sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Treta da semana: ironias.

Segundo a revista Máxima, os ateus são «uma raça em extinção»(1). «Para os ateus é o cúmulo da ironia. A evolução, o processo que acreditam ser o único responsável por criar a humanidade, parece estar a discriminar os não-crentes e a favorecer os religiosos.» Irónico, e triste, é não perceberem o que escrevem. Parece-me que a pessoa que escreveu isto se limitou a copiar partes da versão preliminar da notícia, publicada no blog do Michael Blume (2).

O Michael Blume (e não “Blumer”), recolheu dados demográficos de comunidades religiosas e de vários países, e notou uma forte correlação entre religiosidade e o número de filhos por mulher. Em média, pessoas que participam regularmente em cultos religiosos têm mais filhos do que aqueles que não praticam qualquer religião. E estes últimos, com uma média de 1.7 filhos por mulher, estão abaixo do necessário para manter a população.

Segundo a Máxima, «em escalas de tempo evolutivas de centenas ou milhares de anos, as pessoas com fortes crenças religiosas tendem a ter mais filhos [...], ao contrário dos ateus, cujas sociedades estão condenadas a desaparecer.» Mas isto assume que as crianças não se conseguem livrar da religião dos pais. É o que acontece em países com pressões legais, culturais ou económicas para que as pessoas dependam de comunidades religiosas, mas em populações mais prósperas e com mais educação há muitos ateus vindos de famílias religiosas.

Baralhando-se ainda mais, a notícia na Máxima acrescenta que «Todos estes argumentos entram em contradição com as opiniões dos biólogos evolucionistas […] que afirmam que a religião é como um vírus que infecta as pessoas.» Isto é falso, porque a religião não está nos genes. Tem de ser transmitida culturalmente. Portanto, não basta a uma religião aumentar a taxa de fertilidade dos fiéis; precisa também de se transmitir das mentes dos pais para as mentes dos filhos. Não são duas teorias contraditórias mas sim dois passos no mecanismo de propagação das religiões.

O que, se for irónico para alguém, não será para os ateus. Um argumento comum dos defensores de qualquer religião é que as suas crenças devem ser verdadeiras porque há tanta gente a acreditar nelas. À parte de haver sempre mais gente a acreditar noutras, pois nenhuma religião tem sequer 50% da quota de mercado, resultados como este revelam uma explicação mais simples. Há muita gente a acreditar nessas coisas porque são crenças que se espalham pelas populações. Não prosperam por obra e graça de qualquer divindade. Propagam-se pelos mesmos mecanismos evolutivos que nos dão a anemia falciforme e as gripes sazonais.

Mas talvez o mais irónico seja a consequência de não perceberem a evolução. Durante milhares de milhões de anos, toda a vida na Terra foi moldada e empurrada pela competição, entre os genes, por lugares nas gerações vindouras. Por sorte, o nosso ramo da família cresceu para o lado de um cérebro grande, permitindo-nos compreender este processo e libertando-nos da tirania dos replicadores e da reprodução. Somos a única espécie com o potencial para contrariar o que os genes mandam. Com a contracepção podemos planear quantos filhos temos, se os temos, e gerir o nosso impacto no meio ambiente em vez de deixar os genes carregarem-nos às cegas para um precipício malthusiano.

Estas religiões são prolíferas à custa de ignorar este mecanismo e o perigo de ser escravo dos replicadores. Sejam genes, sejam memes. É esse o maior perigo de extinção. Foi essa corrida desenfreada pela reprodução, sem plano ou inteligência, que extinguiu quase todas as espécies que já existiram neste planeta. E se todos os humanos se puserem a crescer e multiplicar-se, lá se vai a nossa também.

1- Máxima, Ateus, uma raça em extinção
2- Biology of Religion, Atheists a dying breed as nature 'favours faithful' - Sunday Times Jan 02 2011 - Jonathan Leake - Full Draft Version

26 comentários:

  1. em escalas de tempo evolutivas de centenas ou milhares de anos, as pessoas com fortes crenças religiosas tendem a ter mais filhos [...], ao contrário dos ateus, cujas sociedades estão condenadas a desaparecer

    partindo do princípio que é uma construção social

    de resto nunca houve sociedades de ateus

    até Estaline comungou com os ortodoxos enquanto durou a 2ªguerra

    até Enver Hoxha não o conseguiu

    logo muita falsa premissa

    Foi essa corrida desenfreada pela reprodução, sem plano ou inteligência, que extinguiu quase todas as espécies que já existiram neste planeta?

    foi ? coitaditos dos insectos e das bactérias tão extintos?

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  2. "Com a contracepção podemos planear quantos filhos temos, se os temos, e gerir o nosso impacto no meio ambiente em vez de deixar os genes carregarem-nos às cegas para um precipício malthusiano"

    Lamentavelmente não vamos ter essa sorte.

    A contracepção vai aumentar na população os genes que levam as pessoas a ter mais filhos.

    No passado a principal causa de termos filhos era a líbido. A anticonpceão ao separar o prazer sexual da procriação torna o prazer sexual tão útil como os olhos para quem vive nas profundezas das grutas. Sim é uma pena mas isso não existe para a gente se divertir.

    Nas sociedades que praticam a anti concepção de modo regular, estamos apenas a enriquecer as gerações em genes que de algum outro modo estimulam os comportamentos que favorecem a procriação.

    Qual serão esses comportamentos? Tenho muito medo de prever a evolução, mas a resposta mais óbvia é desenvolver nas pessoas um desejo de ter filhos por si só. Esse sentimento já existe, o que é visível nalguns casais sem filhos, mas deverá tornar-se dominante, e deverá desenvolver-se no sentido de querer ter muitos filhos. Darwin não dorme.

    Mas outros desenvolvimentos ainda mais catastróficos poderão acontecer. Uma disposição genética dos filhos obedecerem aos pais, mais do que se passa actualmente, poderá ser a resposta da evolução.

    Malthus terá o seu dia.

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  3. Ludwig,

    Um argumento comum dos defensores de qualquer religião é que as suas crenças devem ser verdadeiras porque há tanta gente a acreditar nelas.

    Ui. Mais projecção. São vocês que dizem que a teoria da evolução "deve ser verdadeira" porque a maior parte dos "cientistas" tem fé nela. São vocês que dizem que o ateísmo "deve ser verdadeiro" porque quanto mais educação se tem, maiores são as probabilidades de se ser ateu (pese embora a causa da desproporcional presença de ateus na classe académica não ser a inteligência mas a indoutrinação universitária que sofreram).

    Não, Ludwig, não é "um argumento comum dos defensores de qualquer religião" a posição de que as suas crenças "devem ser verdadeiras porque há tanta gente a acreditar nelas".

    Com a excepção de alguns muçulmanos, não conheço outro grupo religioso que use este argumento.

    Além disso, isto não pode ser crença de "qualquer religião" porque há religiões que são manifestamente pouco representadas (pelo menos no ocidente). Essas religiões nunca usariam o seu número como forma de validação porque isso seria um argumento contra elas.

    Pondo de parte este óbvio erro, as alegações que te propuseste a refutar são interessantes. Parece que a evolução favorece aqueles que menos aceitam e mais lutam contra a teoria da evolução. Situação curiosa.

    mas em populações mais prósperas e com mais educação há muitos ateus vindos de famílias religiosas.

    Mas a existência de "muitos ateus vindos de famílias religiosas" não invalida o facto dos ateus estarem a perder a guerra demográfica, principalmente a guerra demográfica contra os vossos amigos muçulmanos. (Amigos no anti-Cristianismo).

    Eu li num post que só para manter o crescimento igual ao dos religiosos, os ateus tem que manter todos os seus filhos dentro do ateísmo e ainda ir buscar uma em cada 3 crianças de famílias religiosas.
    Atenção que isto é para acompanhar o crescimento.

    Talvez esta necessidade demográfica explique o "evangelismo" dos militantes ateus (professores de "pensamento crítico" incluídos). :-)

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  4. ah, Ludwig, Malthus estava errado. Não há problema de "sobrelotação" na Terra. Pode haver nas grandes cidades, mas não no planeta.

    http://www.youtube.com/watch?v=vZVOU5bfHrM&feature=channel

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  5. Sem diversidade de religiões, sem ateus, sem agnósticos, sem críticos, sem cismas dentro das religiões, sem inimigos, o que seria a Verdade? O triunfo da Verdade é a pessoa séria e honesta que acredita que nem tudo pode ser um jogo de palavras e com o seu melhor empenho tenta compreender o que há para além delas, o que elas escondem e revelam, o que não querem dizer e o que querem dizer.

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  6. És um dramático, Ludwig. Vai tudo correr bem, não te preocupes tanto ;)

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  7. Essa revista é um trash total, junto com a Sábado e o CM. Nem entendo por que raio te dás ao trabalho de comentar algo que só cabeças "túnel de vento" levam a sério.
    Sinto-me realmente triste por viver numa sociedade em que se moldam mulheres segundo os padrões editoriais de revistas que fazem da qualquer jornal desportivo um triunfo do génio humano.

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  8. REPAREM NOS DISPARATES DO LUDWIG:

    "Mas talvez o mais irónico seja a consequência de não perceberem a evolução."

    O Ludwig é que percebeu bem: "gaivotas dão... gaivotas", "lagartos dão... lagartos", "pelicanos dão...pelicanos", etc.

    Todos os exemplos de evolução que o Ludwig trouxe ao debate resumem-se a isto.



    Durante milhares de milhões de anos, toda a vida na Terra foi moldada "e empurrada pela competição, entre os genes, por lugares nas gerações vindouras."

    É pena afirmar isso sem demonstrar. Como ninguém estava lá para ver isso, seria bom que fossem apresentadas provas...

    De preferência que não se reduzissem a "gaivotas dão gaivotas"...

    "Por sorte, o nosso ramo da família cresceu para o lado de um cérebro grande,"

    Apelar à sorte não é provar nada. Isso não é ciência. Isso não é nada. Nunca ninguém viu a vida a surgir "por sorte" ou uma espécie a transformar-se noutra "por sorte"...


    "...permitindo-nos compreender este processo e libertando-nos da tirania dos replicadores e da reprodução."

    Isso é afirmar uma coisa sem a demonstrar...


    "Somos a única espécie com o potencial para contrariar o que os genes mandam."

    Também podemos dizer que somos a única espécie criada à imagem e semellhança de um Deus moral e racional...


    "Com a contracepção podemos planear quantos filhos temos, se os temos, e gerir o nosso impacto no meio ambiente em vez de deixar os genes carregarem-nos às cegas para um precipício malthusiano."

    O facto de existir a possibilidade de planeamento familiar não prova a evolução, já que ele pode ser praticado mesmo que tenhamos sido criados por Deus...

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  9. LUDWIG KRIPPAHL (LK), O INCAUTO CIDADÃO (IC) AS “ALEGAÇÕES INFUNDADAS DOS CRIACIONISTAS”, O “MÉTODO CIENTÍFICO”, O “CONSENSO DOS BIÓLOGOS” E A SUA “ABORDAGEM DOS PROBLEMAS”

    LK: Sabes, estou convencido que os micróbios se transformaram em microbiologistas ao longo de milhões de anos e que os criacionistas fazem alegações infundadas acerca dos factos.

    IC: A sério? Grandes afirmações exigem grandes evidências!!

    Quais são as tuas? Se forem realmente boas, convencerão certamente os criacionistas!

    LK: É simples! O meu “método científico”, o meu “naturalismo metodológico”, o meu “empírico”, a minha “abordagem dos problemas”, o “consenso dos biólogos” são infalíveis. Se os criacionistas soubessem bioquímica, biologia molecular, genética, etc., poderiam observar que:

    1) moscas dão… moscas

    2) morcegos dão… morcegos

    3) gaivotas dão… gaivotas

    4) bactérias dão… bactérias

    5) escaravelhos dão… escaravelhos

    6) tentilhões dão… tentilhões

    7) celecantos dão… celecantos (mesmo durante supostos milhões de anos!)

    8) guppies dão… guppies

    9) lagartos dão… lagartos

    10) pelicanos dão… pelicanos (mesmo durante supostos 30 milhões de anos!)

    IC: Mas...espera lá! Não é isso que a Bíblia ensina, em Génesis 1, quando afirma, dez vezes, que os seres vivos se reproduzem de acordo com o seu género? Os teus exemplos nada mais fazem do que confirmar a Bíblia!

    LK: Sim, mas os órgãos perdem funções, total ou parcialmente, existem parasitas no corpo humano e muitos seres vivos morrem por não serem suficientemente aptos…

    IC: Mas…espera lá! A perda total ou parcial de funções não é o que Génesis 3 ensina, quando afirma que a natureza foi amaldiçoada e está corrompida por causa do pecado humano? E não é isso que explica os parasitas no corpo humano ou a morte dos menos aptos? Tudo isso que dizes confirma Génesis 3!

    Afinal, os teus exemplos de “método científico”, “naturalismo metodológico”, “empírico”, “abordagem dos problemas”, “consenso dos biólogos” corroboram o que a Bíblia ensina!! Como queres que os criacionistas mudem de posição se os teus argumentos lhes dão razão?

    Não consegues dar um único exemplo que demonstre realmente a verdade aquilo em que acreditas?

    LK: …a chuva cria informação codificada…

    IC: pois, pois… as gotas formam sequências com informação precisa que o guarda-chuva transcreve, traduz, copia e executa para criar máquinas para fabricar disparates no teu cérebro… cá para mim estás chumbado a pensamento crítico!


    P.S. Todas as “provas” da evolução foram efectivamente usadas pelo Ludwig!

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  10. O CÉREBRO HUMANO: SORTE OU DESIGN INTELIGENTE?


    Há alguns anos atrás, a American Association for the Advancement of Science, em Boston, reuniu-se em Boston para tratar a questão da evolução do cérebro.

    Nessa reunião, Richard Lewontin, um conhecido evolucionista naturalista ateísta de Harvard, admitiu publicamente que os cientistas estão totalmente às escuras em matéria de evolução do cérebro, não fazendo a mais pequena ideia acerca do modo como o cérebro, com a sua complexidade e capacidade massiva, alguma vez poderia ter evoluído com base em mutações aleatórias e selecção natural.

    O pessimismo de Richard Lewontin baseava-se nalguns pontos fundamentais, como sejam:

    1) impossibilidade de deduzir com certeza as linhas de ancestralidade a partir dos fósseis dos supostos hominídios;

    2) dificuldade na interpretação dos fósseis (Lewontin confessou não fazer a mais pequena ideia do significado da capacidade craniana de um fóssil de um suposto hominídio);

    3) dúvidas sobre a determinação dos hominídios que andavam erectos.

    Isto, note-se, apesar dos milhares de trabalhos científicos publicados em revistas científicas e das incontáveis primeiras páginas da revista National Geographic.

    O cérebro humano é uma maravilha de design, que a teoria da evolução não consegue explicar.

    Não basta fazer uma sequência de cérebros menores para os maiores e esperar que isso prove a evolução!

    Hoje sabe-se que mesmo os cérebros dos insectos são responsáveis por feitos notáveis, o mesmo sucedendo com cérebros de aves, répteis, cetáceos, etc.

    Pelo menos nesta matéria, o tamanho não é importante.

    Um artigo recente estimou que o número total de células nervosas do cérebro humano, ou neurónios, é de cerca de 100 mil milhões.

    Nesse artigo, o número de conexões neuronais (sinapses) é estimada em cerca de 500 triliões (5 x 10^14).

    Por sua vez, o número de ligações nervosas feitas em cada segundo foi estimada em 1 milhão. Sua capacidade de processamento foi estimada em 100 triliões de instruções por segundo (10^14).

    Trata-se de estimativas, que podem divergir aqui e ali de outras, embora todas apontem para ordens de grandeza inimagináveis.

    A execução do programa PetaVision, PetaVision, que simula a operação de processamento pelo cérebro da informação que lhe é transmitida pelo olho humano exige, na actualidade, o maior supercomputador do mundo, situado nos laboratórios de Los Alamos, nos Estados Unidos, que custou mais de 120 milhões de dólares e ocupa uma sala inteira.

    Isto, para conseguir operar mais de 10^15 computações por segundo.

    Talvez tenha sido por ponderar dados como estes que mesmo o célebre Leslie Orgel, um especialista nos estudos acerca da origem da vida, publicou a título póstumo, um artigo em que manifestou a sua radical descrença na auto-organização da vida.

    Referência:
    Huang, G.T., Essence of thought, New Scientist 198(2658):30–33, 31 May 2008.

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  11. A “EVOLUÇÃO” NA GENÉTICA DAS POPULAÇÕES E O ERRO DO LUDWIG

    O Ludwig fala muito na “evolução” partindo da genética das populações.

    No entanto, sempre que apresenta exemplos de evolução extraídos da genética das populações não consegue dizer mais do que “gaivotas dão… gaivotas”, “lagartos dão… lagartos” e “pelicanos dão… pelicanos”.


    Ou seja, ele não consegue refutar o que a Bíblia ensina: os seres vivos reproduzem-se de acordo com o seu género.


    Admito que isto seja um pouco embaraçoso quando se debate com o criacionismo bíblico.


    O que se passa então? O que é que está a falhar? Qual é o erro do Ludwig?


    Ou, melhor, qual é o erro da genética das populações que induz o Ludwig em erro?

    A resposta é dada pelo evolucionista John Endler, no seu livro Natural Selection in the Wild, de 1986.


    Quem é John Endler?


    John Endler é referido por Richard Dawkins, no livro The Greatest Show On Earth, como um evolucionista importante, que estudou o modo como os guppies “evoluem” para… guppies!


    John Endler tem o mérito por chamar a atenção para que:


    1) a selecção natural não é o mesmo que evolução, já que não explica por si só a origem de novas estruturas e funções e de nova variabilidade genética;


    2) os geneticistas das populações utilizam o termo evolução para referir a mudança de frequência dos genes e alelos, descurando, desde há décadas, o problema do surgimento de novos genes e alelos e das suas propriedades.


    Isto, repito, é afirmado por um importante cientista evolucionista!


    Ou seja, quando os geneticistas das populações falam na ocorrência de evolução eles aludem geralmente a alterações de frequência de genes e alelos pré-existentes, recombinadoras de características morfológicas pré-existentes, uma realidade que nenhum criacionista nega.


    O problema é que estas alterações ocorrem sempre dentro do mesmo género (“gaivotas dão…gaivotas”), nada tendo a ver, necessariamente, com a criação de novos genes, estruturas e funções mais complexas.


    Para John Endler, biólogos, geneticistas e geneticistas das populações devem dar mais atenção ao problema da criação de estruturas e funções inovadoras, em vez de se cingirem ao estudo da variação dentro de cada género a partir de informação e estruturas pré-existentes.

    O erro do Ludwig é usar a genética das populações como evidência de evolução, embora a aquela seja acusada, pelos próprios evolucionistas, de se concentrar na alteração da frequência de genes e alelos e descurar a origem de informação codificada nova, capaz de transformar partículas em pessoas, bactérias em bacteriologistas, peixes em pescadores.



    O erro do Ludwig e dos geneticistas das populações não escapa aos criacionistas nem aos evolucionistas mais atentos.

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  12. O NADA CRIOU TUDO "POR SORTE": ISTO É UMA EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA?

    Os ateístas gostam de se pavonear como especialistas em pensamento científico, lógico e racional.

    No entanto, essa pretensão não resiste a um exame crítico.


    Os ateístas criticam os criacionistas por afirmarem que um Deus vivo, eterno, infinito, omnipotente, espiritual, omnisciente, pessoal e moral, criou a vida, o tempo, o espaço, a energia, a matéria, a informação, a consciência individual e a moralidade.


    Eles dizem que isso não é científico, apesar de isso ser inteiramente compatível com as leis científicas da conservação da energia, da biogénese e da origem inteligente da informação codificada.


    No entanto, a suposta explicação “científica” ateísta para a origem não é mais científica do que a explicação criacionista.

    Ela afirma, simplesmente, que o nada deu lugar a tudo, por acaso.


    Os ateus criticam os criacionistas por acreditarem que um Deus omnipotente e omnisciente, que criou o Universo e as leis que o regem, pode fazer o “milagre“ de alterar o seu funcionamento.


    No entanto, eles acreditam no milagre de que o nada deu lugar a tudo, "por sorte", sabe-se lá como.

    Será que isto é uma explicação científica, filosófica e lógica?


    No seu livro “The Ancestor's Tale”, Richard Dawkins afirmou:

    "The fact that life evolved out of nearly nothing, some 10 billion years after the universe evolved literally out of nothing – is a fact so staggering that I would be mad to attempt words to do it justice."


    Ou seja, a ideia de que o nada criou tudo é tão absurda, que nem faz sentido verbalizá-la, quanto mais testá-la empiricamente.

    Ela não é científica, lógica ou racional.


    Nada é mesmo nada.

    As leis naturais nunca poderiam explicar a origem do universo, porque nem a natureza nem as leis naturais existem antes do Universo!


    Então como é que alguma coisa surgiu?

    Que processos é que poderiam ser responsáveis pela origem do Universo se não existiam nenhuns processos)?

    A suposta afirmação “científica” do ateísmo é um absurdo total.

    Uma impossibilidade lógica, filosófica, física e científica.


    O ateísmo é uma filosofia que assenta sobre nada.

    Ora, nada é nada. O ateísmo é nada.

    Mais racional é acreditar que um Deus eterno, infinito e racional criou o Universo, a vida e o Homem de forma racional, para ser compreendido racionalmente por seres dotados de razão, porque criados à imagem de Deus.

    Esse Deus revelou-se na história, a testemunhas oculares, que relataram independente e detalhadamente os seus actos na história, ao longo de milhares de anos.


    Ele inspirou um livro, a Bíblia, que é o livro mais lido e mais influente na história da humanidade.


    Ele escolheu um pequeno povo, Israel, que apesar de tudo ainda hoje está no centro das atenções internacionais.


    Ele revelou-se numa pessoa, Jesus Cristo, que é a figura mais marcante da história da humanidade.

    Em contrapartida, o nada nunca disse nada nem fez nada a ninguém…

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  13. *** OFF TOPIC ***

    Sony/Police Raid graf_chokolo Home
    Graf_Chokolo sued for 1 Million Euros – Still Working

    Aqui - Escrito pelo Graf_Chokolo

    *** OFF TOPIC ***

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  14. Não é preciso muito estudo com estatística para perceber que a cultura ateísta é pouco mais que estéril. Daí se compreende a sua preocupação em infectar os curricula escolares. São como os cucos.

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  15. Ironicamente não se pode dizer que haja uma cultura ateística

    O ateísmo nasce do individualismo da não conformidade

    Apesar de se agregarem em correntes de pensamento de negação do divino

    E terem semi-deuses ateístas e dogmas ateístas

    Por falar nisso estive conferenciando komigo mesmo e acho que há um K.K.K

    mais necessitado de atenção, pelo Ke vou akabar kom o anti-blogue
    krippahlista

    não é obviamente uma menorização da vossa virtualidade
    mas a falta de tempo obriga-me à redução de estruturas

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  16. Irónico também que um movimento profundamente anárquico

    e que durante séculos viveu em sociedades secretas anti-poder

    Se tenha organizado em estruturas hierarquizadas similares à igreja

    E que como ela se tenha tornado um poder de facto

    E tal como a igreja dividiram-se em múltiplas facções

    Criaram cismas sobre a vera natureza do ateísmo

    desde os laicos maçons soaristas

    a muitos outros grupos que se especializaram em nichos de poder

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  17. Caro Perspectiva :

    E porque não deixar-se dos tentilhões e fazer uma coisa simples que ia envergonhar os gays-ateus-comunistas-evolucionistas ?

    Certo com está dos seis mil e quinhentos anos da terra, seguido de dilúvio, e torre de Babel porque não elaborar uma cronologia da história compatível com estas datações ?


    Já vejo o ateu prof Saraiva a arregalar os olhos e a gemer:

    - como nunca vi isto.

    Agarrado ao Matoso é claro.

    Isso sim é que era uma bofetada de luva branca nesta corja:

    Ali preto no branco a compatibilização das história que os mentirosos professores de história - e quantos deles Jesuítas - ensinam ser contrária à narrativa do Génesis.

    Vai ser upa upa e supimpa.

    Mal posso esperar.

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  18. «Não é preciso muito estudo com estatística para perceber que a cultura ateísta é pouco mais que estéril. Daí se compreende a sua preocupação em infectar os curricula escolares. São como os cucos.»

    Um testemunha de Jeová pode dizer o mesmo dos católicos. A natalidade das testemunhas de Jeová é altíssima (mais de 5 filhos por mulher, em média). se os católicos não fossem como os cucos, no dizer do Nuno Gaspar, já seria a religião maioritária.

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  19. Xangrylah,

    Recebi isto por email e achei engraçado. A Máxima não é propriamente o Guardian, admito, mas este blog dá oportunidades a todos :)

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  20. Mama eu quero,

    Já tinha lido no forum das psx, via a Make. A Sony está a fica cada vez mais paranoica com isto, penso que lhes vai acabar por sair do bolso...

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  21. Carlos Soares,

    «Sem diversidade de religiões, sem ateus, sem agnósticos, sem críticos, sem cismas dentro das religiões, sem inimigos, o que seria a Verdade?»

    O mesmo. Se a verdade é a propriedade das proposições corresponderem à realidade, tanto faz se há religiões, ateus, críticos ou o que seja.

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  22. "Segundo a revista Máxima, os ateus são «uma raça em extinção»(1). «Para os ateus é o cúmulo da ironia. A evolução, o processo que acreditam ser o único responsável por criar a humanidade, parece estar a discriminar os não-crentes e a favorecer os religiosos.»"

    O mais triste é que esta gente não vê o óbvio. Se isto se passasse mesmo assim, o "surgimento" do ateísmo nos séculos XVIII e XIX e o seu desenvolvimento no século XX teria sido impossível.

    Mas enfim, o que se há de esperar de acéfalos?

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  23. Ludwig,
    «Se a verdade é a propriedade das proposições corresponderem à realidade, tanto faz se há religiões, ateus, críticos ou o que seja.»

    Essa noção de verdade é restrita, muito restrita. Pode ser verdade que alguém disse falsidades sobre um facto. Pode ser verdade o que alguém diz sobre um facto, mas estar a mentir. E há ainda muitas outras considerações que se podem fazer.
    A verdade que podemos encontrar numa enciclopédia sobre a Verdade não está na enciclopédia, nem nas bibliotecas e não é a Verdade. Esta é a verdade. Não depende de nós. Ou depende? E é banal. É? E depois? Continuamos a procurar a verdade, mesmo falando verdade e não a encontramos? E se a verdade for desagradável? Dolorosa? Insuportável? Queremos sempre a verdade? E se a verdade é contra nós? Que verdade, ou verdades, nos interessam?
    Detestamos a mentira, mas há as meias verdades e a verdade das partes e a verdade do todo, mas a verdade não está nas partes e não está no todo.
    A verdade, em última análise, é absoluta: ou é ou não é; se é, é para todos e para todas as inteligências. É ou devia ser? Devia? Porquê?
    Um juiz disse-me que só o que está no processo é que está no mundo, a verdade dele é aquela.
    Um tipo que eu tenho por cientista diz-me que só o que é verificável, mensurável, empiricamente, merece crédito. Esta é a sua verdade.
    Um poeta proclamou que «quanto mais poético mais verdadeiro».
    A verdade do filósofo com quem falei é um veredicto, são juízos sobre os próprios juízos, sobre a contenda entre falso e verdadeiro entre a ideia e a coisa, embora saliente que ao filósofo interessa uma interpretação cósmica da sua experiência interior e que essa interpretação, qualquer que ela seja, não é a verdade.
    O meu pároco diz que Deus é a Verdade, que as verdades do cientista e do juiz e do filósofo são juízos sobre coisas, factos, acontecimentos, acções e ideias. A verdade não é conhecimento nem doutrinas teóricas que, como tais, se possam comunicar. A alma tende para a contemplação da verdade, para a pura contemplação, sem pensar anotar o que contempla para disso se separar e representar isso sob uma forma «válida em geral» com a qual todos pudessem enriquecer o seu saber. Cada pessoa permanece “fora” de interpretações e esquemas analíticos e nunca lhes está submetido; quando quer conhecer-se a si próprio, não é no homem em si, numa teoria da sua vida que se revê e o que lhe vem do íntimo não carece de explicação alguma.

    Inclino-me a crer que a Verdade é virtude e não se confina nas palavras, nas proposições, nem nos livros, nem nas enciclopédias que explicam o que é a Verdade. E é com a Verdade que o crente se confronta, não com a verdade de uma fórmula, de um juízo ou de uma conclusão, mas com a virtude, a sua, de ser verdadeiro, em tudo.
    O cristão sabe que o Amor é a verdade, o amor à verdade não é só o primeiro mandamento, mas é a Lei. E a verdade é Deus e Deus está no mais pequenino de nós.
    O amor à verdade pode não estar no cientista, no filósofo, no literato, no político, no investigador, mas está no cristão. Se não, não é cristão.

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  24. Ludwig,

    Onde se lê «Se não, não é cristão.», deve ler-se «Se não, não está a ser cristão.».

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  25. DAS IDIO LÓGICO BRUTALISMO

    João Vasco disse...

    Não preciso muito estudo com estatística para idio logicar

    Um testemunha de Jeová pode dizer o mesmo dos católicos. A natalidade das testemunhas de Jeová é altíssima (mais de 5 filhos por mulher

    em média 5,87 filhos por mulher e 4,56 por homem....

    comparar os adeptos de uma seita minoritária

    com mil milhões de católicos

    1000milhões com uma natalidade de 9 por mil

    são 9milhões por ano

    jeovás 7,5 milhões mesmo com 100 por mil de nasciturnos

    ora vamos lá a ver 750mil bébés por ano em 100 anos seriam 75 milhões se ninguém morresse em 1000 anos superariam os 750 milhões

    pois com raciocínios destes todos os dias vai pessoal grávido pregar ali nos comboios

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