ou a bancarrota argentina style
    morreram 500 pessoas de fome num dos maiores exportadores agrícolas do mundo

    um indivíduo que esteja no desemprego há uma semana pode dar-se ao luxo de permanecer uns meses sem nada fazer

    excepto para quem é pobre ou para quem sofre de ganância crónica....
    quem não tem a protecção de estar empregado para a vida
    como num kolkhoze estalinista

    em 1988 um salário de 50 contitos era nice

    passados 23 anos valem 1356 euros e 68 cêntimos

    ou seja 23 anos em certificados de aforro
    compram menos hoje do que há 23 anos

    há 23 anos davam um carro em 2ª mão ou aí uns 11 meses de pensão
    (quartos alugados= pensão)

    hoje ainda dão mais ou menos a mesma coisa
    compram muito mais chocolate
    mas compram menos quilos de farinha carne

    davam para 200 pizzas a 250$ havia pizzarias in florescimento rápido

    agora devem dar para menos....quanto é que custa uma no pizza hut

    em contrapartida dá para quase um milhar de pizzas congeladas (das do minipreço)
    coisa que...enfim é difícil "falar2 (encontrar pontos de contacto)

    com A GERAÇÃO SUPER MIMADA

    ResponderEliminar
  75. E digo mesmo mais

    Super Supper Mamada bão mas é prá estiva...

    que na gandaia tá muito cheio

    ResponderEliminar
  76. Nicolau Santos, no Expresso, acompanha os comentários do ktreta.

    ResponderEliminar
  77. Bolas atão o home tem pouco pra fazer

    e nem sequer está de volta ó desemprego como io

    técnicamente ainda estou trabalhando

    na prespectiva krippahlista não estou

    porque isso implica contrato e remuneração

    e ambas acabaram há deixa ver:ocho dias?

    se acompanhar comentários é trabalhar

    então sou um super-trabalhador

    ResponderEliminar
  78. Atenção por favor!!

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  79. Atenção por favor!!

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    Obrigado e que Deus abençoe.

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    Reg. n º: (Z720923X).

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  80. têm o prazer de o(a) convidar a participar na conferência/debate subordinada ao tema:


    Prof. João Duque
    ISEG

    Dia 13 de Maio, 6ª feira, 14h30, auditório do pavilhão A da Escola Secundária Daniel Sampaio
    Inscrições junto dos professores de Economia e Contabilidade
    A organização emite um certificado de presença aos participantes que o solicitarem

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