quinta-feira, novembro 26, 2009

Treta da semana: Tamichoy.

O Pedro Choy, numa curta intervenção para o Diário de Notícias (1), explicou porque é que a medicina chinesa é mais eficaz no combate à gripe A. «Em critérios de medicina chinesa, não é muito importante qual é o vírus. O que interessa são as famílias de substâncias, no sentido em que aquilo em que a medicina chinesa difere da medicina convencional é que, em medicina convencional, é o medicamento que luta contra a doença. Em medicina chinesa é o corpo, é o organismo que luta contra a doença. O que nós fazemos é estimular o organismo a lutar contra a doença e não é muito diferente lutar contra o vírus da gripe ou lutar contra outro primo do vírus da gripe.»

Este é mais um exemplo do problema dos "níveis de realidade". Há ervas que têm efeitos medicinais ou compostos importantes para a síntese de medicamentos. O Tamiflu, por exemplo, é sintetizado a partir do ácido shikimico, normalmente extraído do anis-estrelado (Illicium verum), planta natural da China e usada também na medicina tradicional chinesa. Mas os efeitos anti-virais de uma planta ou droga não dependem da ideologia que motiva a sua aplicação. Apesar dos «critérios de medicina chinesa», na realidade o tipo de vírus importa bastante. Enquanto que a maioria das estirpes da gripe A ainda é sensível ao Tamiflu, quase todas as estirpes da gripe sazonal de 2008 que restam são resistentes a esta droga. Esta evolução de variantes resistentes ocorre, e ocorrerá sempre, mesmo apesar dos critérios do Pedro Choy.

Segundo o Pedro Choy, parece que a grande diferença entre a medicina chinesa e a medicina ocidental é que quando estamos a ser tratados por um médico do ocidente o nosso corpo deixa de combater as doenças. E parece também que o Pedro Choy nunca ouviu falar em vacinas. O que é pena, porque a vacinação é a arma mais forte que temos contra os vírus, da gripe ou quaisquer outros.

O que uma vacina faz é precisamente «estimular o organismo a lutar contra a doença». Durante séculos os chineses tentaram este efeito manipulando, com ervas e agulhas, o Chi das pessoas. Infelizmente, esta substância fictícia pouco ou nada fez pela saúde e esperança de vida, que só melhoraram significativamente com a medicina moderna. A medicina tradicional chinesa nunca se lembrou de injectar o paciente com antigénios porque não sabia que as doenças eram causadas por microorganismos em vez dos supostos desequilíbrios energéticos. O resultado foi que até 1950 a esperança média de vida na China se manteve abaixo dos 40 anos. Hoje, com vacinas e antibióticos, é de 73 anos (2).

Esta ignorância já não é desculpa e é um erro trágico julgar que estes "critérios" podem coexistir com a ciência moderna. Para estimular o corpo a lutar contra uma doença é preciso ensinar o sistema imunitário a identificar essa doença. Isto não se consegue com cházinhos nem a espetar agulhas, e de nada serve inventar critérios porque o vírus não lhes liga. O que se tem de fazer é expor o sistema imunitário aos antigénios daquele microorganismo.

Uma premissa das medicinas alternativas, bem como das astrologias, vidências, bruxarias, teologias e afins, é que a ciência pode ficar isolada, fechada numa caixa para não incomodar ninguém. Dentro dessa caixa qualquer hipótese só merece ser considerada verdadeira ao fim de um escrupuloso processo de selecção, de confronto com alternativas e dados que a favoreçam sobre todas as suas concorrentes. Mas fora da caixa é como se quiser. Ao Pedro Choy basta enunciar que, pelos critérios da sua medicina, o vírus não importa e o que ele faz ajuda o corpo a combater a doença. Se a ciência não encontrar evidências para isso, ou até tiver dados que indicam o contrário, o Pedro dirá que são critérios diferentes. Dentro da caixinha a realidade é uma. Fora é outra. Outras. Muitas. As que se quiser. E dizem que não há qualquer contradição.

1- DN, 20-11-2009, Pedro Choy: Medicina chinesa tem melhores resultados contra gripe A do que Tamiflu
2- China Profile, http://www.china-profile.com/data/ani_WPP2008_TFR-L0_1.htm

55 comentários:

  1. Bom post. Tamichoy ta louco.

    Eu ando a pensar desenvolver uma terapia que é baseada no reiki e na acunpuntura chamada acunpunreiki.

    Não é preciso espetar as agulhas, basta fazer o movimento como se estivesse a jogar dardos e as energias inteligentes fazem o resto para ordenar o Ki. Vai ser um sucesso. E já para não falar que a cura, vem de dentro e a cores e som estereo aveludado noutra dimensão.

    aii... maldita consciencia...

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  2. ... a cores e em alta definição. O som convém ser surround Dolby-DTS 7.1 que isso do som estéreo é já do século passado.

    O gajo deve fumar daquelas "ervas medicinais" (será que também faz parte da "medicina chinesa"?) e depois saiem coisas destas!

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  3. João,

    «Bom post.»

    Na verdade, não fiquei muito satisfeito com o texto. Escrevi-o à pressa, para desanuviar de avaliar trabalhos, e ficou com bocados mal colados....

    Mas obrigado à mesma :)

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  4. Sério? Acho que não se nota. Humor qk, saracasmo qb, informativo e inequivoco na mensagem. A forma tambem não atrapalha.

    Manda lá uma versão mais produzida para ver se fica melhor.

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  5. "Em critérios de medicina chinesa, não é muito importante qual é o vírus."

    Na volta porque não funciona nem com um nem com o outro. É verdade: não é importante, não sei porque é que pegaste com o homem. É mesmo só mau feitio!

    Mas Tamichoy está genial: devias patentear o nome!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Abobrinha:

    Tem importancia, têm. No minimo Tamichoy devia apresentar provas do que diz. (mas algo me diz que não é possivel)

    Com a saude não se brinca. Mesmo que ele fizesse aquilo de graça e até oferecesse os Ben-u-rons, uma alegação daquelas requer evidencias, provas, estudos, ensaios clinicos.

    Nota que quem quiser voltar para a caverna pode voltar. Não acho justo é andar a convencer os outros que no tempo da caverna é que havia saude de qualidade, e se vivia bem. :/

    E acupunreiki não te parece fixe?

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  8. Muito bem, Ludwig.

    "Tamichoy" está excelente.

    :)

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  9. Já agora, cientificamente continuas sem maneira de saber o que fazer com o conhecimento científico. Fabricar vacinas para fazer com que os corpos das pessoas reajam a doenças, ou matar pessoas com esse conhecimento?

    Cientificamente, nunca poderás saber.
    Mas moralmente já se sabe o que é o mais correcto de se fazer.

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  10. Jairo,

    «Cientificamente, nunca poderás saber.
    Mas moralmente já se sabe o que é o mais correcto de se fazer.»


    Isso não é "saber" com o mesmo significado, porque o sentido do ajuste é inverso.

    No saber o objectivo é ajustar as crenças àquilo que a realidade é. Eticamente isto de pouco serve, e é até falacioso. Por exemplo, dizer que a homossexualidade é pecado por não ter fins reprodutivos é pôr a ética sob o controlo de meros factos.

    O problema da ética não é criar crenças que correspondam à realidade, e isso é que é saber. O problema da ética é de acordo com que crenças devemos moldar a realidade. E isso é algo que, em última análise, se tem de escolher.

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  11. Ludwig;

    matar pessoas por serem homossexuais é moralmente errado, objectivamente, ou não?

    Sabes isso ou não?

    Cumprimentos.

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Jairo:

    Do ponto de vista moral é errado. Objectivamente. Para os meus padrões não há duvida. Sou contra a pena de morte (ja para não falar que os homosexuis não são cidadoes de 2ª para servirem neste questão).

    Mas a natureza não é contra a pena de morte. O universo idem. E até Deus, se para ai andar, não se rala muito com a morte.

    Isso é uma decisão dos vivos, de como querem viver e em que sociedade querem viver.

    É essa a escolha, e é nesse sentido que a ciencia pode ajudar. É a determinar porque queremos essa escolha e se é a que leva ao que nos queremos. Mas é sempre uma escolha.

    Sei qeu a pergunta era para o Ludwig mas apeteceu-me responder. Talvez ele tenha uma opinião parecida.

    28-11-2009 0:49

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  14. Jairo,

    Se usas o termo "objectivamente" no sentido estrito de referir uma propriedade do objecto, então nenhuma acção é objectivamente imoral porque nenhuma acção tem em si qualquer característica eticamente relevante. Por muito que examines um homicídio ou acto de caridade, nunca vais encontrar lá propriedades morais a não ser que tu -- sujeito -- assumas à partida valores éticos.

    Só se usares o termo "objectivamente" de forma mais lassa para incluir também os casos em que as avaliações subjectivas não se restringem a um sujeito mas são independentes do sujeito que se escolhe é que concordo. Mas nota que este objectivo tem um sentido diferente. É o objectivo no sentido em que uma nota de vinte euros vale objectivamente vinte euros. Não no sentido que o valor seja uma propriedade da nota, mas no sentido em que, apesar de ser uma convenção subjectiva, é partilhada por um conjunto de sujeitos de forma a que a opinião de qualquer um, individualmente, seja irrelevante.

    Eu concordo que a ética deve ser objectiva neste sentido de universal, no sentido de considerar a subjectividade de todos os envolvidos em vez de assentar na subjectividade de um único sujeito ou grupo de sujeitos (deuses, padres, reis, juízes, etc.). Mas é um erro assumir que as coisas ou actos podem conter em si, objectivamente no sentido estrito, o seu próprio carácter moral. A isso chama-se falácia naturalista.

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  15. Ludwig:

    "Mas é um erro assumir que as coisas ou actos podem conter em si, objectivamente no sentido estrito, o seu próprio carácter moral"

    Não contem, mas isso não quer dizer que não se possam ter resultados objectivos se trabalhares com definições precisas e afirmações concretas.

    A dificuldade se calhar esta em chegar a definições de moral de qualidade. Mas tambem se estamos a falar de uma coisa que ninguem sabe o que é batatas. Mas creio que não é o caso.

    Outra coisa. Acho qeu a falácia naturalista esta a ser usada e abusada. É uma falacia informal e ha muita coisa que não é falacia naturalista.

    Seja o que for a moral, se matares todos os humanos e depois te suicidares no fim, isso é amoral. Objectivamente. Não como caracteristica natural do acto, mas como resultado relativo à humanidade.

    Se eu quero que as pessoas vivam nas melhores condições não as posso matar todas. Esta hipotese é testavel, sem falacias.

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  16. Caríssimo, falar sem saber é uma chatice porque ás vezes acontecem coisas destas. Ao passo que a tua adorada medicina "moderna" ainda não tem sequer tratamento (ou cura) para a constipação, a medicina chinesa trata constipações e gripes (quaisquer gripes) com um sucesso tremendo há já milhares de anos.

    Podes escrever as verborreias que quiseres, podes armar-te em espertinho, sarcástico, irónico, humorista-sem-palco para os teus leitores amiguinhos, mas o facto é um: a medicina chinesa trata com sucesso, com menos custos e sem alimentar interesses e lobbies altamente obscuros a Gripe. Qualquer gripe e com elevadíssimo grau de sucesso. Melhor ainda, a medicina chinesa pode prevenir melhorando efectivamente o sistema imunitário. Até em doentes com hiv/sida conseguimos esse feito. A tua medicina 'moderna' já sabe melhorar o sistema imunitário em geral? Se calhar só com formas específicas para casos específicos... pois é, chatice, como a ignorância.

    Já agora, a parte em que inferes que a medicina chinesa não funciona é uma espécie de cereja no topo do bolo da tua ignorância (e preconceito!). Aproveita e diz isso ás dezenas (centena(s)?) de médicos da tua medicina 'moderna' que assim pode ser que eles tentem meter mão em mais este nicho de mercado. Páram de andar a picar as pessoas sem saberem o que fazem e param de nos tentar controlar. Ficamos nós sozinhos com as nossas coisas que não funcionam.
    Depois de fazeres isso vai ver como a medicina chinesa não funciona em coisas como analgesia em intervenções cirúrgicas de peito aberto, crâneo aberto, histerectomias, etc. Isto para não falar já na lista de doenças que até a OMS defende*. Até no youtube há documentários sobre isso. E não te envergonhes a ti próprio alegando efeito placebo porque isso seria ainda pior. Se acreditares estás à vontade: arranjas quem te pique e eu faço um favor à sociedade pegando num bisturi e escrevendo "ignorante" na tua testa. Se não sentires nada ao primeiro corte então tinhas razão e eu páro.

    Bom, para finalizar vou informar-te que não vou entrar em diálogo contigo porque já disse o que tinha a dizer. Vou aconselhar-te a falar menos do que não sabes e vou aconselhar-te a um dia destes experimentares esta cena que não funciona. Pode ser quando tiveres uma dor de costas, fores ao médico e ele te disser "oh amigo, então, isso é uma lombalgia!" ou uma daquelas dores que apareceu sem razão, que só a tua medicina 'moderna' só consegue aliviar de 4 em 4h com um "anti-inflamatório" qualquer (o que este termo me faz rir) ou 12h com um belo nimed... ou quando te aparecer uma "virose" (outro termo hilariante) e te for recomendado descanso e sopas durante 3 dias. Se quiseres ficar mesmo bom nas mãos de gente que te sabe explicar o que tens (mesmo que seja num raciocínio que claramente te ultrapassa), poderás dar o braço a torcer. Felizmente a MTC não depende da tua crença para funcionar.

    Tudo de bom pá.



    * www.wpro.who.int/heath_topics/tradicional_medicine/publications.htm

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  17. João,

    «Não contem, mas isso não quer dizer que não se possam ter resultados objectivos se trabalhares com definições precisas e afirmações concretas.»

    Se estipulares que ter barba é imoral, então podes dizer que ter barba é sempre imoral, e que isso é objectivo no sentido de ser igualmente válido para todos, independentemente de diferenças subjectivas.

    Mas não te escapas do problema que a imoralidade de ter barba teve de ser uma decisão subjectiva, visto que nada na barba em si é moral ou imoral.

    O problema é que qualquer valor -- critério pelo qual distingues o melhor do pior -- é necessariamente subjectivo porque exige um sujeito a fazer essa avaliação. A questão ética está em tentar justificar os valores da forma mais universal possível, mas nunca se consegue evitar essa subjectividade (sem a qual nem a ética serve para nada).

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  18. José,

    «a medicina chinesa trata constipações e gripes (quaisquer gripes) com um sucesso tremendo há já milhares de anos.»

    Isso é muito interessante. Podes-me dar alguns dados concretos? Por exemplo, em quanto é que a mortalidade por gripe na China é menor que noutros países? 50%? 90%? Não morre ninguém de gripe? É que um sucesso tremendo deve ser muito fácil de demonstrar. Por exemplo, a erradicação da varíola foi um sucesso tremendo. É disto que estás a falar?

    Ou será que estás-te a referir que a maioria das pessoas com gripe que tomam um cházinho chinês dizem que se sentem melhor? É que eu gosto mais do de mentol...

    «Páram de andar a picar as pessoas sem saberem o que fazem e param de nos tentar controlar. Ficamos nós sozinhos com as nossas coisas que não funcionam.»

    A medicina moderna tenta saber o que se passa antes de fazer as coisas. Por exemplo, não foram os chineses, tanto quanto sei, que descobriram que a maioria das doenças são causadas por microorganismos. Também não foram os chineses que descobriram os antibióticos ou a vacinação -- essas sim técnicas com um sucesso tremendo.

    Além disso, e infelizmente, os disparates de uns têm consequências para os outros. Se tens uma doença contagiosa e te fias em mezinhas que não servem para nada em vez de te tratares como deve ser acabas por aumentar os riscos de todos que entrem em contacto contigo. Mais que um problema de cada um que se amanhe, é um problema de saúde pública.

    «Bom, para finalizar vou informar-te que não vou entrar em diálogo contigo porque já disse o que tinha a dizer. Vou aconselhar-te a falar menos do que não sabes e vou aconselhar-te a um dia destes experimentares esta cena que não funciona.»

    Pois. Informo-te também que já estou habituado a esses conselhos de quem me diz que sabe muito mais que eu mas que se recusa, sabe-se lá porquê, a mostrar evidências ou sequer a explicar como sabe tanto.

    Este blog é, em boa parte, dedicado a essas pessoas.

    Tudo de bem para ti também, e volta sempre :)

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  19. PS: eu costumava ter dores nas costas. Problemas típicos de informático, julgo eu. Eram incomodativas e custava-me adormecer. Mas desde que comecei a esticar as costas antes de me deitar, deitando-me no chão com os pés em cima da cama, espreguiçando e fazendo pressão sobre as costas, nunca mais tive problemas. Por isso não me admira que pessoas com dores nas costas que passem uma hora deitadas na marquesa a relaxar enquanto o acupunctor faz as suas macumbas e lhes cobra cinquenta euros achem isso muito bom. Mas provavelmente conseguem o mesmo efeito com umas espregiçadelas. E sai mais barato.

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  20. José,

    «Bom, para finalizar vou informar-te que não vou entrar em diálogo contigo porque já disse o que tinha a dizer».

    Pois, assim também eu... É o velho toca e foge, é como entrar na sala dizer que é assim e sair-se a correr com as mãos a taparem os ouvidos.

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  21. José:

    Mostra la um estudo cego (infelixmente em acunpuntura não ha duplamente cego) com controle, com mais de 25 pacientes em cada grupo e que mostre que o grupo tratado com acumpuntura reage melhor que o do placebo em casos de infecções gripais.

    Depois podemos comparar com a medicina baseada na ciencia. Mas vamos ver o primeiro round. Contra o placebo. Mostra la ja que verborreia não te falta.

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  22. Ludwig:

    Sim, tens sempre de fazer uma escolha na base da questão. Precisas sempre de um numero de axiomas. estou a dizer depois disso. Estou a dizer depois das definições e convenções estipuladas. Ao ajudarnos a compreendermo-nos a nos proprios a ciencia pode ajudar a tomar melhores decisões, se melhor significar mais pessoas a viver com menor doença , sofrimento e mais saude.

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  23. Ludwig:

    Na pratica, o que se verifica, é que tem sido possivel estudar de modo objectivo as consequencias de determinadas acções entre-individuos, que elucidam muito sobre conceitos eticos e morais. Alguns como o altruismo podem ser encontrados até em microorganismos, desde que não esperemos estar a falar masi do que o mecanismo.

    Se definires um padrão para o que significa bem, podes testar muitas hipoteses como contribuindo para isso ou não.

    E isso esta a ser feito. Quer com humanos, atraves da estatistiva desenfreada e da caça de correlações, quer em populações de animais, onde uma visão menos apaixonada tem permitido encontrar as bases de muitos comportamentos sociais - e que são explicados com sentimentos e caracteriscas classicamente humanas. (compaixão, vingança, hierarquia, ansiedade, stress, etc)

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  24. Não vou entrar em diálogo porque a) quem me respondeu decidiu faze-lo selectivamente e só deixou por responder o que não interessava. b) apercebi-me pela resposta que não estou sequer a falar com pessoas da área da saúde, o que me tira interesse em continuar discussão. c) ao que vocês me estão a perguntar já eu respondi acima. d) tenho idade suficiente para saber quando uma discussão é à partida inútil pela ausência de vontade de aprender da(s) outra(s) partes, que é o caso aqui. Todos vocês são extremamente ignorantes na matéria, todos vocês aplaudiram um texto ignorante e que retirou de contexto uma frase do Dr. Choy sem quer ouvirem o que ele disse na totalidade ou estariam bem calados a não ser que vos apetecesse contradizer um estudo apoiado pela OMS, todos vocês estabeleceram um diálogo que partiu de um pressuposto errado e portanto estiveram sempre errados. Não é difícil de chegar à conclusão de que qualquer outro site da internet é melhor forma de gastar o meu tempo. A aprender mais, por exemplo, ou a pregar a não-peixes.

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  25. em medicina convencional, é o medicamento que luta contra a doença. Em medicina chinesa é o corpo, é o organismo que luta contra a doença.

    Ou seja, vis natura medicatrix... ontem como hoje e talvez amanhã, pelo menos enquanto o Ser Humano for ainda tal como o conhecemos.

    Este preceito é comum a TODAS as práticas médicas ancestrais, sem excepção, sendo naturalmente a base também da medicina hipocrática. Este poder curativo do organismo não é, naturalmente, ignorado pela moderna medicina, só que, tal como Choy afirma, de um modo geral a ênfase está no poder do medicamento, ou seu(s) princípio(s) activo(s) e NÃO no estímulo das defesas naturais do organismo. Deveras, estas por vezes até são suprimidas ou combatidas, como é o caso da febre, o mecanismo fisiológico para facilitar o trabalho do sistema imunitário e dos leucócitos no combate aos microrganismos patogénicos. A razão de um tal procedimento anti-natura é a ênfase no poder mortífero dos antibióticos, ou seja, é o medicamento que luta contra a doença e, neste cenário, o organismo tem um papel secundário ou passivo.

    O facto de, regra geral, os antibióticos destruírem igualmente os microrganismos que vivem em simbiose no corpo humano, em especial a flora intestinal, não é tido em linha de conta, sendo apenas encarado como um efeito secundário passageiro, já que a flora regenera-se quando o tratamento antibiótico cessa... bem, isto pelo menos num organismo normal e não demasiado debilitado.

    Na fitoterapia tradicional, plantas como a equinácea, o anis estrelado, o mangostão, o umckaloabo e muitas outras - ou ainda o propolis, que é também um derivado vegetal - são usadas principalmente pelo seu poder imunoestimulante e não tanto pela actividade antimicrobiana directa, embora ela também esteja presente. De novo, a primazia é dada ao fortalecimento do organismo e NÃO à acção directa dos princípios activos presentes nessas plantas.

    A este respeito, a estimulação produzida pelas vacinas - baseadas no princípio homeopático do similia similibus curentur - talvez seja de natureza similar, embora com a importantíssima diferença da sua grande especificidade, contrariamente à natureza bem mais universal ou genérica da imunoestimulação por substâncias naturais. A questão que se pode colocar a este respeito é se uma acção imunoestimulante geral é tão eficaz como essa outra mais direccionada de cada vacina preparada com estirpes específicas. Bem, a este respeito temos logo um problema, é que nenhum laboratório farmacêutico deve estar interessado neste tipo de estudo, óbvio!

    Daí, dificilmente existirem muitos estudos acerca das alternativas não quimioterapêuticas, embora não faltem artigos em publicações científicas sobre todos os "antibióticos" naturais de que falei atrás. Só no PubMed, temos o seguinte score:

    1180 propólis
    748 equinácea
    128 anis estrelado
    106 mangostão
    40 umckaloabo (Pelargonium sidoides)

    (continua)

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  26. Still... as ciências da vida são muitíssimo mais árduas de estudar do que as ciências físicas, ditas exactas. Depois, existe ainda algo tão simples como a "natureza humana", ou o desejo de estar certo e ainda a defesa do "statu quo" ou o saber já aceite, dificultando ao máximo a comprovação de outras ideias ou hipóteses "minoritárias" ou bem mais subtis...

    Deveras, talvez mesmo o factor crucial a considerar resida no facto de que o conceito de ciência "pura" é ilusório, já que a investigação científica está demasiado subordinada ao poder político e económico, são estes que determinam hoje em dia aquilo que é ou não verdade, tomando assim o papel decisório que outrora pertencia à religião.

    Aliás, a este respeito a espectacular "fábula" do aquecimento global... e antropogénico, ainda para mais!... é o exemplo mais acabado de verdades convenientes, politicamente fabricadas. Não sei se é ou não a maior "fraude (pseudo)científica de sempre", mas apenas que continua a ser muito imprudente aceitar sem espírito crítico o soberano "magister dixit", ignorando assim que a ciência é uma actividade ainda demasiado humana, quiçá mesmo um mero constructo social... Bem, pelo menos o inexistente aquecimento assim o é, embora cada vez menos, pois a ficção sempre tende a ser derrotada pelos factos.

    Logo, muitos outros mitos se irão abatendo no decorrer dos tempos, e no campo da saúde vai sendo inevitável a união da técnica material mais moderna com a intuição sensorial que une o físico ao mental num continuum racional-espiritual.

    Like Lennon says: "Intuition takes me there / Intuition takes me anywhere"!

    True... if you dare! :)

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  27. a maioria das doenças são causadas por microorganismos. Também não foram os chineses que descobriram os antibióticos ou a vacinação

    Tantos erros... um por cada afirmação!!!

    A "teoria dos germes" é um mito, que vai seguir o mesmo caminho da GW, tão incensado por aqui! Os germes só provocam infecções num organismo já doente, e são impotentes se o terreno os não favorecer. Daí, os portadores assintomáticos, ou seja, pessoas sãs. Claro que, tal como no caso do efeito placebo, regra geral não se presta muita atenção a esse fenómeno incómodo, e ignora-se aquilo que invalida a fantasia que sustenta ser o patógeno mais influente do que o organismo na génese da doença. Esta é assim vista como algo inevitável, um autêntico castigo dos deuses! E sim, este pensamento mágico que nos torna impotentes perante a adversidade é fortemente cultivado pela moderna medicina, com a falaciosa "teoria dos germes " à cabeça.

    Quanto aos antibióticos naturais, já citei atrás alguns deles, e pelo menos 3 fazem parte da medicina chinesa: anis estrelado, mangostão e propólis. Além disso, claro que a acupunctura e a moxibustão também são usadas com função imunoestimulante.

    Por fim, a inoculação contra a varíola já data de há 3 milénios, primeiro na Índia e depois na China, países onde se registaram talvez as primeiras epidemias de varíola.

    O sucesso no combate às doenças infecto-contagiosas só em parte se deve à vacinação e aos antibióticos e medicamentos, pois ele é indissociável do progresso e da consequente melhoria em questões de higiene e salubridade. De novo, os aspectos políticos e económicos antecedem e sobrepõem-se ao conhecimento científico e práticas médicas, pois estas só se podem generalizar em sociedades abertas e democráticas.

    Dito de outra forma, é bem provável que a aristocracia outrora - falando no Oriente - fosse talvez tão ou mais saudável que a generalidade dos cidadãos dos países desenvolvidos hoje, mas claro que esses cuidados de saúde não se generalizavam ao povo. Por outro lado, a evolução da espécie humana deve implicar necessariamente mecanismos de defesa orgânica cada vez mais aperfeiçoados, o que significa um sistema imune quiçá mais funcional hoje do que há milénios atrás.

    Deveras, o ambiente químico tremendamente tóxico que a industrialização criou até deve favorecer essa adaptação do organismo humano, cada vez mais forte e resiliente, caso contrário a degeneração está à porta. Este é um tema ainda bem especulativo, mas há algumas interessantes indicações que apontam essa possibilidade.

    Afinal, temos de sobreviver, dè lá por onde der! E as novas epidemias podem não ser de varíola nem de gripe, ou seja, de doenças agudas, mas bem mais de patologias degenerativas que NÃO são mera consequência da idade - uma falácia insustentável - mas da não adequação do ser biológico ao seu meio, cuja transformação é claramente mais rápida do que a possibilidade de evolução biológica... at least for now!

    Yes! we are living quite interesting times indeed, na tumultuosa mudança de vários paradigmas, cujas dores de parto são anunciadas pelas crises cíclicas que a humanidade parece.

    Não sei se o tempo atmosférico está a aquecer ou a arrefecer... no big deal!... mas os sinais de fortes convulsões futuras já estão presentes. Deveras, regressando ao terreno físico, a doença pode ser uma crise de crescimento, ou seja, uma oportunidade de melhoria e evolução. Essa perspectiva sempre depende da profundidade com que soubermos interpretar os sinais interiores ou exteriores e vamos mesmo de nos tornar muito bons nisso!

    Ah! a lógica racional não serve de muito aí, a palavra será dada de novo ao corpo e o seu sentir ou intuir... na corrente da Vida a fluir! :)


    A moral deste conto
    vou resumi-la e pronto
    cada qual faz o que melhor pensar
    Não é preciso ser
    Casimiro p'ra ter
    sempre cuidado p'ra não se deixar levar.


    Sérgio Gordinho (not quite as me! ;))

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  28. Nem de propósito!

    Acabo de ler esta notícia, que assenta como uma luva naquilo que digo atrás acerca do (semi)ignoto conceito de "portador assintomático":

    A alta-comissária da Saúde, Maria do Céu Machado, disse à TSF que há casos de pessoas que foram infectadas com a gripe A mas não revelaram sinais relevantes da doença. Não se sabe quantos são os casos mas podem ser comuns.
    (...)
    Também ouvido pela TSF, Paulo Moreira, do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças Infecciosas, disse que em muitos casos o vírus é assintomático.


    Bem, mais palavras ou comentários para quê?

    Apenas a sempre repetida pergunta:

    Por que é que existem organismos que convivem sem qualquer problema com microrganismos supostamente patogénicos?

    Ah! e claro que sem vacinas, óbvio!

    Ou ainda... o que é REALMENTE um portador assintomático e onde é que este conceito se integra na tal Teoria dos Germes?

    Algum sábio... mas com verdadeiro espírito crítico, não um debitador de teorias requentadas!... quererá explicar?!

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  29. José,

    O mais importante nas suas alegações não foi que todos somos ignorantes ou que a MTC faz bem às costas. Foi algo bastante concreto e relevante: «a medicina chinesa trata constipações e gripes (quaisquer gripes) com um sucesso tremendo há já milhares de anos.»

    Não sei o que o José entende por "área de saúde", mas eu tenho um doutoramento em bioquímica e experiência em investigação, por isso tenho confiança que serei capaz de avaliar os dados em que o José se baseou e que não é necessário ser tão condescendente ao ponto de só dizer que eu sou ignorante e não apresentar as evidências (talvez com medo que eu magoe o cérebro?)

    Já agora, mencionou o Dr. Choy. Outra informação concreta que eu gostaria que fornecesse é que formação superior tem o Pedro Choy para justificar o título de "Dr.". Eu sei que em Portugal é costume qualquer licenciado ser "Dr." ou "Eng.". Mas neste contexto subentende uma formação superior em medicina acreditada em Portugal, e ao que consegui averiguar o Pedro Choy não chegou a acabar a licenciatura em medicina.

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  30. Rui leprechaun,

    Desculpa lá, mas esses lençóis são grandes demais para ler tudo. Por isso vou só responder rapidamente a esta, que é fácil:

    «Por que é que existem organismos que convivem sem qualquer problema com microrganismos supostamente patogénicos?»

    Porque o sistema imunitário não é inteligente, não prevê que ameaças vai encontrar, e funciona produzindo anticorpos aleatoriamente. Por isso, para qualquer patogénio, alguns organismos têm a sorte de já ter anticorpos à mão e dar logo cabo dele, outros demoram mais e o bicho espalha-se. Outros aínda há que comem um amendoín, o sistema imunitário responde agressivamente e morrem de choque anafilático.

    Lembra-te que a evolução é um processo que molda populações e não indivíduos. Não é de admirar que muitos organismos se lixem com os genes que lhes saem.

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  31. Embora até tenha alguma vontade de responder só para apontar o quão idiota é exigir estudos cegos para mostrar eficácia no tratamento da gripe quando nem a medicina moderna o fez, não vou responder. Isto porque para qualquer pessoa de bom senso, em casos de vida ou de morte a preocupação é ou deve ser tratar a pessoa e não provar à luz de um método científico a eficácia do tratamento (tu próprio respondeste a isso com a questão de não ser possível um duplo-cego, mas nem arranhaste a superfície, dado que do assunto sabes muito pouco ou nada). Isto, também, porque há outras formas de provar eficácia, entre elas a estatística (o ministro da saúde da china reportou eficácia de cerca de 80%, algo que a OMS validou e daí surge a parte da entrevista do Dr. Choy que resolveste ignorar... trocos para ti certamente) e claro que não te deste ao trabalho de fazer uma simples procura no google para descobrir isso por ti próprio, tal como os teus amiguinhos com mentalidade da turba.

    Ainda a responder a isto e ao resto, não sei se leste a parte em que eu mencionei que não só resolveste ignorar grande parte da minha resposta como todo este post partiu do facto de teres ignorado grande parte do que o próprio Dr. Choy disse. Convido outros intervenientes a não optarem por tamanha desonestidade pseudo-intelectual já que aparentemente tu insistes nessa estratégia. Como tal, continuo a remeter-te para as razões pelas quais não entro em diálogo contigo, no que toca a perguntas e respostas sobre o assunto em si, isto é.

    É Dr. Choy porque antes de mais é Médico (de medicina chinesa) e depois, segundo sei, é doutorado em medicina chinesa por uma universidade chinesa onde é também professor convidado.
    Se não consideras tal por não ser acreditado em Portugal, só vem reforçar a ideia de ignorância e preconceito, somando desta vez pura má educação.
    Os meus doentes chamam-me Dr., excepto os que me conhecem na esfera pessoal ou os que como tu são mal educados e têm um complexo de inferioridade que tenta sobrecompensar a sua falta de 'qualquer coisa' com este tipo de mesquinhez. Trato-os a todos com o mesmo afinco: deitados na marquesa é como no cemitério, grandes e pequenos são todos iguais.

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  32. Se isto é uma amostra dos médicos que temos em Portugal - e quero acreditar que não - está tudo dito.

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  33. José,

    «não só resolveste ignorar grande parte da minha resposta como todo este post partiu do facto de teres ignorado grande parte do que o próprio Dr. Choy disse.»

    Vejo-me obrigado, por cortesia e educação, a ignorar grande parte das tuas respostas porque estão cheias de «vocês são extremamente ignorantes [...] vocês aplaudiram um texto ignorante [...] estiveram sempre errados [...] quão idiota [...] não te deste ao trabalho [...] os teus amiguinhos com mentalidade da turba [...] tamanha desonestidade pseudo-intelectual […] ignorância e preconceito, somando desta vez pura má educação [...] como tu são mal educados e têm um complexo de inferioridade [...] este tipo de mesquinhez»

    No meio disto sobra pouco de substância, e é a isso que me dirijo. Primeiro, a ideia que não há estudos duplamente cegos no que toca à gripe.

    Exemplos para a vacinação:

    Challenge versus natural infection as an index or protection after influenza immunization.

    Resistance of adults to challenge with influenza A wild-type virus after receiving live or inactivated virus vaccine.

    Mais detalhes em Flu Vaccine Efficacy

    E para antivirais:

    Randomised trial of efficacy and safety of inhaled zanamivir in treatment of influenza A and B virus infections. The MIST (Management of Influenza in the Southern Hemisphere Trialists) Study Group.

    Efficacy and safety of the oral neuraminidase inhibitor oseltamivir in treating acute influenza: a randomized controlled trial. US Oral Neuraminidase Study Group.


    A outra questão concreta:

    «É Dr. Choy porque antes de mais é Médico (de medicina chinesa)»


    Nota que, em Portugal, um médico é alguém autorizado para praticar medicina, membro da ordem dos médicos, e que é ilegal a prática de medicina por quem não esteja para tal autorizado e habilitado. Nota também que, segundo a legislação que governa estas práticas como a “medicina chinesa” é clara a referir-se a elas como “terapêuticas não-convencionais”. Parece-me que no enquadramento legal vigente o Pedro Choy pode dizer ser terapeuta mas não será correcto apresentar-se como médico.

    Isto não parte de nenhum complexo de inferioridade que eu tenha, até porque mesmo com o doutoramento não costumo apelidar-me de doutor, e, ao contrário do que acontece contigo, não é comum que me tratem assim e nada faço por alterar a situação. Mas parte da preocupação que qualquer um possa inventar a sua medicina, ou ir buscar ideias à “medicina” de qualquer país ou época, e por isso apelidar-se de médico, ou “Dr.”, porque isto me parece potencialmente perigoso.


    Finalmente, «para qualquer pessoa de bom senso, em casos de vida ou de morte a preocupação é ou deve ser tratar a pessoa e não provar à luz de um método científico a eficácia do tratamento». Eu diria que, para qualquer pessoa de bom senso, em casos de saúde deve-se usar terapias cuja eficácia e segurança tenha sido devidamente testada e não pôr se a inventar dizendo que para isso a ciência não serve de nada. Se vamos começar a sangrar pessoas para lhes ajustar os humores em vez de as vacinar não dará bom resultado.

    Já agora, José, podes dar mais informação acerca da tua prática terapêutica ou preferes continuar a insultar atrás do anonimato?

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  34. Cristy,

    Pelo que percebi, o José não é médico. É "Dr."...

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  35. A forma como deflectes o que realmente interessa - que são os dados que provam que estás errado: a medicina chinesa funciona (é mais barata e mais segura e não alimenta lobbies nem interesses obscuros) e resolveste ignorar o pressuposto que levou o Dr. Choy a ser entrevistado para que pudesses começar com a torrente de alarvidade e ignorância - é tão infantil que me obriga a ficar por aqui.
    Como pensas que podes ganhar fazendo de conta que não ouviste/leste o resto eu faço um resumo: "há estudos científicos reconhecidos pela OMS (...)" (in peça do DN) e "a medicina chinesa trata com sucesso, com menos custos e sem alimentar interesses e lobbies altamente obscuros a Gripe. Qualquer gripe e com elevadíssimo grau de sucesso. Melhor ainda, a medicina chinesa pode prevenir melhorando efectivamente o sistema imunitário. Até em doentes com hiv/sida conseguimos esse feito. A tua medicina 'moderna' já sabe melhorar o sistema imunitário em geral? Se calhar só com formas específicas para casos específicos... pois é, chatice, como a ignorância" (o meu claim anterior já tem prova suficiente para a OMS, se não te chega temos pena, problema teu) e "Já agora, a parte em que inferes que a medicina chinesa não funciona é uma espécie de cereja no topo do bolo da tua ignorância (e preconceito!). Aproveita e diz isso ás dezenas (centena(s)?) de médicos da tua medicina 'moderna' que assim pode ser que eles tentem meter mão em mais este nicho de mercado." (esta não consegues explicar pois não? a tua inteligência e questão sobre algo que OBVIAMENTE não funciona e é uma fraude é certamente algo que nunca lhes ocorreu a eles!) e "vai ver como a medicina chinesa não funciona em coisas como analgesia em intervenções cirúrgicas de peito aberto, crâneo aberto, histerectomias, etc. Isto para não falar já na lista de doenças que até a OMS defende (continua...) www.wpro.who.int/heath_topics/tradicional_medicine/publications.htm (...) [mais parte de ser pateta dizeres que é efeito placebo]" e terminando com o que resume bem tudo o que para tras foi escrito: "aplaudiram um texto ignorante e que retirou de contexto uma frase do Dr. Choy sem quer ouvirem o que ele disse na totalidade ou estariam bem calados a não ser que vos apetecesse contradizer um estudo apoiado pela OMS, todos vocês estabeleceram um diálogo que partiu de um pressuposto errado e portanto estiveram sempre errados"

    Embora tenhas uma noção um bocado torcida do que é "anonimato", neste contexto e local vou +mesmo+ identificar a minha prática clínica. Como tenho imenso a ganhar com isso é já a seguir.

    Voltamos a falar quando cumprires os pressupostos que mencionei acima e que continuas a recusar corrigir, ou seja, certamente nunca :)

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  36. "Pelo que percebi, o José não é médico. É "Dr."..."

    LOL, isso até eu ...

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  37. Vou começae a espetar agulhas a torto e a direito, pode ser que me reforme mais cedo :-)

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  38. Este comentário foi removido pelo autor.

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  39. Ludwig,

    Tens aqui o Pedro Choy a falar sobre a gripe, no Jornal da Tarde da RTP 1, de 3 de Dezembro de 2009, vai ao minuto 13 do player, ou às 13 h 13 min, onde ele aparece.

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  40. Mário,

    Sim... o tipo diz que há ervas que são 15% mais eficazes que o tamiflu, que o tamiflu é feito de uma erva, e depois espeta agulhas na senhora para lhe curar a gripe, aquecendo com um isqueiro para tirar "o frio e a humidade" dos pontos de acupunctura...

    José, algum comentário?

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  41. Ludwig,

    Acho que o José ainda te vai responder a dizer que não te responde :)

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  42. Mais uma vez, a desonestidade intelectual vem ao de cima. No mesmo vídeo é visto que a senhora toma uma fórmula de fitoterapia em adição ao tratamento de acupunctura. E mais uma vez a ignorância é a morte do artista: Acupunctura e Fitoterapia são ambas partes integrantes da Medicina Chinesa. Assim como Frio e Humidade são termos (padrões clínicos) que fazem parte do raciocínio básico da mesma.

    Também de nota é o facto de que o que realmente interessa na entrevista ter ficado sem resposta, voltando a reiterar que o que não serve para a vossa inteligência serve para o Governo Chinês e para uma tal de OMS (assim como para centena[s?] de médicos portugueses da vossa medicina 'moderna'), o que por sua vez me leva ao meu comentário anterior que ainda aguarda resposta... Essa sim, completa, seria gira de ler. Mas eu aguardo confortavelmente sentado.

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  43. José,

    O Pedro Choy explica, nessa pequena reportagem, que espeta e aquece as agulhas para reduzir o frio e a humidade daquele ponto de acupunctura, dentro do corpo, porque é esse frio e humidade que causa a gripe.

    Entretanto diz que há evidências que ervas chinesas são 15% mais eficazes que o tamiflu.

    Pode-me explicar o que é que a agulha aquecida tem a ver com as ervas? O facto de ser "parte integrante da Medicina Chinesa" é irrelevante para determinar se serve de alguma coisa, e a noção de reduzir a humidade da parte de dentro do corpo parece-me algo ridícula, visto que somos 70% água.

    Pode também dar a referência do tal artigo que fala nos 15% mais eficácia?

    Obrigado.

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  44. Antes de me perguntares a mim procura no google ou na OMS. Tenho mais que fazer que ajudar preguiçosos de ocasião.

    O raciocínio e funcionamento da medicina chinesa é um. Seja por fitoterapia, seja por acupunctura, seja por qi gong ou tai chi, ou tui ná, etc. Medicina chinesa 101.

    Quanto ao resto, nem te dês ao trabalho de ler direito antes de responder ("Assim como Frio e Humidade são ___termos___ (padrões clínicos) que fazem parte do raciocínio básico da mesma.") já para não falar de saber do que raio estás a falar. Sabes o que são "termos"? Sabes como é a linguagem oriental ou a linguagem da medicina chinesa? Aposto que nem o artigo da wikipedia leste antes de te aventurares a falar deste assunto...

    És como um tipo que passa 5m a ouvir médicos falar na sala de espera do centro de saúde local e quer logo ir discutir saúde pública com o Francisco George.
    Como já vi que fazes tudo menos informar-te antes de escrever ou responder ás várias questões que te pus (tudo porque claramente não te dá jeito), vou ocupar o meu pouco tempo livre noutro lado.

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  45. Grande discusão que para aqui vai... Uma questão de quem está a "leste do paraiso"...

    Se a Acunputura e a Medicina Tradicional Chinesa é essa trapaça que é afirmada aqui, se é fruto de meia dúzia de aldrabões que se dedicam a explorar os incautos, porque é que as faculdades de medicina "ocidental" têm já pós graduações em acunputura ou em medicina tradicional chinesa?

    E porque é que inventaram essa coisa chamada "acunputura médica"? E já agora em última analise quem ensinou a acunputura aos médicos?

    Como disse não percebo nada de medicina. Percebo duas ou três coisas de bom senso e já agora também de mercado

    Boas Festas!

    Jorge Oliveira

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  46. Que treta é esta!!??Vejo que falam de alhos e bugalhos como falam de chocolate e leite...o meu nome é Marco Filipe e tenho algumas questões a colocar a quem "fala" como também a quem "responde".Sr Ludwid ou DR??!!como investigador conceituado que você é, interpreta o seu papel na perfeição...como tal coloco-lhe a seguinte questão: O que é que você conhece acerca da Medicina Chinesa?? reparei que não respondeu a todas as questões/exemplos colocados anteriormente pelo Sr. José como por exemplo... onde é que através de acupunctura conseguem fazer uma histerotomia, apenas por analgesia através de agulhas???pela sua maneira de interpretar o que é isso??bruxedo???há 5000 anos??os chineses bem nos enganam há mais tempo do que o papa,não...já viu o Chris Angel fazer isso na TV???já pensou em escrever uma TRETA acerca da industria farmacêutica,ui agora com o H1N1 é infinito....ainda não tive tempo de passear no seu blogue! se já o fez,as minhas sinceras desculpas!já pensou escrever a TRETA do governo português,escreva o link como resposta, mais uma vez não reparei nisso!!lá por ganhar uns prémios,e ainda bem pelo prestigio nacional, e "perceber de coisas grandes", acha que merece entender os mais pequenos????sinceramente EXMO.SR.DR.PROF.LUDWIG KRIPPAL o mundo é mais redondo do que aquilo que você imagina...sinceros cumprimentos a todos os tretas deste blogue, eu incluído com certeza....

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  47. Como diz o velho adágio: "quem cala, consente".

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  48. Vejo que não atendeu ao post que deixei em 24/01/2010 ...

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  49. Marco,

    Li o seu comentário do dia 24 de Janeiro. Mas, à parte de algumas afirmações que se esqueceu de fundamentar com referências a algum artigo que dê os detalhes, não percebi onde queria chegar. Pareceu-me que era só um desabafo...

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  50. Ludwig,

    se procurar bem na Internet com certeza que irá encontrar milhares de artigos que lhe expliquem ou lhe detalhem as minhas afirmações, mas, vou dar-lhe uma pequena ajuda. Quanto as afirmações acerca do H1N1 basta ir ao youtube e ver uma entrevista onde a ex. ministra da saúde da Finlândia explica um pouco do processo, há também emails a circular com diversas informações/teorias/especulações ou simplesmente treta acerca deste negócio das grandes industrias farmacêuticas. para isso basta ir ao youtube e escrever 'urgente H1N1'. quanto a histerectomia posso deixar um link de uma revista portuguesa, não sei se a considera fiável, mas não tive tempo de ler todo o documento, no final falam de anestesia por acupunctura, não explicam como o processo acontece, mas pode tirar duvidas pelo telefone do hospital. quanto ao governo português penso que dispenso comentários, pois acho que já viveu mais em politica que eu e se esta está boa para sim...tenho de lhe pedir desculpa... o link da revista: http://issuu.com/escala/docs/perspectiva_18 .

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  51. bom dia Ludwig, espero que não "tenha ficado sem dedos??"....esta frase substitui " o gato comeu-lhe a língua??"... será desta que resolve responder as minhas perguntas ou não?? sempre foi ao you tube ou pensava que era uma brincadeira de mau gosto??!! Agora posso afirmar " quem cala, consente" mais uma vez!! como é óbvio só lhe farei as perguntas se manifestar interesse em responder, caso contrario ficamos por aqui!! continuação de boas tretas que há "prai" e muitas que ainda há-de inventar....

    Marco

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  52. Marco,

    Concordo que os políticos não são a melhor fonte acerca de investigação em medicina e ciência em geral. Mas, precisamente por isso, não acho que as especulações de uma ex-ministra sejam particularmente relevantes.

    Se me mostrar ensaios clínicos devidamente controlados que mostram como a acupunctura cura a gripe, já temos algo sobre o que falar. No resto não vejo nada de pertinente para a conversa.

    O Pedro Choy e o Marco alegam que a acupunctura serve para tratar a gripe. Que dados é que têm para apoiar essa alegação? (Note: por dados não me refiro a videos de discursos políticos)

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  53. Pois é Ludwig, sabia que os médicos também podem ser políticos?! até mesmo os palhaços o podem ser, visto vivermos num mundo moderno.... são as modernices como lhe chamam! "descobri" que a Ex ministra da Saúde da Finlândia afinal é médica.... mas não é uma médica qualquer... se se tivesse dado ao mínimo trabalho de ter pesquisado de quem se trata, teria-me poupado de escrever este comentário! mas pena não haver o reconhecimento pelos nossos GRANDES médicos por parte do governo, como o caso da Finlândia.... para lhe poupar trabalho, pois vejo que é um sr ocupado deixo o link.... espero que não seja nenhuma falsificação! http://www.surveillanceissues.com/images/article_kilde_oct231999_01.jpg .... quanto ao resto Ludwig, não vale a pena estar a entrar em discussão, pois neste post já foi exposto a diferença da medicina chinesa para a medicina convencional, bla bla bla... tretas...bla bla bla...tretas! o seu cepticismo não tem cura nem nunca terá... vejo que é determinado nas suas ideias e não procura compreender o que o rodeia, logo só me resta desejar-lhe uma vida feliz e com muita sorte no futuro! Cumprimentos

    Marco Filipe

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