quinta-feira, março 19, 2009

Adenda ao post anterior.

O Alfredo Dinis disse algo parecido. «Não sei quantas pessoas se deram ao trabalho de ler a declaração do Papa. Ele não se referiu ao uso do preservativo de um ponto de vista ‘técnico’, nem sequer médico, mas sim de um ponto de vista ético e espiritual.»(1) Pena que o Papa não tenha sido tão claro como o Alfredo. Sabendo que nunca a religião e a ciência podem estar em conflito, o Papa devia ter esclarecido que se deve distribuir preservativos e encorajar as pessoas a usá-los do ponto de vista ‘técnico’ para que se controle a epidemia do ponto de vista médico. Mas como o preservativo é um problema do ponto de vista espiritual devem tirá-lo antes da missa.

Infelizmente, não foi isso que o Papa disse, e eu discordo do Papa e discordo da defesa do Alfredo. Mas, por si só, discordar não me incomoda, e reconheço-lhes tanto direito de dar a sua opinião como eu tenho de discordar dela. O que me perturba é não reconhecerem a diferença entre milhões de pessoas a morrer de SIDA e a opinião que eles têm acerca das práticas sexuais alheias. A primeira é uma tragédia inegável. Em contraste, a ideia que sexo com preservativo é espiritualmente pior do que sem preservativo, e que isso faz alguma diferença, não passa de uma crença pessoal. Dêem-lhe o crédito que quiserem mas não a ponham à frente da vida dos outros.

1- Alfredo Dinis, 19-3-09, Novo tsunami sobre declarações do Papa

119 comentários:

  1. "Mas como o preservativo é um problema do ponto de vista espiritual devem tirá-lo antes da missa."

    Ludwig,

    Estás mesmo a pedi-las... :) Espera até o Zeca ler isto, que vais ver... Vai haver palavrão que até vai ferver!!! :D

    Isso, depende de quais dos Zecas, claro. Tenho uma teoria que há dois "Zecas". Um que larga um chorrilho de asneiras e insultos e que se nota ter uma cultura mais modesta (o tal que percebia de CMOS...) e o outro, que escreve com a "mesma conta", e que utiliza um discurso mais moderado e elaborado.

    Para animar isto, espero que venha o primeiro deles... eh, eh, eh

    PS: Já tive para comentar o post anterior, pois acho que não tens razão. Concordo com o conteúdo, mas a forma como o expressas não concordo de todo. Irei comentar quando tiver mais tempo...

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  2. Pedro,

    Também não concordo totalmente da forma como me exprimi no artigo anterior. Daí a tag sarcasmo, para morder mesmo.

    Em minha defesa, considero que isto de opôr os preservativos é mais que uma dissenção académica. É algo que prejudica muito muitos milhões de pessoas, e dá-me vontade de ser mauzinho.

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  3. Ludwig

    Agora vou ser mauzinho: quando se pronunciar sobre um assunto deve procurar informar-se minimamente para não escrever tolices. Vamos por partes:

    a) Culpar a Igreja Católica pelo drama de África é cómodo mas é uma inverdade que pode ser desmontada do seguinte modo:

    a.1) Na África do Sul, um dos países onde a taxa de incidência da doença é maior, os católicos representam 7% da população; em toda a África há preponderância de crenças locais e uma grande expansão do Islão e dos evangélicos.

    a.2) Num dos países com maior % de católicos - O Uganda com 47,1% - foi adoptado o programa ABC que inclui a distribuição de preservativos e onde participam organizações católicas;

    Se o Papa tivesse influência em África e se os africanos lhe obedecessem e seguissem a doutrina católica sobre sexualidade então optariam pela abstinência e fidelidade conjugal em primeiro lugar, meios que o Ludwig reconhecerá sempre superiores ao uso do preservativo no combate ao vírus.

    Permita-me terminar com um pequeno recorte de um artigo publicado no Público de hoje:

    (...)em muitas instituições católicas de apoio a doentes de sida, o preservativo é distribuído. Em Maio, numa reunião de responsáveis em Roma, a missionária comboniana Maria Martinelli afirmou que, em muitas situações, "o preservativo é necessário". E muitos bispos africanos têm apoiado essa medida.(...)

    O ódio anti-religioso conduz à irracionalidade.


    Um abraço amigo

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  4. Os meus pais e os meus sogros, pessoas católicas que vão à missa todos os domingos, responsabilizam em grande parte o Papa por não usar devidamente a influência que tem no mundo para, de forma eficaz, combater o flagelo da SIDA.

    Estão cada vez mais de costas voltadas à hierarquia da Igreja e em conversas privadas dizem coisas sobre este personagem que nunca pensei ouvir na vida. Se pessoas de 60 e 70 anos já têm esta opinião sobre os líderes da igreja católica eu fico a pensar o que lhes restará daqui a uns anos se insistirem neste tipo de discurso...

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  5. António Parente,

    Eu não culpo a Igreja Católica por todo o mal que há em África. Neste caso, culpo o Papa por dizer um disparate que tem consequências trágicas para muita gente. E critico a prepotência de quem coloca um juízo de valor meramente subjectivo e arbitrário à frente da tragédia que é esta epidemia.

    «se os africanos lhe obedecessem e seguissem a doutrina católica sobre sexualidade então optariam pela abstinência e fidelidade conjugal»

    Não percebo o seu argumento. Por um lado parece querer dizer que a Igreja Católica não tem culpa porque os muçulmanos e os protestantes fazem pior. Por outro diz que se obedecessem aos católicos não tinham problemas, mas isso não parece justificar tirar-lhes a alternativa de usar preservativos.

    Se os africanos disserem que não querem ser católicos, o Papa dirá muito bem, então é melhor que usem preservativos para acabar com a epidemia? Ou continuará a dizer que prefere que eles morram se não vão obedecer ao dogma católico?

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  6. "O ódio anti-religioso conduz à irracionalidade"

    António Parente,

    a cegueira voluntária é que conduz à irracionalidade.

    Os próprios católicos com quem partilho esta vida gostam menos deste Papa que eu. Nesta questão da SIDA então vejo-os a falar furiosos sobre o conteúdo das mensagens deste Papa.

    Aposto que ninguém do seu ciclo de vida lhe dirá isso mas já pensou que será por o saberem muito católico e não quererem entrar em "conflitos" consigo? É que normalmente é assim... se nunca ouviu falar pessoalmente mas o mundo anda a berrá-lo então... todos os outros são irracionais com ódio anti-católico... incluindo os católicos.

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  7. Ludwig Krippahl

    O Papa não disse disparate nenhum. Tem má imprensa e alguma dificuldade de comunicação quando se expressa publicamente. Depois, as suas declarações são truncadas e aproveitadas pelos seus inimigos. Na entrevista o Papa falou em mais coisas além do preservativo mas a única frase escolhida foi essa. O resto foi completamente branqueado.

    Quando a insistir na ideia de que o Papa é escutado com imensa atenção por toda a África. É preciso desmistificar essa ideia. Não o é. Se o fosse, se tivesse a influência que dizem ter a situação não seria tão dramática.

    Eu não afirmei em lado nenhum que os muçulmanos e os protestantes fazem pior. Não faço a mínima ideia se o são. É especulação sua.

    Ninguém tira a alternativa de usar preservativos. A Igreja Católica não tem poder para fazer isso e nem tem o direito de o fazer porque acima de todas as doutrinas sobre sexualidade está a consciência individual de cada um.

    Aliás, se tivesse lido o meu comentário até ao fim veria que as organizações católicas que trabalham em África participam em programas estatais onde o preservativo está distribuído e o Vaticano não as condena.

    O Santo Padre pode ter muitos defeitos, por que é humano como todos nós, mas é vítima de muitas injustiças. Esta é mais uma delas.

    Mais um abraço amigo.

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  8. MEQ

    É moda, dá um ar progressista dizer mal do Papa. Também já pertenci a essa corrente. No dia da eleição lamentei com outros católicos a sua eleição. Hoje penso de modo diferente. Dei-me ao trabalho de ler tudo o que encontrei de e sobre Bento XVI.

    A sexualidade para mim é uma coisa muito simples: amor, respeito pelo outro, prazer, abertura à vida. Não condeno quem usa preservativo, quem comete adultério ou tem comportamentos homossexuais. Não quero saber, não me interessa, não tenho curiosidade nenhuma em saber o que cada um faz na cama. Não sou juíz de ninguém e não dou conselhos e ninguém sem que seja solicitado. No blogue que tenho actualmente não lê lá nada sobre sexo, preservativo ou conselhos sobre doutrina sexual. Não é esse o núcleo central da doutrina cristã. Nem sequer o casamento entre pessoas do mesmo sexo me interessa. Discuto-o exercendo os meus direitos de cidadania mas não me verá tomar nenhuma iniciativa pública ou privada para lutar contra ele.

    Não faço de sexo com outros católicos nem passamos o tempo a falar de teologia ou coisas muito eleboradas. Falo do futebol do domingo, da notícia do momento, etc.

    Acho que são injustos com o Santo Padre e eu gosto de estar ao lado dos que são injustiçados.

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  9. "Os próprios católicos com quem partilho esta vida gostam menos deste Papa que eu. Nesta questão da SIDA então vejo-os a falar furiosos sobre o conteúdo das mensagens deste Papa."

    Corroboro a 100% este comentário. O mesmo se passa com a minha mulher, (que se diz) católica, mas com uma posição muito mais radical contra este Papa do que a minha.

    Esta atitude é compreensível e natural, pois há muitos católicos que, tal como ela, se sentem envergonhados em ter um líder com estas ideias. Para quem não é católico, é mais uma entre tantas outras ideias que não concordam ou que acham disparatadas.

    Tal como o Ludwig, acho que o papa faz bem em ser contra o preservativo e manifestá-lo publicamente. Na minha opinião é lamentável, pois trata-se de uma figura influente e que deveria ter uma responsabilidade acrescida sobre aquilo que diz, mas faz bem em fazê-lo.

    Cabe aos católicos revoltarem-se (ou não) com estas afirmações mas pelo menos o Papa disse aquilo que, certamente, o espírito de Pedro lhe disse para transmitir na Terra.

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  10. Não diga tolices, Pedro Ferreira. Leia tudo o que encontrar sobre o preservativo e sida em África. Pense pela sua própria cabeça. Tenha espírito crítico. Forme a sua própria opinião. Não se deixe cegar pelo ateísmo.

    Um abraço amigo.

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  11. António Parente,

    Qual é a parte do meu comentário que é uma tolice: o facto de a minha mulher, que é católica, ter um ódio de morte a este Papa ou em eu achar que o Papa faz bem em dizer publicamente naquilo que acredita mesmo não sendo politicamente correcto?

    E o que o leva a dizer que eu não estou a pensar pela minha cabeça?

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  12. Sida em Africa

    Cristianismo vs Islamismo


    Moral da história: preservativos à parte, o Islão faz "bem" ao HIV ;)

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  13. "É moda, dá um ar progressista dizer mal do Papa."

    Não é nada disso. Tratasse de seguir o lider cegamente ou pensar pela própria cabeça. Quem o faz é apelidado de progressista.
    Essa palavra é usava para reduzir as pessoas que incomodam, que não vão na conversa. É usada por regimes autoritários ou poderes democratas (como foi o caso da Inglaterra e Estados Unidos com o Robert Fisk). Hoje é usada pela Igreja Católica. A diferença é que os "progressistas" estão a ficar a maioria o que invalida o "carimbo" e torna este contra producente levando as pessoas a afastarem-se da igreja a velocidades nunca vistas.

    Tratasse de conseguir ter empatia pelos que apanham o virus e vêm as suas vidas destruidas versus o fundamentalismo sem razão alguma. Um fundamentalismo que esqueçe que o sexo é a coisa mais natural do mundo. Fundamentalismo imposto por quem não está se autoriza a ter relações sexuais nem a constituir família e que não faz idéia de como as coisas se passam nos dias de hoje em casa e nas escolas etc.

    Tratasse de perceber que a Igreja que devia primeiro de tudo amar o próximo acaba por condenar pela inacção milhões de pessoas a uma vida miserável.
    Tratasse de perceber que a Igreja faz o contrário do que as pessoas esperam dela.

    De cada vez que usa a palavra progressista para falar destas pessoas... perde mais uns quantos fiéis (à hierarquia).

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  14. "Não condeno quem usa preservativo, quem comete adultério ou tem comportamentos homossexuais."

    Não é da sua conta nem da conta do Papa.



    "Acho que são injustos com o Santo Padre e eu gosto de estar ao lado dos que são injustiçados."

    E quem fica do lado dos inocentes que apanham o virus da SIDA e ficam com a vida toda estragada?

    Quem são mesmo os injustiçados?

    As empatias aí parecem-me um bocadinho com prioridades trocadas.

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  15. Esta posição do Papa é cruel.

    É das maiores crueldades que a humanidade já conheçeu.
    Ter o poder e as ferramentas para salvar milhões de vidas e nada fazer.
    É das maiores crueldades que a humanidade já conheçeu.


    E depois o AP fica do lado dos injustiçados, tadinhos do Papa e seus pares... tanto sofrimento. QUE CRUZ!

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  16. "O Uganda com 47,1% - foi adoptado o programa ABC que inclui a distribuição de preservativos e onde participam organizações católicas;"

    Caro Alfredo Dinis,
    não creio ser muito honesto acusar os outros de mentirem e depois vir aqui dizer meias verdades: a igreja católica do Uganda opõe-se com veemência ao programa de distribuição de preservativos que é levado a cabo á sua revelia e com o apoio da igreja angelicana.
    Quanto às organizações católicas laicas que aderiram ao programa: por sorte, mesmo entre os crentes há pessoas sensatas e que até se recusam a fazer uma ginástica bestial para reinterpretar as palavras do Papa para poderem viver com elas em boa consciência.
    Cristy

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  17. Tratasse de perceberem de uma vez por todas que o sexo não é nada de especial. É natural, faz bem à saúde, toda a natureza o faz e recomenda-se com e sem amor.

    Sexo ao acordar, ao pequeno almoço, almoço ou jantar. Quanto mais sexo melhor. Sexo até cair para o lado!
    Sexo sem culpa católica que tantos lares tem destruido.
    Sexo apenas pelo prazer e pela união que causa entre os pares.

    Sexo é bom.
    Papa é mau.

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  18. oops, peço descupla ao Alfredo Dinois, é óbvio que devia ter escrito António Parente, mas há sempre qualquer coisa na minha máquina que encrava quando quero usar essa sequência de teclas.
    É óbvio também que o Alfredo Dinis nunca recorre à desonestidade como argumento, essa, felizmente, é prerrogativa de outros.
    Cristy

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  19. "Se o fosse, se tivesse a influência que dizem ter a situação não seria tão dramática."

    E assim se explica porque é que a situação nos países industrializados não é "tao dramática": influência do Papa, claro. Porque se os pretinhos fossem todos civilizados como nós, e aceitassem as palavras do Papa, desdramatizavam logo a situação. Já cá faltava o racismo da praxe...
    Cristy

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  20. Paulo Sustelo

    Confio tanto na Wikipedia como na Cristy. A crebilidade que lhes atribuo é zero vírgula zero.

    Faça um exercício: vá ao site da CIA, veja a % da população católica nos países com maior incidência de sida e com menor incidência e depois tire as suas conclusões. Mas não se as distorça a seu favor. Depois conversamos.

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  21. Pedro Ferreira

    Não tem bases para afirmar que "muitos" (quantos? 10? 20? 100 mil? 500 milhões?) católicos se envergonham do Papa tal como eu não tenho para afirmar que "muitos" católicos se orgulham do Papa.

    Meter o "espírito de Pedro" nesta questão nem tem graça por ironia. É desconversar.

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  22. Dou por encerrada a minha participação neste post. começam as provocações, é altura de escrever "basta!".

    Um abraço amigo

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  23. Cristy,

    «Caro Alfredo Dinis,»

    Foi o António Parente.

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  24. Ludi,
    sim, eu sei, já pedi oficialmente desculpas, e torno a fazê-lo porque o lapso é impedoável.
    Cristy

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  25. Dou por encerrada a minha participação neste post. começam as provocações, é altura de escrever "basta!".

    LOL, a minha avó chama isto «fugir com o rabo à seringa». Mas nem a minha avó desconfia que se pode levar esta prática a tais extremos de perfeição.
    Cristy

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  26. António Parente,

    da minha parte não houve provocações.

    Acredito piamente que
    Sexo é bom.
    Papa é mau.

    Também não percebo como se pode achar que o Papa é injustiçado quando pela inacção dele morrem molhões de pessoas.

    Se, pela minha parte, se sentiu ofendido fique a saber que não era minha intenção.

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  27. Cristy,

    «sim, eu sei,»

    Oops, my mistake. Isto está a vir tão rápido que nem sei a quantos comentários ando :)

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  28. mama eu quero

    Não tinha nada a ver consigo o que escrevi. A pessoa em causa sabe quem é.

    Quanto ao que escreveu, não vou comentar mais. Ainda mais quando não argumenta, apenas escreve banalidades. Devemos ser selectivos naquilo que comentamos. Uma regra é não comentarmos comentários irrelevantes.

    Um abraço amigo,

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  29. António Parente,

    às 14:12

    «quando se pronunciar sobre um assunto deve procurar informar-se minimamente para não escrever tolices»

    às 15:32

    «Não diga tolices»

    às 18:05

    « A crebilidade que lhes atribuo é zero vírgula zero.»

    e finalmente, em tom de despedida, às 18:12

    «começam as provocações»

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  30. António Parente,

    Por acaso até tenho uma "base" para afirmar que são muitos.

    A minha mãe, a minha mulher, 3 amigos portugueses, uma húngara, um belga e uma espanhola, prefazem 8 pessoas católicos com quem o assunto foi abordado. Todos eles se sentem envergonhados ou, no mínimo, embaraçados com a posição do Papa. Estou a falar de 100% dos católicos com quem falei sobre o assunto. Esta é a minha amostra.

    Esta amostra é muito pequena e fazer estimativas para toda a população de católicos no Mundo tem um erro de estimativa abissal. Eu sei disso. Acredite que conheço bem os erros de indução e de extrapolações feitas com amostras pequenas.

    No entanto, estou a admitir que os católicos "envergonhados" se ditribuam de uma forma mais ou menos uniforme pelo mundo, ou melhor, pela Europa (dado que a minha amostra também tem uma representação internacional) e não se cocentrem todos junto a mim. Esta é a base do meu comentário.

    Concordo com quem me disser que o que fiz não é suficiente para fundamentar uma sondagem credível. Mas para fundamentar uma opinião, acho que é suficiente.

    Quanto ao espírito de Pedro, trata-se da "infalibilidade do Papa". Ou isto é treta?

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  31. Pedro Ferreira,

    Assumindo que a tua amostragem é aleatória, a probabilidade de teres esse resultado se forem somente 50% dos católicos a ter essa posição é de apenas 1/256. Por isso dentro da população para a qual a tua amostra é representativa eu diria que a maioria dos católicos está de acordo com essa posição. Ou isso, ou tiveste um grande azar :)

    É claro que a tua amostra é tendenciosa para católicos que vivem em países democráticos, estáveis e pouco miseráveis. Quem vive com a guerra, a fome e a ignorância possivelmente pensa de maneira diferente...

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  32. Argumentar o quê mesmo?

    Informar que os católicos que me rodeiam ficaram ofendidos com estas declarações do Papa?

    Que acho condenável a sua inacção na salvação de vidas tal como acho condenável a inacção de quem não ajuda uma vitima de um acidente?

    Que os padrecos não fazem idéia do que é realmenteo sexo?

    Que a culpa católica que muitas mulheres não só têm destroiem muitos casais?

    Que o sexo é bestial?
    que toda a gente o faz até os adolescentes de 14 anos?

    Que é a coisa mais natural do mundo?

    Que não percebo como se pode ficar solidário com o Papa enquanto as suas declarações (e respectiva inacção) levam em última analise à morte de milhões de pessoas?

    O que há para argumentar?
    É óbvio! É só tirar a cabeça debaixo da areia e olhar em volta.

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  33. Ludwig Krippahl

    Agora faça o mesmo para a sua irmã Cristy.

    Pedro Ferreira

    A infabilidade papal não abrange os preservativos. Veja o conceito de infabilidade papa na enciclopédia católica, consultável em www.ecclesia.pt

    Ludwig Krippahl

    Fez uma análise científica brilhante. Até parece um economista. Colocou uma hipótese simplificadora, diz que "diria" (claro que não diz) e depois termina com o "ou", "ou".

    Para terminar, colocou a cereja em cima do bolo: uma pitada de demagogia no fim do comentário... ;-)

    Um abraço amigo nos dois, em simultâneo

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  34. MEQ

    Há por aí muitos equívocos. Vamos enumerá-los:

    1) Não tem bases para afirmar que "muitos", etc. é pura especulação.

    2)Não há inacção nenhuma. Veja o meu comentário das 14:02

    3)E são so eles?

    4) Puramente especulativo. Não tem bases para afirmar isso.

    5) O sexo é elogiado na Bíblia: leia o Cântico dos Cãnticos; sobre sexo de adolescentes de 14 não me pronuncio, é um problema deles e dos pais deles;

    6)Concordo. E acrescento: é recomendado aos católicos que façam muito sexo para manter os parceiros felizes.

    7) É mentira. Não tem capacidade para justificar essa afirmação. Nem é especulação, é uma tolice.

    Sobre o parágrafo final, claro que é óbvio que não tem razão. q.e.d

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  35. António Parente,

    Visitei o site www.ecclesia.pt mas, como não tem um "pesquisa", não achei o que me sugeriu que eu procurasse. Pode mandar o link directo?

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  36. António Parente,

    Achei um artigo sobre o assunto. Trata-se de um artigo do DN, onde são mencionados Carlos Azevedo, bispo e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, Teresa Toldy (uma teóloga) ou Saturino Gomes, director do Centro de Estudos de Direito Canónico da Universidade Católica Portuguesa. Todas estas pessoas são citadas num pedido de desculpas do Papa (não directamente sobre a infalibilidade do Papa) mas, suponho que a fonte é mais ou menos creível. reza então assim:

    "De acordo com a doutrina oficial da Igreja católica, o dogma da infalibilidade do sumo pontífice (que como todos os dogmas é "inquestionável", tendo dado já origem a excomunhões por dissidência) só se aplica quando este fala ex-cathedra, ou seja, quando anuncia que vai proclamar um dogma. Por outras palavras, o papa só é infalível quando diz que vai ser infalível."

    Sendo assim, tem razão. O Papa não anunciou que ia proclamar um dogma, logo, a infalibilidade do Papa não se aplica aqui e a sua opinião é a de um mero humano.

    Já se dissesse: "Agora vou ser infalível: o preservativo bla, bla, bla", o caso seria bem diferente.

    O artigo completo encontra-se aqui.

    PS: Se o Papa disser "Agora vou ser infalível: [dogma]", será que a parte "Agora vou ser infalível" poderá ser ela própria falível?

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  37. Claro que não tenho razão.
    O Papa é que tem. Sempre!

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  38. Antonio Parente,

    Infelizmente tornou-se uma desculpa cómoda afirmar que a wikipédia não tem credibilidade e, no entanto, continua a ser a primeira fonte de pesquisa sobre qualquer tema na internet.

    Que não seja por isso!

    Dei-me ao trabalho de seguir a sua sugestão e constatei que (pelo menos :-) no caso da distribuição de religiões em África a informação da CIA é consistente com o mapa cristianismo x islamismo apresentado na wikipedia.
    Repare que o mapa refere-se ao cristianismo e não apenas à religião católica.

    Mas penso que o António Parente não comprendeu o meu ponto:
    É sabido que correlação não é causalidade e, estabelecida a correlação, (penso que agora não terá mais objecções) trata-se de averiguar se haverá alguma causalidade no facto de que países maioritáriamente cristãos apresentarem uma uma maior incidência de SIDA.
    É só a minha opinião e por isso vale o que vale: Os islâmicos partilham da mesma posição que os católicos e muitos outros cristãos relativamente ao uso do preservativo. Conhecida a tradicional tolerância que existe nos países islâmicos diria que haverá poucas probabilidades de encontrar cidadãos nesses países que recorram ao uso de semelhante artefacto. Acresce a este facto a circunstância de não existir nestes países homosexualidade ;). Assim sendo estou quase a concordar com o papa: "o preservativo não resolve o problema !!" Pois não !
    O preservativo é um expediente de baixo custo, extremamente eficaz a impedir a transferência dos fluidos orgânicos, mas às vezes tem defeito.
    Resolver a sério a sério é fazer como os islamitas fazem: Lapidação.

    Penso que o papa gostaria que as suas afirmações fossem consequentes. Ou é só uma regra que tem muitas excepções?

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  39. Pedro Ferreira

    Na página inicial devia clicar em "enciclopédia católica".

    O preservativo não é um dogma nem é o ponto central da doutrina católica sobre sexualidade. Sobressaí por que neste mundo em que os sounds bytes contam mais do que os conteúdos o desejo de sensacionalismo impede que se discutam as questões de uma forma serena.

    Sobre a questão da infabilidade do Papa não me pronuncio por que o tema não me desperta o mínimo interesse e não afecta a minha vida corrente. Pode ser interessante para os teólogos discutirem, acredito.

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  40. "Sobressaí por que neste mundo em que os sounds bytes contam mais do que os conteúdos o desejo de sensacionalismo impede que se discutam as questões de uma forma serena."

    Vamos todos discutir o tema de forma serena e com toda a calma.
    Entretanto só morrerão uns milhõezitos de pretitos que moram lá longe.

    Dizer o que o Papa disse antes de uma viajem a África não pode ser considerado apenas um sound byte.

    Isso é "serenar" o que foi dito. E "serenar" o que foi dito é cumplicidade com as consequências.

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  41. O quadro que apresenta não diz absolutamente nada. Tente compreender porquê: se tiver 4 peças de fruta e 2 forem laranjas e duas maças então dá-lhe uma percentagem de 50% para cada espécie. Mas se essas 4 peças fizerem parte de um conjunto de 20 peças então as percentagens já serão outras. É o que acontece em África. O Paulo não reparou que os denominados "credos locais indígenas" (já ouviu falar nos feiticeiros?) representam entre 40% e 50% do total. Depois vem o Islão que está em franca expansão. Tem as igrejas evangélicas também. Na África do Sul, um dos países com maior incidência de sida em África, os católicos representam 7,5% do total e os "sem religião" 15%. Nunca me passaria pela cabeça culpar a falta da religião católica na África do Sul e os "sem religião" pela alta incidência da doença. Seria uma tolice, reconhecerá. é fácil e cómodo afirmar que a culpa é do Papa. Deita-se areia para os olhos e não se fala dos verdadeiros problemas. Sabe que há uns anos li que a propaganda do preservativo em África tinha a ver com os interesses dos soldados da ONU, na medida em que os protegia das DST?

    Como católico defendo os programas do Uganda: abstinência, fidelidade conjugal e se não conseguires cumprir as outras duas então usa o preservativo. Serei excomungado por defender publicamente isto: não faço ideia. Se o for, espero a misericórdia do Criador.

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  42. MEQ

    Não percebeu o que eu escrevi porque não percebeu mesmo ou está a fingir que não percebeu? Agora sou eu que não percebi. De qualquer modo, faltam ideias para poder rebater. Quando as tiver, apite. Eu vou passando por aqui.

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  43. António Parente,

    Obrigado. Já consultei a referência e está mais ou menos de acordo com a notícia do DN.

    Concordo que os sound bytes tendam a sobressair mais que o resto. Mas na minha opinião o Papa cometeu um erro estratégico e que gerou esta agitação. Abordou o tema pela negativa e não pela positiva.

    Se dissesse "A Igreja propõe como forma de prevenção da SIDA uma sexualidade dentro do matrimónio e evitar comportamentos mais "libertinos" que, está provado aumentar a hipótese de alastrar a epidemia" (ou qualquer coisa do género...), passava a mensagem que queria (se é que era esta a intenção dele) e implicitamente mostrava-se contra o uso do preservativo. É que não devem ser muitos(*) os casais monogâmicos (e casados) que usem o preservativo, quer pela redução nas sensações quer pelo cheiro a latex.

    Ao invés, o Papa preferiu dizer "O preservativo não resolve o problema e ainda o agrava mais". Concorda ou não concorda comigo que com este tipo de discurso só era de esperar esta agitação?

    Quanto a mim não é criticável defender evitar o sexo com "desconhecidos" (ou fora do matrimónio) em vez do uso de preservativos. Acho uma tolice, mas é um conselho que até faz algum sentido. Já é bastante criticável dizer que não resolve o problema, visto que é uma falácia pois deixa implícito que que defende o uso é com o intuito de "curar o vírus" e, pior ainda, dizer que ainda agrava o problema.

    (*) Por favor, não me peça novamente para definir "muitos". Neste caso é uma intuição mas posso perguntar aos meus amigos... ;) Arrisco-me é ouvir dizer "Vai à merda"... Excepto a espanhola, que é uma "ganda maluca"

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  44. É normal que não perceba.

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  45. E que idéias quer?

    O que há para debater quando os homens da igreja falam de sexualidade? O que há para debater quando os homens da igreja dizem que o sexo deve ser assim ou assado poque o pai natal diz que tem de ser assim?

    Mas que diálogo pode haver?
    Só se for para lhes chamar nomes e mandá-los meter na vida deles e acordar da moca do pai natal!

    Todos, inclusivé o AP, pensam que são o que não são! Não há nada para debater neste tema da sexualidade versus igreja. Só há uma coisa a dizer: CALEM-SE. METAM-SE NA VOSSA VIDA! Se se querem meter na vida dos outros tratem então de tentar melhorar a vida das pessoas. Podem começar a ser menos serenos nas discussões da SIDA e a serem mais activos no incentivo ao uso do preservativo.
    O sexo não vai a lado nenhum!

    Tudo o resto é uma serena perca de tempo e energia.

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  46. “Corroboro a 100% este comentário. O mesmo se passa com a minha mulher, (que se diz) católica, mas com uma posição muito mais radical contra este Papa do que a minha.”

    A mulher de um ateu tão ferrenho sendo católica, e vendo o ódio que aqui espalha contra os católicos, é de certeza vítima de violência doméstica (psicológica).

    O Papa disse que «o problema da SIDA não se resolve com a distribuição de preservativos».
    Quem nega isto? Alguém?

    Quem acompanhou programas intensivos de ajuda em África, sabe que o Papa em razão. O Botswana é um bom exemplo. Um dos primeiros países a ter um programa de distribuição de preservativos, que correspondeu a um aumento brutal do número de infecções.

    A falsa ideia de segurança do preservativo, o desajuste entre as práticas locais e a cultura que se lhes tenta impor, é o principal problema.

    Cá vai um exemplo: em Talassit, uma pequena localidade rural com uns dois mil habitantes, as pessoas (todas ateias), afirmam que cada vez que a mulher tem a menstruação, todos os males do corpo saíram dela, e nenhuma doença sobreviveu no seu corpo.
    Aqui praticam-se jogos “guerreiros”, conhecidos como Kahassukir (mais ou menos torneios), entre clãs (mais ou menos famílias) que terminam com bacanais autênticos, dignos da Roma Imperial.
    Estas práticas promíscuas é que são o principal foco de contaminação, para além da prostituição apadrinhada por muitos europeus.

    Na verdade, nas prioridades de combate à Sida, o uso do preservativo vem no sexto ou sétimo lugar.

    O Papa tem razão e sabe do que fala, ao contrário dos comentadores que apenas se limitam a dizer o que pensam como se soubessem algo do assunto
    .
    O preservativo não resolve nada. È a maneira mais simples de enterrar a cabeça na areia e nada fazer.
    O grande problema é que ha muitos europeus analfabetos no assunto, como aqui neste blog se vêem, comentam coisas que não sabem, fazem afirmações completamente falsas, baseadas na sua ignorância do assunto, e aquilo que eles imaginam, pensam que é o que acontece.
    Estão errados!

    O Papa tem em sua posse inúmeros relatórios sobre este e outros assuntos, e conhece melhor o problema do que alguma organizações internacionais, incluindo a ONU ou mesmo a OMS, em alguns países.

    Outro ponto importante tem a ver com o facto de que quanto mais ateus são os povos maior é a incidência da infecção.

    Os ensinamentos da Igreja vão no sentido da vida; os ensinamentos dos ateus locais, vão em sentido contrário.

    Outro exemplo importante (que o Papa conhece perfeitamente):
    Na Zâmbia há algumas culturas (ateias ferrenhas) que têm uma prática de um certo sadomasoquismo. Os homens derramam sémen sobre as escarificações recentes das mulheres, como um ritual de virilidade. Até podem usar preservativo, que eles fazem-no da mesma forma.

    A Igreja católica não consegue inverter estas práticas. Enquanto os europeus analfabetos continuarem com as observações patéticas e a imaginarem que sabem alguma coisas daquilo que desconhecem em absoluto, e enquanto usarem a sua ignorância para atacar quem sabe o que diz, nunca iremos a lado nenhum.

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  47. Pedro Ferreira

    Pode consultar a entrevista do papa no site do Vaticano. Está em italiano mas consegue-se perceber bem. Quando o Papa viaja há sempre polémica por causa das suas declarações. Provavelmente não apanhou o tom certo para fazer passar a sua mensagem. Neste caso o Papa não falou apenas do preservativo como poderá comprovar por si próprio. O Papa tentou passar uma mensagem positiva mas a única coisa que sobrou foi o preservativo. Não se fala de outra coisa.

    O Papa disse também que a luta contra a sida passava também pela «educação na responsabilidade das pessoas no uso da sexualidade e a reafirmação do papel essencial do matrimónio e da família». Leu em algum jornal alguma referência a esta parte do discurso? Eu não li. Só vi artigos sobre o preservativo, mais nada.

    A Igreja nunca disse em sítio nenhum que é legítimo ter relações promiscuas desde que não se utilize preservativo. O que a Igreja diz sempre é para se ser fiel no seu matrimónio, para se respeitar os outros e para se ter comportamentos responsáveis e para se basear a sexualidade no amor. Fala do preservativo como uma barreira à vida, liga-o ao impedimento da procriação não o coloca como uma barreira ao prazer. A partir daí cada um tem liberdade para fazer o que quiser da sua vida arcando com as consequências dos seus actos. Assiste-se é a uma infantilização de comportamentos onde as pessoas não são capazes de assumir as consequências dos seus actos. É o que se passa em relação a África. Tornou-se a Igreja Católica no bode expiatório perfeito. Ninguém pergunta se os programas de educação sexual são adequados às populações, se os preservativos são de qualidade, se são distribuídos em quantidade suficiente, se há programas que retirem as pessoas da miséria, se os departamentos da ONu e as ONG's não católicas são competentes e se o Estado toma as medidas adequadas. Nada disso interessa. Há uma diminuição da incidência da sida num país qualquer? Toquem as trombetas, batam-se palmas, o preservativo venceu! Aumentou a incidência da doença? Claro que o culpado é o Papa ou a Igreja Católica! Não existem católicos nesse país, não há organizações católicas activas, a informação difunde-se lentamente? Não interessa, a culpa é da Igreja Católica, dos padres e do Papa!

    Há um país qualquer em que a doutrina da Igreja penetra, as pessoas passam a ter comportamentos sexuais responsáveis e a sida diminui e não se pode apontar o preservativo como vencedor? Aqui D'El Rei porque os "religiosos" estão a fazer proselitismo e o Estado é laico e os "religiosos" devem ser afastados, vamos lá dar preservativos ao pessoal porque isso de fidelidade e comportamentos responsáveis não intesessa para nada, o que é importante é gozar a vida, ter prazer e os outros que se lixem porque cada um sabe de si!

    Desculpe o desabafo, Pedro. Não o personalize por que não é nada contra si nem contra ninguém. É só a gente a falar.

    P.S. - Eu aprendi ao longo da minha vida que as intuições são perigosas por que nos levam muitas vezes a conclusões erradas... ;-)

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  48. Pedro Ferreira

    Já agora um excerto muito interessante. A fonte é a Federação Internacional dos Médicos Católicos:

    "Em Yaoundé, em 1993, aconteceu a VII Reunião Internacional sobre a AIDS com especialistas médicos e de saúde. Foi uma reunião da qual participaram cerca de 300 congressistas, e se distribuiu ao final um questionário para que se indicasse, entre outras coisas, se se havia tido relações sexuais durante os três dias que durou a reunião com pessoas que não fossem parceiros estáveis.
    Dos pesquisados, 28% responderam que sim, e destes, 30% disseram que não haviam tomado «precaução» alguma para evitar contágios."

    Se isto é assim em especialistas da doença, já imaginou o que será com pessoas normais, Pedro?

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  49. Homem honesto

    Curiosamente acho que o seu comentário dá razão... a quem criticou o papa.

    A realidade é que, se dentro da Europa somos todos diferentes (e todos diferentes dentro do mesmo país), não é natural sermos inteiramente diferentes dos africanos? E em termos de virilidade e sexualidade parece que somos! Qual é a solução? Tentar compreender para saber como agir!

    Você não tentou compreender o problema do Botswana, mas só apontou o que me parece um disparate e pode dar a entender que o preservativo aumentou a taxa de infecção com SIDA. Haverá outra variável ali, resta saber qual é! Mas não é a falta de eficácia do latex!

    O preservativo é objectiva e indiscutivelmente uma barreira contra a SIDA e outras doenças. Dizer que "o preservativo não resolve nada" é MENTIRA! Uma coisa é certa: o preservativo é usado por uma pessoa. Se esta o usa mal, então realmente perde a eficácia!

    Há que mudar mentalidades. Mas sensibilizar para a abstinência como "a" solução do problema quando dá os exemplos que dá... não lhe parece paradoxal?

    Pegando num comentário do Alfredo Dinis no post anterior, não há "a" solução para a SIDA (como não há "a" solução para quase nada). Contudo, mentir (porque insisto que foi isso que o papa fez) não é solução. A solução passa por compreensão, mudança de mentalidades, informação e... latex! Todas juntas!

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  50. António Parente

    Vamos admitir que o papa disse outras coisas relevantes.

    Vamos admitir que se está a tentar culpar a igreja por tudo o que há de errado em África.

    Vamos admitir que o papa não encontrou o tom certo para comunicar a mensagem (esta custa-me a engolir: o homem não tem 20 aninhos e não é inexperiente nas lides da comunicação).

    Vamos admitir que há aqui uma conspiração ateia para denegrir as palavras do papa.

    Agora explique-me: que parte de "Os preservativos não são a resposta na luta contra a sida. Na verdade, eles agravam o problema" é que faz o mínimo sentido? Que parte não é mentira? Isto é o tipo de coisas que o papa (nem ninguém) podia dizer nem que fosse a comentar para o lado em tom de brincadeira. Porque... é mentira!

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  51. " O Papa disse que «o problema da SIDA não se resolve com a distribuição de preservativos».
    Quem nega isto? Alguém? "

    Afirmação evidente e irrelevante. É óbvio que a distribuição de preservativos não resolve o problema da SIDA. Mas é a forma mais eficaz e imediata de prevenir e minorar os efeitos do flagelo.

    " Quem acompanhou programas intensivos de ajuda em África, sabe que o Papa em razão. O Botswana é um bom exemplo. Um dos primeiros países a ter um programa de distribuição de preservativos, que correspondeu a um aumento brutal do número de infecções. "

    Vários estudos demonstram que a utilização do preservativo diminui em mais de 80% o risco de transmissão do VIH. «At least four different types of evidence demonstrate the effectiveness of condoms in preventing HIV transmission. Laboratory studies have shown that the virus cannot pass through latex or polyurethane. There is also a theoretical basis for effectiveness: condoms prevent exposure to semen or vaginal fluids that may carry the virus. Epidemiological studies, which compare infection rates among condom users and non-users, have found that condoms offer significant protection against HIV infection.

    E sobretudo este excerto:

    «Finally, in many countries that have significantly reduced HIV infection rates (such as Brazil, Thailand and the USA), reduced rates of transmission have been strongly associated with increased condom use».

    Fonte: UNAIDS/ ONUSIDA


    A falsa ideia de segurança do preservativo, o desajuste entre as práticas locais e a cultura que se lhes tenta impor, é o principal problema.

    " Cá vai um exemplo: em Talassit, uma pequena localidade rural com uns dois mil habitantes, as pessoas (todas ateias), afirmam que cada vez que a mulher tem a menstruação, todos os males do corpo saíram dela, e nenhuma doença sobreviveu no seu corpo".


    "Estas práticas promíscuas é que são o principal foco de contaminação, para além da prostituição apadrinhada por muitos europeus".

    Se essas práticas "promíscuas" fossem realizadas com preservativos, o risco de contágio diminuiria mais de 80%.


    " Na verdade, nas prioridades de combate à Sida, o uso do preservativo vem no sexto ou sétimo lugar".

    Exceptuando o proverbial e inócuo apelo à abstinência sexual, quais são as outras prioridades da lista?


    " O Papa tem razão e sabe do que fala, ao contrário dos comentadores que apenas se limitam a dizer o que pensam como se soubessem algo do assunto".

    O papa também se limitou a "dizer o que pensa". Não se baseou em nenhum estudo ou facto ou prova científica. Limitou-se a despejar a já conhecida doutrina decrépita, os já conhecidos preconceitos assassinos.


    " O grande problema é que ha muitos europeus analfabetos no assunto, como aqui neste blog se vêem, comentam coisas que não sabem, fazem afirmações completamente falsas, baseadas na sua ignorância do assunto, e aquilo que eles imaginam, pensam que é o que acontece."

    Argumentum ad hominem


    "O Papa tem em sua posse inúmeros relatórios sobre este e outros assuntos, e conhece melhor o problema do que alguma organizações internacionais, incluindo a ONU ou mesmo a OMS, em alguns países."

    O papa conhece melhor o problema do que a ONU ou a OMS? Este é o disparate do dia. O papa tem como missão cegar o maior número de pessoas com os seus preconceitos tolos que, diga-se, têm muito pouco que ver com religião ou moralidade.


    " Outro ponto importante tem a ver com o facto de que quanto mais ateus são os povos maior é a incidência da infecção ".

    Limita-se a destilar ódio e vociferar falsidades sem quaisquer dados ou provas factuais que comprovem o que diz.

    O resto não merece ser rebatido/ comentado. É a diatribe de sempre.

    André Sousa.

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  52. Homem (Des)Honesto,

    Eu não espalho ódio contra os católicos. Se o fizesse teria certamente um blog com o título "Portal Anti-católico de Portugal".

    Quanto à minha mulher ser vítima de violência ou não, é irrelevante. Ela vai ter de se aguentar até morrer. Como casámos pela Igreja, "não pode separar o homem o que Deus uniu"

    PS: Antes de começar com ideias para comentários jocosos, previno-o já que a história do meu casamento pela Igreja deixa essa instituição muito mal no retrato... Mas se quiser posso contar a história...

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  53. António Parente,

    "Se isto é assim em especialistas da doença, já imaginou o que será com pessoas normais, Pedro?"

    De facto os números impressionam. Quase um em cada três pessoas não têm relações com pessoas que não são parceiros estáveis. E isso durante o tempo que durou a conferência(*)...

    Desses, 30% não toma precauções. O que significa que os restantes 70% tomaram precauções. É exactamente aqui que as declarações do Papa voltam a vir à baila... Segundo o Papa, estes 70% de precavidos devia ser reduzido a... 0%.

    Já sei que vai ripostar "O que o Papa quer é reduzir os 28% de relações fortuitas a 0%". E eu já disse que até acho que este argumento até faz algum sentido, apesar de eu não concordar com ele (**). Agora o que não faz sentido é, sabendo que os 28% são uma realidade, fazer de conta que impedindo os "precavidos" não vai aumentar o contágio. E em cima disto afirmar exactamente o contrário: que tomar precauções ainda agrava o problema.

    (*) Bem, que grande conferência... Mais parecia uma dessas estãncias do ClubMed para solteiros, divorciados e mal-casados... :)
    (**) Acho que não faz sentido pois creio que a tendência para um comportamento "promíscuo" é mais natural do que se possa pensar. Para mim está no mesmo plano de tentar através da palavra ou de conselhos, dissuadir um homossexual de o ser

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  54. Pedro Ferreira

    Do episódio que relatei, pode concluir que mesmo pessoas com vasta informação sobre a doença correm riscos por negligência ou incapacidade de controlar os seus instintos e não porque o Papa lhes disse para não usaram o preservativo. Se quisessem seguir os conselhos do Papa então não corriam riscos e não tinham relações ocasionais.

    Concordo consigo que a promiscuidade é natural e até inerente ao comportamento dos humanos. A monogamia é uma aquisição cultural. A nossa sociedade permite uma espécie de poligamia sucessiva através da legalização do divórcio. Teoricamente um homem ou uma mulher pode ter um número infinito de parceiros sexuais, de forma perfeitamente legal, desde que não os tenha em simultâneo. Mas se for em simultâneo, também não há penalização criminal a a censura social também vai desaparecendo. Como diz o bus "enjoy your life".

    Damos o tema por encerrado? Pela minha parte está terminado.

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  55. RESPOSTA CRIACIONISTA AO POST DO LUDWIG.

    Ludwig diz:

    "O Alfredo Dinis disse algo parecido. «Não sei quantas pessoas se deram ao trabalho de ler a declaração do Papa. Ele não se referiu ao uso do preservativo de um ponto de vista ‘técnico’, nem sequer médico, mas sim de um ponto de vista ético e espiritual.»(1)"

    Os preservativos podem e devem ser distribuídos.

    Mas o casamento e a fidelidade entre um homem e uma mulher, tal como Deus estabeleceu, não transmitem doenças venéreas.


    "Pena que o Papa não tenha sido tão claro como o Alfredo. Sabendo que nunca a religião e a ciência podem estar em conflito, o Papa devia ter esclarecido que se deve distribuir preservativos e encorajar as pessoas a usá-los do ponto de vista ‘técnico’ para que se controle a epidemia do ponto de vista médico."

    O problema é que sem uma limitação ética e moral, não há distribuição de preservativos que aguente.

    "Mas como o preservativo é um problema do ponto de vista espiritual devem tirá-lo antes da missa."

    Como se disse, a obediência às normas divinas contribuiria largamente para diminuir a incidência de muitas doenças.

    "Infelizmente, não foi isso que o Papa disse, e eu discordo do Papa e discordo da defesa do Alfredo."

    Um comportamento sexual digno e responsável, temos que reconhecer, evitaria muitos problemas de saúde pública.

    Se todos seguissem a indicação divina estabelecida em Génesis 2, não haveria lugar para epidemias de sida, prostituição, tráfico de mulheres, abuso sexual de crianças, etc.

    "Mas, por si só, discordar não me incomoda, e reconheço-lhes tanto direito de dar a sua opinião como eu tenho de discordar dela."

    O problema é que o darwinismo nada tem a dizer sobre ética sexual, para além de mobilizar o comportamento sexual dos macacos como padrão para o comportamento humano, como têm feito muitos documentários "científicos".

    "O que me perturba é não reconhecerem a diferença entre milhões de pessoas a morrer de SIDA e a opinião que eles têm acerca das práticas sexuais alheias."

    De um modo geral, as pessoas que morrem de SIDA não são aquelas que seguem o imperativo divino da sexualidade e da fidelidade no casamento.


    "A primeira é uma tragédia inegável."

    É verdade. Mas de um modo geral não são aqueles que obedecem à lei divina sobre a sexualidade e o casamento que mais morrem de SIDA.


    "Em contraste, a ideia que sexo com preservativo é espiritualmente pior do que sem preservativo, e que isso faz alguma diferença, não passa de uma crença pessoal."

    O facto de ser uma crença pessoal não quer dizer que seja errada. Caso contrário, também a crença contrária estaria errada porque também seria uma crença pessoal.

    Existe um padrão de moralidade objectiva. Esse padrão é estabelecido pelo Criador na Sua Palavra.

    Com base nele podemos valorar o mérito das diferentes crenças pessoais, incluindo a crença (sem qualquer confirmação empírica) de que a vida surgiu por acaso e as espécies menos complexas se transformam em espécies mais complexas.


    "Dêem-lhe o crédito que quiserem mas não a ponham à frente da vida dos outros."

    A vida tem valor porque foi criada por Deus.

    De acordo com a crença evolucionista, a vida não tem qualquer valor intrínseco, porque foi um mero acidente cósmico.

    A partir da sua crença naturalista e evolucionista, o Ludwig não tem qualquer base para afirmar o valor da vida.

    Diferentemente, os criacionistas têm uma base sólida para afirmar o valor da vida.

    A Bíblia diz que Deus é o autor da vida. Ela tem por isso valor intrínseco.

    A Bíblia diz que o homem foi criado por Deus à Sua imagem e semelhança, como ser racional e moral. Daí o seu valor intrínseco transcendente.

    A Bíblia diz que Jesus Cristo, Deus encarnado, morreu pelos pecados de todos os seres humanos, reafirmando o valor intrínseco do ser humano.

    Para o evolucionismo, dizer que a vida tem valor é tão correcto como dizer que não tem. Depende da vontade de cada um e do modo como as ideias evoluem aleatoriamente no cérebro de cada um.

    Diferentemente, para o criacionismo dizer que a vida não tem valor é um erro.

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  56. ÚLTIMA HORA!

    ATEUS, CRIACIONISTAS E CIÊNCIA ESTÃO DE ACORDO.

    1) Ludwig Krippahl diz que um código tem sempre origem inteligente.

    A ciência confirma-o e os criacionistas estão de acordo.

    2) Richard Dawkins afirma que no DNA existe um código quaternário, com os símbolos ATGC, que codifica grandes quantidades de informação como um computador.

    A ciência confirma-o e os criacionistas estão de acordo.

    3) Por concordar com o Ludwig em 1) e Dawkins em 2), o ex-ateu Anthony Flew, ao fim de 60 anos a dizer o contrário, concluiu que então o código do DNA só pode ter tido origem inteligente, abandonando assim o seu ateísmo.

    A ciência confirma-o e os criacionistas estão de acordo.

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  57. Faltava cá a natural imbecilidade do LK.

    Uma coisa e não concordar, outra é ser completamente absurdo na forma como trata as pessoas.

    Essa postura dos ateus, além de completa estupidez põe a nu a falta de coerencia, já que, recorrentemtne, se queixam de alguém os "tratar mal" quando eles são campeões nesse desporto.

    Acho que o LK deveria começar por usar preservativo no raciocinio e na linguagem.

    Não tive tempo de ler os coments, mas vi o primeiro (abestalhado, por sinal), já que fica ao lado desta caixa de comentários.
    E, neste caso, já não é o preservativo que está em causa, mas antes a sobrevivencia de um aborto de se assina Pedro.

    Desafio o mais cintifico e reigoroso ateu a dizer que a forma de prevenção que a Igreja (o Papa, neste caso) defende é menos eficaz do que o preservativo.

    Se o alguém o quer seguir ou não, é outra matéria distinta.

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  58. Jónatas,

    «Mas de um modo geral não são aqueles que obedecem à lei divina sobre a sexualidade e o casamento que mais morrem de SIDA.»

    E é precisamente por isso que as religiões se opõem à educação sexual, à vacinação contra doenças venéreas, ao preservativo e assim. Porque isto dá uma alternativa para se obter o mesmo efeito sem ligar às alegadas "leis" dos deuses.

    «A vida tem valor porque foi criada por Deus.»

    Que raio de ideia. A minha vida tem valor porque eu estou a vivê-la. Não importa quem me fez, e até me preocupa que alguém julgue que eu só tenho valor porque fui feito pelo Gepeto ou o que seja.

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  59. Zeca,

    «Uma coisa e não concordar, outra é ser completamente absurdo na forma como trata as pessoas.

    [...]completa estupidez
    [...] usar preservativo no raciocinio
    [...]abestalhado
    [...]um aborto de se assina Pedro.»


    Obrigado por, mais uma vez, ter ilustrado tão bem as suas alegações.

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  60. Zeca,

    "E, neste caso, já não é o preservativo que está em causa, mas antes a sobrevivencia de um aborto de se assina Pedro."

    YESSS...

    Estava a ver que não vinha... :)

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  61. "[...] usar preervativo no raciocínio"

    :D

    Zeca, você é o maior!!!

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  62. António Parente,

    "Damos o tema por encerrado? Pela minha parte está terminado."

    Ok. Para além disso, com a chegada do perspectiva e do Zeca, os comentários vão passar para um estádio diferente: o estádio do "spam" e do "insulto"

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  63. AP,
    ... "Fala do preservativo como uma barreira à vida, liga-o ao impedimento da procriação não o coloca como uma barreira ao prazer" ...


    Este é outro disparate. Para a ICAR este problema já não se põe relativamente aos alegados métodos naturais de contracepção. É naturalissimo o coito interrompido e álem disso os termómetros nascem nas árvores.

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  64. Eu também tenho uma história engraçada do meu casamento pela igreja. O Padre que o diga!

    E não há violência nenhuma.
    Que parvoíce (de parvo - do MAIS parvo que se possa imaginar).
    Essas palavras são redutoras do género feminino (típico dos católicos ferrenhos). Como se ela não estivesse à altura de uma boa discussão ou troca de ideias. Como se eu não fizesse tudo para a respeitar e amar. Como se eu não trabalhasse mais de 12 horas todos os dias para ela ter tudo o que quer. Como se não lhe oferecesse flores e lhe fizesse surpresas todos os meses. Como se não lhe dissesse que a amo todos os dias. Como se não dialogássemos todas as noites umas horas antes de adormecer tal qual como quando namorávamos faz muitos anos. Como se não ríssemos juntos como crianças.

    Nesta coisa de reduzir as mulheres os católicos ferrenhos não andam muito longe dos muçulmanos.

    Sem querer, mostram o que são. Como se estivessem a ver ao espelho.
    É projecção atrás de projecção.

    A pobreza do costume. Ajoelhados aos pés do Pai Natal como crianças perdidas dos pais. Eternamente crianças, eternamente a pedir, a chorar, penitenciar pela salvação. São a metáfora perfeita do egoísmo. Tudo fazem para se salvar na vida eterna.

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  65. LK:

    Olhe como vossemecê sabe!!!

    Eu não me refiro ao facto de ser mal-educado comigo - nisso justamos contas aqui -, Refiro-me à imbecilidade "ecuménica" de insultar todos os católicos (quando fala de "Igreja").
    É que os "católicos todos" não estão presentes.

    Entre nós, é outro assunto.


    ::::

    António Parente,

    "Damos o tema por encerrado? Pela minha parte está terminado."

    Ok. Para além disso, com a chegada do perspectiva e do Zeca, os comentários vão passar para um estádio diferente: o estádio do "spam" e do "insulto"


    Boa Ideia!!!

    Quando chega gente com juizo e valores, a criançada vai brincar - não se deve meter na conversa de adultos


    "

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  66. A INFORMAÇÃO (E META-INFORMAÇÃO) CODIFICADA NOS GENOMAS

    O problema da extrema complexidade do genoma prende-se com o facto de que o mesmo, para além de conter informação (cuja origem a teoria da evolução pura e simplesmente não explica de forma convincente), contém meta-informação, isto é, informação sobre a informação.

    É que a informação contida no genoma é inútil se a célula não souber como a utilizar.

    O genoma humano contém uma quantidade inabarcável de informação, muito mais do que até recentemente imaginado.

    Hoje sabe-se que a maior parte dessa informação não é primária (genes codificadores de proteínas) mas sim meta-informação (informação de que as células necessitam para transformarem esses genes num ser humano funcional, com capacidade para sobreviver e se reproduzir).

    Informação e informação sobre a informação existem no DNA em múltiplos códigos paralelos interdependentes.

    O DNA consiste numa dupla hélice, isto é, de duas longas cadeias de moléculas enroladas uma na outra. As mesmas contém quatro diferentes tipos de nucleótidos (TAGC).

    É o tal código quaternário de que bem fala Richard Dawkins.

    Apenas 3% do DNA contém informação primária, ao passo que 97% parece compreender informação secundária com funções reguladoras, ou seja, meta-informação.

    O DNA é uma molécula de armazenamento de informação, exactamente como um livro ou uma enciclopédia.

    Esta informação armazenada é copiada para moléculas RNA, as quais colocam a informação contida no DNA em acção na célula.

    Por cada molécula de RNA produtora de proteínas existem cerca de 50 moléculas contendo meta-informação.


    Junto da dupla hélice existem diferentes cadeias químicas estruturadas em padrões que codificam meta-informação para transformarem células estaminais não especializadas em células especializadas necessárias à produção de dedos, pés, ossos, cabelos, olhos, ouvidos, etc., etc.,


    O DNA é uma molécula muito longa.

    Se desdobrássemos apenas um conjunto de cromossomas humanos, o correspondente DNA mediria 2 metros.

    A acomodação no seio da célula em 46 cromossomas só é possível graças à existência de outros níveis de meta-informação.

    A quantidade de meta-informação contida no genoma é enorme, quando comparada com a quantidade de informação primária, codificadora de proteínas.


    Como pode ter toda essa informação surgido por acaso, antes da existência do sistema de armazenamento?

    Como pode o sistema de armazenamento de informação ter-se desenvolvido por acaso sem a informação necessária à sua estruturação?

    Para os criacionistas, toda a informação codificada só pode ter uma origem inteligente.

    As quantidades inabarcáveis de informação contidas no genoma das diferentes espécies animais e vegetais são um testemunho incontornável da existência de Deus.

    Isto não é pseudo-ciência.

    É ciência pura e dura.

    1) toda a informação codificada só pode ter origem inteligente

    2) o DNA contém informação codificada

    3) o DNA só pode ter tido origem inteligente.

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  67. Paulo Sustelo

    Tenho filhos e tenho os que quis e nasceram quando eu e a minha mulher quisémos. Não precisámos dos conselhos da Igreja e nem os pedimos. Foi uma decisão nossa e mais ninguém interferiu nela. Hoje estou absolutamente tranquilo e sei que não fizémos nada de errado.

    A sua visão do catolicismo é desfasada da realidade e os preconceitos impedem-no de ser rigoroso na sua análise.

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  68. Ludwig diz:

    E é precisamente por isso que as religiões se opõem à educação sexual, à vacinação contra doenças venéreas, ao preservativo e assim. Porque isto dá uma alternativa para se obter o mesmo efeito sem ligar às alegadas "leis" dos deuses."

    Os resultados estão à vista.


    "A minha vida tem valor porque eu estou a vivê-la."

    Tem valor para si, mas pode não ter valor para o assassino perto de si. Quem terá razão?


    "Não importa quem me fez, e até me preocupa que alguém julgue que eu só tenho valor porque fui feito pelo Gepeto"

    Ninguém diz que foi feito pelo Gepeto. Essas manobras pirotécnicas não o levam a lado nenhum.

    A verdade é esta. Na célula do Ludwig existe informação codificada, num código quaternário, cuja autoria não pode ser reclamada por nenhum ser humano.

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  69. RESPOSTA ABREVIADA AO ARGUMENTO DOS "ÓRGÃOS VESTIGIAIS" APRESENTADO POR PAULO GAMA MOTA NO RERUM NATURA:




    1) Não é em princípio possível provar que um determinado órgão de função desconhecida é inútil, porque é sempre possível descobrir mais tarde a sua função.


    2) Na verdade, foi isso mesmo que aconteceu. No século XIX (em 1890) dizia-se existirem 180 órgãos vestigiais no corpo humano e agora sabe-se (desde 1999) que não existe nenhum.


    3) Mesmo que um determinado órgão já não seja necessário isso provaria a degenerescência (resultante da corrupção da Criação) e não a evolução.


    4) Supostos órgãos vestigiais com o apêndice ou o cóccix servem, afinal, uma função. Basta ler as mais recentes edições da Anatomia de Gray, entre outras obras de referência.


    5) O apêndice é parte integrante do sistema imunológico, com uma localização estratégica.


    6) O cóccix é um ponto âncora para a fixação dos músculos que estruturam todo o diafragma pélvico. O facto é apenas esse.

    7) Só quem acredita na evolução é que pode dizer que o cóccix é uma modificação de uma estrutura óssea caudal. Mas isso pura especulação evolucionista.


    8) Sem a prévia adesão a pressuposições evolucionistas, a afirmação de que o apêndice ou o cóccix são provas da evolução mostra-se totalmente destituída de qualquer evidência empírica.

    9) A evolução de partículas para pessoas necessita de exemplos de novos órgãos, com estruturas e funções mais complexas, e não da degenescência de órgãos pré-existentes.

    10) A perda de funções é inteiramente consistente com a doutrina bíblica da queda e da corrupção da natureza.

    11) A aquisição de novas e mais complexas estruturas e funções através da criação de informação genética nova é impossível, nunca tendo sido observada por ninguém.

    12) A teoria dos órgãos vestigiais foi responsável por múltiplos casos de erro médico.

    13) Trata-se, acima de tudo, de um argumento vestigial em favor da evolução que só convence os menos informados.

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  70. ISto é só para alterar o numero de comentários, é que não é nada bonito, 69 comentário...ai, ai, ai, vá portaide-vos bem...

    (desculpa Ludi não resisti)

    beijos

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  71. António Parente,

    Fico satisfeito por saber que está de consciência tranquila, nem eu esperava outra coisa de si.
    Também não o condeno nem aplaudo. Nem sequer vejo qual é a relevância da sua experiência de vida para esta discussão.

    A minha visão do catolicismo é o que é,e é diferente da sua porque deixei de frequentar a igreja no fim da minha adolescência, porque fui percebendo as mensagens contraditórias que os representantes da ICAR transmitiam.
    Talvez não tenha a inteligência do António Parente para conseguir conciliar actos e mensagens que se contradizem, ou talvez, simplesmente, não tenha o seu espírito de submissão.

    Não penso que neste assunto em particular a minha visão seja desfasada da realidade, no entanto, numa perspectiva de diálogo honesto gostava que o António me explicasse qual é a realidade: quais são as prescrições da ICAR relativamente aos métodos anticoncepcionais? Em que medida é que eu tenho idéias préconcebidas?

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  72. "Em que medida é que eu tenho ideias preconcebidas?"

    Pensas pela tua própria cabeça. És um "progressista". Não és submisso aos líderes. Fazes-lhes demasiadas perguntas escancarando a sua ignorância. Vês as coisas por outros ângulos, ângulos proibidos. És um Homem crescido que não anda a pedinchar a salvação nem a meter-se na vida dos outros nem ainda a dizer como os outros devem viver a sua. Acreditas que o Papa disse qualquer coisa como proibir a condução sob o efeito do álcool não resolve o problema da mortalidade da estrada.
    Não acreditas no Pai Natal.
    Tens a coragem de enfrentar a realidade como ela é sem necessidade de agarrar fantasias e lendas de deuses infanticidas todo-poderosos.

    Que reacção esperavas de pessoas como o AP?

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  73. Mas quem é que quer saber as prescrições da ICAR relativamente seja ao que for?
    Quem é que quer saber das "orientações" dadas por um número de homens que não fez mais nada na vida do que estudar teologia da fantasia?
    Quem é que quer saber das "orientações" dadas por um número de homens que se vergam à estratégia à lá da Google?
    Enquanto esta faz de tudo para que passemos mais tempo on-line as instituições dos outros fazem de tudo para os manter à roda da teologia. Sempre muito ocupados a interpretar o que o seu Pai Natal quereria que se fizesse em determinado contexto. Sempre muito ocupados a ler e reler fantasias que os ajudem na segurança da fé, quase todos os dias questionada em total segredo, tornando a vida um inferno. Sempre agarrados a estudos idiotas à procura de conforto numa linha qualquer de texto que lhes confirme e conforte na decisão tomada de abraçar a fantasia. Sempre inseguros a investir (desperdiçar) tempo à volta do mesmo. No ritual da segurança no grupo procurando conforto uns nos outros. Rebanho.
    Quem é que quer saber das "orientações" dadas por um número de homens que critica os media dos sound bytes minimizando o que foi dito e chamando de ignorantes e sem ideias quem acha que o que foi dito é grave por mostrar resumido preto no branco o que o grande líder vestido de branco realmente pensa do combate à SIDA?
    Quem é que quer saber das "orientações" dadas por um número de homens que passa anos a redigir documentos inúteis sem olhar pela janela e ver o que se passa lá fora?
    Quem é que quer saber das "orientações" dadas por um número de homens que não têm família constituída e que não passam de crianças grandes perdidas no sentido da vida, agarradas a fantasias plantadas pela história pelo próprio homem à procura de respostas para os enigmas da vida?
    Quem é que quer saber das "orientações" dadas por um número de homens que não percebe que cada cultura criou a sua própria religião como forma de conforto para a inexistência de perguntas importantes. Que não compreende que a sua religião é mais um produto disso? Mas que continuam a estudar e a estudar e a estudar teologia como se isso lhes desse algum argumento de autoridade. Como se isso retirasse ideias aos que acham que isso é uma patetice de todo o tamanho. Como se o facto do AP e que tais ter estudado muito essas teologias lhe desse o direito de dizer que os outros não têm ideias. Como se a ideia de adorar um pai natal qualquer e se sentir no direito de dizer aos outros que devem viver de forma X não fosse por si só uma aberração e um motivo de vergonha e silencio por parte destes fundamentalistas da fantasia.

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  74. "A primeira é uma tragédia inegável. Em contraste, a ideia que sexo com preservativo é espiritualmente pior do que sem preservativo, e que isso faz alguma diferença, não passa de uma crença pessoal."

    Mas o papa não disse para se ter relações sexuais sem o preservativo. Ele, e a igreja católica, dizem para as pessoas se absterem de sexo até serem legitimamente casadas, e uma vez casadas, serem fiéis ao conjuge.

    Será tão difícil de entender o que as pessoas dizem, ou até te convém distorcer as palavras de pessoas com religiões distintas da tua religião?

    Tal como eu já disse uma vez aqui neste blog, é muito fácil "refutar" caricaturas do cristianismo, mas é bem mais difícil (impossível, eu diria) refutar o genuíno.

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  75. "Ele, e a igreja católica, dizem para as pessoas se absterem de sexo até serem legitimamente casadas"

    Mas esse senhor de branco vive em que mundo?! Mas isso alguma vez via acontecer tão cedo no mundo real? No mundo real dos homens e das mulheres?

    Que tal acordar da fantasia e deixar de dizer como as pessoas devem viver a sua sexualidade?

    Será que não percebe que é isso que incomoda as pessoas? Ter um pateta vestido de branco a berrar aos outros como devem viver a sua sexualidade?

    É uma patetice pegada! Mas o rebanho dos fundamentalistas não atinge. Ajoelham-se em submissão e dizem amem.

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  76. E porquê essa obsessão pela sexualidade das pessoas?

    Porque dizem ser errado um casal de namorados dar umas belas quecas e com isso aproximar a sua relação?

    Porque dizem ser errado duas pessoas que não se amam mas que sentem desejo uma pela outra darem umas valentes quecas juntos?

    Porque é que a sexualidade é assim tão importante para os líderes da igreja católica?

    Os iluminados que estudaram as parvoíces do ICAR podem elucidar o que esses dizem sobre as questões que coloco acima?

    Que raio tem o Papa que ver com as quecas que eu dou?!

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  77. Ó AP iluminado e cheio de ideias, pode ajudar aí nas questões ou só debate com quem decorou as prescrições do ICAR ou pertence ao rebanho dos que se ajoelham ao pai natal?

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  78. mama eu quero,

    Estou genuínamente interessado em conhecer a argumentação do António. Tenho sempre a esperança que ele me surpreenda positivamente.

    Mas também tenho essa noção que as pessoas "profundamente" religiosas passam a vida inteira às voltas com as suas convições, sempre em sobressalto, sempre ansiosas com a justificação e conciliação das suas crenças com uma cultura/sociedade sempre em evolução.

    O Mats bem tenta inverter as coisas com alusões constantes ao "ateísmo-religião" só que esse é um conceito que não tem a minima hipótese, não só porque é contraditório mas também (e principalmente) porque o ateu não sofre dos anseios dos religiosos.

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  79. Já agora,

    os patetas da fantasia do ICAR recomendam alguma posição em concreto ou os casais têm a liberdade neste aspecto?
    Se não recomendam então porquê?

    E o número de vezes que os casais fazem amor também é recomendado? Tipo número de quecas/dia/semana/mês?

    E se não porque não?

    E trazer uma terceira pessoa para a brincadeira? Posso? É aceitável para o ICAR? Ou tem de ser sempre aos casalinhos? 2 casais? Posso?

    Sem camisinha não é?

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  80. "Talvez não tenha a inteligência do António Parente para conseguir conciliar actos e mensagens que se contradizem, ou talvez, simplesmente, não tenha o seu espírito de submissão."

    Não está aqui em causa a inteligência de cada um nem qualquer malabarismo para conciliar actos e mensagens pretensamente contraditórias. Quanto ao meu "espírito de submissão" como é que acha que devo demonstar que não existe? Aderir ao ateísmo? Insultar o Papa? Blasfemar? Ser infiel à minha mulher? Rasgar a Bíblia? Usar preservativo? Aceito sugestões.

    Não lhe passou pela cabeça que um católico depois de alguma reflexao pode chegar à conclusão que as coisas em que tem fé até podem fazer algum sentido?

    As ideias pré-concebidas é pensar que tudo aquilo que vem da religião é mau. É preciso tentar compreender e termos a capacidade de nos metermo-nos na pele do outro.

    Quanto às prescrições da Igreja pode encontrá-las na encíclica Humana Vitae de Paulo VI. Leia-a na íntegra. Vale a pena. Descobrirá que o Papa recebeu relatórios de uma comissão onde participavam especialistas e leigos casados. Descobrirá que o Papa tomou decisões solitárias contra a opinião dessa comissão. Terá oportunidade de perceber que o Papa teve plena consciência que as propostas eram extremamente exigentes e que só santos as podiam seguir na íntegra. Por isso, escreveu a certa altura:

    "Não pretendemos, evidentemente, esconder as dificuldades, por vezes graves, inerentes à vida dos cônjuges cristãos (...) E se, porventura, o pecado vier a vencê-los, não desanimem, mas recorram com perseverança humilde à misericórdia divina, que é outorgada no sacramento da Penitência."

    Aos sacerdotes disse isto:

    "Não minimizar em nada a doutrina salutar de Cristo é forma de caridade eminente para com as almas. Mas, isso deve andar sempre acompanhado também de paciência e de bondade, de que o mesmo Senhor deu o exemplo, ao tratar com os homens. Tendo vindo para salvar e não para julgar,(41) Ele foi intransigente com o mal, mas misericordioso para com os homens.

    No meio das suas dificuldades, que os cônjuges encontrem sempre na palavra e no coração do sacerdote o eco fiel da voz e do amor do Redentor.

    Falai, pois, com confiança, diletos Filhos, bem convencidos de que o Espírito de Deus, ao mesmo tempo que assiste o Magistério no propor a doutrina, ilumina também internamente os corações dos fiéis, convidando-os a prestar-lhe o seu assentimento. Ensinai aos esposos o necessário caminho da oração, preparai-os para recorrerem com freqüência e com fé aos sacramentos da Eucaristia e da Penitência, sem se deixarem jamais desencorajar pela sua fraqueza."


    Já o disse aqui uma vez que não é fácil ser cristão. Nem é fácil ser santo ou atingir a perfeição. Um cristão tem consciência das suas fraquezas. Pode ter um vontade inabalável de não pecar mas em certas ocasiões não é capaz de resistir. Conseguiria eu resistir à voz doce de Michelle Pfeiffer dizendo-me "Vem, António Parente, quero ser tua"? Julgo que sim, desde que me colocassem numa câmara frigorífica e me congelassem. Sou eu capaz de resistir ao pecado da gula? Não, não sou. Gosto de comer, adoro sobremesas e doces. Cumpro eu o jejum da Quaresma? Bem tento, mas dia sim dia não falho. É mais forte do que eu. Coloquem-me um delicioso cheesecake ou uma maravilhosa mousse de chocolate à frente e ganham um amigo para a vida. Ofereçam-me um arroz de lagosta e um bom vinho alvarinho no Solar dos Presuntos e passos-os a considerar da família. Significa isto que sou incoerente com as minhas ideias? Não. Significa que sou humano e como todas as outras pessoas tenho fraquezas. Tenho consciência delas e tento ser melhor do que sou. Umas vezes consigo outras vezes não. As coisas são como são.

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  81. MEQ

    A vida ensina-me que quem fala muito sobre sexo, pouco o pratica. Diga-me que é uma excepção.

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  82. Quem?

    Eu, o Papa ou o pessoal da ICAR?

    Não sou eu que acha que o sexo é alguma coisa de especial ou sagrado.

    Essa sua estratégia de escárnio nas respostas não esclarece ninguém.

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  83. (Não eixa de ser curioso o escárnio dar-lhe precisamente para perguntar sobre a vida sexual das pessoas)

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  84. Não tenho mais tempo. Vou voar.
    Até logo à noite.

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  85. "Quanto ao meu "espírito de submissão" como é que acha que devo demonstar que não existe? "

    Penso que um sinal importante seria ver (bastava uma vez) o António tomar uma posição discordante relativamente a algum dogma da ICAR. Ao constatar que o António consegue digerir, com mais ou menos tempêro, tudo o que é emitido pela Cúria Romana sou levado a pensar que ou tem um estômago excepcional ou que prefere ir regurgitar longe da vista dos outros.

    "As ideias pré-concebidas é pensar que tudo aquilo que vem da religião é mau"

    Nesse caso posso definitivamente dizer que não tenho ideías pré-concebidas. Penso que a religião cristã teve um papel muito importante no mundo e tenho bem a noção que muitos dos valores essenciais à vida em sociedade foram originalmente defendidos pelos primeiros cristãos.
    Da mesma forma vejo igualmente que a igreja cristalizou e continua hoje a defender muitas idéias absurdas e anacrónicas. Os métodos anticoncepcionais é uma delas, a noção de pecado/penitência e seus subprodutos é outra. Há muito que a ética e a moral deixaram de necessitar estar ancoradas em deus.

    Não é fácil ser cristão pois concerteza, e prevejo que cada vez seja mais dificil. Mas o pior é que essa dificuldade nada tem a ver com sucesso e recompensa, tem a ver com a obstinação de querer viver dentro de uma camisa de força. Não existe nenhuma dignidade nisso António Parente.

    Só para terminar: Esperava que o António me respondesse à questão que lhe coloquei; foi a si, não foi ao Paulo VI :)

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  86. António Parente,

    Qual é mesmo a relevância do seu último comentário? Quer que ele diga-lhe mesmo que não? Que dá muitas quecas? Que tristeza...

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  87. Primo Parente,

    Sobre o conteúdo do seu último comentário, e em estalinhos de carnaval a la Perspectiva:

    «Já o disse aqui uma vez que não é fácil ser cristão.» Pois já, mas isso ou nada é a mesma coisa.

    «Nem é fácil ser santo ou atingir a perfeição» como é óbvio, não é possível ser perfeito. (logo, o que é um santo?)

    «Um cristão tem consciência das suas fraquezas» Também eu.

    «Pode ter um vontade inabalável de não pecar mas em certas ocasiões não é capaz de resistir.» Religiões à parte, é nisso que se mede o carácter.

    « Conseguiria eu resistir à voz doce de Michelle Pfeiffer dizendo-me "Vem, António Parente, quero ser tua"?» Voz doce, voz doce é a do papa. Cuidado.

    «Julgo que sim, desde que me colocassem numa câmara frigorífica e me congelassem.» Então isso não é resistir, é congelar. Parece-me relevante para a sua saúde conjugal.

    « Sou eu capaz de resistir ao pecado da gula? Não, não sou.» Mau. Então na resiste a nada?

    «Gosto de comer, adoro sobremesas e doces. » Ai mau Maria.

    «Cumpro eu o jejum da Quaresma? Bem tento, mas dia sim dia não falho.» Parente, está a jogar no lado errado do tabuleiro. Altar - 0 Mesa de cozinha - 3?

    «É mais forte do que eu.» Os morfos mais fortes do que a Quaresma! Parente, isso não é o pecado da gula. Isso é um problema glandular.

    «Coloquem-me um delicioso cheesecake ou uma maravilhosa mousse de chocolate à frente e ganham um amigo para a vida.» O abade de Priscos terá dito o mesmo. Pesava 300 quilos e foi parar ao inferno.

    «Ofereçam-me um arroz de lagosta e um bom vinho alvarinho no Solar dos Presuntos e passos-os a considerar da família.» Perigosamente judaico.

    «Significa isto que sou incoerente com as minhas ideias?» Obviamente.

    «Não.» WTF???

    «Significa que sou humano e como todas as outras pessoas tenho fraquezas.» Eis um bom motivo para se concentrar nas suas ideias e menos nas do Criador.

    «Tenho consciência delas e tento ser melhor do que sou.» Mas, espere lá.

    « Umas vezes consigo outras vezes não.» Isso é como...

    «As coisas são como são.» toda a gente!

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  88. Primo Bruce

    "Pois já, mas isso ou nada é a mesma coisa."

    Dicordo.

    "como é óbvio, não é possível ser perfeito. (logo, o que é um santo?)"

    alguém que conseguiu superar as suas próprias fraquezas, etc.

    "Também eu."

    Óptimo.

    "Religiões à parte, é nisso que se mede o carácter."

    Devo presumir que o carácter do primo Bruce é pequeno ou grande?

    "Voz doce, voz doce é a do papa. Cuidado."

    Se tem essa opinião os cuidados devem ser seus.

    "Então isso não é resistir, é congelar. Parece-me relevante para a sua saúde conjugal."

    Escolhi um acontecimento impossível. Já estive em Cannes durante um festival de cinema, a Michelle estava lá e tudo correu bem.

    "Mau. Então na resiste a nada?"

    Por acaso, tenho melhorado a minha resistência. Será um aumento de carácter?

    "Ai mau Maria."

    Discordo.

    "Parente, está a jogar no lado errado do tabuleiro. Altar - 0 Mesa de cozinha - 3?"

    Não.

    "Os morfos mais fortes do que a Quaresma! Parente, isso não é o pecado da gula. Isso é um problema glandular."

    Errado. Fiz testes e tudo estava bem. Diminuição temporária do carácter?

    "O abade de Priscos terá dito o mesmo. Pesava 300 quilos e foi parar ao inferno."

    Ele escreveu-lhe, foi?

    "Perigosamente judaico."

    Tem alguma coisa contra os judeus? Eu não.

    "Obviamente."

    Se foi sempre coerente com as suas ideias e se aos 2 anos entendia que chuchar na chupeta era bom, presumo que agora esteja frente ao monitor com a chupeta na boca. Se não está então é incoerente.

    "Mas, espere lá."

    Estou a insuflar o carácter. É como encher um pneu.

    "toda a gente!"

    Uma incoerência sua.

    Desculpar-me-à mas ontem disse que ia embora e continuo aqui. Não quero continuar este diálogo. Preciso melhorar o carácter. Tenho de ser coerente com o que disse ontem.

    Passe bem.

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  89. Paulo Sustelo

    Para terminar:

    1) No dia em que eu deixar de aceitar os dogmas da Igreja Católica então deixa de ser a minha casa. Tenho a certeza que o colega Perspectiva me receberá na sua igreja com compreensão e misericórdia.

    2) Discordo do que afirma quando se defende das ideias pré-concebidas. Fica para outra altura por que já perdi tempo demais por aqui.

    3)Perdoe-me a expressão mas é uma tolice pensar que um cristão vive numa camisa de força. Reforça o que eu digo sobre os preconceitos.

    4) Não lhe passou pela cabeça a hipótese mais simples, que é a de eu concordar com Paulo VI? ;-)

    Prazer em conhecê-lo. Até à próxima.

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  90. Primo Parente,

    Não aceito que fique melindrado. Tenho-o em muito melhor conta do que o Perspectiva e olhe que ele aguenta as nódoas com a dignidade de um guardanapo. Desportivismo, Parente!

    Pergunta-me o que tenho eu contra os judeus. Resposta: como religião, não há nada no judeísmo que me agrade mais nem menos do que na sua esteira de cristianismos. O que me desagrada profundamente é o automatismo de considerar que tudo o que é áspero é anti-semita. Já não dou para esse peditório.

    Como o Engenheiro Sousa Veloso (para quem se lembra) despeço-me então com amizade.

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  91. Primo Bruce

    "Não aceito que fique melindrado. Tenho-o em muito melhor conta do que o Perspectiva e olhe que ele aguenta as nódoas com a dignidade de um guardanapo. Desportivismo, Parente!"

    É um problema de carácter, primo Bruce. Não sou perfeito. O colega Perspectiva é mil vezes melhor do que eu. Digo-o com humildade cristã.

    Passe bem.

    Passe bem.

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  92. Bruce,
    não compreendeste nada: o AP comete os pecados todos que diz ( e mais alguns que prefere não salientar, como apresentar como factos mentiras descaradas), mas depois vem penitenciar-se aqui ao blogue. É quase o equivalente a uma confissão e três avé marias
    Cristy

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  93. Cristy

    Ganhou mais um apoiante para a sua cruzada pessoal, né? ;-)

    Beijinho

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  94. Que particularmente genuína é a sociedade que o "mama eu quero" (ou "quero mama"), tem na sua mente.

    Até as simples manadas de ruminantes do Seringueti têm uma noção mais estruturada e coerente de vivência comunitária.

    O que há de mais vernáculo na destruição do tecido que mantém a coesão social (o padrão sócio-comportamental), e algo que muito embaraça os desengonçados pensamentos dos patetas ateus.

    Morde-lhes, numa “carraçosa” comichão que não é passível de alívio por terapêutica física, a visão de que a Igreja nem para limpar os sapatos (cuja sola pisa a bosta das ideias dos ICAR – Insolentes e Contraculturais Ateus Republicanos) usaria a escabrosa imbecilidade dos ateus.

    Questões de higiene!!!

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  95. Ó Zeca Portuga do restelo diga-me lá porque criticar o Papa por me dar orientações sexuais põe em causa a coesão social?

    Ou o que põe em causa a coesão social é a liberdade sexual?

    HUUUU a liberdade sexual que papão.
    Vai destruir a coesão social!!!


    E não reduzo a igreja a ICAR. Mas é dela e das suas orientações que se fala aqui.

    Mas do Zeca Portuga do restelo que fala sobre os homossexuais do modo como fala não se pode esperar muita coisa.

    Sempre preocupado com a vida sexual dos outros. sempre a fazer de tudo pela coesão social.

    Keep the GOD job! Ele vai dar-lhe um biscoito.

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  96. Pateta é dizer que os homossexuais são doentes.
    Pateta é a concepção que tem do "padrão sócio-comportamental".
    Pateta é desencorajar o uso do preservativo que leva a que adolescentes engravidem. Aqui o Tugal do Zé do Restelo é o segundo país europeu onde mais isso acontece.
    Pateta é não gritar a bons pulmões para que se use preservativo como meio de travar a SIDA.
    Pateta é não resolver problemas em nome de uma fantasia religiosa.
    Pateta é serenar na hipocrisia.

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  97. Pateta (de néscio) é apelar à abestinência sexual.

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  98. Mamas:

    Se começo a falar de preservativos com um catraio como o "mamas", ainda me acusam de pedofilia!

    Aporveite e veja o que escrevi no meu blog, sobre o assunto.

    Agora, vou dormir.

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  99. Não sinto qualquer curiosidade sobre o seu blog.
    A sua visão à lá Taliban da vida está ainda na idade média e atenta contra a liberdade dos outros seres humanos. É execrável!

    E porque teima em fazer referência ao meu nick? Curioso. É você com o nick e o AP com a minha sexualidade. Há de facto algo muito estranho nessas cabeças no que à sexualidade diz respeito.

    Não admira teimarem em querer ditar as regras aos outros.

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  100. Não posso deixar passar a alusão ao Catraio.

    Não está a ver bem a realidade.
    Eu explico.
    Não sou eu que sou catraio.
    É você que é velho. Muito!
    Está na altura de reparar nisso.

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  101. Este comentário foi removido pelo autor.

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  102. O anónimo André Sousa, respondia a um comentário assim:
    Disse o comentado:
    " O Papa disse que «o problema da SIDA não se resolve com a distribuição de preservativos».

    Responde o anónimo André Sousa
    ”Afirmação evidente e irrelevante.”
    Sendo essa a afirmação que está a ser julgada aqui, diria: conclusão estúpida e imbecil!
    E depois acrescentou:
    ”É óbvio que a distribuição de preservativos não resolve o problema da SIDA.”
    Se fosse em tribunal, ouviríamos a “defesa” acrescentar: “Não tenho mais perguntas, meritíssimo!”

    Pedro Ferreira:

    Sem querer meter-me na sua vida e na conversa com o HH, tenho a vaga ideia que o seu casamento católico é uma fraude, e que poderá ser anulável se a sua esposa quiser provar que foi fraudulentamente enganada (nesse aspecto) por si...
    A fraude, como crime, pode, em muitos casos motivar a nulidade dos actos que tem por base esse crime.

    :::

    Ante tão interessantes declarações públicas de honestidade, integridade social, rectidão de valores e revelações de “princípios”, vejo-me coagido a dizer:
    “saia um fardo de palha à escolha dos aludidos, que eu pago!”

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  103. mama eu quero:

    Se entre nós os dois alguém lutou pela liberdade que você hoje tem, fui eu e não você, de certeza.
    Confesso que não tinha percebido que estava a falar com uma criança.
    E, como não é meu hábito, falando com crianças, levar a conversa para determinados extremos nestes assuntos, peço desculpa, mas não lhe posso responder.

    As regras são imanentes a todas as culturas e sociedades.

    Peço desculpa pelo que disse ao "mama eu quero", não sabia de quem se tratava, nem ninguém me preveniu!

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  104. :)

    Sentiu não foi?

    Não se preocupe.
    Sinto por si a mesma empatia que você sente pelos homossexuais.

    Pode ser que com estas verdades perceba alguma coisa.

    E olhe que está errado quanto à minha idade e experiência de vida. Sou casado faz quase 10 anos e já casei com bem mais de 30 anos. Antes dediquei a vida a conhecer todos os países e culturas que me foi possível (à custa de trabalhar em consultadoria na área de informática para a banca) e a namorar muito.
    Sou mais novo que você concerteza. Mas só em idade.

    Vá lá para o jardim jogar às cartas.

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  105. Zeca;

    "Sem querer meter-me na sua vida e na conversa com o HH, tenho a vaga ideia que o seu casamento católico é uma fraude, e que poderá ser anulável se a sua esposa quiser provar que foi fraudulentamente enganada (nesse aspecto) por si... "

    Por uma vez dou-lhe total razão: o meu casamento católico foi uma fraude. Serviu exclusivamente para uma mega-almoçarada com os amigos e familiares, com direito a bebedeira e tudo, uma roupas bonitas, lingerie especial para a minha mulher, e para receber umas massas que tanto jeito dá no início de vida de um casal.

    Quanto a ser anulável, só será possível caso a minha esposa quiser provar que foi fraudulentamente enganada (nesse aspecto) por [mim]? E se tiver sido o padre a cometer essa fraude? Ou a minha própria mulher? E se tiver sido o padre, será que este poderá incorrer numa pena de excomunhão?

    No meu caso, foi comunicado ao padre que eu era um não crente (apesar de baptizado), que me ia submeter a 40 minutos dentro de uma igreja porque para mim seria mais fácil me submeter a um ritual em que não acreditava de todo, do que a minha mulher se ver privada desse ritual(*) e que, caso houvesse filhos, não os iria educar na fé cristã até serem eles a pedirem isso. Ah, e tive como condição não participar nos excelentes cursos de preparação para o matrimónio promovidos pela ICAR (uma amiga pela mesma altura participou num desses: bastou-me ouvir duas ou três situações...).

    Quem é que nesta situação toda cometeu a fraude? O padre ou a minha mulher?

    Para além disto, na altura que eu entrei de preto e a minha mulher entrou de branco na igreja, já éramos casados. Sendo assim, quais as implicações de uma anulação do casamento católico?

    Só mais uma pergunta: estamos quase a comemorar 15 anos juntos e uma ideia que passou pela cabeça para a comemoração foi ir até às ilhas Fidji e voltar a casar, mas agora de tanga, com umas cenas coloridas na cabeça, uns guizos e umas pinturas esquisitas na cara. Fazemos isso porque achamos giro e normalmente a líbido aumenta fortemente (local paradisíaco, férias, situação romântica, comida boa...). Se o fizermos, o casamento católico poderá ser anulado?

    (*) Muito sinceramente, acho que o ritual que a minha mulher sempre esperou, foi ter um vestido de princesa e ser levada ao altar. Depois, só teria de ouvir umas rezas quaisquer para voltar a um dia com o qual sempre sonhou: um imenso convívio com os amigos...

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  106. "[Zeca,] Vá lá para o jardim jogar às cartas."

    :D

    PS: Divirto-me imenso com este blog... Obrigado a todos os comentadores...

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  107. Pedro Ferreira:

    Você está completamente enganado em vários pontos:

    1- Durante a cerimónia de casamento, foi-lhe perguntado se aceitava casar catolicamente segundo a lei da Igreja – você respondeu que sim!

    2 – Foi lhe perguntado se estava na disposição de aceitar os filhos que Deus lhe desse e os educar segundo os mandamentos da Igreja – você disse que sim!

    3 – Estas perguntas foram respondida por si ante muitas (presumo) testemunhas.

    4 – A resposta (pública) “Não” a uma destas perguntas implicaria a impossibilidade de continuar a cerimónia de casamento.

    5 - Se o padre tivesse continuado a cerimónia com uma resposta negativa, poderia eventualmente estar em causa uma falta grave da parte dele. Assim, a sua atitude apenas a si o vincula. A menos que prove o facto de que, por ameaça de excepcional gravidade, foi coagido pelo padre a comentar tal fraude (e não creio).

    6 - Na altura em que se casou (tendo por verdadeiro aquilo que aqui contou), o seu casamento civil só produziu efeitos após a realização do casamento católico, e se não o realizasse, o casamento civil seria nulo.

    O casamento tribal não tem qualquer validade jurídica/canónica.
    Não precisa de ir lá, pode fazer isso no Carnaval, numa peça de teatro, num piquenique, na praia, numa sardinhada… tem sempre o mesmo valor.

    :::
    Mama eu quero:

    Eu não posso acreditar em si:

    1 – Você diz-me que é casado;

    2 – Depois diz que é paneleiro;

    3 – Diz que casou há 10 anos, e já tinha mais de 30 (=40 e tais); às tantas ainda é mais velho do que eu…

    4 – Mas… juntando isto tudo não faz sentido, sobretudo se me recordar de uma conversa sobre o 25 de Abril… deixa pra lá!!!

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  108. Ó Zeca,
    pode acreditar no que quiser.
    Para quem acredita no Pai Natal é normal que se baralhe com coisas simples e desconfie que todos são uns mentirosos e "paneleiros".

    Devia ir ao neurologista.

    (e lá está você de volta da minha sexualidade. Não acha no mínimo curioso? junte um psicanalista ao neurologista - olhe namorei com uma psicanalista lindíssima e super profissional em 1998 no Rio de Janeiro - apesar de trabalhar em São Paulo fazia a ponte aérea todos os dias para dormir no rio - quer que lhe passe o seu contacto?)

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  109. Zeca,

    Tem razão. Respondi que sim a tudo à frente de toda a gente, assim como vou responder que sim a tudo o que me for perguntado na cerimónia indígena.

    Não me lembro da pergunta sobre educar os filhos na fé cristã mas se foi feita, disse que sim e menti. E o padre sabia disso, como já disse.

    Não critico o padre, pois o seu laxismo até deu jeito à minha mulher (ela era a principal interessada na cerimónia). Mas se fosse eu o padre, nunca teria embarcado numa farsa destas. Foi literalmente "abandalhar" a atribuição de um sacramento, para aumentar as estatísticas que tendem a cair cada vez mais. Mas isso é a minha opinião, claro.

    Quanto ao casamento civil anterior ao católico poder ser invalidado, acho que não tem razão. Casei pelo civil numa conservatória muito tempo antes de ter casado pela igreja, e até foi noutra localidade. O casamento pelo civil não foi "mais um documento" necessário ao casamento católico. Salvo erro, o casamento pelo civil deveu-se a ter um melhor acesso ao crédito habitação e por razões fiscais.

    Eu sei que não preciso de ir às ilhas Fidji para me casar novamente mas faço questão. Pode não ter validade jurídica mas, para mim e principalmente para a minha mulher, terá muito mais validade que o casamento católico. E é isso é que conta para nós...

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  110. Eu estive na mesma situação que o Pedro Ferreira. Pior um pouco, que eu já há muito tempo sou excomungado, latae sententia, por negar o espirito santo, ao que parece um pecado que é mesmo imperdoável.

    Mas como a família ficava contente com a cerimónia religiosa e não custava nada, lá disse umas lérias ao padre. Nem me lembro bem o quê, que até foi um bocado à pressa porque ele tinha um baptizado a seguir e queria despachar-se. O que por mim estava perfeito :)

    Os meus filhos não são baptizados, mas serão assim que quiserem, as vezes que quiserem e na/s religião/ões que escolherem.

    De resto, graças a Osiris somos um casal feliz. Namorámos sete anos, estamos casados há mais de doze e isto apesar de nunca termos ligado às recomendações de abstinência do Mats.

    Mas há pessoal que julga que o importante nisto é a películazinha de latex...

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  111. “Respondi que sim a tudo à frente de toda a gente, assim como vou responder que sim a tudo o que me for perguntado na cerimónia indígena.”

    Para mim, nada disto é novidade. Sempre disse, e mantenho, que os ateus são gente perigosa e nada fiável.

    Se alguém tem dúvida, pode ver aqui a confirmação de tudo aquilo que tenho dito.
    Estes dois especímenes ateus, acabam de provar que são uns mentirosos, uns charlatães, uns aldrabões, gente sem palavra, sem honra, sem dignidade, sem princípios, praticantes da fraude e da burla… etc. e quejandos.
    Todo o individuo se conhece pelos seus actos. E, seja em que circunstâncias forem, um trafulha sem honestidade nem dignidade age sempre da mesma maneira, seja num simples “acordo de cavalheiros”, seja no mais melindroso e exigente negócio.

    Mantém-se o comportamento independentemente das circunstâncias e perdura no tempo – temos aqui a prova de que fará indefinidamente as mesmas coisas.

    São estas algumas das características típicas das mentes perturbadas dos ateus, fáceis de aferir pelos seus comportamentos desviantes, anti-valores, contra culturais, anti-sociais ou, não raras vezes, marginais.

    Todo o individuo que em publico, ante múltiplas testemunhas, compromete a sua honra (jurando), sem a intenção de cumprir, demonstra ser um vil e perigoso trapaceiro. A diferença entre assinar um falso contrato de casamento, ou falsificar uma escritura, ou adulterar um cheque… é zero.

    A mim nunca me enganaram, porque já conheci muitos velhacos armados em cumpridores, em rigorosos e em sérios.

    Mas anda por aí muita gente enganada: aqueles que acreditam nas aldrabices que contam (da filosofia à ciência, da história à actualidade); aqueles que imaginam (inocentemente) que as vossas ideias são sérias, rigorosas e isentas; aqueles que se fiam no que vocês escrevem; aqueles que acreditam nas vossas citações; aqueles que crêem nas vossas falsas e camufladas intenções… etc.

    Felizmente, de vez em quando, foge-vos a boca para a verdade, e dão conta das vossas trapaças.

    Quem são os néscios que ainda se fiam nas vossas conversas?

    Acreditar em ateus não é acreditar no Pai Natal. É levar a mais crédula superstição ao limite da imbecilidade de compactuar com a crença mais absurda – a mentira, a aldrabice e a fraude.

    È um bom tema para o Portal Anti-ateu.

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  112. Quem se pode fiar em ateus!?

    "No 2º dia da Cimeira Mundial da SIDA o Presidente do Uganda, de sucesso na luta contra o vírus, veio mostrar com números que a abstinência sexual e a fidelidade conjugal são os dois melhores métodos para combater a SIDA. Com estes métodos, em 20 anos, a população infectada do Uganda baixou de 30% para apenas 6%. “

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  113. Zeca,

    e aqui está o terceiro.

    Tinha 2 escolhas:

    1.1. Dizer que sim ao casamento desde sempre imaginado pelos pais e pelos sogros para ambos os seus filhos proporcionando-lhes um dos dias mais felizes das suas vidas.
    1.2. Dizer que sim ao casamento desde sempre imaginado pela minha companheira, vestida de branco num bonito altar. O sonho de Princesa.

    ou

    2.1. Dizer que não a um casamento pela Igreja e com isso magoar para sempre os pais e os sogros.
    2.2. Dizer que não a um casamento pela igreja mostrando à minha companheira que ela não merece o pequeno esforço de lhe proporcionar a realização de um dos seus sonhos mais queridos. De notar que esta decisão vincaria bem o carácter da pessoa. Aposto que não foi por este carácter que a minha companheira se aproximou de mim. Certamente marcaria a relação para sempre. De qualquer modo seria incapaz de lhe fazer isso. Quero-a contente. Quero-a a sorrir. Sempre.

    Onde está a dúvida na decisão?
    Como é que isto nos faz gente "perigosa e nada fiável"? Porque é que a decisão de escolher 1 nos faz uns "mentirosos, uns charlatães, uns aldrabões, gente sem palavra, sem honra, sem dignidade, sem princípios, praticantes da fraude e da burla… etc. e quejandos"?

    O importante é a felicidade e o amor. E estes não merecem ser trocados por convicções fundamentalistas.

    O mundo não é a preto e branco.
    O mundo é a cores.
    Deu conta que a primavera chegou?

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  114. Zeca,

    "acabam de provar que são uns mentirosos, uns charlatães, uns aldrabões, gente sem palavra, sem honra, sem dignidade, sem princípios, praticantes da fraude e da burla… etc."

    Está a ver tudo o que eu tive de passar por amor à minha mulher? É por estas e por outras que ela me ama tanto... E já lá vão 15 anos...

    Bom, agora tenho de ir. Ao contrário do Mats que defende a Abstinência Sexual, sou totalmente contra. Vou pecar até me fartar... Com preservativo, claro... :)

    PS: Zeca, deixe de ser ridículo...

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  115. Mama eu quero...

    "2.2. Dizer que não a um casamento pela igreja mostrando à minha companheira que ela não merece o pequeno esforço de lhe proporcionar a realização de um dos seus sonhos mais queridos. De notar que esta decisão vincaria bem o carácter da pessoa. Aposto que não foi por este carácter que a minha companheira se aproximou de mim. Certamente marcaria a relação para sempre. De qualquer modo seria incapaz de lhe fazer isso. Quero-a contente. Quero-a a sorrir. Sempre."

    A sua mulher é uma senhora cheia de sorte, é só isso que tenho a dizer ;)

    cumprimentos

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  116. deixem-se de merdas. Deus não existe e quem são estes tipos para dizer o que é certo ou errado nas escolhas pessoais de cada um?
    Pedófilos, homossexuais, lésbicas e por aí fora.

    A Igreja Católica tem uma paranóia de perseguição sexual nunca devidamente explicada.

    Nos sabemos que no inicio a Católica teve de lutar contra os abusos dos seus representantes, mas querer mandar nas escolhas das pessoas, NÃO!

    Sem sexo não há pessoas! O papa nasceu de onde??
    Do sexo humano, mecânico porque é alemão, mas puro e simples SEXO!

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  117. Joaninha,

    eu é que sou um homem cheio de sorte ;)

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  118. "Do sexo humano, mecânico porque é alemão"

    João Carlos,
    importa-se de explicar melhor esta passagem?
    Obrigada
    Cristy

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