domingo, abril 29, 2007

Arca de não é.

O meu irmão Bruno mandou-me esta notícia da inauguração de uma réplica da Arca de Noé, na Holanda. Este trecho chamou-me a atenção:

«Mr Huibers, a contractor, built the ark out of cedar and pine - because Biblical scholars are still not sure as to which type of wood was used in the ark's construction.»

Eu sugeria a estes estudiosos Bíblicos que unissem esforços com os pinoquiologistas e aos painatalólogos. Tudo indica que a Arca tenha sido construída da mesma madeira que o Gepeto usou para fazer o Pinóquio e que o Pai Natal usou no trenó voador.

13 comentários:

  1. Acho especialmente interessante que o Huibers se preocupe com o pormenor do tipo de madeira utilizado, mas depois decida incluir na arca uma sala de cinema com 50 lugares para passar filmes Disney. Há lá coisa mais bíblica...

    Ou será que os estudiosos bíblicos também não se entendem em relação ao números de salas de cinema, jacuzzis e salões de snooker que a arca tinha?

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  2. E um bar? Tem bar? Pois devia ter. 40 dias e 40 noites no mar pode tornar-se muito enfadonho.

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  3. Irrelevante, ó Ludwig, mas que importância tem isto, afinal?!

    Aqui, tal como no Rerum Natura, tenho insistido que esta mera obsessão por alguns aspectos caricatos do Cristianismo... porque apenas se trata só mesmo desta religião!... é falha de interesse, tanto mais quanto a própria hierarquia oficial da Igreja Católica, e ainda vários outros ramos protestantes, não tratam nenhuma destas trivialidades como assuntos de fé, ou seja, importantes. Mero folclore apenas, fait-divers ni au Ciel ni aux Enfers! ;)

    Que me interesa a mim que tenha ou não existido Arca de Noé, Torre de Babel ou tantos outros mitos que podem ou não ter uma leitura literal ou simplesmente metafórica, ao mesmo nível das parábolas evangélicas, por exemplo?!

    Mas já estudos baseados nos próprios escritos da Bíblia, por exemplo, para comprovar ou refutar a tese do dilúvio "universal", podem ter muito interesse, sim. Ora, a esse respeito, a arquelogia até parece apoiar várias das alegações contidas no Antigo Testamento, o que pode conferir a esses livros algum carácter histórico, no mínimo.

    Por outro lado, e no campo doutrinário, muitos dos papiros descobertos no século passado também contribuíram positivamente para um melhor conhecimento dos Evangelhos e das circunstâncias que rodearam a vida de Cristo e a sua pregação.

    Logo, é uma mera perda de tempo pretende refutar o fenómeno religioso com simples curiosidades circenses ou talvez de show-business, nest caso...

    Cause there are better things to talk about...

    Rui leprechaun

    (...and such a real debate would be far-out! :))

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  4. Caro Rui «Leprechaun»

    A importância, relevância, ou perda de tempo são subjectivos, e neste um blog pessoal eu tenho liberdade para decidir em que perco o meu tempo. Mas fico contente por ver que o seu comentário é maior que o post, por isso parece-me que concorda comigo que vale a pena perder tempo nisto ;)

    E, já agora, esclareço. A minha critica neste caso não era ao cristianismo ou aos crentes, muitos dos quais sabe bem que isto da arca é uma fábula, mas aos "estudiosos bíblicos" que andem a tentar determinar de que madeira fizeram a arca. Isso é tão ridículo que achei relevante e interessante perder algum do meu tempo a comentar.

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  5. E mais relevante se torna, quando existem correntes religiosas, com cada vez maior peso a defender a interpretação literal da Biblia.

    Se não houvesse lugar a essa interpretação literal, que interesse teria um estudioso em determinar qual a madeira que foi feito o objecto da imaginação popular "Arca de Noé"?

    Por outro lado essa atitude do "não lhes dêem atenção, que aquilo é só folclore", é uma das formas que a igreja tem de tentar desviar a atenção das manipulações por detrás do folclore.

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  6. Bom, bastava o Rui leprechaun ter lido o cabeçalho do blog, que diz "Há tretas que me incomodam, e é aqui que desabafo" e não "O fenómeno religioso incomoda-me, e é aqui que o pretendo refutar sem recorrer a simples curiosidades circenses ou talvez de show-busines"

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  7. Pior que tudo é eu concordar com o post do Ludwig, mas discordar da resposta em que o próprio se justifica (presta contas), o que não devia ser necessário, pois assim parece que o Ludwing se tenha sentido "entalado", mas isto sou eu a escrever... E o Blog é do Ludwig, como é óbvio! Dou com uma mão e tiro com a outra.

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  8. Caro Mário Miguel,

    Esta resposta, como qualquer outra que eu dou, não se deve a sentir-me entalado. Deve-se apenas a sentir-me com pachorra para responder.

    Já entalei muita coisa em muito sítio, por vezes com bastante desconforto. Mas, felizmente, nunca entalei nada no blog.

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  9. Ludwig,

    Não te aborreças comigo. Repara que eu usei a expressção "pareçe que".
    E que assim a tua resposta até pode parecer que valida um certo desconforto.

    Não me leves a mal.

    Mário Miguel

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  10. Mário,

    Não levei (nem levo) nada a mal. Até me pareceu que a minha resposta à tua pergunta tinha um tom suficientemente jocoso para prescindir de smileys. :)

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  11. Ludwig,

    Entonces, desculpa a minha desatenção! Mas a minha opinião mantem-se, sou um bocadito melga, eu sei;-)))))))))))))

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  12. «Deve-se apenas a sentir-me com pachorra para responder.»

    Verdade seja dita, o Ludwig tem MUITA paciência...

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  13. Engano meu, onde está "expressção" deveria estar "expressão".

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